sábado, 5 de dezembro de 2020

Criaturas da noite eterna. Vivem na escuridão, mas têm luz própria

Lagostas espinhosas, lulas neon, borboletas do mar: imagens noturnas mostram criaturas multicoloridas que compõem uma “sopa biológica” nas profundezas escuras do Oceano Pacífico. O fotógrafo profissional Jeff Milisen, 37, tirou fotos noturnas de vários tipos de vida marinha na ilha de Kona, no Havaí. Ele descobriu uma série de criaturas coloridas, muitas delas luminosas, e pouco conhecidas.

Fotos: Jeff Milisen

Uma grande quantidade de animais marinhos vive nas profundezas de uma zona chamada mesopelágica, entre os 200 e os mil metros de profundidade, onde a luz natural já não chega e tudo seria escuridão permanente se muitos desses animais não possuíssem luz própria. São capazes de manifestar um fenômeno chamado bioluminescência. E, para provar isso, um fotógrafo revelou algumas das criaturas multicoloridas que compõem uma “sopa biológica” nas profundezas negras das águas do Pacífico perto do Havaí. De lagostas espinhosas a vidraças nadadoras e lulas voadoras roxas, a impressionante coleção também inclui polvos laranja, enguias pretas e as chamadas borboletas marinhas

Abstrato

Fotos: Jeff Milisen

1 – Filossomo e pelagia: Lagosta espinhosa (direita) cavalgando uma água-viva roxa (esquerda) à noite nas águas superficiais do oceano profundo de Kailua Kona, Havaí, EUA. O crustáceo larval usa seu hospedeiro cnidário tanto como fonte de alimento quanto como arma de defesa.

A coleção, intitulada “Blackwater ID”, é obra noturna de Jeff Milisen. Ele diz: “Uma abundante camada marinha repleta de animais vive seus dias nas profundezas de uma área chamada mesopelágica, onde reina a escuridão quase total. Mas quase não há comida lá, e então todas as noites, essas criaturas sobem à superfície para se alimentar. A camada de animais chega a ser tão espessa a ponto de aparecer como um fundo falso no equipamento de sonar.

Jeff Milisen gosta de se referir ao oceano aberto noturno como uma “sopa biológica”. “Todo mundo espera que o oceano aberto seja preenchido com exemplares da megafauna como atum e tubarões. [Mas] noventa e nove por cento de tudo que foi filmado nessas águas negras é um assunto para câmeras macro. Portanto, quanto menores forem os itens que você está procurando, mais animais incríveis você encontrará.”

A imagem abaixo mostra um hipocampo: comumente conhecido como cavalo-marinho havaiano.

Hipocampo do Havaí

Fotos: Jeff Milisen

2 – Hippocampus fisheri: comumente conhecido como cavalo-marinho de Fisher, ou cavalo-marinho do Havaí, essa bela criatura é uma das mais majestosas do oceano e é uma espécie de peixe da família Syngnathidae. É nativo do Havaí.

Enguia

Fotos: Jeff Milisen

3 – Lamprogrammus: Também conhecido como Black Cusk, esta criatura – uma enguia – realmente parece azul e amarelo quando se move contra o pano de fundo preto das ondas noturnas.

Lula neon

                                                               Fotos: Jeff Milisen

4 – Brachioteuthis: É um tipo de lula dotada de bioluminescência “neon” que emite cores brilhantes quando fotografada sob certas luzes. Esta espécie está amplamente distribuída e é nativa de muitas partes dos oceanos Atlântico e Pacífico, bem como do Mediterrâneo e do mar Negro. “É um deleite raro”, diz Milisen. “Eles se parecem e agem como cavalos-marinhos, com os filhotes se desenvolvendo dentro de uma bolsa localizada na região do ventre do pai. Ao contrário dos cavalos-marinhos normais, no entanto, esses são animais que nadam livremente e migram verticalmente como muitos outros organismos mesopelágicos. Procure por eles navegando logo abaixo da superfície da água.

