domingo, 6 de junho de 2021

CPI da Covid envia carta à seleção dizendo que Copa América 'não é segura para o povo brasileiro'

          Por Mônica Bergamo, da Folhapress

Senador Renan Calheiros (MDB-AL) - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) enviou uma carta aos jogadores da seleção brasileira em nome da CPI da Covid-19 dizendo que a realização da Copa América no Brasil é "um mau exemplo" na "iminência de uma terceira onda da pandemia" no país.

O senador, que é relator da CPI, afirma que a reflexão foi sugerida pela equipe técnica da comissão. Ela elencou quatro razões para que o torneio não seja realizado: o número de pessoas plenamente vacinadas no país, com duas doses de imunizantes, chega a apenas 10,7% da população, o país já tem 470 mil mortos e está na iminência de uma terceira onda da Covid-19, setores tentam forçar a realização da Copa América, "ou não", como um ato político, e seguir protocolos internacionais neste grave momento é questão puramente técnica.

A carta coincide com o pensamento dos atletas da seleção, que se rebelaram nos bastidores e não querem disputar o torneio no Brasil.

Leia, abaixo, a íntegra da carta:

"Por que a Copa América no Brasil é um mau exemplo

Esta reflexão, sugerida pela equipe técnica da CPI da Covid-19 no Senado Federal, é endereçada à Comissão Técnica da Seleção Brasileira e aos nossos craques, ídolos e atletas. Nosso modesto propósito é informar, alicerçados em argumentos estritamente técnicos, sem qualquer viés político. As razões para a realização da Copa América na iminência de uma terceira onda da pandemia no Brasil não corresponde à opção sanitária mais segura para o povo brasileiro.

1) O número de brasileiros vacinados representava, na totalização do dia 04/06/2021, apenas 10,77% do total da população. Isso o coloca o país na posição de número 64 no ranking mundial de vacinação adotando-se o critério percentual da população imunizada/100 mil habitantes. O Brasil não oferece segurança sanitária de acordo com dados objetivos para a realização de um torneio internacional dessa magnitude no país. Além de transmitir a falsa sensação de segurança e normalidade, oposta à realidade que os brasileiros vivem, teria o efeito reprovável de estimular aglomerações e transmitir um péssimo exemplo. Pelo atraso da vacinação estamos muito distantes da cobertura vacinal mínima para pensar em retomadas da vida normal;

2) O Brasil, onde pretensamente se realizaria a Copa América, registra hoje a trágica marca de mais de 470 mil mortos pela pandemia. Estamos vivendo um dos momentos mais críticos da doença, sob o risco concreto de uma terceira onda mais severa e, como constatado, com a população ainda não imunizada em percentuais seguros. Morrem em média perto 2 mil brasileiros todos os dias vitimados pela doença e o colapso do atendimento hospitalar se avizinha. Isso significa que a cada partida de futebol da Copa América, de 90 minutos, mais de 120 brasileiros estariam morrendo ao mesmo tempo. Futebol é uma das maiores expressões da alegria. Há alegria em uma situação como essa?

3) Temos ciência da divisão existente no Brasil. Alguns setores tentam forçar a realização da Copa América, ou não, como um ato político. Como se a única neutralidade fosse obedecer sem questionar. Por isso, trazemos a lume esses argumentos nitidamente técnicos. Para muito além da política, há uma discussão entre ciência em oposição ao negacionismo.

4) Pensem na preparação técnica de todos, nos treinamentos, deslocamentos, alojamentos, na meticulosa rotina de exercícios, na equipe de profissionais médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e tantos outros. Pensem nos esquemas táticos, nas técnicas que cada um desenvolve para alcançar o seu auge de desempenho como atleta. Há como negar que todos esses avanços são fundamentais? Essas rotinas e protocolos são "políticos", as que todos vocês praticam todos os dias para manter a altíssima performance que é exigida de um atleta? Claro que não. Assim como não é político seguir protocolos internacionais num país que enfrenta um grave momento pandemia.

Não somos contra a Copa América no Brasil ou em qualquer outro lugar. Mas acreditamos que o torneio pode esperar até que o país esteja preparado para recebê-lo, assim como já aconteceu pela primeira vez na história com uma competição muito mais importante, as Olimpíadas do Japão. Não realizar e não participar da Copa América no Brasil não é um ato político, é um gesto de respeito à vida de milhões de famílias enlutadas pela morte e por cicatrizes incuráveis. É adotar a mesma disciplina técnica e científica que todos da Comissão Técnica e todos os Jogadores obedecem, desde sempre, todos os dias."

