quinta-feira, 20 de junho de 2019

Na Espanha, médico da UPAE de Petrolina participa de Congresso Europeu de Reumatologia

   Via:Carlos Britto
Médico Ramon Carvalho Cavalcanti. (Foto: Divulgação)

O médico da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE)/Imip, Ramon Carvalho Cavalcanti, participou do Congresso Europeu de Reumatologia, que aconteceu entre os dias 12 e 15 de junho em Madri, na Espanha.
O evento é promovido pela Liga Europeia contra o Reumatismo (EULAR) – que é uma organização que representa o paciente, o profissional de saúde e as grandes sociedades científicas da reumatologia – e tem como objetivo estimular, promover e apoiar a pesquisa, prevenção, tratamento e reabilitação de doenças reumáticas (que incluem doenças do tecido conectivo, locomotor e sistemas musculoesqueléticos).
O congresso, por sua vez, visa proporcionar um fórum do mais alto padrão de intercâmbio científico, educacional e social. “É o tipo de evento que promove uma experiência de troca muito importante, com debates envolvendo os principais especialistas do mundo. São possibilidades ilimitadas de desenvolvimento pessoal, network e acesso em primeira mão às novidades mais recentes relacionadas às pesquisas e aplicações clínicas na área da reumatologia”, assegura o médico.
Outro evento
Ainda de acordo com Ramon foi uma honra poder participar. “Em 2017 estive na reunião anual do American College of Rheumatology, que aconteceu em outubro, em San Diego na Califórnia, e este ano marquei presença neste outro evento em Madri, sempre levando o nome do Vale do São Francisco e da UPAE. Poder trazer esse conhecimento para um serviço público de saúde dá uma alegria danada”, comemora.
Ramon Carvalho Cavalcanti faz atendimento ambulatorial de reumatologia na Unidade de Petrolina. “A gente apoia e incentiva o ensino e a pesquisa, até porque essa é uma preconização do próprio Imip. Então nós fazemos questão de estimular e parabenizar os nossos profissionais que, com atitudes como essa, só nos engrandecem”, finaliza a coordenadora geral Grazziela Franklin.

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Santa Maria da Boa Vista: Ladrão entra em loja disfarçado de cliente e furta dinheiro

   Via:Carlos Britto
(Foto: 7ª CIPM/Divulgação)


Um homem furtou R$ 800 em uma loja de roupas na Praça Xisto Graciliano, no Centro de Santa Maria da Boa Vista (PE), no Sertão do São Francisco, ontem (19). De acordo com a 7ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), a proprietária contou que o suspeito chegou ao local se passando por cliente.
A quantia em dinheiro estava dentro da bolsa da proprietária da loja. Quando a vítima percebeu que o homem havia levado seu dinheiro, acionou a polícia, que conseguiu localizar o suspeito com a quantia mencionada. Vítima e suspeito foram encaminhados à delegacia, onde foi constatado que o homem estava com com alvará de soltura datado de 25/03/2019.


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EDUCAÇÃO - Universidade Federal de Pernambuco subiu no ranking das melhores do mundo

Foto: Ricardo Sales/Esp. DP. (Foto: Ricardo Sales/Esp. DP.)
Foto: Ricardo Sales/Esp. DP.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) subiu de patamar na edição 2020 do QS World University, ranking das melhores universidades do mundo. Ocupando o intervalo 801-1000 das 1.001 instituições internacionais mais bem avaliadas, a UFPE figura em 18ª posição entre as 19 unidades brasileiras ranqueadas no sistema.
 
Entre os quesitos avaliativos ponderados pelo Ranking Internacional, que é elaborado pela QS Quacquarelli Symonds, estão a reputação acadêmica das entidades analisadas e a quantidade de vezes em que estas universidades são citadas em pesquisas científicas.
 
De acordo com o Ranking, as melhores universidades do mundo são a Massachusetts Institute of Technology – MIT (EUA), Universidade Stanford (EUA), Universidade Harvard (EUA), Universidade Oxford (Reino Unido) e California Institute of Technology – Caltech (EUA).
 
