domingo, 24 de maio de 2020

Líder do governo no Senado defende a demissão de Weintraub

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendeu a demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ao ser questionado se exoneraria o ministro caso fosse presidente da República, o senador foi direto: "Sim, demitiria"

Líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), concede entrevista coletiva para fazer balanço do ano legislativo.
Líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), concede entrevista coletiva para fazer balanço do ano legislativo. 
(Foto: Pedro França/Agência Senado)

Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, entende que a demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, é a única possibilidade diante da repercussão negativa do vídeo da reunião ministerial. Ao ser questionado se exoneraria o ministro caso fosse presidente da República, o senador foi direto: "Sim, demitiria".

A reportagem do portla G1 destaca que “na avaliação do líder do governo, os comentários de Abraham Weintraub foram o pior momento da reunião ministerial que antecedeu a saída do ministro Sergio Moro do governo.”
A matéria ainda acrecenta que “Fernando Bezerra revelou ter comentado com o presidente Jair Bolsonaro o conteúdo das declarações de Weintraub. Disse ao presidente que achou totalmente inapropriados os comentários do ministro da Educação.” (247)


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Última semana da quarentena em PE terá fiscalização intensificada

                     Por: Diario de Pernambuco
Decisão foi tomada após reunião por videoconferência com o governador. (Foto: Hélia Scheppa/SEI.)
Decisão foi tomada após reunião por videoconferência com o governador. 
(Foto: Hélia Scheppa/SEI.)

O governador Paulo Câmara coordenou, na manhã desse sábado (23), por videoconferência, uma reunião com os secretários envolvidos nas principais ações da Operação Quarentena. Foram atualizados os números das medidas implementadas, principalmente os dados relativos à fiscalização de estabelecimentos comerciais, abordagens a veículos, orientação à população, distribuição de máscaras e cestas básicas e outras ações nas comunidades.

Na reunião, foi definido que os bloqueios para fiscalizar o rodízio de veículos passarão de 43 para 50 nesta última semana da quarentena. Participaram da videoconferência com o governador os secretários Alexandre Rebêlo (Planejamento), Sileno Guedes (Desenvolvimento Social), Antônio de Pádua (Defesa Social) e Cloves Benevides (Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas).

No período de 16 a 22 de maio, foram empregados 8.364 profissionais de diversos setores, principalmente da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Apevisa, Detran, Procon e Guardas Municipais. Distribuídas em 43 pontos estratégicos de bloqueio, as equipes abordaram 62.992 veículos para verificar o cumprimento da medida que determinou o rodízio nos municípios do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata.

Na fiscalização aos estabelecimentos funcionando irregularmente, em descumprimento às medidas do decreto, as equipes visitaram 14.048 casas comerciais ou de serviços. Durante esse período, mais de 72 mil pessoas receberam orientações diversas na área social. As secretarias envolvidas no atendimento realizaram 24 ações integradas em 24 bairros e em 48 comunidades de Olinda, Jaboatão, Camaragibe e São Lourenço da Mata. Também foram distribuídas 14.980 máscaras, quatro mil cestas básicas e 2.610 kits de higiene.



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MPF apura surto que deixou 90 alunos com coronavírus em escola

Segundo a Força Aérea Nacional (FAB), todos os 507 alunos foram testados para a covid-19 desde sexta-feira, 22, antes do início de um período de três semanas de férias