Borboletas do mar

                                                              Fotos: Jeff Milisen

5 – Cavolínia: Também conhecidas como Borboletas do Mar, essas criaturas são moluscos gastrópodes marinhos pelágicos da família Cavoliniidae e têm uma ampla distribuição: das águas europeias e do Mar Mediterrâneo ao Oceano Atlântico

Peixe voador

                                                               Fotos: Jeff Milisen 

6 – Cheilopogon: Este animal jovem e brilhante é um gênero de peixe-voador. Eles podem ser reconhecidos pelas suas enormes barbatanas peitorais, que podem ser vistas na imagem que se estende por trás do seu corpo colorido.

Sifonóforo

                                                             Fotos: Jeff Milisen

7 – Physophora hydrostatica: comumente chamado de sifonóforo de saia hula, esta espécie tem um flutuador cheio de gás com uma capa pigmentada de vermelho escuro. Eles têm até 20 mm de altura, são frágeis, sem cristas aparentes. Essas criaturas são moluscos gastrópodes marinhos pelágicos da família Cavoliniidae e têm uma ampla distribuição: das águas europeias e do Mar Mediterrâneo ao Oceano Atlântico. Cheilopogons também aparecem nas fotos. Essas coisas jovens e brilhantes são um gênero de peixes voadores. Estes podem ser reconhecidos pelas suas enormes barbatanas peitorais, que podem ser vistas na imagem que se estende por trás do seu corpo colorido. A seguir estão os sifonóforos – que são enganosos, diz Milisen. “Eles podem parecer superficialmente como um único organismo quando na verdade são uma colônia de natação livre deles. Eles possuem estruturas semelhantes a tentáculos espalhadas como uma teia de células urticantes para capturar os pequenos animais pelágicos que constituem suas presas.

Lula voadora

                                                               Fotos: Jeff Milisen

8 – Sthenoteuthis oaualaniensis: Também conhecida como lula voadora roxa ou lula roxa, é uma espécie de cefalópode da família Ommastrephidae. Como muitos de seus familiares, ela mora em camadas profundas do oceano – abaixo de mil metros.

Lula diamante

                                                            Fotos: Jeff Milisen

9 – Thysanoteuthis rhombus: também conhecida como lula diamante, é uma grande espécie de lula que cresce até 1 metro de comprimento do manto e peso máximo de 30 quilos.

 

Mais uma lula voadora

                                                          Fotos: Jeff Milisen

10 – Sthenoteuthis tug o war: Este é um outro gênero de lula, parte da subfamília Ommastrephinae – e comumente referido como ‘lula voadora’ porque parece deslizar pelas águas com pouco esforço

Polvo laranja

                                                             Fotos: Jeff Milisen

11 – Callistoctopus: apropriadamente chamado de polvo laranja, esses animais são facilmente identificáveis por sua coloração avermelhada, pelas papilas brancas que revestem seus corpos, e por seus longos tentáculos – como pode ser visto nesta imagem

Linguado

                                                              Fotos: Jeff Milisen

12 – Bothus thompsoni: Este linguado juvenil é às vezes encontrado próximo à superfície à noite. Parecem vidraças, e são cativantes e estranhos.

Água viva

                                                             Fotos: Jeff Milisen

13 – Nomeide em Cephea: especialistas marinhos referem-se a esta bela espécie como uma água-viva nômade gigante, que é frequentemente vista nas águas tropicais quentes dos oceanos Índico e Pacífico. Desde 1970 passou a ser encontrada também no Mar Mediterrâneo.

Tamboril

                                                             Fotos: Jeff Milisen

14 – Lophiodes fimbriatu: Também chamados de “ganso”, são tamboris da família Lophiidae encontrados nos oceanos Ártico, Atlântico, Índico e Pacífico, onde vivem em fundos arenosos e lamacentos a mais de mil metros de profundidade

Peixe-aranha abissal

                                                            Fotos: Jeff Milisen

15 – Bathypterois longipes: O peixe-aranha abissal, Bathypterois longipes, é uma espécie de peixe tripé de mar profundo, um peixe demersal – Chamam-se demersais os animais aquáticos que, apesar de terem capacidade de natação ativa, vivem a maior parte do tempo em associação com o substrato, quer em fundos arenosos como os linguados, ou em fundos rochosos, como as garoupas – que vive no fundo do Oceano Atlântico. Eles estão amplamente espalhados por todo o Pacífico.

