quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

SÍNDROME DO BURNOUT. NOVA DOENÇA LIGADA AO MUNDO DO TRABALHO

 (photo: )

O burnout é uma síndrome ligada à vida profissional, cuja definição ainda não está bem estabelecida. Os especialistas preferem chamá-la de “síndrome do esgotamento profissional”. Jean-Yves Dubré, médico francês especialista em medicina do trabalho, esclarece nesta entrevista vários pontos da questão.
Por: Marine Van Der Kluft – Le Figaro Santé

Tradução: Luis Pellegrini
O burnout não é uma doença reconhecida oficialmente. Mas isso provavelmente não tardará a acontecer. As autoridades de saúde francesas preferem falar de uma “síndrome do esgotamento profissional”, definido como um “esgotamento físico, emocional e mental resultante de um investimento excessivo e prolongado em situações de trabalho muito exigentes no plano emocional”. Essa síndrome é séria e pode provocar depressão, estresse pós-traumático e comporta inclusive risco de suicídio. Apesar disso, ela ainda está mal definida e divide as opiniões inclusive no meio da comunidade médica. Nesta entrevista, Jean-Yves Dubré, especialista francês em psicopatologias ligadas ao trabalho, esclarece o panorama atual em relação ao burnout.


Le Figaro Santé: Qual é a diferença entre burnout e depressão?
Jean-Yves Dubré: A diferença é bastante clara: todos os sintomas do burnout provêm de uma anomalia na relação da pessoa com o trabalho que desempenha. A relação subjetiva com o trabalho é alterada por causa de uma sobrecarga de trabalho e de um sentimento de solidão que deriva do desaparecimento, no ambiente de trabalho, de espaços de discussão, de deliberações, propícios à construção dos compromissos necessários à boa realização das tarefas solicitadas. Quando ocorre o burnout, o trabalhador pode ter a sensação de estar num beco sem saída, pode baixar os braços e viver os acontecimentos com um sentimento de impotência para conseguir modificar qualquer aspecto daquilo que acontece no seu trabalho. “Não vai servir para nada”, pensa ele. Ele gostaria de ter um bom desempenho, mas sente que não mais dispõe dos meios ou forças para fazê-lo. E quando o trabalhador não encontra mais saída para uma situação difícil, ele acaba pensando que é ele mesmo o problema: atingido na sua autoestima, duvida de si mesmo, e esses sentimentos por fim voltam-se contra si mesmo.
E a depressão?
A depressão é uma outra coisa: pode ser a consequência patológica de uma situação de opressão e de tensão no trabalho que, numa primeira fase, provocou uma situação de burnout no trabalhador. Trata-se de um fenômeno que chamamos de “descompensação”, dependendo da personalidade da pessoa acometida e da sua vida pessoal. É a consequência de uma história vivida no ambiente de trabalho: o encontro entre uma situação de trabalho problemática com uma história pessoal problemática que entram em ressonância. Isso acarreta uma descompensação psíquica e na forma de uma depressão, bem como problemas cardiovasculares ou digestivos. As somatizações, nesses casos, são muito numerosas e variadas e levam a várias complicações.


Podemos dizer que o burnout é o mal do século 21?
Na verdade, as complicações ligadas ao trabalho e ao ambiente lavorativo existem desde sempre: a fadiga e o esgotamento dos trabalhadores são muito bem descritos nos romances de Emile Zola, no século 19, apenas para citar um exemplo. Hoje, as dificuldades que aparecem para os trabalhadores constituem a consequência direta da evolução ocorrida no mundo do trabalho desde a Segunda Guerra Mundial. A particularidade do século 21 vem das técnicas de gerenciamento. Antes, os problemas de trabalho que colocavam em risco a vida dos trabalhadores podiam se exprimir através de lutas coletivas e sindicais, como aconteceu por exemplo durante a greve geral de maio de 1968 que assustou o empresariado. Nos anos que seguiram, as federações patronais procuraram compreender o que tinha acontecido e, sobretudo, a evitar que situações do gênero se repetissem. A palavra de ordem tornou-se a “atomização das relações sociais”.
Quais as consequências disso para os assalariados?
Anos mais tarde, as consequências de tais estratégias ainda estão presentes: hoje, o trabalhador encontra-se sozinho diante das dificuldades. A resposta aos problemas torna-se individual e se exprime através da saúde do trabalhador mais do que na solução coletiva, ou seja, na luta. Agora, os assalariados são obrigados a investir a si próprios, de corpo e alma, no trabalho, e disso deriva uma forma de competição entre os trabalhadores que destrói os laços de solidariedade. O burnout é claramente a expressão da evolução do mundo do trabalho como o conhecemos nos dias de hoje.