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Como a poluição do meio ambiente por plástico pode prejudicar sua saúde

             Por: Correio Braziliense

                                                                     Foto: TimothyTownsend/Divulgação

Você já se perguntou o que acontece com todo o plástico produzido no mundo, as implicações para a saúde humana, a saúde dos animais e o meio ambiente? Os produtos petroquímicos começaram a aparecer no nosso dia a dia há menos de 100 anos. Do combustível fóssil são feitos inúmeros luxos da vida moderna, desde embalagens, aparelhos do dia a dia e até roupas. Os petroquímicos e os metais pesados, porém, são extremamente tóxicos e a ingestão dessas substâncias pode causar doenças como câncer, má formação dos órgãos sexuais, diabetes e problemas neurológicos.

Pesquisa realizada pela revista Environmental Science and Technology, publicada pela Sociedade Americana de Química, mostra que, desde 1960, a produção mundial de plásticos aumentou quase 10% anualmente. “Com o tempo, o plástico vai se degradando, lixiviando toxinas ambientais e pequenas partículas de 1 a 5 milímetros chamadas microplásticos. Cerca de 39 mil a 52 mil pedaços de microplásticos podem estar na nossa dieta anual. Se incluirmos os pequenos pedaços que inalamos, esse número pode subir para 74 mil”, afirma a pesquisa.

Ainda segundo o trabalho, alguns efeitos no ecossistema, como animais presos ou se enforcando com plásticos são mais facilmente visíveis hoje em dia. Isso porque cerca de 8 milhões de toneladas de plásticos são despejados no oceano anualmente. Menos conhecida é a estimativa de que o ser humano ingere, em média, o equivalente a um cartão de crédito de plástico por semana, ou seja, coloca dentro do organismo cinco gramas de plástico a cada sete dias.

Proteção
André Gallego Augusto, engenheiro de produção, sócio fundador da Galícia Educação, avalia que a preocupação com a contaminação do meio ambiente já entrou para a agenda global. “O mundo e as grandes empresas têm se preocupado cada vez mais com o meio ambiente, a proteção de biomas, a redução de emissão de CO² e alternativas de matéria-prima para minimização dos impactos. Dessa forma, estão ocorrendo vários debates para esclarecer e conscientizar as pessoas sobre a importância do assunto”, afirma.

O engenheiro explica que o plástico é um polímero derivado do petróleo. “Portanto, sua dissolução com o tempo se torna imperceptível e acaba se transformando em microplásticos, que são altamente poluentes. Dez por cento de todo plástico utilizado é reciclado, o restante é descartado em aterros ou irregularmente no meio ambiente. O plástico que é lançado no meio ambiente, acaba penetrando no solo por meio da água de chuva, direcionado aos rios, e, finalmente, aos oceanos, onde já existem verdadeiras ilhas de lixo desse material”, afirma.

Segundo Gallego, as partículas de microplásticos se misturam na água e acabam sendo ingeridas por peixes e animais marinhos em geral. Além disso, podem contaminar os lençóis freáticos e acabar sendo ingeridas por humanos.

Para reduzir as consequências negativas, André Gallego explica que, primeiramente, é preciso mudar hábitos de consumo de objetos plásticos de uso único, como copos, talheres, canudinhos, garrafas de água e refrigerantes, sacolas e embalagens em geral. “Devemos adotar alternativas viáveis, como ter nossa própria garrafinha de água, canudinho de metal, sacolas reutilizáveis, comprar mais alimentos a granel, sem embalagem. São ações que ajudam a diminuir o consumo de plástico. Com isso, diminuímos a geração de lixo no planeta, a emissão de gases de efeito estufa e a contaminação das águas.”

O engenheiro de produção diz que todo desastre ambiental tem um impacto muito expressivo, muitas vezes irreversível. “A natureza sempre se mostrou capaz de se reinventar, transformar e se adequar ao novo ambiente. Porém, isso pode levar anos ou décadas. O ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) demonstra a preocupação das empresas em se posicionar em relação a esses temas. Esse é o único caminho, se as empresas quiserem crescer e prosperar em suas áreas de negócio.”


"A dissolução (do plástico) com o tempo se torna imperceptível e
acaba se transformando em microplásticos, que são altamente poluentes

André Gallego Augusto,
engenheiro de produção


"Cerca de 39 a 52 mil pedaços de microplásticos podem estar na nossa dieta anual. Se incluirmos os pequenos pedaços que inalamos esse número pode subir para 74 mil”

Trecho da conclusão da pesquisa da revista Environmental Science and Technology


Degradação ameaça mananciais
Os mananciais são extremamente importantes, não somente para o fornecimento de água para as populações, mas, também, para a manutenção da qualidade do meio ambiente, que depende destes reservatórios de água. Por isso, a preservação e a recuperação dos mananciais se tornam um tema cada vez mais importante. De acordo com a Organização das Nações Unidas, cerca de 25% da população mundial sofre com falta de água.