Por que brilham no escuro?

A maioria desses animais exibe alguma forma de bioluminescência – capacidade de produzir luz próprio através de fenômenos químicos que acontecem em seus corpos -, fenômeno que faz o mundo pelágico noturno brilhar.

“Como a maioria dessas criaturas passa os seus dias nas profundezas onde a luz não consegue chegar, e vêm à superfície apenas à noite, para se alimentar, elas precisam produzir sua própria luz para se encontrar e se identificar”, explica Jeff Milisen.

No entanto, alguns deles – especialmente os invertebrados – usam a matéria gelatinosa de seus corpos para se tornarem quase transparentes.(Por: Equipe Oásis)


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Anvisa finaliza inspeção da fábrica da CoronaVac na China

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), finalizou, nesta sexta-feira (4), a inspeção presencial na fábrica chinesa Sinovac, responsável pela produção da vacina CoronaVac, junto ao Instituto Butantan. As visitas fazem parte do protocolo para emissão do registro do imunizante no Brasil, o que permitirá sua distribuição e comercialização.

Foram avaliados as estruturas físicas das áreas de produção, o armazenamento e laboratórios de controle de qualidade, as questões de transporte e conservação, além de toda a documentação do Sistema de Garantia de Qualidade da empresa.

Avaliação preliminar
Nos próximos dias, os técnicos devem enviar uma avaliação preliminar aos desenvolvedores, solicitando eventuais informações que ficaram pendentes. O objetivo final desta etapa é dar o aval regulatório de Boas Práticas de Fabricação.

"É importante esclarecer que a conclusão do processo ocorrerá com a emissão do Relatório de Inspeção pela equipe de inspetores designados pela Anvisa, após a apresentação de informações adicionaisdecorrentes da inspeçãoa serem enviadas pelo Instituto Butantan", informou a agência.

Todo esse processo, que começou com a visita, em 30 de novembro, deve ser finalizado entre a última semana de dezembro de 2020 eaprimeira semana de janeiro de 2021.

Insumos
A farmacêutica Wuxi Biologics Co, que produz o insumo para a vacina de Oxford com a AstraZeneca, também entra na lista e passa a ser inspecionada entre 7 e 11 de dezembro. As duas iniciativas são as mais avançadas em tratativas com o Brasil e cujos acordos preveem transferência de tecnologia para a produção dos imunizantes em território nacional.

A Anvisa é a primeira a iniciar o processo de certificação nesses locais. Do grupo internacional ao qual o Brasil faz parte, o Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme (PIC/s), não houve nenhuma outra agência reguladora que finalizou a inspeção nos estabelecimentos específicos e, por isso, o corpo técnico brasileiro foi enviado e a análise poderá embasar o registro dos imunizantes para outras nações parceiras. (Por: Bruna Lima/DP)



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Médico do Inca alerta para sintomas de câncer do colo do útero

 

Doença é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil


O Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Costa (Inca) estima que sejam registrados neste ano 16.590 novos casos de câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical. Esse tipo de câncer é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV) e, à exceção do câncer de pele não melanoma, é o terceiro mais frequente nas mulheres, depois dos cânceres de mama e colorretal.

O câncer do colo do útero é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, depois do de mama, do de pulmão e do colorretal. Em 2018, esse tipo de câncer causou 6.526 mortes, segundo dados do Atlas de Mortalidade por Câncer.

Em entrevista à Agência Brasil, o chefe do Hospital do Câncer II, unidade do Inca que trata de cânceres ginecológicos, Daniel Fernandes, destacou que o câncer do colo do útero não deve ser confundido com o câncer do corpo do útero, ou endométrio. “São patologias diferentes.” Para este ano, a estimativa é de 6.540 novos casos de câncer do endométrio, oitava causa de mortes de mulheres no Brasil.