No Brasil, as instituições mais bem colocadas são a Universidade de São Paulo (USP), a Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 116º, 214º e 358º lugar, respectivamente. (DP)




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MINISTRO - 'Eu saio', vaga no Supremo e 'escândalo do século': veja 10 frases de Moro na CCJ

  Por: AE
Foto: Pedro França/Agência Senado (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Foto: Pedro França/Agência Senado

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, prestou esclarecimentos para parlamentares na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (19), sobre as supostas mensagens trocadas com procuradores da Operação Lava Jato quando era juiz da 13ª Vara Criminal do Paraná, responsável pela operação na 1ª instância. Os diálogos foram divulgados pelo site The Intercept.

Durante a audiência, Moro reiterou em vários momentos o discurso que vem adotando desde a publicação das supostas mensagens, dizendo que conversas entre juízes, promotores e advogados são comuns e que não houve nenhuma ilicitude. O ministro também reiterou que não pode confirmar a veracidade de todos os conteúdos vazados.

Confira 10 frases ditas por Moro na audiência da CCJ do Senado:

'Eu saio'

"Estou absolutamente convicto das minhas ações como juiz. Se minhas comunicações com quem quer que seja sejam divulgadas, essa correção vai ser observada. Que o site apresente tudo para a sociedade ver se houve alguma incorreção. Se houve irregularidade de minha parte, eu saio. Mas não houve. Eu sempre agi na lei, de maneira imparcial", admitindo que pode deixar o cargo caso seja provada conduta ilegal nos diálogos.

Fantasia

"É uma fantasia. Não sei se vou querer, não sei se Bolsonaro me oferecerá, não está no radar", sobre ser indicado ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro, que já confirmou a intenção de convidar o ministro para a vaga em 2020.

'Escândalo do século'

"Se ele diz que tem o maior escândalo do século, divulga tudo, pega o material e entrega para as autoridades", disse sobre o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept.

'Grupo criminoso'

"A minha percepção é que não se trata de uma invasão de amadores mas de um grupo criminoso que visa prejudicar as investigações, as condenações pretéritas e as instituições de uma forma geral", sobre a suposta invasão hacker de seu celular e dos celulares de procuradores.

Sem medo

"Não estou com medo, não. Dizem: 'Ah, tem muito mais coisa'. Divulguem tudo de uma vez. Daí, a gente analisa, o Senado analisa, as pessoas analisam", sobre ameaças de novas mensagens a serem divulgadas pelo site The Intercept. 

Conluio

"Qual é o conluio? Qual é a convergência? O que havia no fundo era muita divergência. Agora, também houve parcial convergência, não quer dizer que eu, absolvendo alguém, tenha conluio com advogado e que, condenado alguém, tenha conluio com o Ministério Público".

'In Fux we trust'

"Posso ter mandado mensagem dizendo que confio em ministro, qual é o problema de ter mandado uma mensagem assim?", sobre a suposta mensagem em que diz "in Fux we trust" (em Fux nós confiamos), em relação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

Memória

"Querem que eu lembre de mensagens que mandei há dois anos?", disse, voltando a afirmar que as mensagens vazadas podem ter sido parcial ou totalmente adulteradas.

Fernando Henrique Cardoso

"O caso não era meu, nunca passou pelas minhas mãos", sobre uma suposta denúncia que seria feita contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, objeto de uma suposta conversa entre o ex-juiz e Dallagnol.

Projeto

"Espero que toda essa confusão não impacte em relação a esse projeto", em relação à tramitação do projeto anticrime enviado ao Congresso pela pasta comandada por Moro.





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APLICATIVO Procuradores da Lava Jato dizem que mensagens no Telegram foram excluídas

  Por: FolhaPress - FolhaPress
Foto: Divulgação/Telegram (Foto: Divulgação/Telegram)
Foto: Divulgação/Telegram

A força-tarefa da Lava Jato no Paraná divulgou uma nota nesta quarta-feira (19) afirmando que os procuradores da operação desativaram suas contas no aplicativo Telegram em seus celulares após ataques de hackers a partir de abril deste ano.

Foi nesse aplicativo que aconteceram as trocas de mensagens em grupos de procuradores e do coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, com o ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça. Os indícios de colaboração, revelados pelo site The Intercept Brasil, do à época juiz com a acusação provocaram uma crise de credibilidade na Operação Lava Jato.