“Os mananciais estão no centro da vida, propriamente. É de lá que temos acesso a água, tanto para beber, quanto para qualquer atividade humana. E, não por acaso, consideramos o acesso à água como um direito humano”, afirma Guilherme Checco, coordenador de Pesquisas do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS).

Com cerca de 12% de toda a água doce do mundo, o Brasil é rico em biodiversidade e possui um patrimônio ambiental invejável. No entanto, boa parte de nossos ecossistemas e reservas hídricas estão comprometidos diante de ações de degradação ambiental.

De acordo com Guilherme Checco, a degradação das nascentes interfere diretamente tanto na oferta de água para consumo, quanto nas mudanças climáticas: “As áreas de mananciais são áreas socioambientalmente bem delicadas, exatamente por causa das funções que cumprem. Por isso, elas exigem uma série de cuidados.”, diz.

Atualmente, a exploração irresponsável do solo e da água, resultado de práticas humanas inadequadas, é o maior fator de destruição dos mananciais. A poluição excessiva do meio ambiente resulta, entre outras ações, da falta de infraestrutura de saneamento básico em grande parte do território nacional. A falta de coleta e tratamento de esgoto, por exemplo, acaba por inviabilizar as fontes de abastecimento. Além disso, o desmatamento desequilibra a composição dos gases atmosféricos e reduz os índices pluviométricos em algumas regiões.

A indústria também se tornou uma grande vilã para os reservatórios de água. Além da redução da disponibilidade da água, o excesso de dejetos despejados nos rios gera, entre outros impactos, a superexploração das fontes hídricas. Assim, o volume de água disponível para abastecimento residencial e industrial, sobretudo próximo aos centros urbanos, torna-se cada vez mais escasso e de qualidade duvidosa. Na agricultura, problemas relacionados ao manejo inadequado do solo e a toxicidade dos insumos agrícolas também influenciam diretamente nas fontes de água.

Por isso, é preciso buscar saídas para evitar os impactos da degradação dos recursos hídricos. Checco avalia que, há necessidade de uma união de setores para preservar os manguezais: “Há a necessidade de um elo de responsabilidade. O Estado fazendo a sua parte, a empresa prestadora de serviço e a sociedade”, pontua.

O especialista afirma que zelar pelo uso racional dos recursos naturais também é um dever da população. “Não podemos observar os rios que passam pela nossa cidade sem questionar de onde aquela água vem, e se nossas atitudes estão zelando por ela.” Pequenos hábitos, como uso domiciliar de água da chuva, por exemplo, simbolizam ações sustentáveis que podem trazer grande impacto. (FS, GB e GC)


Pressão para votar acordo internacional
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) anunciou, no início de maio, que pretende reduzir 85% dos gases hidrofluorcarbonetos (HFCs), encontrados em fluidos de desodorantes em spray e refrigeradores elétricos. De acordo com a EPA, a ideia é atingir a meta nos próximos 15 anos, o que evitaria a emissão de 4,7 bilhões de toneladas equivalentes de gás carbônico (CO²) entre 2022 e 2050.

No Brasil, a Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados encaminhou um pedido, em abril, ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para que a votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1.100/18 sobre o tema fosse aberta.

Trata-se da Emenda de Kigali — um adendo ao Protocolo de Montreal, prevendo a redução gradual do uso dos hidrofluorcarbonetos. O pedido de votação do projeto ocorreu no dia da abertura da Cúpula do Clima, reunião com cerca de 40 líderes mundiais. No entanto, aguarda inclusão na pauta do plenário, apesar de tramitar em regime de urgência.

O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional, explicou a necessidade de a emenda ser votada o quanto antes.

“A Emenda Kigali já passou por todas as comissões, ela está pronta para ser apreciada no plenário. Ela vai trazer, principalmente para a indústria brasileira de refrigeração, um investimento de US$ 100 milhões. É um absurdo o Brasil desperdiçar esse dinheiro, que vai ser para modernizar as indústrias”, disse.

Com a modernização desse setor, geladeiras, freezers, aparelhos de ar condicionado no Brasil serão produzidos com gases menos nocivos à camada de ozônio e ao aquecimento do planeta. Além disso, serão muito mais econômicas do ponto de vista energético.

“Com isso, uma parte significativa da energia que se gasta com refrigeração vai poder ser utilizada por outros setores da sociedade. Ganha o meio ambiente, ganha a economia. Sentimos que esse setor perdeu força no Congresso Nacional. Temos uma grande esperança de que, em algum momento, essa medida, de certa forma, vá para pauta e que a gente consiga votar”, completou o deputado.

“É urgente que o tratado seja ratificado pelo Congresso Nacional. É fundamental que o Brasil dê esse passo o quanto antes. O Poder Legislativo precisa fazer algo pelo meio ambiente, basta de retrocessos”, afirmou o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).