De acordo com Fernandes, os cânceres do colo do útero e do corpo do útero têm correlação direta com o desenvolvimento do país. Em países menos desenvolvidos, como Índia e Brasil, o câncer de colo do útero é mais incidente, enquanto o câncer do útero (endométrio) é mais frequente em nações mais desenvolvidas, como os Estados Unidos e países da União Europeia. A dificuldade no rastreamento e nadetecção de lesões pré-malignas faz a diferença entre os dois tipos de câncer. “Dentro do próprio Brasil, tem situações diferentes”, destacou o médico.

Fatores de risco

O principal fator de risco do câncer do colo do útero é infecção pelo HPV, que pode ser contraída em relações sexuais sem proteção. “Por isso, a campanha de vacinação [contra o HPV] é tão importante", disse Fernandes, ao destacar que Brasil já tem a vacina contra o HPV, embora ainda não seja grande adesão à vacina – o Ministério da Saúde implementou a tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos no calendário vacinal em 2014.

A partir de 2017, o ministério estendeu a recomendação para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros tipos causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

O ideal é que as crianças comecem a ser vacinadas antes do início da atividade sexual, ou seja, antes do contato com o HPV, que vão ter ao longo da vida, afirmou o especialista. “O resultado vai ser visto no médio e longo prazos, mas é preciso ter a adesão da população, além de políticas públicas que estimulem as pessoas a se vacinar", disse Fernandes, que salientou a necessidade de pais e responsáveis se conscientizarem da importância de vacinar os filhos a partir dos 9 anos de idade.

Segundo o médico do Inca, o homem pode ter infecção por HPV sem apresentar lesão no pênis, e isso pode fazer com que ele transmita para sua parceira, sem saber. Fernandes alertou que o HPV é fator de risco para o câncer de pênis no homem.

No câncer do endométrio, os fatores de risco são obesidade, hipertensão e diabetes, não havendo relação com a parte sexual, diferentemente do câncer de colo do útero. No Brasil, o câncer do endométrio geralmente acomete mulheres na fase pós-menopausa. “No colo uterino, são mulheres mais jovens”, explicou Fernandes.

Detecção

O exame preventivo do câncer do colo do útero, chamado Papanicolau, é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença. No câncer do endométrio, é por meio da histeroscopia com biópsia, procedimento cirúrgico feito por dentro da vagina e do canal do colo uterino, que permite visualizar a cavidade uterina e identificar eventuais doenças ali existentes.

O principal sintoma do câncer do endométrio na mulher que já parou de menstruar é voltar a ter sangramento. Nesse caso, ela deve procurar um ginecologista para fazer o ultrassom transvaginal, que vai mostrar o endométrio aumentado. Aí, ela parte para a histeroscopia com biópsia, que vai dar o resultado, identificando se é ou não câncer do corpo do útero.

No câncer de colo uterino, o Papanicolau detecta lesão precoce. Daniel Fernandes observou que, nesse caso, o câncer pode ser detectado também no exame físico. Ele destacou casos de mulheres que pensam que estão menstruando há mais de um mês, quando o que acontece é que estão com lesão macroscópica que sangra.

O sangramento continuado é um dos sintomas do câncer do colo de útero. “O ideal é detectar na fase precoce, porque o tratamento é menos agressivo”, disse o médico. Segundo ele, nas fases iniciais, esse tipo de câncer não apresenta sintomas. O médico alertou, porém, que sangramentos ou corrimentos podem ser indício de tumor.

Tratamento

O tratamento para os dois tipos de câncer vai depender da fase em que o tumor se encontra. Para o câncer do endométrio, o tratamento, na maioria das vezes, é cirúrgico.

No câncer do colo uterino, vai depender da lesão. Se estiver em fase muito inicial, podem ser feitas cirurgias conservadoras, que retiram apenas parte do colo do útero e conseguem preservar a fertilidade feminina, uma vez que a doença acomete mais mulheres jovens.

Em fase ainda precoce, mas mais avançada, faz-se a retirada do tecido em volta do útero e dos gânglios na pelve e consegue-se tratar. Fernandes lamentou que, no Brasil, infelizmente, são detectados, na maioria das vezes, tumores mais avançados, cujo tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia.