Como detectar a síndrome do burnout?
Para o médico clínico geral, trata-se de observar em profundidade o paciente que chega com sintomas de fadiga e estresse. Com muita frequência, é a família que percebe isso e lança um sinal de alerta, pois o próprio interessado não se considera doente. É por essa razão que, como regra geral, os casos de burnout chegam aos consultórios quando estão em situação bem avançada, quando ocorreu um fenômeno de descompensação, como é o caso de um paciente que não consegue sair da cama pela manhã para ir ao trabalho, ou quando sofreu um acidente ao dirigir seu carro para ir ao trabalho. Acidentes estradais nesses casos são muito frequentes, e estão ligados à angústia, ao desejo de “acabar com isso”. O risco de suicídio é importante: a primeira coisa a ser feita é, portanto, dar uma pausa no trabalho, para tirar o paciente de uma situação de sofrimento.
Uma vez descoberto, como o médico pode tratar um caso de burnout?
É necessária uma organização multidisciplinar para diagnosticar a origem dos sintomas, a começar por um exame acurado do ambiente de trabalho. Podemos sempre dar medicamentos ao paciente, mas se a situação não muda no ambiente de trabalho, a medicação não conseguirá mudar nada… Nós, médicos do trabalho, sabemos disso muito bem: quando a situação no ambiente de trabalho é explorada, quando o médico do trabalho intervem, faz perguntas a um empregador que aceita o fato de que mudanças precisam ser feitas, verificamos então que as pessoas conseguem voltar à sua atividade normal. Isso permite ao trabalhador perceber que não é ele mesmo a origem do problema, e perceber isso lhe ajuda a se relançar na atividade. Só isso, quando ocorre, representa muita coisa para ele. O problema deriva da negação, quando recusamos ver e entender a situação de trabalho reinante e quando dizemos à pessoa que a culpa é dela. É por isso que alguns não conseguem “sair do atoleiro”. O papel do especialista em medicina do trabalho é realmente fundamental. Ele faz a ponte entre o paciente e sua situação no ambiente de trabalho, em contato com a hierarquia.


“Conheci pacientes que tremiam, que não conseguiam mais atender um chamado telefônico, ou que tinham medo de cartas recomendadas. Tais pessoas com frequência têm dificuldades com a sua hierarquia no trabalho”, Jean-Yves Dubré

É possível a cura completa do burnout?
O burnout não é uma fatalidade. O que mais ouvimos, no desempenho da medicina do trabalho, é a frase: “O pior é que eu gosto do meu trabalho, mas não posso mais desempenhá-lo nas condições atuais”. Tais pessoas são conscienciosas e querem desempenhar bem suas tarefas, e é justamente por isso que elas estão sujeitas ao burnout.
Mas, em muitos casos, após a intervenção do especialista a situação do ambiente de trabalho muda e os pacientes conseguem se reintegrar perfeitamente. Em compensação, em certos casos a reversão do burnout mostra-se impossível, como depois de uma tentativa de suicídio que deixou sequelas físicas. Ou, em outras vezes, por causa do desenvolvimento de uma síndrome de estresse pós-traumático. Com efeito, quando os maus tratamentos duram anos, isso pode causar traumas que durarão por toda a vida. Conheci pacientes que tremiam, que não conseguiam mais atender chamados telefônicos, que tinham medo da passagem do carteiro, ou apresentavam sintomas típicos de estresse ao ver o logo da empresa onde trabalharam… Tais pessoas quase sempre tiveram dificuldades com a sua hierarquia no trabalho, as quais não quiseram lhes dar respostas ou as consideravam como colegas incômodos dos quais era necessário se liberar. Tais posturas frequentemente descambavam para situações de assédio moral.
Quando se chega a isso, trata-se de um ponto de não-retorno?
Nesses casos, tais pessoas não poderão retomar seu trabalho, mas se tomarem consciência do que lhes está acontecendo, poderão perfeitamente retomar suas atividades em algum outro lugar mais favorável. É preciso perceber que, quando não fomos bem compreendidos ou aceitos no interno de uma situação, isso não significa que nunca mais conseguiremos exercer nossa profissão. Diferentes condições de trabalho permitirão que a pessoa se realize em outros contextos. Certas vezes, as pessoas conseguem até mesmo dar um salto de qualidade em suas vidas ao se voltar para seus sonhos de infância e juventude: elas percebem que a escolha de profissão que fizeram não era a ideal para eles e, assim sendo, o que parecia uma dificuldade insuperável acaba se tornando a ocasião justa para voltar a uma atividade que corresponda melhor às suas expectativas e seus desejos.


