“Precisamos de união para derrotar esse fascista e essa coisa que não entende do Brasil e do povo“, afirmou o ex-presidente em ato para milhares na Cinelândia, no Rio de Janeiro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, ao se referir ao presidente Jair Bolsonaro (PL), ter certeza de que é melhor do que “essa coisa” que está no governo, e reiterou sua garra para recuperar o país se for eleito na eleição de outubro.
Em um discurso para milhares de pessoas em evento na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, que teve segurança reforçada até com detectores de metal no acesso do público, Lula fez diversos ataques ao governo e a Bolsonaro, que será candidato à reeleição.
"Precisamos humanizar esse país“, disse Lula. “Precisamos de união para derrotar esse fascista e essa coisa que não entende do Brasil e do povo“, acrescentou.
Lula lidera as pesquisas de intenção de voto e venceria no primeiro turno se a eleição fosse hoje, de acordo com os levantamentos mais recentes.
O ex-presidente admitiu que quando foi eleito pela primeira vez, em 2002, teve medo e até "dor de barriga" por achar que poderia fracassar no governo e decepcionar o povo. Dessa vez, afirmou, está extremamente empolgado para mais um governo.
“Posso não ser melhor do que ninguém, mas melhor do que essa coisa que está aí tenho certeza que sou“, afirmou. “Se vocês soubessem a garra que estou de governar e como vamos recuperar o país, vocês não sabem. Estou com 76 anos, energia de 30 e tesão político de 20“, disse.
Antes da chegada de Lula, houve um momento de tensão no evento, quando fogos de artifício foram lançados na direção do público. O incidente provocou uma pequena correria, mas a situação foi rapidamente contornada e não houve feridos.
O evento aconteceu na Cinelândia, tradicional ponto de manifestações políticas na cidade desde os tempos do movimento “Diretas Já“.
Pela primeira vez, no entanto, o local foi cercado por tapumes de metal para controlar a entrada de pessoas. Nos acessos, seguranças usaram detectores de metal para revistar o público.
Do lado de fora, centenas de pessoas ocuparam ruas, calçadas e escadarias do Theatro Municipal, Biblioteca Nacional e Câmara dos Vereadores para acompanhar a fala de Lula. Por Rodrigo Viga Gaier (Reuters).
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