quinta-feira, 27 de maio de 2021

Bolsonaro vai ao STF para derrubar lockdown em Pernambuco e mais 2 estados

Medidas foram adotadas por Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraná

         Por Folhapress

Bolsonaro chegou a ameaçar baixar um decreto contra medidas restritivas de governadores e prefeitos - Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro André Mendonça (Advogado-Geral da União) ingressaram nesta quinta-feira (27) com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal) para derrubar decretos com medidas de lockdown e de toque de recolher adotadas por Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraná.

"O intuito da ação é garantir a coexistência de direitos e garantias fundamentais do cidadão, como as liberdades de ir e vir, os direitos ao trabalho e à subsistência, em conjunto com os direitos à vida e à saúde de todo cidadão, mediante a aplicação dos princípios constitucionais da legalidade, da proporcionalidade, da democracia e do Estado de Direito", informou a AGU em nota.

De acordo com a Advocacia-Geral da União, a ação não questiona decisões anteriores do STF, que reconheceram a competência dos entes subnacionais na adoção de medidas de enfrentamento da pandemia. "Porém, considera que algumas dessas medidas não se compatibilizam com preceitos constitucionais inafastáveis, como a necessidade de supervisão parlamentar, a impossibilidade de supressão de outros direitos fundamentais igualmente protegidos pela Constituição e a demonstração concreta e motivada de que tais medidas atendem ao princípio da proporcionalidade", diz o comunicado divulgado na noite de quinta.

Bolsonaro chegou a ameaçar baixar um decreto contra medidas restritivas de governadores e prefeitos e até sinalizar que poderia acionar o Exército para o cumprimento da determinação. A nova investida de Bolsonaro é resultado de uma recente conversa do mandatário com o presidente do STF, ministro Luiz Fux.

Na ocasião, Bolsonaro sondou Fux se haveria margem para que a corte flexibilizasse o entendimento de que governadores e prefeitos têm autoridade para determinar políticas restritivas, como a interrupção de atividades econômicas. O magistrado, porém, deixou claro que não há chance de o tribunal reverter a própria decisão.

A decisão do STF que reconheceu a competência dos entes federados em medidas sanitárias de combate à Covid é alvo de queixas de Bolsonaro, que já acusou o tribunal de ter delegado superpoderes a governadores e prefeitos. Bolsonaro também argumentou que a decisão judicial impediu a União de tomar ações referentes à pandemia nessas cidades e estados, o que é falso.

Mais recentemente, o presidente criticou o julgamento do STF que permitiu que gestores locais fechem templos religiosos para evitar aglomerações e conter a disseminação do vírus.

"Lamento superpoderes que o STF deu a governadores e prefeitos para fechar inclusive salas e igrejas de cultos religiosos. É o absurdo dos absurdos", disse Bolsonaro, em abril deste ano. Na conversa com Fux, Bolsonaro ouviu que a interpretação da "competência concorrente" da União, estados e municípios na área da saúde está consolidada no Supremo, mas disse que o governo poderia provocar o tribunal com novas solicitações e argumentos.

Em conversas reservadas, ministros avaliam que há espaço para discutir uma determinação para que gestores sejam obrigados a fundamentar suas decisões de fechamento de comércios e outras atividades. Os magistrados acreditam que isso já é feito na maioria dos casos e que essa nova regra não atrapalharia governadores e prefeitos no enfrentamento da Covid-19. Auxiliares de Bolsonaro, por sua vez, avaliaram que obrigar governadores e prefeitos a fundamentar suas ações seria uma saída intermediária, com alguma chance de sucesso entre os integrantes do tribunal.

A apresentação de ação no Supremo também seria uma forma de Bolsonaro acenar a sua base mais radical e dizer que cumpriu suas promessas de agir contra as ações de governadores e prefeitos.

Em discursos nas últimas semanas, o presidente afirmou que poderia editar um decreto que garantisse a abertura de atividades econômicas. Ele também já ameaçou determinar que o Exército vá às ruas para garantir o cumprimento desse decreto, mesmo contra normas estaduais e municipais.

"O que está em jogo e alguns [governadores e prefeitos] ainda ousam por decretos subalternos nos oprimir? O que nós queremos do artigo 5º [da Constituição] de mais importante? Queremos a liberdade de cultos, queremos a liberdade para poder trabalhar, queremos o nosso direito de ir e vir, ninguém pode contestar isso", declarou o presidente, no início de maio.