Recomendações

Estudo relaciona câncer de mama com obesidade.
Combate à obesidade reduz chances de diabetes e hipertensão, que são fatores de risco para o câncer do corpo do útero ou endométrio - Brendan McDermid/Reuters/Direitos reservados

Janeiro é considerado o mês de conscientização sobre o câncer do colo de útero, e o médico Daniel Fernandes recomenda que, para evitar o câncer do endométrio, mulheres na fase pós-menopausa façam exercícios para combater a obesidade. “Combatendo a obesidade, diminuem as chances de ser diabética e hipertensa, que são também fatores de risco. E, ao menor sinal de sangramento, a mulher deve procurar o ginecologista para poder investigar.”

Fernandes lembrou que, na fase bem inicial, em que o tratamento tem grande chance de cura, o câncer do colo uterino é assintomático. Por isso, a mulher precisa fazer o preventivo.

O Papanicolau detecta algumas alterações que são pré-malignas e que, se tratadas, não vão evoluir para a malignidade. “Só que, para isso, tem que ser feito o Papanicolau”, reiterou. Pelas diretrizes brasileiras, mulheres jovens devem fazer esse exame  a cada dois anos. O Papanicolau pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. Sua realização periódica permite reduzir a ocorrência e a mortalidade pela doença. (Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro)

Edição: Nádia Franco



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ONU alerta que 2021 ruma para ser catástrofe humanitária

“2021 será literalmente catastrófico, com base no que estamos vendo a esta altura”, disse o chefe do Programa Mundial de Alimentos, David Beasley, acrescentando que a fome está “batendo na porta” de uma dúzia de países

David Beasley (Foto: Reuters)

O ano que vem está assumindo os contornos de uma catástrofe humanitária, e os países ricos não devem atropelar os países pobres em uma corrida por vacinas para combater a pandemia de coronavírus, disseram autoridades de alto escalão na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira.

O chefe do Programa Mundial de Alimentos (PMA), David Beasley, e o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, falaram durante uma reunião especial sobre a Covid-19, que surgiu na China no final do ano passado e já infectou 65 milhões de pessoas em todo o mundo.

A pandemia, as medidas adotadas pelos países para tentar conter sua disseminação e seu impacto econômico provocaram um aumento de 40% no número de pessoas necessitadas de ajuda humanitária, disse a ONU no início desta semana, apelando por 35 milhões de dólares de financiamento de ajuda.

“2021 será literalmente catastrófico, com base no que estamos vendo a esta altura”, disse Beasley, acrescentando que a fome está “batendo na porta” de uma dúzia de países.

Ele disse que o próximo ano provavelmente será “o pior ano de crise humanitária desde o início das Nações Unidas”, 75 anos atrás, e que “não conseguiremos financiar tudo... então temos que priorizar, como digo, os icebergs diante do Titanic”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, e suas principais autoridades também pediram que as vacinas contra Covid-19 sejam disponibilizadas para todos e que os países ricos ajudem países em desenvolvimento no combate e na recuperação da pandemia. (NOVA YORK (Reuters)


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Com aumento de casos entre jovens, festas do fim de ano podem provocar explosão de Covid-19

Com quase 6,5 milhões de infecções e mais de 175 mil mortes, o Brasil é o terceiro país do mundo com mais casos confirmados de Covid-19 e o segundo com mais mortes em decorrência da doença

Pessoas usando máscaras de proteção passam em frente a grafite em meio à pandemia da Covid-19 no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

Quando uma jovem de Curitiba foi a um recente churrasco de família, ela não poderia imaginar que contaminaria 18 familiares com a Covid-19, dos quais três acabariam por morrer devido à doença.

A origem da infecção foi uma festa marcada pela internet, ignorando as recomendações de distanciamento social, como várias espalhadas pelo país que têm contribuído para uma aceleração recente dos casos de coronavírus após um período de queda.

Mesmo que na maioria dos casos jovens não desenvolvam quadros graves de Covid-19, muitos têm levado o vírus para lares onde moram idosos e pessoas com comorbidades, provocando uma alta na ocupação dos leitos hospitalares, segundo especialistas.

A aproximação com as celebrações do final de ano tem aumentando as preocupações com um avanço ainda maior da doença.

