terça-feira, 17 de agosto de 2021

Dilma: "temos de voltar às ruas, temos de perceber o poder das ruas nesse país”

 

(Foto: Romulo Faro)

A ex-presidenta Dilma Rousseff está torcendo para o enfraquecimento da variante delta do novo coronavírus. Mas não é somente por razões de saúde, claro. “Temos agora uma perspectiva, e a primeira delas passa pelas ruas. Quando a ameaça da delta diminuir, temos de voltar às ruas. Temos de perceber o poder das ruas nesse país”, disse Dilma, durante participação na estreia do programa Elas por Elas, no canal do PT no Youtube, na última segunda-feira (16).

Dilma estava se referindo às ruas enquanto espaço de poder de mobilização contra o governo de Jair Bolsonaro e de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já percorre diversos pontos do país se mostrando enquanto alternativa já reconhecida pelas pesquisas eleitorais.

E também enquanto espaço de consolidação da democracia, a qual se abre para a participação na política de cidadãos, independente do sexo e do gênero – o que segundo ela é “uma pele que nos recobre”.

Misoginia

“Quando eu estava no governo, eu era delineada como alguém sem experiência anterior. A misoginia era tanta que diziam que eu não tinha tido experiência política antes, no Legislativo, e que como presidenta não conseguia me comunicar com o Congresso. (Emmanuel) Macron, (presidente da França), e João Doria (então prefeito de São Paulo pelo PSDB), sem experiência como eu, eram ‘os novos’. E eu tinha dificuldade de fazer política”, disse.

Candidata a vice-presidente na chapa de Guilherme Boulos (Psol) em 2018, a coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sonia Guajajara (Psol) dividiu a mesa de debate com Dilma e a candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT) em 2018, Manuela D’Ávila (PCdoB).

“O primeiro ataque de Bolsonaro foi contra uma mulher, a Mãe Terra. Disse que nenhum centímetro de terra indígena seria demarcada”, disse Guajajara. Mesmo assim, segundo ela, vem crescendo a participação de mulheres indígenas.

Em 2018, segundo ela, das 113 candidaturas indígenas, menos de 40 eram mulheres, entre elas, a deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR), que está “fazendo uma grande diferença”. Em 2020, foram eleitas 44 para os cargos de prefeitas, vice e vereadoras. “É muito significativo. Queremos aumentar o número de candidatos e de cadeiras nas assembleias”, disse Sonia.

Para a liderança indígena, é preciso maior representatividade indígena também pelo bem do planeta, já que são os melhores guardiões da terra.

Força

Governadora do Rio de Janeiro de abril de 2002 a janeiro de 2003, a deputada federal Benedita da Silva (PT) lembrou que a força está com as mulheres. “Programas de transferência de renda e de habitação popular (nos governos do PT) eram controlados pelas mulheres”, mas lamentou que embora sejam a maioria no população brasileira, não estão na política de maneira proporcional.Sob o comando da apresentadora Mariana Jacob, o programa Elas por Elas vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h. E aos sábados, às 11h no canal da TVPT e na Rádio PT. Brasil de Fato.

Assista à íntegra do programa: 


TALEBAN - Ascensão do Taleban deve alterar correlação de forças, e vizinhos temem mais revoltas

 

Da primeira vez que o grupo fundamentalista comandou o país, entre 1996 e 2001, apenas três nações reconheceram o governo do Taleban


                   Por Thiago Amâncio/Folhapress
Imagem da rede Al Jazeera mostra membros do Taleban assumindo o controle do palácio presidencial em Cabul depois que o presidente do Afeganistão fugiu do país - Foto: Al Jazeera/AFP

A tomada do poder no Afeganistão pelo Taleban mexeu com o tabuleiro geopolítico da região, e países vizinhos acompanham atentos o desenrolar dos fatos em Cabul. O medo é que o exemplo dos rebeldes afegãos inspire outras revoltas, e o pragmatismo deve ser a tônica na relação com o Taleban, segundo especialistas ouvidos pela Folha de S.Paulo.

Da primeira vez que o grupo fundamentalista comandou o país, entre 1996 e 2001, apenas três nações reconheceram o governo do Taleban: Paquistão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

O Paquistão, aliás, está na origem do grupo — a palavra taleban significa "estudantes" em pashto, idioma local, e a milícia armada foi formada inicialmente por alunos de seminários religiosos na região da fronteira entre os dois países.