Em um recado ao STF, Bolsonaro emendou: "Não ouse contestar [o decreto], quem quer que seja. Sei que o Legislativo não contestará". Caso concretize o envio da ação, não será a primeira vez que Bolsonaro contesta medidas de governadores e prefeitos no STF.

Em meados de março, ele pediu que a Corte suspendesse decretos editados por três estados e argumentou que governadores e prefeitos não poderiam tomar medidas do tipo. O ministro Marco Aurélio, do STF, rejeitou as argumentações do governo.

Medidas restritivas têm se multiplicado no interior do estado de São Paulo diante do avanço da Covid. Várias cidades decretaram lockdown, fechando até farmácias e supermercados. Diante do quadro crítico em Pernambuco, o governo estadual decretou medidas restritivas mais rígidas em 65 municípios localizados no agreste do estado.

De 26 de maio ao dia 6 de junho, escolas públicas e privadas estão proibidas de funcionar nessas cidades. Também foram fechados clubes sociais, shoppings centers e galerias comerciais. No Recife e na região metropolitana, as medidas valem apenas para os dois próximos fins de semana. Praias e parques, incluindo os calçadões, não vão funcionar.

O governo do Rio Grande do Norte determinou toque de recolher das 22h às 5h, entre os dias 22 de maio e 6 de junho, em 37 municípios da região do alto oeste. Houve proibição de venda de bebidas alcoólicas e de consumo em espaços públicos.


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Diretor do Butantan diz que ações de Bolsonaro impediram entrega de 100 milhões de vacinas até maio

Dimas Covas afirmou que seria possível ter entregue os imunizantes desenvolvido em parceria com o laboratório chinês Sinovac, se não houvesse interrupção nas negociações.

             Por Folhapress

Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas durante a CPI da Covid - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em depoimento à CPI da Covid, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que as falas do presidente Jair Bolsonaro resultaram na paralisação por três meses do processo de compra da vacina Coronavac,

Covas afirmou que seria possível ter entregue 100 milhões de doses até maio deste ano do imunizante desenvolvido em parceria com o laboratório chinês Sinovac, se não houvesse interrupção nas negociações.

Em outra frente, o diretor do Butantan também disse que manifestações contra a China do presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e outros integrantes do governo, acarretam dificuldades para obter insumos para as vacinas. Dimas Covas presta nesta quinta-feira (27) depoimento na CPI da Covid.

O diretor do Instituto Butantan afirmou que a primeira proposta de venda de vacinas para o Ministério da Saúde aconteceu em julho, assim como houve um pedido de recursos para a construção de uma fábrica de vacinas e para a realização de testes clínicos para o imunizante. Nenhuma dessas comunicações recebeu resposta positiva.

Covas também contrariou a fala do ex-ministro Eduardo Pazuello à comissão, de que não recebeu ordens do presidente Jair Bolsonaro para não comprar a Coronavac e que falas do presidente não impactaram a negociação.

O diretor afirmou que havia a expectativa de assinatura do contrato em outubro, mas as declarações de Bolsonaro foram seguidas da suspensão por três meses das negociações.

"Todas essas negociações que ocorriam com troca de equipes técnicas, com troca de documentos, a partir desse momento elas foram suspensas. Quer dizer, houve, no dia 19, um dia antes da reunião com o ministro, um documento do ministério que era um compromisso de incorporação, mas, após, esse compromisso ficou em suspenso e, de fato, só foi concretizado em 7 de janeiro", afirmou.

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), então, divulgou áudios com a fala de Bolsonaro no dia 20, nos quais afirma: "já mandei cancelar, quem manda sou eu. Não abro mão da minha autoridade". Em outro áudio reproduzido, um dia depois, Pazuello afirma "é simples assim: um manda e outro obedece".

Covas afirmou que existe, sim, relação entre os fatos. "Infelizmente, essas conversações não prosseguiram, porque houve, sim, aí, uma manifestação do presidente da República, naquele momento, dizendo que a vacina não seria, de fato, incorporada, não haveria o progresso desse processo", disse.

"Óbvio que isso causa, sem dúvida nenhuma, uma frustração da nossa parte, mas, enfim, faz parte. E voltamos ao Butantan e continuamos o projeto, quer dizer, isso não foi motivo para nós interrompermos o desenvolvimento da vacina, mas aí já com algumas dificuldades, ou seja, a inexistência de um contrato com o ministério, que é o nosso único cliente, colocava, de fato, uma incerteza em termos de financiamento", completou.