Segundo o Ministério Público Federal no Paraná, desde abril os integrantes da força-tarefa têm constatado ataques às suas contas no Telegram, "inclusive com sequestro de identidade virtual". "Tendo em vista a continuidade, nos dias subsequentes, das invasões criminosas e o risco à segurança pessoal e de comprometimento de investigações em curso, os procuradores descontinuaram o uso e desativaram as contas do aplicativo Telegram nos celulares, com a exclusão do histórico de mensagens tanto no celular como na nuvem", disseram os procuradores em nota.

Ainda de acordo com o MPF, os procuradores, antes que a invasão dos aparelhos tivesse sido noticiada, avisaram a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal, que orientou a troca de aparelhos e dos números de telefone funcionais.

A força-tarefa diz ter reativado as contas no Telegram para evitar "sequestros de identidade virtual", mas lembra que isso não resgata o histórico de conversas excluídas. 

Após a revelação dos diálogos com o ex-juiz Moro, no último dia 9, o grupo de procuradores modificou o tom sobre as mensagens atribuídas a eles pelo The Intercept Brasil. 

Inicialmente, o teor das conversas reveladas foi defendido. Depois, a força-tarefa passou a priorizar declarações sobre a eventual falsificação de mensagens. Uma das notas posteriores afirmou que "novos ataques" a celulares "confirmam a possibilidade de hacker fabricar diálogos usando perfis de autoridades".




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"Moro acha que o povo é trouxa", diz Maria Rita

A cantora Maria Rita não se convenceu com a fala do ex-juiz Sergio Moro, acusado de fraude processual no caso Lula, no Senado. Segundo ela, Moro cré na ignorância do povo brasileiro

247 – Sergio Moro não foi convincente na avaliação da cantora Maria Rita. "Ele realmente acha que o povo é trouxa", postou a artista.
Leia ainda reportagem da Reuters:
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse nesta quarta-feira em audiência no Senado que, se ficar comprovado uma atuação irregular dele no episódio das supostas trocas de mensagens entre ele e procuradores da operação da Lava Jato, ele deixa o cargo.
Em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Moro também pediu que o site The Intercept Brasil, que fez reportagens baseadas nas alegadas trocas de mensagens, divulgue todo o material que detém.
“Estou absolutamente tranquilo em relação a isso. Mas, se é este o problema, então o site apresente tudo e aí a sociedade vai compreender, vai compreender de pronto se houve alguma incorreção da minha parte. Eu não tenho nenhum apego pelo cargo em si”, disse Moro ao responder questionamento feito pelo senador Jaques Wagner (PT-BA).
“Apresente tudo, vamos submeter isso ao escrutínio público e, se houver irregularidade da minha parte, eu saio. Mas não houve, por quê? Porque eu sempre agi de maneira imparcial”, completou o ministro, ao criticar o que chamou de “sensacionalismo” do site e a decisão de publicar as supostas mensagens a conta-gotas.
Durante a audiência de mais de seis horas, Moro enfrentou poucos embates na sessão a que compareceu espontaneamente para explicar supostas trocas de mensagens por aplicativo de celular quando era juiz com procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, noticiadas pelo The Intercept Brasil.
De modo geral, o ministro defendeu as decisões que tomou à frente da Lava Jato e argumentou que a invasão de celulares de autoridades como ele e procuradores não apontaram nenhuma ilegalidade nas supostas conversas publicadas, as quais sempre frisou durante o encontro que não atestava a veracidade. Para ele, essa ação foi promovida por um grupo criminoso estruturado e não por um adolescente com espinhas.
Para Moro, a invasão de telefones celulares dessas autoridades visa invalidar condenações por corrupção e lavagem de dinheiro e atrapalhar investigações em curso, além de representarem um ataque às instituições.
“O que existe é um movimento claro para —vamos dizer assim— anular condenações pretéritas de pessoas que cometeram crime de corrupção e lavagem de dinheiro, impedir novas investigações e atacar as instituições brasileiras”, afirmou ele, sobre o que considera ser os objetivos da ação.
“E o que se tem aqui, disfarçado de ataques criminosos de hackers e supostas divulgações sensacionalistas para fins de interesse público, é um ataque a essas conquistas da sociedade brasileira nos últimos cinco anos.”
O ministro da Justiça disse ter agido sempre conforme a lei na condução da Lava Jato. Minimizou ainda o teor dos supostos diálogos —que disse que eventualmente podem ter ocorrido— ao dizer que não trariam nada demais do que uma conversa informal. Ele destacou ainda que a tradição jurídica brasileira é de maior proximidade entre as partes de uma ação, como procuradores, juízes, policiais e advogados.
“Evidentemente não tenho nada aqui a esconder, a ideia é vir aqui esclarecer o sensacionalismo que tem se criado em torno dessas notícias”, disse ele, ao criticar o fato de o site não tê-lo procurado para se pronunciar antes da publicação.
Moro disse que as mensagens podem ter sido total ou parcialmente adulteradas. Ele afirmou que as supostas conversas, segundo juristas, não revelam quaisquer ilícitos ou irregularidades.
Na sessão, a maioria dos senadores teve uma postura complacente com o ministro —um dos principais nomes do governo Jair Bolsonaro. O presidente deu indicações nos últimos dias de apoio a Moro e já disse que a possibilidade é “zero” de demiti-lo.