Para Fernando Brancoli, professor do Instituto de Relações Internacionais da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a recente ascensão do Taleban é uma vitória regional para o Paquistão, que também abriga células do grupo -foi uma delas que atacou, em 2012, a ativista Malala Yousafzai, que depois ganharia o Nobel da Paz.

"O Paquistão basicamente sustentou o Taleban nos últimos anos, tem relações próximas políticas e afetivas. É uma janela de oportunidade para o país, que estava apagado politicamente e volta agora como um ator relevante", diz.

Há setores políticos em Islamabad satisfeitos com a tomada do poder em Cabul, mas o desfecho pode ser negativo para o país, na visão de Betina Sauter, do Isape (Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia).

Primeiro porque, apesar da proximidade, a ascensão do Taleban pode incentivar o terrorismo doméstico em solo paquistanês. Depois, no ambiente externo, deve separar ainda mais os Estados Unidos do país, hoje muito próximo da China. Terceiro, porque pode gerar um alto fluxo de refugiados e prejudicar ainda mais a economia de um país já em crise.

É o que Pio Penna, professor da UnB (Universidade de Brasília), chama de "ficar entre a estrela e o crescente [símbolo do islamismo] e a espada", numa adaptação do ditado popular. "O exemplo não é bom, e não só no Paquistão, mas as cenas da tomada do poder podem inspirar muita gente por todo o mundo."

O sinal de alerta se acendeu também em países onde as populações muçulmanas compõem minorias étnicas -ainda que muitas vezes populosas-, como Rússia, China e Índia, segundo Maurício Santoro, professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

"Há um problema doméstico interno, um medo da ascensão do fundamentalismo e do terrorismo. A ausência das potências ocidentais depois de 20 anos de guerra gera uma novidade estratégica, e há um sentimento de preocupação", diz.

Outro país fronteiriço em atenção é o Irã, que deve ter uma relação ambígua com o novo governo, segundo Sauter.

Por um lado, o país, xiita, quer evitar o fundamentalismo sunita dos talebans, antigos aliados do maior inimigo regional iraniano, a Arábia Saudita. Por outro, o Irã vê no fracasso da missão americana uma forma de contestar a influência dos EUA, outro grande adversário de Teerã. Além disso, tem no grupo afegão um aliado contra o Estado Islâmico, grupo terrorista com quem o Taleban tem brigado ao menos desde 2015.

Soma-se a isso a necessidade de ver o país estável para manter o fluxo de investimentos da Nova Rota da Seda, projeto de financiamento de infraestruturas mundo afora pelo governo chinês.

É essa a chave para entender a relação entre os dois países, segundo Fernando Brancoli, para quem o Irã deve adotar uma postura pragmática com o vizinho. "O Afeganistão estável é o grande objetivo do Irã. Sem fluxo de refugiados, sem tráfico de armas. Não vejo uma aliança com o Taleban, mas pragmatismo", diz.

A segurança nas fronteiras também deve guiar a relação das ex-repúblicas soviéticas Turcomenistão, Uzbequistão e Tadjiquistão, segundo os pesquisadores. Só na segunda (16), um dia após o avanço final do Taleban, o Tadjiquistão reteve 46 aeronaves com soldados afegãos que fugiam do país.

Brancoli afirma que esses países não têm grandes políticas para a região e não querem se meter no vizinho, mas que devem se fechar para conter o tráfico de armas e de pessoas. Eles devem se guiar pelo que a Rússia decidir.

Enquanto nos anos 1990 a Arábia Saudita foi um dos poucos Estados a reconhecer o Taleban como legítimo, a situação atual pode ser diferente, na visão do pesquisador.

"Riad [capital da Arábia Saudita] é hoje grande aliado dos EUA, e uma aproximação com o Taleban pode ser vista como uma espécie de traição. Mas, como os dois tiveram uma relação no passado, não me surpreenderia se os sauditas se apresentassem como uma espécie de mediador com os americanos."

Esse papel tinha ficado até agora com o Qatar, onde o Taleban tem um escritório oficial e que sediou negociações com o agora deposto governo afegão.

Terceiro país a reconhecer o Taleban no passado, os Emirados Árabes Unidos já sinalizaram uma relação amistosa com o grupo.