O diretor do Butantan afirma que inicialmente esse contrato em outubro iria prever a aquisição de 100 milhões de doses da vacina, mas em seguida o Ministério da Saúde decidiu reduzir a quantia para 46 milhões. Esse segundo contrato seria suspenso, só sendo reativado em janeiro.

"Se tivéssemos o contrato com quantitativo maior, de 100 milhões de doses, o cronograma seria outro, poderia ter sido cumprido até maio", disse.

O governo fechou contrato com o Butantan em janeiro. As mesmas 100 milhões de doses agora estão previstas para setembro, mas o cronograma pode sofrer alteração por causa das dificuldades para obter insumos.

Covas afirmou que seria possível que 10 milhões de doses fossem entregues em dezembro de 2020.

Vale ressaltar, no entanto, que a autorização para uso emergencial só foi concedida em 17 de janeiro pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Sobre a dificuldade em receber insumos, o diretor do Butantan afirmou que as declarações do presidente e membros do seu governo atrapalham as tratativas para agilizar a liberação pelo governo chinês.

"Não precisa dizer que tem problema de relacionamento. Isso é senso comum. Quer dizer, cada declaração que ocorre aqui no Brasil repercute na imprensa da China. As pessoas da China têm grande orgulho da contribuição que a China dá ao mundo neste momento. Então, obviamente isso se reflete nas dificuldades burocráticas, que eram normalmente resolvidas em 15 dias, e hoje demoram mais de mês para serem resolvidas", afirmou.

"O embaixador da China deixou isto muito claro naquele momento: que posições que são antagônicas, que desmerecem a China, causam, obviamente, inconformismo do lado chinês", completou.

Dimas Covas afirmou que já é possível ver resultados da distensão que veio com a saída do chanceler Ernesto Araújo, substituído por Carlos França. Teria sido notável uma "evolução na postura" do governo.

"Olha, do meu ponto de vista, foi a primeira vez em que eu tive uma reunião, a que eu fui convidado, estando presentes o ministro das Relações Exteriores, o ministro da Saúde e o ministro Paulo Guedes. O fato de eu ter sido convidado e, da mesma forma, o fato de a Presidente da Fiocruz ter sido convidada, acho, mostram uma evolução nessa postura", afirmou.

Um dos momentos da sessão se deu após o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) reproduzir trecho de um documentário, com um áudio vazado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

""Ele [grupo chinês] está falando com um cliente de R$ 2,5 bilhões! Só tem um cara que tá se expondo aqui: sou eu. Fundamentalmente, sou eu. Eu tô no primeiro plano dessa história. Publicamente. Ainda sofrendo ataque do Bolsonaro, bolsominion, bolso não sei do quê", afirma Doria, no áudio.

Rogério apontou que o vídeo seria uma prova do uso político que Doria faz da vacina. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), saiu em defesa do governador paulista.

Aziz o cortou para dizer que a fala foi uma demonstração de um agente político que estava em busca de vacinas. Marcos Rogerio ficou irritado e pediu a Aziz que controlasse sua "sanha" e depois o presidente também foi acusado de atuar como "advogado de São Paulo".

Em outro momento, após pergunta da senadora Simone Tebet (MDB-MS), Covas disse à que uma terceira dose da Coronavac está em estudo pelo instituto.

"Eu não tenho chamado de terceira [dose], mas de [dose de] reforço. Isso será necessário a todas as vacinas. Não só em relação à própria duração da imunidade, mas em relação às variantes", disse Covas.

Segundo ele, a resposta de anticorpos induzidos pela vacina às novas variantes, como a África do Sul e à da Índia, é inferior à cepa original.

"Portanto uma dose adicional já com as variantes está sendo pesquisada, inclusive por Butantan, que já incorpora essa variante chamada P1 nos estudos em andamento, inclusive com a Butanvac, prevendo que ela seja produzida", contou.

O diretor do instituto ainda afirmou, em resposta a pergunta da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que a segunda dose da Coronavac pode ser tomada em tempo superior a 28 dias, período recomendado, que ainda surtirá a produção de anticorpos. O importante, reforçou Covas, é tomar as duas doses.