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OMS: 93% DAS CRIANÇAS RESPIRAM POLUIÇÃO ACIMA DO RECOMENDÁVEL

   Via:Saúde247 em parceria com Lé Figaro
 (photo: Antara Foto/Wahdi Setiawan/via REUTERS)

Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que 93% das crianças e adolescentes respiram ar com nível de partículas finas acima do que é considerado recomendável para a saúde; a situação é mais grave em algumas regiões do mundo como a Ásia e a África e também nos países de renda média e baixa

Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Um relatório divulgado nesta segunda-feira (29) pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que 93% das crianças e adolescentes respiram ar com nível de partículas finas acima do que é considerado recomendável para a saúde. A situação é mais grave em algumas regiões do mundo como a Ásia e a África e também nos países de renda média e baixa.
A publicação do relatório antecede a realização da Primeira Conferência Global da Organização Mundial de Saúde sobre Poluição do Ar e Saúde, que começa amanhã na Suíça. O tema do encontro é "Melhoria da Qualidade do Ar, Combate às Mudanças Climáticas".
Nos países com renda baixa e média, 98% dos menores de 5 anos são expostos a níveis maiores do que é recomendado para a saúde, enquanto nos países de renda elevada, o percentual é de 52%.
Na África e no Mediterrâneo Oriental, 100% das crianças com menos de 5 anos estão expostas a níveis acima do recomendável.
No continente americano, países de renda baixa e média, como o Brasil, expõem 87% das crianças menores de 5 anos a esses níveis de partículas finas.
Mortes
Além da poluição das grandes cidades, as crianças muitas vezes estão expostas a partículas geradas dentro de suas próprias casas, provocadas pela queima de combustíveis como carvão e querosene.
Cerca de 3 bilhões de pessoas ainda dependem de combustíveis e equipamentos poluentes para cozinhar e se aquecer no mundo. Mulheres e crianças costumam passar mais tempo ao redor dessas fontes de calor, expostas à fumaça, o que resulta em concentrações de poluentes que chegam a ser seis vezes mais altas que o ambiente ao redor.
A organização estima que essa exposição resultou em 3,8 milhões de mortes prematuras em todo o mundo, o que supera a mortalidade causada por malária, tuberculose e Aids combinadas. Destas mortes, 400 mil atingiram menores de 5 anos.
No Brasil, a OMS estima que 50 mil pessoas morrem por ano de doenças relacionadas à poluição do ar. Quase 10% da população do país ainda queima madeira para cozinhar, o que contribui para a exposição à poluição.


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PROJETO DA ESCOLA SEM PARTIDO É DERROTADO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Richard Silva/PCdoB na Câmara

Por Christiane Peres, do portal Vermelho
Foram quase três horas de obstrução até o presidente do colegiado, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), jogar a toalha e encerrar os trabalhos da comissão especial que analisa o projeto que ficou conhecido como Escola Sem Partido (PL 7180/14). Após seis semanas tentando votar o relatório do deputado Flavinho (PSC-SP) e enfrentando dura obstrução da Oposição, o parlamentar reconheceu o trabalho dos deputados contrários à matéria e criticou a ausência de seus aliados no colegiado.
"A Oposição cumpriu seu papel e merece o reconhecimento desta comissão, mas quem está sepultando este projeto são aqueles que são favoráveis à matéria, que não se fazem presentes", disse Marcos Rogério.
Logo após o encerramento da comissão, os deputados contrários ao texto, ocuparam a mesa da presidência da comissão e comemoram o feito ao som de "viva Paulo Freire".
Vice-líder da bancada comunista, a deputada Alice Portugal (BA), que foi perseguida e calada diversas vezes na reunião do colegiado, vibrou com a vitória. "Marcos Rogério talvez não quisesse essa nódoa na sua biografia. Viu que iríamos derrubar esta comissão e decidiu encerrá-la. É uma das maiores vitórias da minha vida. Talvez enfrentemos uma guerra grande na próxima legislatura, um tsunami, mas ter derrotado essa matéria agora foi muito importante. Foi a prova de que a resistência dá certo. E estamos fortalecidos para enfrentar qualquer tentativa de reduzir a educação. Queremos uma educação plural", defendeu.
Para o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki, com o projeto que estava sendo analisado, os deputados favoráveis ao chamado "Escola Sem Partido" subestimavam a capacidade de pensar dos estudantes. "Eles acham que engolimos tudo? Agora, é preciso dar voz aos estudantes. Se eles pensam que vão conseguir nos enterrar, que eles saibam de uma coisa: somos que nem sementes, quanto mais nos enterram, mais floresceremos", disse o estudante.
Professora da rede pública amapaense e membro do PCdoB na comissão, a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) foi uma das importantes vozes contrárias ao projeto. Para ela, o texto tira a qualidade da educação e prejudica os professores brasileiros. "Foi uma batalha incrível. A gente mostrou que não tem medo. Eles disseram aqui que virão com tropa de choque na próxima legislatura, podem vir. Nós vamos enfrentar com a força que sempre enfrentamos", destacou.
Agora, com o encerramento da comissão, para o texto ser analisado novamente pela Casa, uma nova comissão especial deverá ser formada na próxima legislatura.

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Mulher reencontra a filha que pensava estar morta há 69 anos

"Disseram-me que era uma menina, mas que tinha morrido", disse Genevieve

    Por: AFP - Agence France-Presse
Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

Uma mulher americana de 88 anos reencontrou a filha que acreditava ter nascido morta há 69 anos, noticiou o The New York Times.