Anwar Gargash, ex-ministro das relações exteriores e voz ativa no país, foi ao Twitter dizer que considerou a proposta de anistia do Taleban "encorajadora" e que espera que o país "agora vire a página do sofrimento em favor da paz e da prosperidade".


TRANSNORDESTINA - Ministro da Infraestrutura garante a Paulo Câmara (PSB) que Transnordestina chegará a Suape

              Por: Lara Tôrres/DP

Foto: Hélia Scheppa/SEI

Na última segunda-feira (16) o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se reuniu com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em Brasília, quando garantiu que o trecho da Ferrovia Nova Transnordestina entre o município de Custódia e Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros, mais conhecido como Porto de Suape, será viabilizado. Cerca de um mês atrás, o próprio ministro afirmou que as obras da ferrovia iriam somente até o Porto do Pecém, deixando em segundo plano o ramal para o Porto de Suape.

Também estiveram na reunião o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio; o presidente de Suape, Roberto Gusmão; e o diretor de Planejamento do Porto, Francisco Martins. O trecho, de acordo com o ministro, será desmembrado da atual concessão, podendo então ser finalizado pelo Estado através de uma nova concessão. Tarcísio de Freitas também assegurou que a Ilha de Cocaia será retirada poligonal do Porto Organizado de Suape e poderá ser utilizada como terminal de uso privativo para exportação de minérios.

“O ministro deixou claro que sua declaração anterior, de que apenas o Ramal de Pecém da Transnordestina seria concluído, se referia ao que vai permanecer dentro do contrato de concessão com a TLSA. A intenção do Governo Federal é retirar o Ramal de Suape do contrato existente e liberar o trecho para que possamos fechar uma nova concessão”, afirmou Paulo Câmara.

PEC da Transnordestina 

Paulo Câmara lembrou que, antes do encontro com o ministro, enviou à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na última semana, um Projeto de Emenda à Constituição Estadual que previa a possibilidade do governo estadual explorar o serviço ferroviário dentro de seu território. 

“Temos conversas avançadas com investidores interessados em concluir a ferrovia e explorar esse novo modal logístico através de Suape, um porto campeão nacional em movimentação de cargas”, concluiu Câmara.

Na última quinta-feira (12) foi aprovada na Alepe a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Ramal de Suape, formada antes mesmo da matéria começar a ser distribuída na Comissão de Constituição e Justiça para escolha do relator, pelos deputados Aluísio Lessa (PSB), Isaltino Nascimento (PSB), Erick Lessa (PSB), Laura Gomes (DEM), Tony Gel (MDB), Fabrício Ferraz (PP), José Queiroz (PDT), Priscila Krause (DEM) e Diogo Moraes (PSB).



Lula rebate vídeo falso contra ele e diz que “milícia bolsonarista saiu do bueiro esta semana”

 

Lula e postagem no Twitter (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O ex-presidente Lula disse que a “milícia bolsonarista saiu do bueiro essa semana” ao rebater uma notícia falsa espalhada pela rede de fake news da milícia digital que afirmava que ele teria sido vaiado e expulso de um restaurante em Recife, durante sua viagem nesta semana ao Nordeste. 

“A milícia digital bolsonarista saiu do bueiro essa semana. Parece que estão incomodados. Por que será?! Governar que é bom eles não conseguem…”, diz a mensagem postada pela equipe do ex-presidente em seu perfil no Twitter. A postagem compartilha um link da Agência Lupa, que verifica o vídeo e a legenda sobre Lula como "falsa". Na verdade, trata-se de um vídeo antigo, mostrando vaias contra João Doria em Natal (RN).

“A informação analisada pela Lupa é falsa. O vídeo é antigo e não mostra Lula sendo expulso de um restaurante de Recife. Na verdade, a cena foi gravada em 16 de agosto de 2017, e não em 2021, em um restaurante localizado em um shopping de Natal, no Rio Grande do Norte. O petista não estava presente no local. De acordo com o jornal Tribuna do Norte, que mostra a mesma cena a partir de outro ângulo, as manifestações ocorreram durante uma visita de João Doria (PSDB), então prefeito da cidade de São Paulo, à capital potiguar”, informa a Agência Lupa. 247.