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OIE reconhece seis estados como livres de aftosa sem vacinação

 

Paraná foi reconhecido como zona livre de peste suína clássica

CNA/Wenderson Araujo/Trilux

A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) reconheceu, hoje (27), os estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia como áreas livres de febre aftosa sem vacinação. A certificação também foi concedida a 14 cidades do Amazonas e a cinco municípios do Mato Grosso. Além disso, o Paraná também foi distinguido como zona livre de peste suína clássica independente.

A decisão foi anunciada esta manhã, durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE. 

“É uma importante conquista para a agropecuária brasileira”, comemorou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante uma webconferência da qual participaram representantes dos seis estados.

Ela lembrou que, até ontem (26), apenas Santa Catarina desfrutava do reconhecimento internacional como área livre da febre aftosa sem vacinação. “Ela [o reconhecimento pela OIE] abre diversas possibilidades para que o ministério trabalhe para alcançarmos novos mercados para as carnes bovina e suína, bem como pela ampliação dos tipos de produtos exportados para os países aos quais já temos acesso”.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com o reconhecimento da OIE, mais de 40 milhões de cabeças de gado, ou cerca de 20% do rebanho bovino, deixarão de ser vacinadas contra a doença. O que representará uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões para os produtores rurais. Isso sem levar em conta a redução dos custos com a criação de suínos. De acordo com a ministra Tereza Cristina, quase metade do rebanho suíno se concentra nas áreas reconhecidas pela OIE.

Para a ministra, o reconhecimento exigirá do Brasil o “fortalecimento contínuo” dos serviços veterinários dos estados contemplados. “A responsabilidade do serviço veterinário oficial aumenta com esta mudança de status sanitário, cuja manutenção dependerá da continuidade do apoio e do investimento nos serviços de defesa agropecuária”, disse Tereza Cristina, atribuindo a decisão da OIE ao reconhecimento do “elevado padrão sanitário da nossa pecuária”.

Estados

O governador do Acre, Gladson Cameli, agradeceu a ajuda do Mapa e de parlamentares aos produtores rurais acrianos. “Não podíamos falar em deixar de vacinar, mas, hoje, temos esta carta branca.”

Já o governador do Amazonas, Wilson Lima, destacou que a decisão da OIE ajuda os estados que obtêm o reconhecimento a superarem eventuais desconfianças do mercado internacional. “Isso agrega valor ao que é produzido na região sul do estado, onde há um potencial muito grande para o agronegócio, um potencial muito grande não só para a pecuária, mas também para plantação de grãos”, disse o governador, nomeando as 14 cidades amazonenses distinguidas: Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini, Guajará, Envira, Eirunepé, Ipixuna, Itamarati e parte de Tapauá.

Em Mato Grosso, os cinco municípios contemplados com a decisão da OIE são Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína, na região noroeste do estado. Em nota, o governador Mauro Mendes comentou que o reconhecimento internacional pode impulsionar as exportações. “A carne mato-grossense alcançará mercados internacionais com melhores remunerações. Teremos a certificação que comprova que a carne daqui é produzida com sanidade e sustentabilidade”, disse.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior, comemorou o reconhecimento em sua conta pessoal no Twitter. “O Paraná está livre de febre aftosa sem vacinação! Esse é maior anúncio do agronegócio do Paraná nos últimos 50 anos! Uma conquista histórica”.

Também o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, usou as redes sociais para comemorar a certificação internacional. “Dia de celebrar a certificação internacional do estado como zona livre de aftosa sem vacinação, para a qual batalhamos e nos dedicamos muito. É uma conquista da nossa equipe de governo, com todo o apoio do Mapa, mas é ainda mais dos pecuaristas”, escreveu Leite.

“Tenho certeza de que este acontecimento fortalecerá a região Norte. É um feito de suma importância para a valorização da nossa carne e do nosso rebanho. E, com certeza, em breve, conquistaremos todo o Brasil. Tenhamos a firmeza para continuarmos vigilantes”, comentou o vice-governador de Rondônia, José Atílio Salazar Martins. (Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Fernando Fraga



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Girão espalha fake news na CPI e fala em células de fetos abortados na Coronavac (vídeo)

 

(Foto: Jefferson Rudy)


Senador da base governista, Eduardo Girão questionou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, sobre a presença de células "extraídas de fetos abortados" na CoronaVac.

As fake news continuam viralizando nas redes sociais durante as investigações da CPI da Covid. Nesta quinta-feira (27), o senador da base governista, Eduardo Girão, insinuou que a CoronaVac é feita com células de fetos que foram abortados.