MPF apura surto que deixou 90 alunos com coronavírus em escola
© DR

Um surto do novo coronavírus deixou 90 alunos infectados na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena, no interior de Minas Gerais. O caso é apurado em um procedimento preparatório do Ministério Público Federal (MPF) aberto após denúncia de pais de estudantes adolescentes da instituição, que funciona em regime de internato.
Segundo a Força Aérea Nacional (FAB), todos os 507 alunos foram testados para a covid-19 desde sexta-feira, 22, antes do início de um período de três semanas de férias e uma semana após o Conselho Tutelar identificar estudantes com sintomas gripais. Não há informações de contaminação entre funcionários. De acordo com o MPF, a "grande maioria" dos alunos são menores de idade.
Ainda segundo a FAB, sete estudantes tiveram sinais "leves" da doença, enquanto os demais foram casos assintomáticos. Todos aqueles que tiveram resultado positivo foram direcionados para isolamento social e tratamento médico, mas ninguém chegou a ser hospitalizado. Os contactantes também estão em quarentena desde sábado, 23.
O procedimento preparatório tramita na Procuradoria da República de São João del-Rei, em Minas Gerais, e apura "as condições de vida e saúde dos alunos adolescentes que secencontram em regime de internato nas dependências da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR)".
Segundo a denúncia dos pais, os alunos ficavam em alojamento com cerca de 170 pessoas, com "espaço mínimo entre as camas e banheiro comunitário". Ela também aponta que "vários destes alunos já estão gripados, com infecção de garganta e consequentemente com a imunidade baixa" e "funcionários e instrutores entram e saem diariamente da escola".
O Conselho Tutelar de Barbacena se manifestou sobre a denúncia no dia 15, na qual diz que os "alunos não estão tendo o direito ao isolamento social" e "encontram-se com um de seus direitos violados, lançados a situação de risco/contaminação, além de o risco de um colapso no sistema municipal de saúde".
"Estimularam e realizaram diversas atividades de práticas esportivas coletivas, gincanas, competições, inclusive com a participação de militares do efetivo que estão mantendo contato com pessoas/familiares fora do espaço da EPCAR 06/04, com a participação de professores militares. Professores esses que, como já destacado anteriormente, mantêm o contato social", apontou o conselho.
Um documento do MPF ainda aponta que uma vistoria da Secretaria Municipal de Saúde Pública e do Conselho Tutelar em 12 de maio identificou que "as providências efetivamente implementadas pela organização militar de ensino à luz de seu plano de contingenciamento específico de enfrentamento à covid-19 (...) revelaram-se insuficientes para a adequada e integral proteção da saúde dos alunos adolescentes".
Entre os problemas verificados, estão: falta de uma barreira sanitária para militares, visitantes e autoridades que entravam na escola; falta de procedimento padrão para desinfecção de ambientes; alunos em atividades coletivos sem o uso de máscaras; alojamentos com baixa ventilação e com proximidade entre as camas; falta de sabão líquido, álcool gel e papel-toalha nos vestiários e sanitários; e "elevado número de alunos" nas salas; dentre outros.
Segundo o MPF, a situação coloca em evidência o "elevadíssimo grau de risco de contaminação com o novo coranavírus pelos residentes e frequentadores" e a "inocuidade das medidas adotadas até agora pela organização militar".
Por isso, o procurador da república Thiago dos Santos Luz emitiu uma recomendação na quarta-feira, 21, para que a diretoria de ensino suspenda imediatamente todas as aulas e atividades acadêmicas presenciais, autorize todos os alunos que desejarem deixar o local e preste atendimento integral a todos que solicitarem.
Registros de gincanas, corridas e outras atividades coletivas durante a pandemia estão publicadas em redes sociais na escola. Algumas publicações chegaram a receber respostas críticas às aglomerações.
EPCAR diz ter ‘empenhado esforços para garantir a saúde e proteção’ dos alunos
Em nota, a EPCAR diz ter "empenhado esforços para garantir a saúde e proteção dos seus alunos, readequando as atividades escolares e implementando procedimentos de prevenção alinhados aos protocolos do Ministério da Saúde e conforme determinações do Ministério da Defesa". Ela afirma que atenderá todas as recomendações do MPF.
A instituição também alega que a manutenção do regime de internato durante a pandemia "visou à manutenção da integridade física e proteção" dos alunos, que são de diversas cidades do Brasil, "a fim de evitar exposições nos deslocamentos para seus locais de origem". Pelo mesmo motivo, havia vetado a circulação dos estudantes fora da EPCAR.
Além disso, a escola diz ter feito adaptações durante a pandemia, como a instalação de pias de campanha, a exigência do uso de máscaras, a ampliação dos horários de refeições e o incentivo à prática de exercícios físicos de forma individual, dentre outras.
Também em nota, a Prefeitura de Barbacena ressaltou que "apesar de localizada neste município, a instituição, embora monitorada e acompanhada pela Superintendência do Estado e pela Secretária Municipal de Saúde há mais de 60 dias, responde diretamente ao Ministério da Defesa e ao Alto-Comando da Aeronáutica."
"À Prefeitura cabe orientação quanto aos protocolos de segurança recomendados, que já havia sido realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica. A Prefeitura reafirma o compromisso em preservar a saúde dos barbacenenses."
Segundo a gestão municipal, a cidade tem 253 casos confirmados e 887 notificações da doença. Barbacena tem população estimada de 137 mil habitantes.