SEM SELETIVIDADE

Na audiência, o ministro disse ainda que o caso referente a uma investigação sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que aparece em uma das alegadas mensagens divulgadas pelo The Intercept Brasil, nunca passou por suas mãos, e rebateu críticas de que a operação Lava Jato tenha tido motivações políticas.
Ele afirmou que o caso envolvendo FHC teve início em uma delação premiada feita por executivos da Odebrecht homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que foi encaminhada para São Paulo, e não para a Vara Federal em Curitiba, onde ele atuava.
Segundo o ministro, a Lava Jato atingiu “de forma severa” vários partidos, não apenas aqueles alinhados ao então governo do PT. “Não teve nenhum projeto político envolvido senão o projeto de cumprir a lei”, disse.
Num dos momentos de maior embate, o senador Humberto Costa (PT-PE) pediu a demissão de Moro e que ele se desculpasse por, em sua opinião, ter cassado o direito de os brasileiros elegerem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições passadas.
Moro foi o responsável pela primeira condenação de Lula no processo do tríplex do Guarujá (SP), confirmada posteriormente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que abriu caminho para enquadrá-lo na Lei da Ficha Limpa e torná-lo inelegível.
O ministro declinou de responder a Humberto Costa ao considerar as declarações dele “bastante ofensivas”. Em momento anterior, Moro disse que as condenações que impôs a Lula e ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) foram confirmadas pelo TRF-4, pelo Superior Tribunal de Justiça e também em parte apreciado em sede de recursos pelo STF.
“Sempre agi corretamente no exercício e aplicação imparcial da lei, mas eu não posso deixar a questão eleitoral influir no processo”, disse. “Infelizmente essas pessoas cometeram crimes e têm que responder pelos seus atos”, destacou.
Moro também destacou que, em 2017, quando condenou Lula no caso do tríplex, não tinha o “menor contato” com o atual presidente da República, Jair Bolsonaro. Afirmou que só conversou com Bolsonaro após a vitória dele no segundo turno, após ter sido sondado pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes, e disse ter topado o desafio para avançar no combate à corrupção e a criminalidade no país.
O ministro da Justiça disse que não guarda mais as mensagens do aplicativo Telegram porque não o usa desde 2017, época em que foram noticiados vazamento de informações do aplicativo na eleição norte-americana.


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LAVA JATO - Em nove horas no Senado, Sergio Moro minimiza crise

Ministro da Justiça Sergio Moro admitiu, durante o depoimento, sair se for provada irregularidade

  Por: Folhapress
Ministro Sergio Moro participa de audiência na CCJ do Senado
Ministro Sergio Moro participa de audiência na CCJ do SenadoFoto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil


Em depoimento de quase nove horas no Senado para explicar a troca de mensagens vazadas com o procurador Deltan Dallagnol, chefe da Lava Jato, o ministro Sergio Moro (Justiça) admitiu nesta quarta-feira (19) a possibilidade de deixar o posto no governo Jair Bolsonaro (PSL) caso sejam apontadas irregularidades em sua conduta.

"Eu não tenho nenhum apego pelo cargo em si. Apresente tudo. Vamos submeter isso, então, ao escrutínio público. E, se houver ali irregularidade da minha parte, eu saio. Mas não houve. Por quê? Porque eu sempre agi com base na lei e de maneira imparcial", disse.