Genevieve Purinton, de Tampa, Flórida, reuniu-se com a filha de 69 anos com Connie Moultroup de Richmond, Vermont, pela primeira vez este mês, segundo o jornal.

Purinton tinha 28 anos e era solteira quando deu à luz uma menina em Gary, Indiana. "Disseram-me que era uma menina, mas que tinha morrido ao nascer", disse ao Times.

De acordo com o jornal, um médico do hospital em que Purinton deu à luz organizou a adoção da menina.

A filha conseguiu chegar à mãe após fazer um exame de DNA no site Ancestry.com e viajou para a Flórida este mês para conhecê-la.

"Não está morta", disse Purinton quando se reencontraram.

"Foi muito emocionante", disse a filha. "Estava tão feliz em me ver".



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Servidores municipais terão salários antecipados para festas de fim de ano

Uma boa notícia para os servidores municipais de Petrolina. O prefeito Miguel Coelho anunciou, nesta segunda-feira (10), que irá antecipar o salário dos servidores municipais devido às festas de fim de ano. Além da antecipação salarial para as categorias, o gestor também confirmou a segunda parcela do 13º salário para a próxima semana.
O anúncio foi feito durante a inauguração de uma quadra no bairro Alto do Cocar, onde Miguel explicou que a antecipação é possível graças ao equilíbrio financeiro da Prefeitura de Petrolina.
Temos trabalhado com muita responsabilidade, sempre buscando o equilíbrio financeiro e é justamente por isso que vamos poder pagar antecipadamente para que todos possam passar o natal com dinheiro no bolso. Assim que passar o natal, nós também vamos garantir a antecipação salarial de dezembro para que as famílias possam passar o fim de ano mais felizes”, disse
De acordo com o gestor, o montante de 11,5 R$ milhões, referente à segunda parcela do 13º, já está garantido e deve estar disponível a partir da quarta-feira (19).(Ascom)

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Sessões esvaziadas: Uma constante na Casa Plínio Amorim

  Via:Carlos Britto

Se os vereadores de Petrolina gostam de protagonizar polêmicas na Casa, por outro lado não conseguem ficar até o final das sessões plenárias. E não é de agora que isso acontece.
Na sessão de ontem (11), por exemplo, o líder da bancada de oposição, Paulo Valgueiro (MDB), discursou para nada menos que cinco vereadores, já quase no final. Ou seja, a grande maioria dos 23 representantes da atual legislatura não estavam mais no plenário.
Se é para cumprir Regimento Interno, a presidência da Mesa Diretora tem de começar puxando a orelha de seus pares.

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Câmara aumenta pena de maus-tratos contra animais e zoofilia


Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (11) o projeto de lei que aumenta pena em casos de maus-tratos contra animais. O texto estabelece que a pena será acrescida de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal ou quando forem constatados atos de zoofilia (ato sexual entre seres humanos com animais). A matéria segue para análise do Senado.
A matéria foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em abril, mas só foi levada ao plenário da Casa nesta semana depois de comoção nacional com o espancamento e morte de um cachorro pelo segurança de uma rede de supermercados. O caso aconteceu no início deste mês, na cidade de Osasco (SP).
Para o relator da matéria, deputado Fábio Trad (PSD-MS), o aumento de pena é justo e mantém o equilíbrio das penas existentes na legislação. “O texto avança em termos penais na disciplina protetiva dos animais”, disser.
Senado
Um grupo de ativistas em defesa dos animais esteve nesta terça (11) no Senado para pedir apoio ao presidente da Casa, senadorEunício Oliveira (MDB-CE), para aprovar outro projeto que também endurece as penas por maus tratos a animais. De acordo com a PLS 470/2018, a pena para esse tipo de crime será de três anos e se for cometida em estabelecimentos comerciais poderá chegar a mil salários mínimos. A medida foi incluída na pauta e pode ser votada ainda nesta terça-feira.
Ao justificar o projeto, o autor da medida senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a sociedade brasileira recebeu com “indignação e estarrecimento a execução cruel a que foi submetido o cachorro em Osasco”. “A violenta morte do animal causou revolta e manifestações de repúdio e a rede de supermercados viu-se obrigada a publicar nota informando que repudia veementemente qualquer tipo de maus-tratos”.
Atualmente, abandono e maus-tratos a animais são considerados pela lei como crimes de menor potencial ofensivo, com pena de três meses a um ano. Penalidade que pode ser revertida em trabalhos sociais, por exemplo.
Pelo texto de Randolfe, os estabelecimentos comerciais que concorrerem para a prática de maus tratos, direta ou indiretamente – por omissão ou negligência – serão multados de um a mil salários mínimos. Esses valores serão aplicados em entidades de recuperação, reabilitação e assistência de animais.
“É relevante também que se punam, pelo bolso, os estabelecimentos que concorrem para a prática medievalesca de maus-tratos a animais, atacando aquilo que é mais caro a essas empresas: o seu patrimônio”, argumentou o senador. (Via: Agência Brasil)