Se a emenda for aprovada, as indústrias que aderirem ao Protocolo vão receber cerca de US$ 100 milhões de um fundo multilateral. Além disso, com a implementação do Protocolo, elas seguirão as tendências do mercado internacional, aumentando a competitividade. Esse avanço pode também se refletir no bolso dos consumidores, uma vez que produtos melhores têm maior eficácia energética, ou seja, a conta de luz pode vir bem mais barata.

Outro benefício da aprovação da Emenda, além da preservação ambiental, seria a atração de investidores internacionais para o Brasil, visto que o compromisso para produção com menos carbono terá sido instaurado.



Empresário é condenado a pagar R$ 300 mil por oferecer cloroquina a funcionários na França

 

(Foto: Divulgação)

Uma multa de € 50 mil (mais de R$ 300 mil) foi exigida na quinta-feira (3) em um tribunal francês do fundador de um importante grupo de empresas do setor químico da França, julgado por ter oferecido comprimidos de cloroquina a seus funcionários durante a pandemia de Covid-19. O uso do produto contra a Covid-19 é proibido na França.

René Pich, 80, foi processado por exercício ilegal das profissões de farmacêutico e médico, aquisição ilícita de drogas, contrabando e porte de substâncias tóxicas, e compareceu por quase seis horas ao tribunal durante o julgamento na França.

A investigação foi aberta no início de abril de 2020 após um relatório da Inspetoria do Trabalho na região do Loire (centro), desencadeado por uma nota do réu informando 384 membros da administração da SNF, uma empresa global de tratamento de água, sobre a aquisição de comprimidos de fosfato de cloroquina, que ele colocava à disposição dos funcionários.

René Pich, que continua trabalhando e goza de uma influência importante dentro da empresa, criada há mais de 40 anos, havia adquirido esses 1.200 tabletes de comprimidos de cloroquina, produzidos na Índia, por meio de uma plataforma canadense na internet.

No tribunal, ele confessou que não deveria tê-lo feito, afirmando no entanto, sem convencer o Ministério Público ou as partes civis, de ter encomendado o produto "com o fim de salvar vidas, num contexto de escassez da substância", sem saber que se tratava de um produto reservado à utilização exclusiva com receita médica.

Pleiteando sua liberação, os advogados do empresário argumentaram que nenhum dos 1.350 funcionários franceses do grupo havia tomado os comprimidos de cloroquina encomendadas por Pich pela internet.

“Seria difícil para mim ser gerente de recursos humanos da sua empresa, senhor Pich”, ironizou o representante do Ministério Público, André Merle, em relação ao réu, que se encontra em conflito aberto com os sindicatos de trabalhadores há anos na França.

Os sindicatos “cumpriram o papel de denunciantes”, segundo Sofia Soula-Michal, advogada do CFDT. François Dumoulin, assessor de outro grande sindicato francpes, a CGT, afastou o argumento do "estado de necessidade" apresentado pela defesa do empresário, acreditando que o dirigente "pressionou os empregados para que permanecessem no posto de trabalho custe o que custar" durante o primeiro confinamento em 2020. Da RFI.

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O custo do atraso: Brasil produz apenas 5% dos insumos de medicamentos

              Por: Hosana Hessel/Por: Correio Braziliense

Foto: Governo do estado de São Paulo/Divulgação

Na corrida mundial pela vacina para combater a covid-19, o Brasil largou na lanterna, infelizmente, porque não tem mais, como no passado, capacidade nem competitividade para produzir Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), moléculas fundamentais para a fabricação de medicamentos em larga escala. Mudar esse quadro não será nada fácil.


Atualmente, o país produz apenas 5% dos insumos utilizados na fabricação de medicamentos no país, mas já foi capaz de elaborar cerca de 50%, na década de 1980, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi). Segundo o presidente da entidade sediada em São Paulo, Norberto Prestes, “serão necessários US$ 1 bilhão em investimentos para ampliar a capacidade nacional de produção da IFA para cerca de 20%, dentro de cinco a 10 anos”.

“Será preciso muito investimento e muita pesquisa para conseguirmos chegar a 20% de produção do IFA consumido no Brasil nesse prazo, o que poderá ajudar a reduzir preços de medicamentos”, informa o executivo.

De acordo com Prestes, o país poderá aproveitar as novas tecnologias utilizadas no desenvolvimento das vacinas contra a covid-19 — algumas delas, criadas por startups da área de biofármacos —, que reduziram drasticamente os prazos para o lançamento dos imunizantes. “Essas empresas fazem modelos de moléculas e de medicamentos artificiais que não precisam ser testados em humanos, porque tiveram êxito em simuladores”, destaca.

Nesse sentido, Prestes acredita que o Brasil poderia explorar mais a capacidade do acelerador de partículas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Sirius, lançado em 2018 e orçado em R$ 1,8 bilhão. “O Sirius está sendo subutilizado, porque precisa ter a tecnologia aprimorada, e poderia ser mais bem aproveitado no desenvolvimento dos IFAs no país”, afirma.

