terça-feira, 18 de agosto de 2020

O que é que a Kamala tem? Uma candidatura histórica à vice-presidência dos EUA

Aos 55 anos, a senadora Kamala Harris, escolhida por Joe Biden para sua vice-Presidente caso vença as eleições de 3 de novembro, tem tudo o que Donald Trump odeia. Cito Dave Pell, o sempre bem informado autor da newsletter NextDraft, para o demonstrar: “Kamala é negra. Kamala é asiática. Kamala acredita em leis e em instituições”.

Por: Rui Tavares Guedes
Fonte: Revista Courrier Internacional
Por causa de tudo isto, já se percebeu que Kamala Harris será, nas próximas semanas, o alvo principal dos ataques da campanha de Donald Trump, como já começou a fazer a Fox News, para tentar assegurar a reeleição, cada vez mais difícil com a sua gestão caótica face à pandemia e à crise econômica galopante. Mas também será usada por Joe Biden para dinamizar a sua campanha, com alguém capaz de transmitir confiança e carisma a uma candidatura liderada por um homem sereno, mas que se tem revelado incapaz de galvanizar ou entusiasmar os seus apoiantes.
A verdade é que apesar do seu estilo discreto, Joe Biden pode, com a escolha de Kamala Harris, tornar-se numa das personalidades mais influentes do primeiro quartel do século 21 americano.
Kamala Harris e Joe Biden
Kamala Harris e Joe Biden
Basta analisar os momentos em que ele esteve envolvido, ao mais alto nível, nos últimos anos: depois de ter acompanhado, como vice-presidente, Barack Obama durante oito anos na Casa Branca, Biden é o homem que, além de derrotar Donald Trump e a sua presidência de quatro anos caóticos, tem ainda a oportunidade de ficar na História por ter sido o autor da escolha daquela que pode aspirar a ser, em 2024, a primeira mulher a ascender ao mais alto cargo da administração dos EUA. E, se tudo lhe correr bem, Kamala Harris pode até passar 12 anos na Casa Branca: os quatro primeiros como vice-Presidente e os oito anos seguintes como Presidente – graças a Joe Biden.
No meio de todo o aparato mediático instalado ao redor da escolha de Kamala Harris começou já a perceber-se um fato que é, no mínimo, curioso: na América, os homens candidatos são conhecidos, sobretudo, pelos sobrenomes, enquanto as mulheres são tratadas pelo primeiro nome. Já sucedeu isso com Hillary Clinton em 2016 e começa a repetir-se o mesmo com Kamala Harris na campanha que culminará em 3 de novembro de 2020.

Candidata de recordes 
A verdade é que Kamala Harris tem todos os atributos para ser falada. Feitas as contas, ela é a primeira asiático-americana e a primeira negra na história dos EUA a ser candidata às eleições presidenciais por um dos dois principais partidos políticos.
Kamala Harris é também a segunda pessoa negra (depois de Barack Obama) e a quarta mulher (após as democratas Geraldine Ferraro, em 1984, e Hillary Clinton, em 2016, e a republicana Sarah Palin, em 2008) a estar numa dupla presidencial por um dos dois principais partidos.
Finalmente, se ela e Biden vencerem as eleições de novembro, ela será a primeira asiático-americana, a primeira mulher de qualquer raça ou etnia e a segunda negra na história dos EUA a ser vice-presidente ou presidente.
Joe Biden e sua vice Kamala Harris
Ajuda ou prejudicial para Biden? 
Já se percebeu, de qualquer modo, que Joe Biden vai precisar de Kamala Harris como uma espécie de soft-power para a sua campanha. Faz todo o sentido que assim seja, em especial por parte de um candidato com uma longa carreira política, mas que, se ganhar, já chegará à Casa Branca com 78 anos e com a promessa de que apenas cumprirá um mandato. Mais do que ser Presidente, Joe Biden quer ser o homem que expulsará Donald Trump da Sala Oval. E, depois disso, deixar um legado.
Kamala Harris é, para muitos analistas, a candidata ideal para dar um alento de esperança e de futuro à campanha de Biden. A começar, desde logo, pela sua biografia: uma juventude marcada pela militância política em Oakland, com um pai jamaicano e uma mãe indiana, ambos professores acadêmicos distinguidos e que se conheceram na seleta Universidade de Berkeley; uma longa participação, desde criança até à idade adulta, nas manifestações pelos direitos civis em Howard; os estudos de Direito na Universidade da Califórnia e os seus esforços, como procuradora-geral em São Francisco, para reformar por dentro o sistema de justiça criminal; finalmente, o seu entusiasmo como política em todos os campos, capaz de despertar, com isso, ódios de estimação, mas também muitos apoios.
A grande questão, já que ela será atacada ferozmente pelos republicanos, é se a escolha de Kamala Harris vai ser uma ajuda para a eleição de Biden ou um fator prejudicial à campanha do candidato democrata? Foi a essa análise que se dedicou Perry Bacon Jr., do FiveThirtyEight. Com resultados controversos.
Na sua avaliação, é preciso, acima de tudo, partir do princípio de que o impacto eleitoral dos candidatos a vice-presidente é bastante limitado – a não ser que se distinga por dizer coisas disparatadas, como sucedeu com Sarah Palin, em 2008, que ajudou a destruir a campanha de John McCain frente a Barack Obama.