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O ministro do TCU José Múcio Monteiro, eleito presidente da corte para o ano civil de 2019

BRASÍLIA – Em discurso de posse como presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro José Múcio Monteiro fez um agradecimento ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ministro das Relações Institucionais entre 2007 e 2009. O petista está preso e condenado na Operação Lava Jato em Curitiba.
No evento em Brasília, o ex-deputado federal por cinco mandatos falou para uma plateia em que estavam futuros ministros do governo Bolsonaro: Paulo Guedes, da Economia, Sérgio Moro, que assumirá a Justiça, Fernando Azevedo e Silva, da Defesa, e Wagner Rosário, que já chefia a CGU sob Michel Temer e seguirá no novo governo. Quando Múcio agradeceu a Lula, houve aplausos. Guedes e Moro, que o condenou à prisão, não aplaudiram.
“Preciso agradecer ao povo de Pernambuco que me deu cinco mandatos e ao ex-presidente Lula que me fez ministro”, disse Múcio. A plateia teve a presença ainda dos presidentes da República, Michel Temer (MDB); do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE); da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e do Supremo Tribunal Federal, José Dias Toffoli. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), esteve sentado ao lado de Ana Arraes, que assume como vice do TCU, e José Múcio.
Múcio ainda defendeu a união entre os três poderes e situou o tribunal como um órgão que deve ajudar a criar conexões e não apenas punir gestores.
“Em todos os Poderes teremos em comum a esperança, a solidariedade e a vontade de fazer dar certo. O concerto harmônico entre os poderes torna-se mais necessário do que nunca. Equilíbrio e harmonia são essenciais”, disse Múcio, há nove anos no tribunal. Ele terá como vice a ministra Ana Arraes.
“Não somos e nem queremos ser vistos apenas como o órgão julgador que aponta o erro do gestor e sanciona a conduta irregular ou ilegal”, disse José Múcio. “Temos observado também as boas práticas na gestão pública. Devemos enaltecer as condutas que merecem ser replicadas pelo país.”
Múcio destacou a intenção de contribuir para as pautas prioritárias dos três poderes, evocando uma “agenda comum”. “Vamos atuar infraestrutura, desenvolvimento nacional, fomento a transparência, e prevenção da corrupção”, disse.
“O TCU é órgão de Estado, e não de governo. O Controle tem a sua missão, mas deve dialogar e criar conexões. “Ao longo de sua história, essa instituição contribuiu controlando recursos públicos federais e auxiliando na melhoria dos órgãos. Temos que ser instituição que lidere pelo exemplo”, disse.
Em sua gestão, José Múcio promete uma reforma na estrutura no Tribunal e a análise de processos relacionados a concessões e privatizações, o que também é prioritário para o novo governo.
O ministro disse também que quer se dedicar ao combate às desigualdades regionais. “Um dos problemas estruturantes deste país”, apontou. “Precisamos contribuir para minimizar as injustiças do pacto federativo com vistas a uma distribuição mais equitativa das riquezas nacionais”, disse.
Ao assumir, disse também que recebe a missão “com um misto de sentimentos, mas com coragem e determinação na intenção de criar um país mais justo, mais fraterno e mais solidário”. O novo presidente também elogiou o trabalho do antecessor, que hoje deixa a função, o ministro Raimundo Carreiro. “Ressalto a excelência da gestão do ministro Raimundo Carreiro, com 50 anos de vida pública completados ontem”, disse.
Atribuído de discursar em nome dos demais ministros da corte, Benjamyn Zymler destacou a origem pernambucana em um discurso permeado de referências sobre o Estado e a trajetória de Múcio e de Ana Arraes, além do cumprimento . Afirmou que o Tribunal tem um missão desafiadora nos próximos anos.
“Não serão tempos fáceis, no horizonte de 2019 avizinham-se graves dificuldades no campo da economia e das contas públicas. O Brasil vive período de grande inquietude e grande esperança. Neste cenário há forte tendência de que a corte de contas adquira grande visibilidade”, disse Zymler.
Zymler disse que Múcio poderá ajudar a construir um entrosamento e entendimento entre os Três Poderes. “Esse entendimento deve respeitar os limites de cada poder”, disse. (Folha de São Paulo)

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EDUARDO BOLSONARO FICA DESOLADO COM DERROTA DO ESCOLA SEM PARTIDO


247 - Parlamentares, estudantes, professores, gestores e defensores da educação livre celebraram nesta terça-feira 11 o arquivamento do projeto Escola sem Partido na comissão especial criada para debater a matéria na Câmara dos Deputados. A notícia foi dada quando o presidente da comissão, Marcos Rogério (DEM-RO), anunciou que não vai mais convocar reuniões do colegiado para este ano.
Um dos principais defensores do projeto, apelidado de "Escola da Mordaça" pelos setores democráticos da sociedade, é o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que não escondeu o desânimo diante da derrota e foi flagrado pelas lentes fotógrafo Lula Marques.
"É uma resistência pela liberdade, pela Constituição, pela liberdade de cátedra e pela liberdade pedagógica", comemorou a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que tratou o projeto como "um atentado, uma mentira que tirava da escola a liberdade". "Se os nossos mandatos servirem apenas para impedir que eles concretizem essas maldades contra a educação brasileira, eles já servem para muita coisa", disse Erika Kokay (PT-DF).