O executivo defende a destinação de investimentos tanto para o desenvolvimento de moléculas novas, quanto para aquelas que têm patentes quebradas ou em vias de serem quebradas — cujo prazo de desenvolvimento é menor, em torno de três a quatro anos.

Capacidade de reação
O país precisa investir em infraestrutura e no desenvolvimento tecnológico dos IFAs para ter conhecimento e capacidade para reagir a uma situação de pandemia, como a que estamos vivendo. Os Estados Unidos, por exemplo, importam da China 78% do IFA utilizado no país, mas, se quiserem mudar isso, eles têm infraestrutura e conhecimento para reagir em um ano ou dois e produzir insumos locais para os principais medicamentos, como antibióticos, remédios para câncer, para pressão alta ou para colesterol”, explica.

Prestes lembra que o Brasil é muito mais dependente das importações de IFA. No caso dos antibióticos, compra no exterior 100% dos insumos, porque não tem escala suficiente para produção local desses produtos para competir com os chineses.

Norberto Prestes abordará o desafio de investir na produção de IFA no país durante o VI Summit Brasil — evento on-line que será realizado no próximo dia 8 e que antecede a participação brasileira na BIO Digital 2021, maior encontro de biotecnologia do mundo, a ser realizado entre 10 e 18 de junho.

A Abiquifi desenvolve o projeto Brazilian Pharma & Health (BH&P), de estímulo à internacionalização e ao aumento das exportações das empresas do setor, em parceria com a Apex-Brasil. O programa selecionou cinco startups brasileiras para serem apresentadas no evento virtual sediado nos Estados Unidos. Entre elas, está a PHP Biotech, de Botucatu, no interior de São Paulo, startup que pesquisa uma molécula para o triplo-negativo, um dos tipos mais agressivos de câncer de mama, ainda sem tratamento eficaz e que atinge 300 mil mulheres todos os anos.

Projeto de lei
O projeto de lei nº 4.209/2019, que determina, para fins de registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), quais os medicamentos que contenham IFA nacional sejam enquadrados na categoria prioritária, será importante para o avanço da produção nacional desses insumos, na avaliação do presidente da Abifiqui. A matéria, aprovada pelo Senado Federal em maio, foi encaminhada para a Câmara dos Deputados e o executivo está otimista em relação à tramitação da proposta.

“Esse projeto de lei é muito importante e, quando for sancionado, vai garantir mais um mecanismo para o setor farmacêutico poder avançar nos investimentos de IFAs e nos pedidos junto à Anvisa”, completa Prestes. Segundo ele, o Ministério da Ciência e Tecnologia tem melhorado a interlocução com o setor e passou a dar prioridade a essa agenda, sinalizando que pretende transformar o atual grupo de trabalho temporário que trata de temas relacionados à saúde em um departamento permanente da pasta.


"O Sirius está sendo subutilizado, porque precisa ter a tecnologia aprimorada,
e poderia ser melhor aproveitado no desenvolvimento dos IFAs no país”

Norberto Prestes,Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos.


França flexibiliza entrada de viajantes no país, mas Brasil fica fora da lista

 

(Foto: Vagner Campos/A2 FOTOGRAFIA)

O governo francês anunciou nesta sexta-feira (4) as novas regras para entrada no país. Enquanto praticamente todos os europeus terão acesso facilitado, os viajantes vindos do Brasil e de 15 outros países continuam com entrada restrita no território francês em razão da propagação contínua do coronavírus e suas variantes.

As autoridades francesas dividiram o mapa do mundo em três cores: verde, laranja e vermelho. O sistema, que passa a valer a partir de quarta-feira (9), foi criado para determinar quem pode ou não entrar no país, além das regras a serem respeitadas por aqueles autorizados a cruzar a fronteira com a França.

O grupo “vermelho” é composto por países considerados de alto risco em função do avanço das variantes da Covid-19, segundo os critérios do governo francês. O Brasil faz parte desta lista, assim como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Suriname e Uruguai, no continente americano, além de África do Sul, Bahrein, Bangladesh, Índia, Nepal, Paquistão, Sri Lanka e Turquia.

Os viajantes provenientes desses países só podem entrar no território francês se tiverem um motivo considerado indispensável, que justifique a viagem. Eles também terão que apresentar testes de Covid negativo, mesmo que já tenham sido vacinados, e serão obrigados a respeitar uma quarentena de 7 dias para os já imunizados e de 10 dias para quem ainda não recebeu nenhuma vacina.

Durante esse período, o viajante estará sujeito a visitas da polícia para verificar se o isolamento está sendo respeitado. E quem não seguir a regra, pode levar uma multa de € 1.500 (mais de R$ 9 mil), e o dobro em caso de reincidência.