O boato de que vacinas são feitas com fetos abortados é antigo, tendo sendo desmentido em outras oportunidades. A CoronaVac, por sua vez, nunca utilizou esse tipo de material.

Ela é feita com o SARS-CoV-2 inativado e replicado em em outra família de células, as Vero. Essas são derivadas do rim de um macaco dos anos 1960. (Sputnik Brasil).




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Guedes: auxílio emergencial pode ser renovado se pandemia continuar

 

PEC aprovada em 2020 permite extensão do benefício, diz ministro

Washington Costa/Ascom/ME

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo pode prorrogar o auxílio emergencial, caso a pandemia da covid-19 se agrave no país e o programa de imunização não atinja níveis suficientes para a maior parte da população. Pelo prazo atual, o benefício será pago até julho.

Segundo o ministro, já existe uma proposta de emenda à Constituição (PEC) aprovada no ano passado, que permite o aumento de gastos para cobrir as necessidades de combate e reflexos da pandemia e, por meio dela, é possível estender o pagamento, como foi feito para este ano.

“Se Deus quiser, teremos dias melhores à frente e vamos celebrar também o fim dessa doença, mas o auxílio emergencial é uma arma que nós temos e pode, sim, ser renovado. Se, ao contrário do que esperamos, se a doença continuar fustigando, e as mortes continuam elevadas, a vacina, por alguma razão não está chegando, tem que renovar, vamos ter que renovar”, afirmou Guedes, ao participar hoje (27) do encontro Diálogos com a Indústria, realizado em um hotel de Brasília, pela Coalizão Indústria, que conta com a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e congrega 15 entidades.

Apesar disso, não é com esta possibilidade que o governo está trabalhando neste momento, disse o ministro. “Não é a nossa expectativa hoje. A expectativa é que está avançando a imunização, mas vamos observar. O auxílio é uma ferramenta para uma camada de proteção e, sim, que tem que ser renovado. Hoje achamos que, se a vacinação em massa progride, pode ser que não seja necessário [ampliar o pagamento do auxílio]”, afirmou.

Para Guedes, a resposta para se vai haver ou não a prorrogação do auxílio emergencial é a pandemia e o ritmo de vacinação. “Se nós tivermos vencendo o combate, a vacinação em massa e, mais, até o final de julho, tivermos vacinado 60%, 70% da população e com 100% da população idosa vacinada, onde está a maior parte da incidência de óbitos. Se nós atingirmos o controle da pandemia através da imunização, porque antes era a ideia de imunização de rebanho, não se falava em vacina, nunca se falou em vacina, teste em massa, quando a doença chegou, depois é que foram se desenvolvendo estes armamentos adicionais. Desenvolveu-se a vacina e começou a busca pela vacina”, informou, acrescentando que, além dos percentuais mais elevados de vacinação, vai ser considerada a queda nos casos de óbitos com retorno aos níveis registrados no fim da primeira onda entre 100 e 300 por dia.

“Hoje é fácil dizer que o governo não viu isso e aquilo. Na verdade, o Brasil inteiro foi para as eleições. Se a classe política achasse que a doença estava aí, firme e forte ainda, ela tinha adiado as eleições. Havia uma convicção de que a doença estava arrefecendo. Aconteceram as eleições, depois vieram as festas de fim de ano, as festas dos mais jovens”, destacou.

Guedes comentou que, embora o programa anterior para a liberação do auxílio emergencial tivesse prazo para terminar em 31 de dezembro de 2020, algumas parcelas ainda seriam pagas nos dois primeiros meses deste ano. “A economia ainda estava relativamente protegida por dois meses. Dois meses e meio depois, então, entraram os nossos programas de novo.”

Segundo o ministro, o cálculo da primeira fase do auxílio tinha sido feito com base em expectativas do Ministério da Saúde sobre a evolução da pandemia logo no começo dos casos no Brasil. O cenário, no entanto, não se confirmou, e veio a segunda onda e a necessidade de novos auxílios.