Na audiência, Moro afirmou aos senadores estar "tranquilo" e que, se for divulgada pelo site The Intercept Brasil a íntegra das mensagens, "sem adulteração e sem sensacionalismo", "essa correção vai ser observada". Ele chamou o site de "aliado" de hackers.

O ministro prestou esclarecimentos à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Ao final da audiência, só havia no plenário parlamentares alinhados à agenda de Moro -e senadores posaram para fotos ao lado do ministro.

"Acho que o objetivo maior desta comissão foi alcançado, que é, senão encontrar a verdade, porque cada um tem a sua opinião sobre ela, tentar buscar a Justiça e a verdade. E o fizemos através de um diálogo franco, aberto, equilibrado, democrático, em que soubemos falar, mas principalmente soubemos ouvir", disse a presidente da comissão, Simone Tebet (MDB-MS).

Para oposicionistas, Moro acabou submetido a uma sessão amena, com questionamentos sutis da maioria. A fala de Moro sobre eventual saída do cargo foi em resposta ao senador Jaques Wagner (PT-BA), que questionou a garantia de isenção em possíveis investigações sobre seu papel como juiz da Lava Jato -a Polícia Federal está subordinada ao Ministério da Justiça.

Durante evento em Guaratinguetá (interior de SP), Bolsonaro comentou as declarações de seu ministro e disse que não viu "nada de anormal até agora" nas mensagens relevadas pelo Intercept.

"Eu também não tenho apego ao meu cargo", disse Bolsonaro, que depois acrescentou: "Qualquer ministro é livre para fazer o que bem entender. O Sergio Moro é um patrimônio nacional, não é do presidente da República".

No Senado, Moro afirmou que a crise envolvendo a divulgação das mensagens não é um problema de governo e que tem recebido apoio de Bolsonaro. "Estou no governo e acaba havendo esta transferência."

Na sessão, Moro travou embates com senadores petistas e afirmou ainda ser alvo de um ataque hacker que mira as instituições e que tem como objetivo anular condenações por corrupção.

Moro se ofereceu para ir à CCJ para esfriar a coleta de assinaturas para a criação de uma CPI para investigá-lo. Nas conversas publicadas pelo site, o ex-juiz sugere ao Ministério Público Federal trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobra a realização de novas operações, dá conselhos e pistas, antecipa ao menos uma decisão judicial e propõe aos procuradores uma ação contra o que chamou de "showzinho" da defesa do ex-presidente Lula.

Filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que o governo "nunca cogitou" tirar Moro do cargo. "Isso só passa na cabeça de quem não tem nada na cabeça", disse à Folha.

No Senado, o ministro tentou reforçar o discurso de que a crise esperada com a divulgação das conversas não prosperou, já que, para ele, os diálogos não mostram nada mais que a atividade normal de um juiz.

Ele citou diversas vezes artigo de Matthew Stephenson, professor de direito em Harvard, cujo título é "O Incrível Escândalo que Encolheu? Novas Reflexões sobre o Vazamento da Lava Jato". O texto, publicado no blog Global Anticorruption, Stephenson elenca motivos pelos quais mudou de opinião sobre a série de reportagens.

Ao longo de seu depoimento, Moro repetiu diversas vezes não poder confirmar a veracidade das mensagens, mas relativizou algumas delas, como a que cita o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. O ministro disse não ver problema na mensagem "in Fux we trust" (em Fux confiamos).

"Posso ter mandado. Qual o problema de uma mensagem assim? Eu confio no Supremo, confio na instituição", afirmou. Mais tarde, disse: "É algo que posso ter dito, mas não posso afirmar com convicção que, eu tendo dito, foram com aquelas palavras".

Moro também negou haver qualquer acordo com o presidente Bolsonaro para que ele seja indicado ministro do STF. "Essa história de vaga no Supremo é uma fantasia. Nunca me prometeu nada. Isso tem que ser discutido lá na frente. Não sei se vou querer, não sei se ele vai me oferecer", disse.

No Senado, Moro disse que "as vivandeiras da nulidade" querem a anulação completa da Lava Jato, o que seria, segundo ele, "o sonho de consumo de muita gente que se envolveu na prática destes crimes".