Subprocuradores da PGR pedem que Aras investigue Bolsonaro por convocar 'contragolpe'

 

(Foto: Divulgação)


Um grupo de 31 subprocuradores da República notificou o procurador-geral da República, Augusto Aras, para que seja conduzida uma investigação a respeito das mensagens nas quais o presidente Jair Bolsonaro convoca aliados para um “provável e necessário contragolpe”. Os subprocuradores afirmam que Bolsonaro pode ser enquadrado por incitação ao crime e tentativa de mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o Estado de direito.

Segundo os subprocuradores, as informações constituem “notícia de grave investida em desfavor da institucionalidade e do regime democrático”. Por Guilherme Amado e Edoardo Ghirotto, Metrópoles.

Leia a íntegra no Metrópoles.




Sérgio Reis é alvo de representação de 29 subprocuradores-gerais da República por ameaça

 

Sérgio Reis (Foto: Reprodução)

O cantor sertanejo bolsonarista Sérgio Reis está sendo alvo de 29 subprocuradores-gerais da República, que entraram com uma representação junto à Procuradoria da República no Distrito Federal contra as declarações do músico falando em parar o país até que o Senado afastasse dos cargos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo os subprocuradores, a ameaça pode configurar crime de incitação à subversão da ordem política ou social, além de incitação ao crime.

A representação afirma que Reis participa de um movimento para obstruir rodovias, fechar portos, aeroportos e impedir a livre circulação de pessoas e bens, a fim de pressionar o Congresso a implementar o voto impresso, que já foi derrotado na Câmara dos Deputados.

“Diante dos graves acontecimentos que têm marcado a história recente do país, em particular as frequentes ameaças de ruptura institucional e de desrespeito à independência dos Poderes e de seus integrantes, solicitamos a Vossa Excelência a distribuição desta representação a um dos membros oficiantes na área criminal, com vistas à adoção das providências que forem entendidas cabíveis”, afirmam os subprocuradores.

A representação foi encaminhada ao coordenador criminal da Procuradoria da República no Distrito Federal, Carlos Henrique Martins Lima. 247.

.Leia na íntegra a representação contra Sérgio Reis:



MEIO SALÁRIO MÍNIMO - Crianças e adolescentes pernambucanos que ficaram órfãos por causa da pandemia receberão auxílio

             Por Artur Ferraz/Folhape

Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social vão receber R$550 de auxílio do Governo de Pernambuco - Foto: SPENCER PLATT / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP

O Governo do Estado articula a concessão de um auxílio para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social que perderam os pais para a Covid-19. O benefício, equivalente a meio salário-mínimo (hoje R$ 550), será pago mensalmente até o jovem completar 18 anos, podendo estendido até os 24 caso o beneficiário vá estudar em uma universidade.

A medida será regulamentada em projeto de lei que o Executivo estadual pretende enviar à Assembleia Legislativa até a próxima semana.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (17) pelo governador Paulo Câmara e pelo secretário de Desenvolvimento Social, Infância e Juventude, Sileno Guedes, após reunião com representantes do Tribunal de Justiça de Pernambuco no Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife.

De acordo com o gestor, o auxílio será pago apenas aos órfãos que perderam o pai e a mãe e não valerá para quem já é acobertado por algum programa de seguridade social, como pensões ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Não é o caso do Bolsa Família, que não faz parte do sistema de previdência.

"O benefício vai funcionar para crianças com rende familiar de até três salários-mínimos e que não possuem nenhum tipo de seguridade social", afirmou o secretário Sileno Guedes.

Em pronunciamento divulgado à imprensa, o governador Paulo Câmara destacou que o projeto é fruto de uma articulação do Consórcio Nordeste. "É uma iniciativa que será adotada por todos os estados da nossa região, dentro do programa Nordeste Acolhe. Mais uma ação de assistência para quem mais precisa”, declarou.

Mais de mil órfãos
A medida visa evitar o encaminhamento de mais jovens para as casas de acolhimento do Estado, que hoje atendem cerca de mil crianças e adolescentes, dando um estímulo para que eles fiquem aos cuidados de familiares.

Além disso, segundo o Governo, estimativas com base em estudos publicados pela revista The Lancet e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que 4 mil menores de idade estejam em situação de orfandade em Pernambuco. Antes da pandemia, eram, aproximadamente, 1.500.