Europeus liberados, menos os vindos da Grã-Bretanha

O grupo “laranja” reúne países como Estados Unidos ou Grã-Bretanha, no caso deste último principalmente por causa das variantes do vírus, ainda preocupam as autoridades. Para eles, um teste negativo será exigido se o paciente foi vacinado. Já os que ainda não foram imunizados terão que apresentar, além do teste PCR ou antigênico, uma razão indispensável para a viagem e deverão ficar em um sistema de autoisolamento durante 7 dias.

Já no grupo “verde” estão os países que, segundo o governo, controlam atualmente a circulação da Covid-19 e não enfrentam índices elevados de nenhuma variante do vírus considerada “preocupante”. Nesta categoria estão praticamente todos os países europeus, mas também Austrália, Coreia do Sul, Israel, Líbano, Nova Zelândia e Cingapura.

Os viajantes vindos desses locais não precisam justificar o motivo de sua viagem, como era exigido até então. Além disso, os que já foram vacinados não precisarão mais apresentar um teste negativo de Covid-19. No entanto, apenas aqueles que foram totalmente imunizados há pelo menos 14 dias com as vacinas autorizadas na França (Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson) serão isentos dos testes.

“Precisamos de segurança sanitária”, disse na manhã desta sexta-feira o ministro francês do Turismo, Jean-Baptiste Lemoyne. “Temos que evitar a importação das variantes ou de formas de evolução do vírus que possam afetar todos os esforços feitos até agora pela população francesa”, insistiu.

Riscos para o turismo

A França era o primeiro destino turístico mundial antes da pandemia, com um setor que representava 7,5% do PIB do país e gerava 2,87 milhões de empregos. E as autoridades são conscientes do risco dessas medidas para a indústria do turismo, principalmente com o período das férias de verão no hemisfério norte (em julho e agosto) que se aproxima. Uma campanha de € 10 milhões chegou a ser lançada em maio para atrair viajantes europeus, temendo que concorrentes como Grécia, Espanha ou Itália desbanquem a França da liderança pré-pandemia.  

Paris também tenta deixar a porta entreaberta para os norte-americanos e os asiáticos, assinalando uma possível flexibilização em breve. O ministro francês dos Transportes, Jean-Baptiste Djebbari, explicou que boa parte dos norte-americanos imunizados têm apenas um documento impresso como comprovante, o que torna difícil os controles na entrada do país. “Mas estamos em discussão com Estados Unidos e Canadá”, disse ele, que espera também reabrir as fronteiras da França para viajantes vindos de alguns países asiáticos e africanos antes da alta temporada de férias, que começa em pouco mais de um mês. Da RFI.


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Com mais 1.666 registros, Pernambuco se aproxima da marca de 500 mil casos confirmados de Covid-19

         Por Portal Folha de Pernambuco

Pernambuco notificou, neste domingo (6), mais 1.666 casos de Covid-19. Com a atualização feita pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o Estado se aproxima da marca de meio milhão de infectados pelo coronavírus, com 499.572 registros oficiais.

Entre os casos registrados neste domingo, 178 - equivalente a 10,5% - são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os demais 1.488 (89,5%) são leves. 

Pernambuco totaliza, desde o início da pandemia, 46.129 casos graves do coronavírus e 453.443 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

A SES-PE também notificou 49 mortes, sendo 30 homens e 19 mulheres, ocorridos entre os dias 9 de maio de 2021 e esse sábado (6). O Estado totaliza agora 16.292 mortes pela doença.

As novas mortes são de pessoas residentes dos municípios de Afogados da Ingazeira (2), Agrestina (1), Bezerros (1), Camaragibe (1), Carpina (1), Caruaru (3), Catende (1), Garanhuns (1), Glória do Goitá (1), Gravatá (1), Igarassu (2), Ingazeira (1), Itapetim (1), Jaboatão dos Guararapes (3), Jataúba (1), Lagoa do Itaenga (1), Moreno (1), Olinda (1), Palmares (1), Paudalho (1), Paulista (2), Petrolina (3), Quixaba (1), Recife (8), Riacho das Almas (2), Ribeirão (1), Santa Maria da Boa Vista (1), Surubim (1), Toritama (3) e Tuparetama (1). 

Os pacientes tinham idades entre 36 e 90 anos. As faixas etárias são: 30 a 39 (3), 40 a 49 (8), 50 a 59 (16), 60 a 69 (11), 70 a 79 (5), 80 ou mais (6). 

Do total, 37 tinham  doenças preexistentes: doença cardiovascular (18), diabetes (17), obesidade (13), hipertensão (7), doença respiratória (5), doença renal (3), tabagismo (3), câncer (1) - um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Os demais seguem em investigação. 