O ministro foi alvo de provocações, como quando o senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que era exigir demais que Moro se lembrasse das conversas. "Não exijam muito da memória do ministro. Ele tem péssima memória."

Em um tom duro, o senador Cid Gomes (PDT-CE) disse que Moro, enquanto juiz da Lava Jato, tinha postura "de querer aparecer, se colocar como salvador da pátria".
Renan Calheiros (MDB-AL) lançou provocações a Moro e disse que não o prejulgaria. "Defendo sua presunção de inocência, o direito de defesa e acho, mais do que isso, que o senhor não está obrigado a responder sobre questões concretas destes vazamentos. Mas são coisas graves."




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Igreja divulga documento condenando uso indiscriminado da Amazônia

Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos divulgou o Instrumentum Laboris, Documento de Trabalho que vai nortear o Sínodo da Amazônia no Vaticano, em outubro; documento denuncia a invasão de terras indígenas, uso da floresta pelo tráfico de drogas, perseguições políticas e agricultura desregrada


Sputnik - A Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos divulgou o Instrumentum Laboris, Documento de Trabalho que vai nortear o Sínodo da Amazônia no Vaticano. Apontado como "ameaça à segurança nacional" por Brasília, o trabalho traz denúncias de invasão de terras indígenas, uso da floresta pelo tráfico de drogas, perseguições políticas e agricultura desregrada.
O Documento é um dos últimos frutos de um processo iniciado com a convocação do Sínodo, ainda em 2017 e a visita do papa Francisco a Puerto Maldonado, no Peru. Na ocasião, o grupo de bispos que organizam o encontro enviou um questionário com 30 questões a comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas na Amazônia. O tom crítico deu indícios de como será o encontro marcado para outubro no Vaticano.

"Tráfico de droga, tráfico de mulheres, violência no campo, conflitos, massacres, disputas pelas terras, são todos esses problemas e muitos outros que abordamos no documento de forma bem geral e fiel à realidade. Ele foi baseado em um questionário com 30 perguntas distribuído para comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas na região e foi muito amplo. O assunto está na mesa, é um debate amplo, aberto e um diálogo que precisamos estabelecer", pondera o bispo membro do Conselho Pré-Sinodal do Sínodo da Amazônia, Dom Neri Tordello em entrevista à Sputnik Brasil.
O religioso conta que Francisco já vinha sinalizando interesse na região, sobretudo a partir da encíclica sobre o meio-ambiente em que se dirige de forma especial à Amazônia e aos povos originários (índios). O Sínodo, porém, é na visão de Dom Neri um evento inserido em um contexto de maior proximidade da Igreja com as comunidades da região desde 1971, quando o papa Paulo VI escreveu em um documento que "Cristo aponta para a Amazônia".
"Pretendemos discutir esse projeto chamado 'desenvolvimentista' que vem invadindo o território dos índios, seja pelo desmatamento, seja para a expansão da lavoura, do agronegócio sem escrúpulo nenhum. Há o uso indiscriminado de agrotóxicos, a mineiração e a construção de hidrelétricas previstas para os próximos anos, projetos que vão atingir os ribeirinhos e os indígenas. Comunidades inteiras serão transferidas e dizimadas", denuncia o religioso.
Dom Neri diz que o propósito é promover "uma relação do ser humano com a floresta de maneira mais respeitosa e sustentável", além de superar na noção de que é preciso "produzir o máximo, consumir tudo e lucrar tudo que dá".
"Queremos valorizar a culturalidade, a diversidade, o respeito aos povos. Nossa proposta é salvaguardar essa casa comum e ajudar o mundo a repensar este modelo desenvolvimentista".
O evento vem sendo acompanhado de perto por Brasília. Em fevereiro, o governo chegou a discutir o assunto em uma reunião ministerial e destacou oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar a atividade de religiosos.
O encontro entre os bispos de todos os países que abarcam a floresta deve acontecer em Roma, entre os dias 6 e 27 de outubro.