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PROJETO DA ESCOLA SEM PARTIDO É DERROTADO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Richard Silva/PCdoB na Câmara

Por Christiane Peres, do portal Vermelho – Foram quase três horas de obstrução até o presidente do colegiado, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), jogar a toalha e encerrar os trabalhos da comissão especial que analisa o projeto que ficou conhecido como Escola Sem Partido (PL 7180/14). Após seis semanas tentando votar o relatório do deputado Flavinho (PSC-SP) e enfrentando dura obstrução da Oposição, o parlamentar reconheceu o trabalho dos deputados contrários à matéria e criticou a ausência de seus aliados no colegiado.
"A Oposição cumpriu seu papel e merece o reconhecimento desta comissão, mas quem está sepultando este projeto são aqueles que são favoráveis à matéria, que não se fazem presentes", disse Marcos Rogério.
Logo após o encerramento da comissão, os deputados contrários ao texto, ocuparam a mesa da presidência da comissão e comemoram o feito ao som de "viva Paulo Freire".
Vice-líder da bancada comunista, a deputada Alice Portugal (BA), que foi perseguida e calada diversas vezes na reunião do colegiado, vibrou com a vitória. "Marcos Rogério talvez não quisesse essa nódoa na sua biografia. Viu que iríamos derrubar esta comissão e decidiu encerrá-la. É uma das maiores vitórias da minha vida. Talvez enfrentemos uma guerra grande na próxima legislatura, um tsunami, mas ter derrotado essa matéria agora foi muito importante. Foi a prova de que a resistência dá certo. E estamos fortalecidos para enfrentar qualquer tentativa de reduzir a educação. Queremos uma educação plural", defendeu.
Para o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki, com o projeto que estava sendo analisado, os deputados favoráveis ao chamado "Escola Sem Partido" subestimavam a capacidade de pensar dos estudantes. "Eles acham que engolimos tudo? Agora, é preciso dar voz aos estudantes. Se eles pensam que vão conseguir nos enterrar, que eles saibam de uma coisa: somos que nem sementes, quanto mais nos enterram, mais floresceremos", disse o estudante.
Professora da rede pública amapaense e membro do PCdoB na comissão, a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) foi uma das importantes vozes contrárias ao projeto. Para ela, o texto tira a qualidade da educação e prejudica os professores brasileiros. "Foi uma batalha incrível. A gente mostrou que não tem medo. Eles disseram aqui que virão com tropa de choque na próxima legislatura, podem vir. Nós vamos enfrentar com a força que sempre enfrentamos", destacou.
Agora, com o encerramento da comissão, para o texto ser analisado novamente pela Casa, uma nova comissão especial deverá ser formada na próxima legislatura.

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Tragédia! Homem mata quatro e comete suicídio durante missa na Catedral de Campinas

    Via: Vinicius de Santana


(G1 SP)
Um homem matou quatro pessoas e deixou quatro feridas durante uma missa na Catedral Metropolitana, no Centro de Campinas (SP), na tarde desta terça-feira (11), segundo o Samu, Bombeiros e Polícia Militar. O suspeito pelos disparos na igreja cometeu suicídio em seguida.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o suspeito teria entrado na Catedral com uma pistola e um revólver calibre 38, e se matado em frente ao altar após os crimes.
A PM chegou a falar que o atirador havia matado cinco pessoas, mas depois corrigiu a informação.

O que já se sabe sobre o ocorrido:

  • Uma missa havia começado às 12h15;
  • Um homem entrou armado na Catedral, por volta das 13h;
  • Ele sentou em um dos bancos da igreja e, ao final da celebração, disparou cerca de 20 tiros;
  • Ele matou quatro homens, deixou quatro pessoas feridas e cometeu suicídio na sequência;
  • Os mortos não foram identificados;
  • A motivação do crime é investigada pela polícia;
  • Os feridos foram levados ao Mário Gatti, Beneficência Portuguesa e Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp – veja, abaixo, o estado de saúde de cada um deles;
  • Para a polícia, o atirador “executou um plano que tinha na cabeça”