No entanto, admite que ela possa ter alguma influência juntos aos eleitores negros (apesar de Biden já obter nesse campo uma importante vantagem), bem como entre os ativistas dos direitos humanos (embora não seja a representante dos setores mais à esquerda).
“As maiores incógnitas estão em torno da própria Kamala Harris  e das suas valências eleitorais”, escreve Perry Bacon Jr. Até porque continua a existir a dúvida sobre se ela já é uma figura com forte peso nacional, apesar do impacto que teve a sua primeira intervenção pública, logo após Biden ter anunciado a sua escolha.
Será que a importância de Kamala Harris vai ficar definida já em novembro ou será preciso esperar quatro anos, para a ver, então sim, ocupando o lugar mais importante na Casa Branca?

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Rússia começa a produzir a Sputnik V, primeira vacina do mundo contra a covid-19

Cientistas pesquisam possível vacina contra Covid-19 em São Petersburgo, na Rússia 11/06/2020
Cientistas pesquisam possível vacina contra Covid-19 em São Petersburgo, na Rússia 11/06/2020 (Foto: Sputnik News)

Sputnik - "Foi lançada a produção da vacina contra a nova doença infeciosa Covid-19 elaborada pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya do Ministério da Saúde da Rússia", informa o comunicado da entidade.
O registro da primeira vacina no mundo contra o novo coronavírus SARS-CoV-2 foi anunciado em 11 de agosto pelo presidente da Rússia Vladimir Putin. A vacina elaborada pelo Сentro Gamaleya foi denominada Sputnik V.
Sputnik V foi elaborada com participação do Fundo Russo de Investimentos Diretos. O diretor do Fundo, Kirill Dmitriev, informou que a Rússia recebeu encomendas de mais de 20 países para aquisição de cerca de um bilhão de doses da vacina. Dmitriev também notou que a Rússia assinou acordos com cinco países para a produção da Sputnik V. O estado brasileiro do Paraná também vai participar da fase 3 de testes da vacina e provavelmente da produção.
A vacina será aplicada em duas doses, com um intervalo de 21 dias, por injeção intramuscular. Segundo o Ministério da Saúde russo, esse esquema de administração permite criar uma imunidade por até dois anos.
O ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, anunciou na sexta-feira (14) a publicação de dados sobre os estudos pré-clínicos e clínicos da vacina, adicionando que a crítica da Sputnik V por parte de outros países está ligada à "falta de dados", e destacou que nem todos sabem que essa "vacina foi produzida em uma plataforma com a qual já foram produzidos seis produtos". A informação sobre a primeira vacina contra COVID-19 também está disponível no site oficial da Sputnik V.

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Criada nos EUA nova aliança de movimentos para defender o fim do bloqueio a Cuba

Cresce luta contra o bloqueio a Cuba
Cresce luta contra o bloqueio a Cuba (Foto: Divulgação)