“Essa chegada do final do ano e maior movimentação das pessoas vai acabar disseminando ainda mais o vírus e provocando surtos e um aumento da doença nos hospitais”, disse o pesquisador Diogo Xavier, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“A preocupação é muito grande. O poder público precisa agir. A gente ainda tem a oportunidade de tomar as medidas adequadas e evitar esse surto, do contrário a gente vai ter um colapso do sistema de saúde”, acrescentou, lembrando que várias cidades desmontaram os hospitais de campanha usados para receber pacientes de Covid-19 na primeira etapa da pandemia.

Com quase 6,5 milhões de infecções e mais de 175 mil mortes, o Brasil é o terceiro país do mundo com mais casos confirmados de Covid-19 e o segundo com mais mortes em decorrência da doença.

Depois de atingir um pico no final de julho, com quase 70.000 casos novos e mais de 1.500 óbitos em um único dia, a Covid-19 parecia estar sendo controlada ao cair para o patamar de 20 mil casos e 425 mortes por dia no final de outubro.

Na semana passada, no entanto, o número de casos novos por dia chegou a 34 mil e as mortes ficaram em 510 por dia na média, destacando o repique do surto.

Em São Paulo, que concentra a maioria dos casos no país, o percentual de jovens de 20 a 29 anos no total de casos de Covid-19 cresceu 25,7% em novembro na comparação com junho, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde levantados pela GloboNews. Hospitais da cidade também apontaram uma redução na média de idade das pessoas internadas devido à doença.

Apesar disso, nas maiores cidades do país as ruas estão cada vez mais próximas da normalidade, com restaurantes e lojas cheios de pessoas muitas vezes sem máscara.

“Você pega o que aconteceu nas ruas nas últimas semanas... pessoas andando sem máscara, aglomerações em bares, festas, praias. Pessoas se aglomeram, sem circulação de ar. Você vê em bares, em festas, milhares de pessoas pulando, cantando, quando se canta dispersa muitos perdigotos. Milhares de pessoas juntas grudadas umas nas outras pulando, bebendo e cantando, não tem ar livre suficiente para resolver”, disse o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo dados do Google, o transporte público e os locais de trabalho no país estão com frequência de pessoas inclusive maior do que antes das quarentenas impostas devido à pandemia, enquanto a mobilidade em lugares como restaurantes, cafés e shopping centers está bem maior do que no início da crise.

FESTAS E PRAIAS

O caso da jovem de Curitiba foi revelado pela secretária de Saúde da capital paranaense, Márcia Huçulak, ao fazer um apelo para que as pessoas evitem aglomerações até mesmo dentro do círculo familiar, uma vez que mesmo idosos que permanecem isolados têm sido infectados dentro de casa.

“A gente acompanha casos muito tristes, como o de uma jovem, que foi em uma dessas festas e depois, no domingo, foi ao churrasco da família. Dessa moça, 18 contraíram o coronavírus e tivemos três óbitos”, disse a secretária.

Muitos desses jovens contraíram o vírus ao aproveitar as flexibilizações de quarentenas para retomar atividades após muitos meses de confinamento, que provocaram custos emocionais.

Pesquisa da Fiocruz em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apontou que os jovens adultos são aqueles que mais sentiram impactos em seu estado de ânimo devido ao isolamento social, com 54% se dizendo deprimidos e 70% ansiosos ou nervosos frequentemente.

“A gente sente a população muito cansada de manter os hábitos de higiene, do uso da máscara, de ficar em isolamento”, disse a pesquisadora da Fiocruz Celia Landmann Szwarcwald, coordenadora do trabalho. “Quando deram o ok, a população se sentiu liberada, se deram o ok eu posso ir, mas esqueceram dos procedimento que poderiam ter continuidade, como, por exemplo, o uso de máscara.”

Com o aumento de casos e a alta na ocupação de leitos de UTI, autoridades de alguns Estados voltaram a impor medidas para reduzir a circulação de pessoas, incluindo toques de recolher noturnos anunciados esta semana no Paraná e em Santa Catarina e um recuo de fase no plano de reabertura em São Paulo.