20 disparos

O delegado do 1º Distrito Policial, Hamilton Caviola Filho, viu imagens do circuito de segurança dentro da igreja no momento da ação. Ele estima pelo menos 20 disparos.
Delegado conta como homem entrou na Catedral e começou a atirar
Delegado conta como homem entrou na Catedral e começou a atirar “Ele sentou a uns dez metros para a frente da porta. Ele não entrou atirando, primeiro ele senta em um banco”, afirma. De acordo com o delegado, logo após a entrada do atirador, três pessoas sentaram no banco atrás dele e foram as primeiras a serem atingidas. Entre elas, uma morreu.
“Ele usou uma arma, mas estava com duas. Motivação a gente só vai saber quando identificar, para saber o histórico dele. Eu estou me reportando às imagens. Ele [atirador] parou, pensou e executou o plano que tinha na cabeça […] Ele se matou, mas o policial deve ter alvejado ele porque estava com um tiro na costela, depois desse tiro ele caiu e se matou”, diz o delegado.
O delegado José Henrique Ventura, do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-2) afirmou que o atirador usou dois dos quatro carregadores nos assassinatos e todos os mortos são homens.
 Homem matou fiéis dentro da Catedral de Campinas — Foto: DENNY CESARE/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
“A maioria idosos, pessoas inocentes, e ele [suspeito] acabou disparando contra todas essas pessoas. A cena é desesperadora, uma tragédia muito grande”, diz o guarda Alexande Moraes.
Os mortos não foram identificados e a polícia investiga a motivação do crime. A princípio, a informação recebida pela EPTV é de que houve um assalto antes, mas autoridades negaram.
“As vítimas não foram identificadas ainda. Socorremos quem poderia ser socorrido e investimos em quem nós achamos que poderia retornar do quadro grave […] Não temos informação sobre motivação e sobre quem são as vítimas”, explica o bombeiro Alexandre Monteiro.

Os feridos

Em nota, a administração municipal informou que está mobilizada para atendimentos e o prefeito, Jonas Donizette (PSB), ficou “estarrecido com o brutal crime e dedica orações às vítimas e famílias”. O governo municipal decretou luto oficial de três dias, a partir desta terça-feira.
Crime ocorreu na tarde desta terça-feira, em Campinas — Foto: Johnny Inselsperger / EPTV
Crime ocorreu na tarde desta terça-feira, em Campinas — Foto: Johnny Inselsperger / EPTV
População ao lado da Catedral Metropolitana de Campinas — Foto: Fernando Evans/G1
População ao lado da Catedral Metropolitana de Campinas — Foto: Fernando Evans/G1
Moradores acompanham trabalhos da polícia na Catedral — Foto: Fernando Evans / G1
Moradores acompanham trabalhos da polícia na Catedral — Foto: Fernando Evan

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Com maternidade superlotada, Prefeitura de Juazeiro pede ajuda ao Governo da Bahia

   Via:Carlos Britto
Maternidade Municipal de Juazeiro. (Foto: Duda Oliveira/Blog do Carlos Britto)

A Secretaria de Saúde (Sesau) de Juazeiro (BA) informou, na tarde de hoje (11), que a Maternidade Municipal está com os 62 leitos ocupados, em estado de superlotação e pacientes de alto risco na unidade necessitando de transferência para Unidade de Alta Complexidade. A unidade é inclusa na pactuação da rede PEBA (Pernambuco-Bahia) que, além de Juazeiro e Petrolina, atende ainda mais 53 municípios dos dois Estados.
O grande número de gestantes que chega até o hospital é crescente e contínuo e, por isso, a gestão municipal informou à rede PEBA e ao Estado da Bahia estar solicitando ajuda para o momento e para reforçar a importância em reordenar a rede PEBA“, diz nota enviada pela assessoria de comunicação.
Diante da situação, a Sesau também disse ter solicitado aos municípios “restrição aos encaminhamentos para a unidade hospitalar”. Conforme a Secretaria, “o funcionamento para casos de urgência e emergência continuarão de forma restrita. Esta medida se faz necessária para assegurar a assistência aos pacientes  que já  se encontram  no Hospital  Materno Infantil  de Juazeiro”, finalizou a Pasta.

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Mesmo com denúncias, centro de João de Deus manterá atendimentos

Casa funciona há 40 anos no mesmo local, tem 25% de frequentadores estrangeiros e oferece serviços para a população carente

  Por: Agência Brasil
Casa de Dom Inácio, onde o médium João de Deus faz atendimentos
Casa de Dom Inácio, onde o médium João de Deus faz atendimentosFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


As denúncias de que teria abusado sexualmente de dezenas de mulheres que buscaram tratamento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), “entristeceram” o médium João de Deus, mas não a ponto de fazê-lo desistir de atender as milhares de pessoas que, semanalmente, o procuram na pequena cidade a cerca de 110 quilômetros de Brasília.

Cinco dias após o programa Conversa com Bial, da TV Globo, exibir os primeiros depoimentos de mulheres que afirmam ter sido vítimas de crimes sexuais praticados pelo médium, os funcionários do centro espírita preparam o local para o atendimento previsto para esta quarta-feira (12). Segundo assessores, João de Deus atenderá normalmente pelos próximos três dias.