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Escritório angolano Amaral & Gourgel abandona IURD e TV Record devido a "comentários depreciativos" de Augusto Nunes

 

Augusto Nunes (Foto: Reprodução/Youtube)

A sociedade Advogados Amaral Gourgel & Associados deixou de representar legalmente a IURD e a TV Record em Angola por discordar dos comentários “depreciativos” feitos contra o povo angolano e a primeira-dama, Ana Dias Lourenço. 

A informação foi dada à Lusa pelo advogado e sócio responsável, João Gourgel, que disse não concordar com as alegações do jornalista brasileiro Augusto Nunes sobre Ana Dia Lourenço emitidas na quarta-feira pela TV Record, no Brasil. 

O comentador disse que a mulher de João Lourenço, que foi também ministra do Planeamento no governo do ex-presidente José Eduardo dos Santos, beneficiou, supostamente, de negócios ilegais envolvendo o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, partido do poder), a construtora brasileira Odebrecht e a Orion, empresa de publicidade e comunicação de que era acionista. 

“Vamos deixar de representar os interesses da IURD e da TV Record”, afirmou João Amaral Gourgel, criticando os comentários ofensivos e depreciativos que têm sido feitos na Record. 

O escritório de João Gourgel é um dos representantes legais da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), detentora da TV Record África em Angola, país onde o conflito interno na igreja brasileira acabou com o reconhecimento e legitimação da ala angolana, dissidente, por parte do governo, embora haja ainda casos pendentes em tribunal. 

Recentemente, a 21 de abril, o governo angolano obrigou a TV Record África a suspender as emissões alegando “inconformidades legais”. No mesmo dia, foram suspensos outros dois canais privados, a VIDA TV e a Zap Viva, da operadora de telecomunicações ZAP, pertencente à empresária angolana Isabel dos Santos. 

João Gourgel disse discordar do conteúdo de reportagens emitidas pela TV Record no âmbito do conflito entre a ala brasileira e a ala angolana, que se arrasta desde 2019, e cujas tensões se foram agudizando desde o ano passado com episódios de agressões e tomadas de templos. Para o advogado, estava em causa, nestes conteúdos, a forma como foram retratados os angolanos, passando a imagem de um povo xenófobo que “estaria a agredir cidadãos estrangeiros”. 

“Sempre aconselhei a IURD a desligar o povo angolano do que estava a acontecer, que era um conflito interno, era um problema no seio da igreja, não tinham de envolver nem os angolanos nem os outros brasileiros que estão em Angola”, disse, acrescentando que a igreja aceitou os conselhos. 

João Gourgel considerou também que o governo tem violado os princípios de laicidade na questão que envolve a IURD, desrespeitando a Constituição de Angola. 

A Constituição de Angola diz que a República de Angola é um estado laico e o Governo está a interferir. Mas uma coisa é isso, outra coisa é esse senhor [Augusto Nunes] fazer comentários em que está a ofender a primeira-dama, que são inaceitáveis”, criticou. 

“Como deixaram de ter em conta as minhas recomendações prefiro não ver o meu nome associado a este tipo de comentários. Não aceito que faça comentários em relação à primeira-dama nos moldes em que o fez”, declarou, explicando que, por isso decidiu desvincular o nome da empresa que representa de comentários que classificou como “baixos do ponto de vista ético e moral”. 

A IURD em Angola é motivo de disputa pela liderança e legitimidade de representar a instituição, fundada pelo brasileiro Edir Macedo, entre a ala de origem brasileira e a ala reformista, desde novembro de 2019. 

A ala de origem brasileira convocou para esta sexta-feira uma assembleia-geral para eleger novos órgãos de direção, contra a qual a ala reformista, liderada pelo bispo Valente Bizerra Luís, ameaça recorrer à justiça. Na reunião estava prevista a discussão e votação da proposta de alteração dos estatutos da IURD Angola, bem como a apreciação sobre a “pretensa assembleia-geral da IURD” que foi convocada para 13 de fevereiro de 2021. A legitimidade desta assembleia-geral foi na altura contestada pela IURD Angola, da qual saiu a ala dissidente, entretanto legitimada a nível governamental. 

A assembleia geral desta sexta-feira decorreu à porta fechada sem que tenham sido conhecidas até agora as deliberações. Agência Lusa.

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Acusado de assédio sexual e moral por funcionária, presidente da CBF é afastado do cargo

 

Quem assume a função, momentaneamente, é o vice Antônio Carlos Nunes


                Por Folha de Pernambuco, com Folhapress

Rogério Caboclo é afastado da presidência da CBF - Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Acusado por uma funcionária de assédio moral e sexual, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi afastado do cargo neste domingo. De acordo com o site, o dirigente não poderá exercer a função por 30 dias, por uma decisão do Conselho de Ética, que já notificou a CBF sobre o caso. O vice Antônio Carlos Nunes assume durante o período de afastamento. Caboclo agora terá que cuidar de sua defesa.

