Partido impõe uma condição: estar no palanque do presidente Lula
Em coletiva realizada na noite desta quinta-feira (13), o senador Humberto Costa (PT) admitiu que o Partido dos Trabalhadores ainda não definiu quem apoiará na disputa pelo Governo de Pernambuco em 2026: a atual governadora Raquel Lyra (PSD), recém-filiada a um partido da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ou o prefeito do Recife, João Campos (PSB), iminente candidato ao governo estadual, e que é correligionário do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).
No entanto, o senador – que assumiu interinamente a presidência do PT pelos próximos quatro meses – impôs uma condição que chamou de "sine qua non": o partido só apoiará um candidato que esteja no palanque de Lula em sua campanha pela reeleição, em 2026.
"Essa discussão a gente vai fazer mais para frente. Para qualquer debate com quem queira ter o apoio do PT, a condição sine qua non é estar apoiando a candidatura do presidente Lula. Isso é a pré-condição para isso. Vamos nos posicionar dentro de uma estratégia nacional, levando em consideração as características do nosso estado", afirmou Humberto.
O prefeito do Recife, João Campos, repete – sempre que perguntado – que apoiará e votará no Lula em 2026, assim como fez em 2022. Por outro lado, Raquel Lyra tem se aproximado do petista, e sua mudança de partido reflete esse movimento. No entanto, a pessedista ainda não admitiu publicamente que apoiará a reeleição do presidente.
Por sinal, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, fala sobre a possibilidade do partido lançar candidatura própria à Presidência da República, no ano que vem. Perguntado sobre esse movimento, Humberto Costa desconversou.
"Ainda é muito cedo para a gente imaginar como cada partido vai se colocar. Minha tendência é imaginar que o PSD, que tem uma ala com divergências com o PT e o governo de Lula, libere o voto nacional", disse o senador.