No Rio de Janeiro, o aumento de casos “já está provocando grande estresse no sistema de assistência à saúde”, de acordo com nota técnica de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Segundo o documento, é “urgente que as autoridades governamentais implementem ações para o enfrentamento desse novo aumento de casos de Covid-19”, incluindo o fechamento das praias, proibição de eventos presenciais e uma possível decretação de lockdown.

Nesta sexta-feira, a prefeitura da capital anunciou o fechamento das escolas municipais para reduzir o risco de contágio, assim como autorização para shoppings e centros comerciais funcionarem 24 horas por dia para reduzir as aglomerações por causa do Natal.

Apesar da situação complicada, diversas celebrações de réveillon na cidade estão com ingressos à venda pela internet, com entrada de até 1.870 reais para uma festa no famoso morro do Pão de Açúcar.

“Seja com distanciamento, como o protocolo pede agora, ou quem sabe com mais flexibilidade, se permitido até o fim do ano... O que sabemos, com certeza, é que teremos um momento para vivermos juntos a passagem para o próximo ano!”, diz o convite. (RIO DE JANEIRO (Reuters)


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Enquanto estados têm alta nas mortes, Brasil ultrapassa 6,5 milhões de casos de Covid-19

O Brasil registrou 694 mortes e 46.884 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, segundo o Ministério da Saúde

(Foto: Ag.Brasil)

O Brasil registrou 694 mortes e 46.884 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, segundo o Ministério da Saúde. Assim, nesta sexta-feira, 4, subiu para 175.964 o número de vítimas fatais da doença no país, e o total de casos ultrapassou a marca de 6,5 milhões - indo para 6.533.968 desde o início da pandemia.

Reportagem do G1, com dados do consórcio de veículos de imprensa, aponta que 18 das 27 unidades federativas do Brasil estão com alta em mortes pela doença (PR, RS, SC, ES, MG, SP, MS, MT, AC, AP, RO, RR, TO, CE, MA, PB, RN e SE), enquanto cinco (DF, AM, PA, BA, PE e PI) estão “estáveis” e três diminuíram (RJ, GO e AL). (247)


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Moscou inicia vacinação contra Covid-19 neste sábado para agentes da saúde e da educação e assistentes sociais

"Não são só os médicos e pedagogos que vão receber a vacina: o pessoal da limpeza dos hospitais, funcionários das escolas, assistentes sociais que entram em contato com grande número de pessoas [também receberão]", esclareceu a vice-prefeita da cidade

Enfermeira prepara vacina russa "Sputnik-5" contra Covid-19 para aplicação em Moscou (Foto: REUTERS/Tatyana Makeyeva)

Nesta sexta-feira (4), os moradores da capital da Rússia, Moscou, começam a ter acesso à vacina Sputnik V contra a Covid-19.

Agentes de saúde, profissionais da educação e assistentes sociais da capital podem se registrar hoje (4) para receberem a primeira dose do imunizante a partir de amanhã (5).

"Mas atenção: não são só os médicos e pedagogos que vão receber a vacina: o pessoal da limpeza dos hospitais, funcionários das escolas, assistentes sociais que entram em contato com grande número de pessoas [também receberão]. O risco que eles correm de contrair o vírus não é menor!", lembrou a vice-prefeita da cidade, Anastasiya Rakova.

Os assistentes sociais municipais prestam os mais diversos serviços aos moscovitas: desde assistência psicológica e jurídica até recolocação profissional e apoio a idosos.

Para obter a vacina é necessário ter entre 18 e 60 anos, não ter doenças crônicas, não ter tomado outras vacinas, como a da gripe, nos últimos 30 dias, nem ter tido doenças do trato respiratório recentemente. A vacinação é contraindicada para mulheres grávidas e lactantes.

O processo tomará cerca de uma hora: 10 minutos para exame médico antes da administração da vacina, cerca de 15 minutos para preparar o medicamento e 30 minutos nos quais o paciente deve ficar sob observação médica.

Conforme o grupo prioritário for atendido, a campanha de vacinação será gradualmente ampliada, até abranger todos os residentes da capital russa.