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Dias Toffoli fica internado com sintomas de coronavírus após cirurgia

    Segundo nota da Secretaria de Saúde do Supremo, o   presidente do STF está bem e respira normalmente


                 Por: FolhaPress
Dias Toffoli
Dias ToffoliFoto: José Cruz/Agência Brasil
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, passou por cirurgia no sábado (23), em Brasília, para drenagem de um abscesso. Após o procedimento, ele ficou internado com sintomas que sugerem infecção pelo novo coronavírus. Toffoli fez um exame para Covid-19 na quarta-feira (20), cujo resultado foi negativo.

A assessoria de imprensa da corte afirmou que, como não há confirmação de o ministro ter contraído o novo coronavírus, ele ficará em licença médica por sete dias. O prazo poderá ser prorrogado, a depender do resultado de novos exames. Na ausência de Toffoli, o ministro Luiz Fux assumirá a presidência do tribunal.
Segundo nota da Secretaria de Saúde do Supremo, divulgada neste domingo (24), e assinada por Marco Polo Dias Freitas, o ministro está bem e respira sem ajuda de aparelhos.

Leia abaixo a íntegra da nota:

O Senhor Ministro Dias Toffoli foi hospitalizado no sábado, 23, para drenagem de um pequeno abscesso. A cirurgia transcorreu bem e na noite do mesmo dia, o Ministro apresentou sinais respiratórios que sugeriram infecção pelo novo coronavírus, devendo permanecer internado para monitorização. No momento, o Ministro está bem e respira normalmente, sem ajuda de aparelhos. Na última quarta-feira, 20, o Ministro foi submetido a teste diagnóstico para o novo coronavírus, que foi negativo.

Marco Polo Dias Freitas
Secretário de Saúde do Supremo Tribunal Federal



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PRESIDÊNCIA Bolsonaro rebate STF e participa de aglomeração com faixas contra Congresso e Judiciário

Cercado de seguranças, o presidente estava acompanhado do ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e do deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ)

                 Por: Folhapress 
Presidente descumpre mais uma vez a regra de isolamento social na pandemia
Presidente descumpre mais uma vez a regra de isolamento social na pandemiaFoto: Reprodução/Facebook

Após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello divulgar o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro publicou na manhã deste domingo (24) um trecho da lei de abuso de autoridade.

A postagem no Facebook traz uma foto de um artigo da lei 13.869 de 2019. "Art. 28 Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investiga ou acusado: pena - detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos."
Depois de fazer a postagem, o presidente deixou o Palácio da Alvorada de helicóptero, desembarcou na Vice-Presidência e chegou à praça dos Três Poderes, em Brasília, onde ocorre uma manifestação em defesa do governo. Bolsonaro estava de máscara, mas a retirou na caminhada, contrariando regras do Distrito Federal. A multa em caso de descumprimento é de R$ 2.000.

O presidente voltou a causar aglomeração na frente do Palácio do Planalto. Desta vez, não desceu a rampa do palácio, como em outros atos. Os manifestantes portavam faixas contra o Congresso e o Judiciário.

Cercado de seguranças, o presidente estava acompanhado do ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e do deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ). O vídeo da reunião de 22 de abril foi citado pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro como evidência da pressão de Bolsonaro por interferência no comando da Polícia Federal.

Moro deixou o Ministério da Justiça no dia 24 de abril, após a publicação da demissão do então diretor-geral da PF Maurício Valeixo. Segundo Moro, a gravação mostra Bolsonaro pressionando para que trocas fossem feitas na corporação.

Da reunião, vieram à tona ainda declarações polêmicas de ministros como Abraham Weintraub (Educação), Paulo Guedes (Economia) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).