Para ter uma maior precisão nos números e fazer o programa atingir o público-alvo, o Tribunal de Justiça encaminhará hoje uma determinação aos cartórios para que informem a notificação de orfandade nas certidões de óbito. Com essa declaração, a família do jovem poderá requerer o benefício.

“A princípio, o foco será para as vítimas da Covid, mas, no projeto de lei, constará uma autorização para incluir, caso haja disponibilidade financeira, outros tipos de orfandade”, explicou o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Infância e Juventude, Sileno Guedes.


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Lula diz que 2022 não será só uma disputa eleitoral: 'é uma briga em defesa do nosso país'

 

Lula visitou um assentamento de agricultura familiar do MST na região metropolitana de Recife (Foto: Ricardo Stuckert. 16/08/2021)

Nas redes sociais, o ex-presidente Lula (PT), que chegou à capital de Pernambuco, Recife, neste domingo, 16, em seu giro pelo Nordeste, afirmou que “o Brasil não merece sofrer o que está sofrendo” e, por isso, a disputa contra Jair Bolsonaro  “não é uma briga eleitoral”, mas “em defesa do nosso país”.

“Não é uma briga de um homem querendo pegar o lugar do outro. É uma briga em defesa do nosso país. Da nossa soberania. É, sobretudo, em defesa do nosso povo”, afirmou o ex-presidente no Twitter.

Leia reportagem da Rede Brasil Atual sobre Lula em Recife

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta segunda-feira (16) sua jornada pelo Nordeste, a partir da capital de Pernambuco, Recife. , para debater o desenvolvimento regional e realizar encontros e articulações políticas. Lula afirmou que a única razão pela qual pode ser candidato à Presidência é a convicção de que é preciso “concertar o país”.

“Estamos de volta e trabalhando para juntar a força necessária para reconstruir a democracia brasileira”, afirmou, durante coletiva de imprensa.

Porém, Lula disse que, caso eleito, o cenário para o seu mandato será pior do que aquele que encontrou após sua primeira eleição, em 2002. “Hoje temos total certeza de que é possível reconstruir (o Brasil). E vamos pegar o país pior do que peguei em 2003, com desemprego e inflação em alta e a falta de credibilidade externa”, acrescentou.

Lula chegou em Recife na tarde de ontem (15) e já se encontrou com representantes locais de movimentos populares e da classe política. Na manhã de hoje, o ex-presidente visitou um assentamento de agricultura familiar na região metropolitana do Recife e, após a coletiva, o dia terá reunião com movimentos sociais.

Já nesta terça (17), prosseguindo sua agenda, o ex-presidente parte para o Piauí, onde fica até o dia seguinte. O roteiro do atual giro pelo Nordeste prevê passagens pelo Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e, por fim, Bahia.

Reconstrução do Brasil

Durante a coletiva de imprensa em Recife, Lula reafirmou sua avaliação sobre o atual retrocesso democrático no Brasil . “Nunca imaginei um governante totalmente irresponsável”, lamentou. Lula criticou as sucessivas mentiras de Jair Bolsonaro para justificar as ameaças que o presidente repete contra o sistema eleitoral. “Querer trazer o voto impresso é querer negar as eleições dele durante oito mandatos. Os filhos dele foram eleitos com voto eletrônico”, lembrou. “Ele vai perder as eleições, aceitar o resultado e o vencedor não irá receber a faixa dele. Se a Câmara não interditar esse governo, caberá ao povo o direito de se livrar do genocida nas próximas eleições“, afirmou Lula.

“Bolsonaro nasceu da negação e criminalização da política. Foi assim que nasceu o Mussolini, o Hitler e todo autoritarismo do mundo. O Bolsonaro só participou de atos militares. O presidente visita um quartel, mas não vai a um hospital (visitar vítimas da covid)”, acrescentou, ao questionar o perfil autoritário de Jair Bolsonaro.

Apesar do governo desastroso de Bolsonaro, que ao lado de cerca de 570 mil mortes pela pandemia, levou o país à atual crise econômica, ao aumento do desemprego e da inflação, Lula avalia que será possível reverter o quadro negativo para o Brasil, a partir de uma eventual vitória nas urnas em 2022. “Quando venci, em 2002, o Brasil tinha 12% de desempregados e uma dívida externa bilionária. Depois que assumimos, geramos 22 milhões de empregos formais e aumentamos o salário mínimo em 74%. Fizemos a maior política de assentamento rural da história”, lembrou.