Antônio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, assume a presidência por ser o vice mais velho (82 anos). Ele ocupou o cargo entre fevereiro de 2017 e abril de 2019, no período entre o banimento de Marco Polo Del Nero e a posse de Caboclo, eleito para ficar até 2023.

A decisão ocorre após quase uma semana de tentativas e pedidos de diretores da confederação e presidentes de federações estaduais para que Caboclo se afastasse. Como último argumento para convencê-lo lhe foi sugerido atender ao conselho do diretor de governança, André Megale, de se licenciar por tempo determinado. Talvez, seis meses, para se defender das acusações de assédio sexual e moral feitos por uma cerimonialista da confederação.

Os argumentos apresentados a Caboclo, segundo soube a reportagem, era que a saída dele, mesmo que temporária, abafaria todos os problemas. Faria sair do noticiário a denúncia de assédio, aplacaria o descontentamento dos jogadores da seleção e de Tite, garantiria a realização da Copa América sem sobressaltos e atenderia ao desejo manifestado por presidentes de outras confederações nacionais, da Conmebol e até de representantes da Fifa: tirá-lo da organização do torneio. O cartola continuou a negar essa possibilidade. A pelo menos um presidente de federação do Nordeste disse que se sair, a chance de não voltar é grande.

Um problema para Caboclo se tornou o isolamento. A não por alguns presidentes de federações estaduais do Nordeste, ele não contava mais com apoios políticos. Mais importante do que isso, seus diretores na CBF, quase todos os que o aconselharam a se afastar, já estavam cansados da instabilidade e das variações de humor do dirigente que, em dias ruins, os tratava mal. Às vezes, aos palavrões.

O vácuo no poder da confederação será discutido nesta segunda-feira (7), para quando foi convocada uma reunião extraordinária dos oito vices da entidade. Dois deles disseram à reportagem que quase todos estarão presentes. Há dúvida a respeito da presença de Fernando Sarney, que está em quarentena por causa da Covid-19.

Alguns vices da CBF já foram sondados sobre a possibilidade de assumir o lugar do atual presidente na organização da Copa América. Por ter sido decidido às pressas que a sede seria o Brasil, não houve tempo para montar um comitê organizador. Tudo tem sido resolvido por Caboclo. Mas a polêmica de abrigar o torneio faz com que os demais cartolas tenham mostrado resistência em herdar a atribuição.

Segundo pessoas ouvidas pela reportagem, o receio de Caboclo era que, sem o poder da presidência da CBF, ele voltasse ao ostracismo. O hoje homem mais poderoso do futebol brasileiro nunca foi uma liderança nem mesmo no seu clube do coração, o São Paulo. Subiu na Federação Paulista de Futebol e depois na CBF sob as bênçãos de Marco Polo Del Nero, banido do futebol pela Fifa, mas ainda consultado por Caboclo quanto à decisões da entidade, como mostraram áudios obtidos pela ESPN.

Na luta pela sua sobrevivência política, Caboclo manteve contatos constantes com dirigentes estaduais. No governo federal, ele encontrou o interlocutor que procurava, onde foi incentivado a resistir no cargo e até ouviu sugestões de demitir Tite do comando da seleção brasileira. Era uma possibilidade que alarmava a cartolagem, pela certeza de que os jogadores se recusariam a disputar a Copa América e poderia causar um dano à imagem não apenas da competição, mas da CBF.

A pressão contra o presidente Caboclo vinha também de fora de campo. Neste domingo (6), a reportagem questionou os patrocinadores da confederação acerca das denúncias. O banco Itaú disse estar preocupado com as acusações e que "acompanhará de perto a apuração do caso".

A Gol se disse preocupada e que irá "acompanhar de perto as apurações e desdobramentos", enquanto a Mastercard pediu investigações profundas e rápidas sobre as "sérias alegações". "Manifestamos nossa profunda preocupação com os relatos divulgados, pois reportam práticas que não toleramos. Seguimos atentos à apuração do caso e esperamos uma análise com a seriedade e rapidez que a situação requer, escreveu a Ambev.

A Vivo respondeu, ao colunista Rodrigo Mattos, do Uol, que "repudia qualquer ato de assédio ou discriminatório". Ao mesmo porta, a Nike afirmou que seguirá "acompanhando de perto à apuração do caso e qualquer investigação futura".

Ao TNT Sports, a Fiat disse que "não temos como nos manifestar no momento", e a Semp TLC declarou que não tolera este tipo de conduta e que "aguarda a apuração criteriosa dos fatos a fim de ponderar acerca das correspondentes implicações".

Cimed, Kin Analytics, 3 Corações, TechnoGym e Pague Menos não responderam até a publicação deste texto. A StasSports não foi encontrada para se manifestar.


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