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Rede Globo decide partir para cima de Bolsonaro e chama Moro para o Fantástico

Moro e Fantástico
Moro e Fantástico (Foto: Reprodução)

A Rede Globo decidiu partir para cima de Jair Bolsonaro. A emissora chamou o desafeto do presidente Sergio Moro para uma entrevista ao seu programa dominical, o Fantástico, que irá ao ar na noite deste domingo, 24. Moro diz: presidente não quis combater a corrupção. 
O ex-ministro ainda afirma que Bolsonaro não deu atenção à agenda de combate à corrupção. 
O ex-juiz criticou a aproximação com os políticos do centrão e afirmou que se manteve fiel aos seus princípios. 
Moro disse: “se for assim nao precisa de um ministro, precisa de um papagaio.”
Ao responder porque ficou calado na maior parte da reunião ministerial, Moro disse que não é fácil promover o contraditório em algumas ocasiões. (247)


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EUA devem proibir viajantes do Brasil por causa de pandemia


Donald Trump volta a atacar a China

Donald Trump volta a atacar a China (Foto: REUTERS/Leah Millis)

Os EUA não querem mais os brasileiros em seu território, pelo menos pelos próximos 14 dias, como prevê o decreto presidencial a ser assinado pelo presidente americano. 
A reportagem do portal G1 destaca que “Trump já havia insinuado que estaria prestes a tomar a medida há alguns dias, devido ao aumento do número de casos no Brasil, que ocupa o segundo lugar entre os países com mais pessoas contaminadas, atrás justamente dos EUA.”
"Hoje o presidente tomou a ação decisiva para proteger nosso país, ao suspender a entrada de estrangeiros que estiveram no país durante um período de 14 dias antes de buscar a admissão nos Estados Unidos", diz um comunicado da secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany.

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Secretário de Vigilância da Saúde diz que deixará cargo nesta segunda

Wanderson de Oliveira disse que irá auxiliar o ministro interino Eduardo Pazuello nas ações de resposta à pandemia do coronavírus

                 Por: Folhapress
Oliveira está no cargo desde a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta
Oliveira está no cargo desde a gestão do ex-ministro Luiz Henrique MandettaFoto: Anderson Riedel/PR

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, disse neste domingo (24) que irá deixar a pasta nesta segunda-feira (25). Oliveira está no cargo desde a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Ele já havia apresentado um pedido de demissão no dia 15 de abril, que, na ocasião, foi negado.

O secretário disse, em mensagem enviada a servidores e contatos de WhatsApp neste domingo, que irá auxiliar o ministro interino Eduardo Pazuello nas ações de resposta à pandemia do coronavírus.
"Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa e conosco é missão dada, missão cumprida", escreveu. Oliveira não é militar, mas é do quadro de funcionários do HFA (Hospital das Forças Armadas).

O secretário, assim como Mandetta, defende o isolamento social para achatar a curva de contágio do novo coronavírus. A tentativa de saída do ministério se deu no auge do embate entre Mandetta e o presidente Jair Bolsonaro. Ele ficou conhecido como o representante técnico da pasta, responsável por apresentar as medidas de enfrentamento à Covid-19 e traçar estratégias de combate à doença.

Assim como Mandetta, sempre vestia o colete do SUS. A prática foi abandonada na gestão de Nelson Teich, que também deixou o governo -por rejeitar mudanças no protocolo da cloroquina.

Neste domingo, o secretário avisou na mensagem que estava saindo de grupos de trabalho. "Está chegando o momento de despedida." Ele permaneceu no cargo de secretário a pedido de Mandetta e Teich, mas, segundo ele, já estava definida com Pazuello sua saída permanente.

O secretário é enfermeiro epidemiologista. Em 2009, foi aprovado em concurso público para servidor do HFA, para onde irá retornar. Oliveira é mestre e doutor em epidemiologia pela Faculdade de Medicina da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).