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História de Ana das Carrancas e do marido José Vicente vira tema de quadrilha junina no interior baiano

  Via:Carlos Britto
Foto: divulgação

A história  real de vida, amor e arte da artesã  pernambucana Ana Leopoldina dos Santos, a Ana das Carrancas, e seu esposo José Vicente,  que ganhou notoriedade por seu trabalho iniciado em Petrolina e que depois ganhou o país,  saem das páginas do livro ‘A Dama do Barro’, do jornalista Emanuel Andrade, para o enredo da tradicional  quadrilha junina Velho Chico, do município de Ibotirama (BA). A partir desta semana  a montagem do espetáculo ‘Ana dos Olhos de Barro’ costurando dança com linguagem teatral , cumprirá uma extensa agenda de apresentações e concursos na temporada dos festejos juninos na Bahia.
Segundo o diretor artístico  da quadrilha Velho Chico, Ananias Serranegra, o desafio de montar a história/trajetória artística de  Ana das Carrancas já vinha sendo desenhada no sentido de ganhar um enredo de quadrilha que tem toda uma força no Nordeste e se enquadra com as simbologias da arte desenvolvida pela artesã.
Além desses pontos é importante ressaltar que o amor, sensibilidade e gratidão mútua que conduziram por décadas a união do casal, falou mais alto na montagem do espetáculo”, adiantou.
A montagem  aborda vários momentos em ordem cronológica começando pela linha de união dos dois personagens – incluindo o tradicional casamento de matuto como parte do roteiro das quadrilhas,  a partida de Ana Leopoldina de Santa Filomena (PE), com a família para Picos (PI), fugindo da seca, a chegada a Petrolina, o início no mundo do artesanato fazendo carrancas para sobreviver,  além das conquistas e reconhecimento como artista que ainda hoje atrai visitantes ao Centro de Artes que leva seu nome. A arte de Ana é  mantida pelas mãos das filhas Maria da Cruz e Ângela Lima, as quais agregaram também  novas linguagens nas peças de barro.
Agenda
Com vários problemas de saúde agravados por um Acidente Vascular Cerebral (AVC), Ana das Carrancas faleceu aos 85 anos,  em outubro de 2008. Já José Vicente morreu aos 82, em maio de 2014.  O espetáculo montado pela quadrilha tem agenda de apresentações até dia 29, passando por cerca de dez cidades incluindo Ibotirama, Paratinga,  Barreiras, São Desidério (todas na Bahia).


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BOLSONARO - Senado derruba decretos das armas

Plenário decidiu por 47 votos a 28 pela derrubada do decreto do presidente Jair Bolsonaro. Decisão vai passar pela Câmara
  Por: Folhapress
Arma de fogo
Arma de fogoFoto: Paullo Allmeida / Folha de Pernambuco

Por 47 votos a 28, o plenário do Senado decidiu nesta terça-feira (18) derrubar os decretos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que flexibilizam o porte e a posse de armas no Brasil.

A decisão ainda tem que passar pela Câmara. O tema deverá tramitar em regime de urgência, indo direto para o plenário. Não há, porém, prazo para a votação.

Se também for derrotado na outra Casa, o governo cogita recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) por entender que o PDL (projeto de decreto legislativo), votado nesta terça para sustar o decreto, é inconstitucional por interferir no mérito da norma editada pelo Executivo.
Mesmo assim, quando questionado o que faria se fosse derrotado, Bolsonaro respondeu nesta terça: "Eu não posso fazer nada. Eu não sou ditador, sou democrata, pô". A validade do decreto também é questionada em três ações que serão analisadas na Suprema Corte no próximo dia 26.

O decreto das armas foi editado por Bolsonaro em 7 de maio. Sob pressão do Legislativo e do Judiciário, o presidente recuou 15 dias depois e fez alterações no texto que flexibiliza as regras sobre o direito ao porte de armas e munições no país, editando um novo decreto.


A segunda versão da medida proibiu que cidadãos comuns portem armas de fogo como fuzis, espingardas e carabinas, permissão que havia sido criticada por especialistas em segurança pública.
Bolsonaro e senadores de viés armamentista fizeram pressão nas redes sociais nas últimas horas e o presidente fez reiterados apelos de viva voz. "Não deixem esses dois decretos morrerem na Câmara ou no Senado. A nossa vida é muito importante. Vocês sabem o quanto é difícil produzir neste país e a segurança tem que estar acima de tudo", disse o presidente a plateia formada por parlamentares e produtores agrícolas e integrantes da bancada ruralista em evento no Palácio do Planalto.
"Toda boa ditadura é precedida do desarmamento. Você vê: o povo venezuelano não tem como reagir. Se tivesse não estaria acontecendo tudo isso que está acontecendo lá", afirmou horas depois.

