domingo, 9 de outubro de 2022

Lula arrasta multidão em BH e diz que "responsabilidade fiscal é questão de caráter"

Ex-presidente que entregou os maiores superávits da história do Brasil foi cobrado neste domingo pelos jornais da mídia corporativa, mas respondeu de forma incisiva

Luiz Inácio Lula da Silva em Belo Horizonte - 09.10.2022 (Foto: Ricardo Stuckert)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que produziu o maior ciclo de prosperidade capitalista da história do Brasil, com crescimento médio de 4,5% ao ano, 10 milhões de empregos, os maiores superávits fiscais já registrados e a inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média, rebateu neste domingo, em Belo Horizonte, as críticas infundadas que recebeu de dois jornais da mídia corporativa: Globo e Folha. Confira:


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo (09/10), durante entrevista coletiva em Belo Horizonte (MG), que sempre teve responsabilidade fiscal em seus governos, com cumprimento de superávit primário todos os anos e crescimento econômico médio anual de 4,5%. Segundo Lula, responsabilidade fiscal é uma questão de caráter. “A gente só pode gastar aquilo que ganha”, afirmou.

Lula afirmou que o Brasil voltará a ter uma economia pujante. “Esse país precisa voltar a ter relações com o mundo exterior. O Brasil, durante todo o período do meu mandato, foi protagonista internacional. Eu fui o único presidente da República na história do Brasil que participou de todas as reuniões do G8. Eu fui um dos presidentes que ajudou a criar o G20”, disse ele, em resposta aos jornalistas.

Questionado sobre a condução na economia, o ex-presidente ressaltou o legado econômico e a responsabilidade fiscal que foram a marca de suas gestões. “Fui o único presidente da República que cumpriu o superávit primário durante todo meu mandato, dando a demonstração de que responsabilidade não é questão de lei, é de caráter, por isso eu sou contra o teto de gastos”, disse. “Um presidente da República que teve o mandato mais bem sucedido na economia”, destacou.

Superávit primeiro é o resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo. Já o teto de gastos, instituído pela Emenda Constitucional 95, limita a capacidade de investimento do Estado, impedindo a ampliação de políticas públicas que beneficiem a população.

“Eu não preciso de uma lei para ser responsável. Eu aprendi na minha formação política que a gente só pode gastar aquilo que a gente ganha, que produz, e se a gente tiver que fazer dívida tem que ser aquela que nós podemos pagar, uma dívida para construir um ativo que possa dar retorno financeiro para quem fez o investimento”, completou Lula.

Segundo Lula, ao assumir a Presidência, em 2003, economistas diziam que o Brasil estava quebrado, sem conserto, com inflação a 12%, desemprego a 12%, dívida interna pública de 60,5% do PIB e devedor do FMI.

“Quando entrei no governo, a primeira coisa que a gente fez foi reduzir a dívida pública de 60,5% do PIB para 37% do PIB. Segundo, a gente trouxe a inflação de 12% para 4,5% que era o centro da meta, dois a mais e dois a menos durante todo o nosso mandato. Terceiro, nós geramos, em 13 anos, 22 milhões de empregos formais. Quarto, nós pagamos a dívida com o FMI e emprestamos 15 bilhões pro FMI. Éramos devedores e viramos credores do FMI”, listou o ex-presidente.

Lula destacou ainda as reservas internacionais, que o país não tinha antes de seu governo. “Conseguimos fazer pela primeira vez na história do Brasil uma reserva que até hoje é a salvação da lavoura porque é ela que faz com que o país não quebre. Mais ainda. A gente teve um crescimento do PIB médio de 4,5% ao ano que foi o mais importante crescimento.”, completou. Brasil247.




BLOG DO BILL NOTICIAS

Milhares de pessoas protestam nos EUA pelo direito ao aborto antes de eleições-chave

 

Em Washington, uma multidão composta principalmente de mulheres gritava "não vamos retroceder" enquanto marchavam com cartazes pedindo um "tsunami feminista"


                             Por AFP

Milhares de pessoas se reuniram em cidades dos Estados Unidos neste sábado (8) para protestar contra a derrubada do direito federal ao aborto pela Suprema Corte e para pedir aos eleitores que aderem a uma "onda azul" democrata nas eleições-chave de meio de mandato, em novembro.

Em Washington, uma multidão composta principalmente de mulheres gritava "não vamos retroceder" enquanto marchavam com cartazes pedindo um "tsunami feminista" e para que as pessoas "votem para salvar os direitos das mulheres".

"Não quero ser obrigada a voltar para uma época diferente", disse à AFP Emily Bobal, uma estudante de 18 anos.

"É um pouco ridículo que ainda tenhamos que fazer isso em 2022", continuou, acrescentando que teme que a Suprema Corte, dominada pelos conservadores, tenha como alvo agora o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Vários manifestantes usavam braçadeiras ou lenços verdes, cor que simboliza o direito ao aborto. Outros usavam azul - a cor do Partido Democrata - com enormes bandeiras e faixas pedindo uma simbólica "onda azul" de eleitores para ir às urnas em 8 de novembro.

Alguns apareceram e fizeram uma contra-manifestação exortando a multidão a "encontrar Jesus Cristo", enquanto outros gritavam que "aborto é assassinato". Eles foram recebidos com vaias.

Comícios semelhantes ocorreram em cidades como Nova York e Denver.

Pesquisas mostram que os democratas têm apenas uma pequena chance de manter o controle da Câmara Baixa, mas suas chances são melhores no Senado, igualmente dividido, onde a vice-presidente democrata, Kamala Harris, tem o voto de desempate.

Enquanto os republicanos fizeram campanha principalmente em torno do aumento dos preços, contra a imigração e o crime, os democratas liderados pelo presidente Joe Biden querem mudar o debate para o direito ao aborto e a defesa da democracia.

Suprema Corte em junho encerrou décadas de proteção federal dos direitos ao aborto, deixando para cada estado definir seus próprios padrões.

Desde então, vários estados liderados por republicanos proibiram ou restringiram severamente o acesso ao procedimento, provocando uma série de processos legais.


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