A vacina será distribuída de graça para os residentes da Rússia. Para o mercado internacional, será vendida à US$ 10,00 a dose (cerca de R$ 50,00), preço duas vezes inferior ao das concorrentes, informou o Fundo Russo de Investimentos Diretos.

A Sputnik V é administrada em duas doses: após tomar a primeira, os moscovitas receberão um lembrete por SMS para comparecerem a um dos 70 pontos de vacinação e receberem a segunda dose.

Depois disso, os moradores da capital russa receberão um certificado que atesta a imunização contra a Covid-19.

Apesar de a vacinação em massa só ter início neste sábado (5), mais de 100 mil pessoas já foram vacinadas contra a Covid-19 na Rússia.

"No momento, mais de 100 mil cidadãos já foram vacinados e a vacina Sputnik V é distribuída em todas as regiões da Rússia", disse o ministro da Saúde do país, Mikhail Murashko, durante apresentação sobre o imunizante realizada na ONU nesta quarta-feira (2).

Somente em Moscou, cerca de 20 mil pessoas participaram dos testes da fase 3 da vacina Sputnik V.

Experiência pessoal

A moscovita Anna Goldman, de 39 anos, foi uma das voluntárias dos testes, que também são conduzidos na Índia, Emirados Árabes Unidos, Bielorrússia e Venezuela.

"Eu decidi participar dos testes da vacina porque eu não quero adoecer e quero ter anticorpos", disse Goldberg à Sputnik Brasil.

"Afinal, todas as vacinas tiveram que ser testadas em alguém, e dessa vez eu pude fazer parte do processo", considerou a voluntária". "Pude ser útil de alguma forma à sociedade e à humanidade como um todo."

Ela conta que não teve medo de participar dos testes, uma vez que nunca tinha apresentado reações adversas a vacinas.

"Sei que tem pessoas que têm efeitos colaterais, mas eu nunca tive nenhuma complicação em relação a vacinas, nem durante a infância", relatou.

"A única coisa que eu não queria era receber o placebo!", disse Goldman. Durante este tipo de teste, uma parcela dos participantes recebe a vacina e outra recebe um placebo, para que os pesquisadores possam comparar os resultados e calcular a eficácia do imunizante.

Quando Goldman contou a familiares que ia participar dos testes, "todo mundo recebeu a minha decisão de forma positiva".

"Mas quando eu fiz um post em uma rede social que eu ia participar dos testes com a nova vacina, foi até engraçado, porque escreveram que eu era corajosa e audaciosa", relatou a voluntária. "Mas eu mesma não via nenhuma bravura."

Por outro lado, "teve gente que escreveu 'nós sempre lembraremos de você como uma bela jovem'. Parecia que estavam se preparando para meu funeral!"

Ela lamenta que "tantas pessoas tenham medo de vacinas" e acredita ser necessário "realizar campanhas educacionais, esclarecer para a sociedade que a vacinação é uma coisa importante, que preserva a saúde e salva a vida das pessoas".

O Instituto Gamaleya, que desenvolveu a Sputnik V, reitera que a vacina é segura "porque não contém o coronavírus".

"A base da vacina são estruturas especiais (vetores portadores) criadas em laboratório, que contêm apenas uma parte do gene do vírus. Em resposta a um encontro com eles, o sistema imunológico produz anticorpos protetores", escreve o instituto em nota publicada pela prefeitura de Moscou.

A voluntária disse que não teve efeitos colaterais, "só o lugar da picada da injeção que inflamou um pouco e ficou parecendo uma picada de mosquito".

Goldman compreende que, ao contrário de outras vacinas que demoraram décadas para serem desenvolvidas, as vacinas contra a Covid-19 foram desenvolvidas de forma acelerada.

"Eu acho que está certo fazer os testes em ritmo acelerado. A epidemia está acontecendo agora", disse a voluntária.

Em 24 de novembro foram divulgados os resultados parciais dos testes da vacina Sputnik V, que atestam a eficácia de 95% do imunizante.

Em 2 de dezembro, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o início da vacinação em larga escala no país. Segundo ele, cerca de 2 milhões de doses serão disponibilizadas para a primeira etapa de vacinação. (Sputnik)


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