A sessão no Senado teve um intenso debate entre senadores contrários e favoráveis à proposta, refletindo o clima tenso que vem desde a quarta-feira passada (12), quando a CCJ (comissão de Constituição e Justiça) da Casa rejeitou os decretos.

"Criei meus filhos sem dar um tiro sequer. E morava na minha propriedade rural sozinha com três crianças. Senhor presidente da República, arme e treine os policiais. Pagamos impostos para que o Estado brasileiro cuide de nós. Não transfiram a obrigação de vocês, governo federal, para o povo brasileiro", disse a senadora Kátia Abreu (PDT-TO).

O senador Luiz do Carmo (MDB-GO) disse que sua filha foi assassinada porque não estava armada. "Eu tenho certeza absoluta de que, se alguém, dentro dos critérios estabelecidos, tiver posse de uma arma e souber usar, os bandidos vão correr, porque o Estado não está dando garantia para o cidadão, não deu", afirmou.

Filho do presidente da República, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse que o decreto serve para "salvar vidas". "Vamos falar para a mulher que está sendo estuprada, que ela pode tacar um livro na cabeça do estuprador e não dar um tiro para defender sua vida e sua integridade física", disse Flávio.

"Entendo que um pai ou esposo de uma senhora estuprada queira matar com as próprias mãos aquele que fez esse mal, mas nós, como Estado brasileiro, não podemos pretender enfrentar o crime com a mesma arma do criminoso: a violência e, eventualmente, a covardia", disse Jaques Wagner (PT-BA).

Nos últimos dias, houve uma intensa campanha nas redes sociais. O próprio Bolsonaro foi à internet pedir pela manutenção de seu decreto, manifestação que não foi bem recebida por senadores contrários ao decreto que, no dia anterior, revelaram terem recebido ameaças por causa da maneira que votaram na CCJ.

Pela manhã, governistas diziam que ainda havia expectativa de derrota, embora ela tivesse diminuído nos últimos dias. Defendendo que o resultado seria sabido apenas na hora, um aliado de Bolsonaro disse esperar que o vencedor tivesse cerca de 8 votos a mais que o derrotado.

Na semana passada, na CCJ, o relatório do senador Marcos do Val (Cidadania-ES), favorável ao decreto, foi rejeitado por 15 a 9. Com a derrota, foi aprovado o voto em separado do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), que é contra a medida de Bolsonaro.

Técnicos da Câmara e do Senado emitiram pareceres que indicavam que, nos dois decretos, Bolsonaro extrapolou limites legais, distorcendo o Estatuto do Desarmamento em vários pontos e exorbitando o poder regulamentar do Executivo.

Entre outros pontos, os técnicos apontaram que o decreto extrapola seu poder regulamentar ao estabelecer uma presunção absoluta de que todas as 20 categorias que lista cumprem requisito básico para andarem armadas.

O texto em vigor aumenta a lista de munições de uso restrito no país, incluindo de canhões e de morteiros, e restringe rojões, foguetes, mísseis e bombas. O prazo para informar à Polícia Federal e ao Comando do Exército a aquisição de armas de fogo também foi ampliado. Ele passou de dois para sete dias úteis após a aquisição do aparato.

A medida ainda especifica quantas armas de fogo podem ser adquiridas por colecionadores, caçadores e atiradores e por integrantes das Forças Armadas, limites que não tinham sido previstos.

Ela detalha a validade do registro do porte de armas em dez anos, período que não havia sido especificado na medida anterior, e estabelece que será a Polícia Federal quem expedirá a autorização para a prática esportiva.

Além disso, a iniciativa também expandiu as categorias consideradas de atividade de risco e que, portanto, têm direito ao porte, incluindo guardas portuários e integrantes do Ministério Público.

Na área rural, ela restringiu a autorização do porte de armas, estabelecendo que será concedida apenas para proprietários de imóveis que se dedicam "à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agroindustrial".

Senadores disseram que há no senado um projeto que trata de porte de arma em áreas rurais que tramita na Casa e pode ser pautado para resolver esta questão.



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