Trabalhadores na pauta

O ex-presidente destacou ainda que, desde o golpe contra Dilma Rousseff, em 2016, os trabalhadores perderam garantias trabalhistas e a Previdência Social vem sendo desmontada. “Voltamos ao trabalho escravo, pois um emprego que não garante seguridade social, férias e remuneração digna, não é justo.”

Para Lula, só será possível retomar a economia e a “esperança do país” se as populações vulneráveis se tornarem pauta central do próximo governo. “É preciso colocar o pobre no orçamento da União e o rico, no imposto de renda. Rico nesse país não paga imposto sobre lucro e dividendo”, acrescentou. 247.

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Após divulgação de áudio em que defende golpe, Sérgio Reis entra em depressão

 

Sérgio Reis (Foto: DIVULGAÇÃO)

O cantor bolsonarista Sérgio Reis está em depressão e passando mal por conta da diabetes após a repercussão de um áudio em que aparece afirmando que os caminhoneiros iriam parar o país em setembro caso o Senado não afastasse os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). "Ele está muito triste e depressivo porque foi mal interpretado. Ele quer apenas ajudar a população. Está magoado demais", disse a mulher do artista,  Angela Bavini, de acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. 

Ainda segundo ela, “o Sérgio foi induzido por pessoas que dizem estar em um movimento tranquilo. No fim, todo mundo vaza [desaparece], e sobra para ele, que é uma celebridade". Angela ressaltou, ainda, que “ele falou no impulso, mas estava conversando com um amigo” e que jamais pensou em invadir o STF e “quebrar tudo”. "A diabetes dele subiu que é uma barbaridade", disse. "O Sérgio às vezes não tem noção do nome dele, do tamanho dele",completou. 247.

 

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Cenas mostram pessoas caindo de um avião norte-americano que deixa o Afeganistão (vídeo)

 

(Foto: Reprodução (Redes Sociais))

Cenas mostraram pessoas caindo de um avião dos Estados Unidos que decolou do aeroporto de Cabul, no Afeganistão. Eles teriam se escondido ou amarrado fora da aeronave, de acordo com relatos do canal RT. 

Várias pessoas estão tentando deixar o Afeganistão após o Talibã tomar a capital Cabul e voltar ao poder após 20 anos. O palácio presidencial foi ocupado pelas novas forças políticas no domingo (15). O presidente Ashraf Ghani fugiu do país.

Os EUA atacaram o Afeganistão em 2001, em resposta ao atentado do 11 de Setembro. Em fevereiro do ano passado, o então presidente americano, Donald Trump, assinou acordo com o Talibã para a retirada total das tropas do país em abril de 2021. 

O atual presidente, Joe Biden, adiou a saída completa para o fim deste mês. Com a retirada das tropas, o Talibã reconquistou o poder. 247.

 


China deve reconhecer governo talibã e fala em manter boa relação com Afeganistão

 

Representantes do grupo fundamentalista islâmico Talibã são recebidos pelo ministro de Relações Exteriores da China na cidade chinesa de Tianjin, (Foto: Ministério de Relações Exteriores da China)

A China informou nesta segunda-feira (16), que deverá reconhecer o governo talibã no Afeganistão e está disposta a ter uma boa relação com o país. De acordo com o jornalista Jamil Chade no UOL, o governo chinês, que não fechou a sua embaixada em Cabul, assim como a Rússia, informou que não pretende questionar a formação de um novo governo. Uma delegação talibã foi recebida pelo governo chinês em 29 de julho na cidade de Tianjin.

A delegação do Talibã reuniu-se em 20 de julho com o chefe da diplomacia do país, Wang Yi. O grupo disse considerar as autoridades chinesas como amigas e propuseram iniciar um diálogo sobre os investimentos de Pequim no Afeganistão.

Na ocasião, uma nota do Ministério de Relações Exteriores chinês afirmou que o governo do país espera que o Talibã "coloque os interesses do Afeganistão em primeiro lugar, mantenha o comprometimento com negociações de paz, defenda o objetivo da paz, crie uma imagem positiva e adote uma política inclusiva". O governo chinês afirmou também esperar que o Talibã se distancie de grupos terroristas.