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Belém do São Francisco confirma mais dois casos do novo coronavírus

                   Via:Carlos Britto


O município de Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco, confirmou neste sábado (23) mais dois casos positivos da covid-19. Segundo o último boletim, o município tem quatro casos confirmados da covid-19.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os dois novos pacientes são homens, com 28 e 38 anos, moradores da zona urbana do município. Os dois estão em isolamento domicilia. A confirmação foi feita através de teste rápido.
Além dos quatro casos confirmados, Belém do São Francisco tem quatro suspeitos, sendo três mulheres com idades entre 33 e 71 anos, e uma criança do sexo masculino, de 2 anos de idade. Todos são moradores da zona urbana. Entre os diagnostica com a doença, um já está curado.

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Empresa não tem de pressionar governador, dizem acionistas

Já o presidente Jair Bolsonaro disse que 'é guerra' e que o setor empresarial precisa 'jogar pesado' 
com os governadores

                 Por: Bruna Narcizo, da Folhapress
Empresário Pedro Passos, cofundador da Natura
Empresário Pedro Passos, cofundador da NaturaFoto: Divulgação
Acionistas das maiores empresas do Brasil são taxativos ao dizer que não é papel dos empresários pressionar governadores pela flexibilização do distanciamento social adotado para conter o coronavírus, como sugerido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na semana passada em reunião com membros da Fiesp.

O presidente disse que "é guerra" e que o setor empresarial precisa "jogar pesado" com os governadores. "Os senhores, com todo o respeito, têm que chamar o governador e jogar pesado. Jogar pesado, porque a questão é séria, é guerra", disse Bolsonaro na ocasião.
O pedido do presidente, no entanto, não encontrou eco no setor. "Neste momento, não é guerra. É união", diz a empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza. "Não estou contra o governo federal, eu também estou divulgando medidas que são boas."
O empresário Pedro Passos, cofundador da Natura e hoje copresidente do conselho de administração da empresa, diz que empresário não tem que pressionar governador.
"Essa é uma medida que tem ser tomada baseada na opinião de especialistas. Não faz muito sentido uma convocação para empresários pressionarem governadores. Ao contrário, os empresários deveriam estar apoiando."
Para Horácio Lafer Piva, acionista e membro do conselho de administração da Klabin, o pedido de Bolsonaro é um absurdo. "É inacreditável ele pedir para os empresários pressionarem os governadores. Está lidando com gente séria, não um bando de criança."
Lafer Piva diz ainda que não entende o pedido do presidente. "Ele parte do princípio de que governadores não sabem o que fazem e que, portanto, precisam de um puxão de orelha. Todos foram eleitos como ele foi. São gestores da máquina pública", diz.
Segundo ele, os governadores estão se comportando bem. "Não só os que liberaram [o comércio] como os que seguraram também. Tudo o que existe de malfeito está vindo do governo federal."
João Guilherme Sabino Ometto, um dos principais acionistas da usina São Martinho, diz que participou da reunião com Bolsonaro e que não sentiu necessidade de falar com o governador paulista.
Ometto, no entanto, diz que João Doria (PSDB) deveria olhar cada cidade separadamente. "Sou do interior [de São Paulo], a gente vê cidade que não tem nenhum caso e está com tudo parado, tudo fechado. Acho que isso também não está certo. Essa regras gerais são muito perigosas. O estado de São Paulo é um país de 40 milhões de habitantes."
Pedro Wongtschowski, acionista e presidente do conselho de administração da Ultrapar, discorda de Ometto. Ele diz que as medidas tomadas por Doria são adequadas, apropriadas e tecnicamente fundamentadas.
"Doria montou uma equipe de crise competente, com qualidade e quantidade de informações. As pessoas estão detalhando para preparação para uma retomada adequada."
Para Passos, a manutenção ou não da quarentena tem que ser determinada pela capacidade hospitalar e infraestrutura de saúde. "Essa é a prioridade. Ainda estamos na fase de crescimento da doença. A única saída é o isolamento para diminuir a curva. É o que funcionou na maior parte dos países do mundo", defende.
Luiza Helena também usa como exemplo a experiência de outros países acometidos pelo surto de coronavírus. "Países que entraram no isolamento horizontal foram mais bem-sucedidos no pico da doença."
Para ela, a falta de um esclarecimento adequado para a população acabou dividindo o país. "O inimigo não é o isolamento, é o vírus. O que se sabe até agora é que a proporção de contágio é muito alta. Se não fosse, não teria adiado Olimpíada ou fechado Nova York."



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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...