De acordo com Guedes, aí entrou o timing político que foi o processo eleitoral das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado. “Existia o protocolo, que era uma PEC que já renovava, já tinha cláusula de calamidade pública. Era apertar o botão e disparava tudo outra vez, era o nosso aprendizado. Só que havia um processo político. Quem dá o timing das coisas que acontecem é a política. Estava vindo uma eleição com disputa forte de quem seria o presidente da Câmara e o presidente do Senado. Então, acabamos esperando”, disse Guedes. Após a eleição de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado, Guedes reuniu-se com os dois no Ministério da Economia, e o assunto era auxílio emergencial e vacina. (Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Nádia Franco


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Secretaria de Saúde abre agendamento a partir desta quinta(27) para vacinação de profissionais autônomos e liberais em Petrolina

           Via: Carlos Britto

Foto: Jonas Santos/PMP divulgação

A Prefeitura de Petrolina abriu, nesta quinta-feira (27), o agendamento para a vacinação contra a Covid-19 para profissionais autônomos e liberais no município. Para receber o imunizante será preciso estar cadastrado e agendado na plataforma digital.

A Secretaria Municipal de Saúde destaca que, de acordo com o Ministério da Saúde e o Ministério Público Federal, os profissionais dos estabelecimentos de serviços de interesse à saúde, a exemplo de academias de ginástica, clubes, salão de beleza, clínica de estética, óticas, estúdios de tatuagem e estabelecimentos de saúde animal não serão contemplados neste momento da fase de vacinação. Para saber quem está na lista de contemplados nesta fase é só clicar no link.

As aplicações serão realizadas nesta sexta, sábado e domingo (28, 29 e 30), das 8h às 17h, no pavilhão de aulas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), no Centro. No dia da imunização é necessário estar portando documento oficial com foto, cartão SUS ou CPF, comprovante de residência, conselho de classe ativo e imposto de renda de 2019 ou 2020. Quem não declara imposto precisar levar a declaração da isenção do IR.


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Pernambuco autoriza vacinação contra Covid-19 de todos os grupos prioritários e pessoas com 59 anos

            Por Portal Folha de Pernambuco

Vacina da Pfizer - Foto: Aluisio Moreira/SEI

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, autorizou, nesta quinta-feira (27), a vacinação contra a Covid-19 de todos os grupos prioritários previstos no Plano Nacional de Imunização (PNI) e de pessoas com 59 anos de idade.

Com o ajuste no plano de vacinação, o Estado começará a imunizar trabalhadores da educação, motoristas e cobradores do transporte público, agentes penitenciários, caminhoneiros, pessoas privadas de liberdade e outras categorias [veja a lista completa abaixo].

“Nossa luta contra a Covid-19 vai entrar numa nova fase. Ajustamos nosso plano estadual de imunização, pactuamos com as secretarias municipais de saúde e vamos acelerar a vacinação da nossa população. Estamos autorizando todas as prefeituras pernambucanas a iniciar, a partir de hoje, a imunização de todos os grupos prioritários previstos no PNI”, informou Paulo Câmara.

Ainda de acordo com o governador, o Estado continua empenhando esforços para otimizar ao máximo os estoques de vacinas que permitam avançar o mais rápido possível e alcançar mais pessoas, inclusive reduzindo a faixa etária, que estava em 60 anos. 

“Vários países do mundo, que estão com a imunização avançada, já mostraram que é possível superar essa pandemia e retomar o crescimento econômico e o convívio social”, explicou.

O agendamento dos novos grupos prioritários e o avanço para a faixa etária de 59 anos de idade estão devidamente autorizados e serão organizados de acordo com o esquema de cada município.

Grupos prioritários autorizados a partir desta quinta-feira:
- Pessoas com 59 anos ou mais (nova faixa etária autorizada em - Pernambuco)
- Trabalhadores da Educação do Ensino Básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA)
- Trabalhadores da Educação do Ensino Superior
- Forças Armadas
- Trabalhadores de Transporte Coletivo Rodoviário de Passageiros
- Trabalhadores de Transporte Metroviário e Ferroviário
- Trabalhadores de Transporte Aquaviário
- Caminhoneiros
- Trabalhadores Industriais
- Trabalhadores da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
- Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade
- População Privada de Liberdade
- Pessoas em Situação de Rua (18 a 59 anos)

Grupos prioritários já autorizados:
- Pessoas com 60 anos ou mais abrigadas em instituições
- Pessoas com Deficiência abrigadas em instituições
- Povos indígenas
- Trabalhadores de Saúde
- Pessoas com 60 anos de idade ou mais
- Povos e Comunidades tradicionais Quilombolas
- Pessoas com comorbidades e gestantes e puérperas com ou sem comorbidades
- Pessoas com Deficiência Permanente
- Forças de Segurança e Salvamento
- Trabalhadores de Transporte Aéreo
- Trabalhadores Portuários



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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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