“Ele está triste, mas está bem. E, no momento certo, vai falar [sobre as denúncias]”, comentou Edna Gomes, assessora de imprensa da Casa Dom Inácio de Loyola. Segundo ela, o médium já chorou diante da repercussão das notícias, mas está convencido de que esclarecerá os fatos.
Para a assessora, os depoimentos das mulheres parecem conter inúmeras “inconsistências” que precisam ser apuradas. Ao mostrar as instalações do centro espírita a jornalistas, que chegam à cidade para acompanhar os desdobramentos dos fatos, Edna garantiu que João de Deus não atende ninguém individualmente, em ambiente separado. “O seu João sempre foi um homem muito respeitador. Conhecendo-o, você percebe que há coisas impossíveis [nos relatos]. Ele mesmo diz que nunca foi santo, mas, neste sentido, não há nada [que o desabone]”, disse Edna, lembrando que o médium já foi inocentado de denúncias anteriores semelhantes.

“A última vez que falei com ele foi ontem [segunda]. Ele está chateado, claro, mas está bem. É muita coisa ao mesmo tempo”, afirmou Francisco Lobo, um dos secretários da casa. Dizendo ainda estar se inteirando dos fatos, Lobo classificou as denúncias como um “absurdo”. “Vamos ter que esperar peneirar para ver o que fica [das denúncias]”, acrescentou o secretário, que já foi vice-prefeito da pequena cidade de cerca de 12 mil habitantes e, hoje, atua com voluntário da estrutura montada ao redor do médium.
Casa de Dom Inácio, onde o médium João de Deus faz atendimentos
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A pequena Abadiânia
Segundo Lobo, além das curas e aconselhamentos espirituais, a Casa Dom Inácio de Loyola se dedica também ao trabalho social. Mantém a chamada Casa da Sopa, onde, além de refeições aos mais pobres e necessitados, oferece atendimento odontológico e outros serviços à população carente, doando material escolar e alimentos. Além disso, a existência do centro espírita movimenta a economia local, com hotéis, bares, restaurantes e pousadas funcionando apenas para atender turistas estrangeiros e brasileiros de outras regiões do país.

“A renda per capita do município praticamente depende do João. Há 83 pousadas em funcionamento, algumas com até 200 quartos. Enquanto a cidade tem pouco mais de 12 mil moradores, a população flutuante mensal ultrapassa 20 mil pessoas. São entre 3 mil e 5 mil atendimentos semanais”, afirmou Lobo, explicando parte da razão do “carinho” que parte da população local sente por João de Deus.

De acordo com o secretário, a casa que funciona há 40 anos no mesmo local e tornou Abadiânia famosa internacionalmente funciona com 40 funcionários com vínculos empregatícios e 30 voluntários assíduos, mais aqueles que aparecem esporadicamente. “Eu sou mais um. O fluxo é muito grande e é preciso termos gente”. Gente que, segundo Lobo, professa todas as fés e vêm de todas as partes do mundo. “Eu mesmo continuo católico. Aqui não se professa religião. É um lugar ecumênico. Há budistas, evangélicos, enfim, de todas as religiões e nacionalidades”.

De fato, nas imediações do centro, é grande a presença de estrangeiros. Na manhã desta terça (11), o salão de café do hotel mais próximo da Casa Dom Inácio de Loyola estava tomado por franceses. Nas ruas, é possível ouvir pessoas conversando em inglês, alemão e espanhol. Lobo garante que, cerca de 25% dos frequentadores são estrangeiros, o que daria uma média de 5 mil pessoas vindas do exterior. Justamente as que costumam permanecer mais tempo na cidade e movimentar a economia local.

De acordo com a funcionária de uma pousada que pediu para não ser identificada, a maioria dos brasileiros costuma chegar na quarta-feira, cedo, e em grupo. Os atendimentos acontecem pela manhã e pela tarde. Enquanto a reportagem da Agência Brasil circulava pela cidade, um ônibus de Santa Maria (RS) chegou com cerca de 40 passageiros que vieram conhecer a casa de atendimento espiritual.

Para Edna e Lobo, os promotores da força-tarefa criada pelo Ministério Público de Goiás podem ter se precipitado ao anunciar que a mera denúncia, em caso de crimes sexuais, pode ser o suficiente e que não descartam a hipótese de pedir o fechamento do centro espírita. “Eu só acho que a Casa não tem nada que ver com isso. A Casa é uma igreja. Você vai fechar uma igreja? Agora, se você quer tirar o padre, o pastor, tudo bem, [que se apure os fatos], mas a igreja é a igreja.”

Casa de Dom Inácio, onde o médium João de Deus faz atendimentos
Casa de Dom Inácio, onde o médium João de Deus faz atendimentos

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Casa de Dom Inácio, onde o médium João de Deus faz atendimentos
Casa de Dom Inácio, onde o médium João de Deus faz atendimentosFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil



Casa de Dom Inácio, onde o médium João de Deus realiza atendimentos e cirurgias espirituais
Casa de Dom Inácio, onde o médium João de Deus realiza atendimentos e cirurgias espirituaisFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil




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