Foi criada nos Estados Unidos a Aliança pelo Engajamento e Respeito a Cuba, uma iniciativa surgida da indignação com a decisão do governo Donald Trump de endurecer as sanções contra o país caribenho em meio à pandemia de Covid-19. 
O fato foi explicado à agência cubana Prensa Latina por uma das fundadoras da aliança, Medea Benjamin, que sustentou já serem as punições das administrações norte-americanas a Cuba suficientemente ruins em tempos normais, “mas agora são simplesmente más e cruéis”, informa o site Cuba Hoje
Benjamin, que é cofundadora da organização feminista e pacifista Codepink, acrescentou, em declarações por e-mail, que também há indignação com o fato de o Congresso dos Estados Unidos não fazer nada para impedir isso.
“Claro, há pessoas no Congresso que se opõem à política de Trump e querem voltar à abertura iniciada com o presidente Obama, mas estão dispostas a colocar a política eleitoral na Flórida acima da vida do povo cubano”, considerou.
A ativista acrescentou que o Partido Democrata quer que o ex-vice-presidente Joe Biden vença na Flórida e também quer conquistar as cadeiras do estado no Congresso, que estão sendo fortemente disputadas.
Nesse sentido, ela observou que os cubano-americanos mais velhos que se opõem a uma reaproximação com Cuba representam uma população em declínio, mas ainda têm enorme influência política em um estado onde poucos milhares de votos podem determinar o resultado.
A Aliança pelo Engajamento e Respeito a Cuba tentará mudar a equação. “Vamos mostrar que há um grande e determinado número de grupos norte-americanos totalmente contrários ao bloqueio e determinados a fazer algo a respeito”, disse Benjamin. 
“Com nossos amigos no Capitólio”, garantiu ela, “apresentaremos continuamente projetos de lei, resoluções, emendas e cartas para tentar amenizar o cerco”.
Segundo a ativista, a aliança foi fundada por pessoas dos grupos Grêmio Nacional de Advogados, Codepink e Just Foreign Policy.
Ela destacou que, no total, mais de 130 organizações assinaram a primeira ação da aliança: apoiar duas emendas apresentadas no Congresso pelo representante democrata Bobby Rush, para aliviar as restrições a alimentos, remédios e remessas a Cuba.
Essas emendas foram posteriormente retiradas pelo próprio Rush, que explicou em um comunicado que, depois de analisá-las e conversar com seus colegas no Capitólio, ele determinou que era improvável que fossem aprovadas pelo Senado de maioria republicana ou assinadas por Trump.
“Penso que é melhor retirar estas emendas neste momento, pois buscamos ampliar nossa coalizão de apoio em torno deste tema”, acrescentou o legislador, e assegurou que seu compromisso de fortalecer as relações entre os Estados Unidos e Cuba ”continua sendo tão forte como sempre. ”
Em artigo sobre o assunto, a revista The National Interest apontou que a Aliança pelo Engajamento e Respeito a Cuba poderia ser exatamente aquela coalizão de apoio a que Rush se referiu em sua declaração.
Benjamin afirmou que está pedindo às 130 organizações que apoiaram a primeira ação da Acere que façam parte da aliança, “para que possamos trabalhar juntos continuamente”. (247)

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Pesquisa aponta que 97,88% juristas do Brasil consideram que Moro cometeu violações ao sentenciar Lula

(Foto: Brasil247 | Abr)

Uma pesquisa de iniciativa do “Projeto Suspeição em Suspenso”, divulgada neste sábado (15), reuniu a opinião dos mais renomados juristas brasileiros sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, referente à sentença que condenou o ex-presidente Lula no âmbito  da operação Lava Jato.
 De acordo com o levantamento feito com 283 docentes na área do Direito, lecionando em entidades públicas e privadas de todas as regiões do país, com predominância nas regiões Sudeste, 97,5% consideram que “na relação do juiz Sérgio Moro e a Força-Tarefa da Lava Jato houve, de modo geral, violação ao dever de equidistância das partes no processo penal, relacionado aos processos do ex-Presidente Lula”. Apenas 1,7% dos professores consideram que a relação entre Moro e os Procuradores não viola o dever de equidistância.
Para 80,9% dos professores, o juiz Sérgio Moro não presumia o acusado como inocente antes da instrução processual. Já para 19%, sim, antes da instrução processual, o juiz presumia o acusado como inocente.A pesquisa também mostrou que 96,8% dos entrevistados tiveram contato com as matérias do The Intercept Brasil”, que revelou os bastidores da Vaza Jato. Apenas 3,8% responderam que não tiveram contato.
A pesquisa também indagou se “no caso do ex-Presidente Lula, o Juiz Sérgio Moro atuou com a imparcialidade exigida do julgador para um julgamento justo no caso”. 97,88 dos professores consideram que não, que não atuou com imparcialidade. Apenas 2,1% consideram que sim.(247)

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RS contabiliza meio milhão de pessoas afetadas pelas chuvas

  Dos 497 municípios, pelo menos 317 sofrem consequências dos temporais Lauro Alves/Secom As fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grand...