A China tem interesses estratégicos na região e enxerga a nova situaçao como possibilidade de ampliar sua influência na Ásia, já que a queda de Cabul é vista como um golpe contra a presença ocidental.

A imprensa chinesa tem divulgado a tomada de poder do Talibã como o  fracasso da estratégia de 20 anos dos EUA no Afeganistão. O jornal China Daily, porta-voz do governo chinês, afirmou em editorial que a situação de Cabul é uma "humilhação" para os americanos. Brasil247.


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"Nós somos os invasores", diz Michael Moore, após derrota dos EUA no Afeganistão

 

Michael Moore

Cabul, Saigon. A queda, mais uma vez. A América perde outra guerra. Nossa guerra mais longa. “Somos o nº 1 !!”Gastamos mais de US$ 2 trilhões. Sacrificamos mais de 2.300 vidas de americanos para invadir um país onde Bin Laden nunca foi, em lugar nenhum, encontrado. Bush disse que não tinha interesse em capturá-lo. A equipe de Obama o encontrou em uma casa na mesma rua de "West Point" do Paquistão. Quem diria!

NÓS somos os invasores. O Taleban não é invasor - eles são afegãos - é o país deles! Eles são loucos religiosos. Nós sabemos como é - nós temos o nosso!

Que bagunça trágica. Tirem recursos do Pentágono e do complexo militar-industrial, da NSA, da Segurança Interna. Eles enviaram nossas jovens tropas para a morte. Vergonha! 15 dos 19 sequestradores em 11 de setembro eram da Arábia Saudita! Nem o Afeganistão, nem o Iraque, nem o Irã. Por que Bandar Bush não atacou os sauditas? Oh. Certo. Encha-o!

Mais uma vez, fomos derrotados por um exército sem aviões bombardeiros, sem destróieres, sem mísseis, sem helicópteros, sem napalm - apenas um bando de caras em picapes. Não ganhamos uma guerra real na defesa deste país desde a Segunda Guerra Mundial.

76 anos atrás hoje.

Hoje é o Dia do VJ - Dia da Vitória sobre o Japão. 15 de agosto de 1945. (Obrigado, tio Lornie, por sacrificar sua vida.)

Hoje, 76 anos depois, é o dia em que os EUA perderam a Guerra do Afeganistão. Deus abençoe nossas tropas. Que nossas tropas nos perdoem.

Muitas condolências e amor a todas as famílias que perderam entes queridos nesta guerra horrivelmente triste. Por Michael Moore, em seu facebook.


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Caos no aeroporto de Cabul após capital ser ocupada pelo Talibã (vídeos)

 



A emissora Al Arabiya relatou neste domingo (15) um incidente com tiroteio nas proximidades do aeroporto de Cabul, em meio à evacuação em curso de diplomatas estrangeiros. Vídeos nas redes sociais mostram a situação caótica no aeroporto de Cabul.

​Outro momento de Saigon [Vietnã]: cenas caóticas no Aeroporto Internacional de Cabul. Sem segurança. Nenhuma.

As imagens compartilhas nas redes sociais mostram o desespero das pessoas tentando deixar o país após o Talibã ter ocupado a capital.

Os EUA e a França mudaram suas embaixadas para o aeroporto neste domingo (15). Países com presença diplomática em Cabul começaram a preparar a retirada de seu pessoal. Entre eles, Alemanha, Finlândia, Canadá, Reino Unido e Suécia.

Neste domingo (15), todos os voos comerciais no aeroporto de Cabul foram suspensos. Apenas aeronaves militares estão permitidas, informou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

ONU pede respeito aos direitos humanos

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, exortou o Talibã e outros envolvidos no conflito no Afeganistão a respeitarem o direito internacional humanitário.

"O secretário-geral está acompanhando com grande preocupação o rápido desenvolvimento da situação no Afeganistão [...]. Ele apela ao Talibã e às outras partes para que garantam o respeito e a proteção do direito internacional humanitário e dos direitos e liberdades de todas as mulheres", diz Guterres em comunicado, reproduzido pela agência Reuters.

Neste domingo (15), o Talibã entrou em Cabul para negociar a transferência de poder com o governo do presidente Ashraf Ghani, que acabou renunciando e deixou o país.

O movimento extremista voltou ao poder 20 anos após ser expulso pelos EUA em 2001. Sputnik.




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