domingo, 27 de junho de 2021

Com desgaste de Bolsonaro na CPI, frentes antecipam manifestações para 3 de julho

 

Com as últimas revelações feitas pela CPI da Covid, desgaste do presidente acelerou o processo de mobilização nas ruas

           Murilo Pajolla/Brasil de Fato /Lábrea (AM)

Ao longo de um percurso de quase quatro quilômetros, manifestantes gritaram palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - Pedro Rocha/Sintufrj

Em reunião na tarde deste sábado (26), a Campanha Fora Bolsonaro definiu como nova data para novas manifestações pelo país o 3 de julho. O calendário deliberado também prevê mobilizações durante a entrega do pedido de impeachment unificado, definida para a próxima quarta-feira (30) em Brasília. Na quinta-feira (1) será realizada uma plenária nacional da campanha.

"A luta de massas é o elemento decisivo para que seja aberto o processo de impeachment do Bolsonaro. Com o ato do dia 3 de julho, queremos mandar um recado para o presidente da Câmara Arthur Lira, que está sustentando um governo sem condições políticas", afirma João Paulo, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Frente Brasil Popular.

O desgaste do presidente Jair Bolsonaro, com as últimas revelações feitas pela CPI da Covid nesta sexta-feira (25), com denúncia de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin, acelerou o processo de mobilização por sua saída e houve unidade entre as correntes para que a nova manifestação aconteça já no próximo sábado (3).

"Essa reunião de hoje foi motivada justamente pela intensificação da luta política, com os fatos novos que demonstram elementos mais concretos de um caso de corrupção do governo Bolsonaro e que ainda reforça o seu caráter genocida, porque foi corrupção com vacinas que iam salvar vidas", afirmou ao Brasil de Fato Iago Campos, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

O tempo fechou um pouco mais para o presidente Jair Bolsonaro nesta semana. A CPI da Covid ficou marcada pelo suposto esquema de fraude na negociação para a compra de doses do imunizante Covaxin entre o Ministério da Saúde e a empresa Precisa Medicamentos responsável pela venda no Brasil do imunizante produzido pelo laboratório indiano Bharat Biotech. 

Em depoimento na sexta-feira (25) à CPI da Covid, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que o nome citado pelo presidente Bolsonaro (sem partido), como responsável pelo esquema pela compra da vacina indiana Covaxin, com preço superfaturado, é o do deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Com as novas denúncias, a mobilização para a saída de Jair Bolsonaro esquentou já neste sábado, onde o presidente foi recebido com manifestações em Santa Catarina

"Demonstrou ainda com mais evidência que Bolsonaro não tava preocupado em salvar vidas, então isso é muito grave. Intensificou aindignação das pessoas e nos levou a tomar essa decisão de colocar mais uma data nesse processo de mobilização. Além do dia 30 em Brasília, o dia 3 no Brasil todo e seguir com esse calendário de mobilizações que vai até o dia 24", afirma Campos.

Esquerda nas ruas 

Os movimentos populares envolvidos Campanha Fora Bolsonaro mantiveram a mobilização para o 24 de julho. 

A plenária da "Campanha Fora Bolsonaro" tem relevância nacional na convocação dos protestos massivos deste ano. Ela é composta pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que congregam os maiores partidos políticos e centrais sindicais. 

"A unidade desse conjunto é que tem sido capaz de apontar um caminho para a derrota de Bolsonaro", afirma o membro da Frente Povo Sem Medo e secretário geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio.

"É fundamental também lembrar da importância de dialogar nas periferias da cidade, com som, lembrar da carestia, do preço do botijão, da energia, do desemprego, da necessidade do auxílio de R$ 600 contra essa miséria desse auxilio de 250 que sequer compra um terço de uma cesta básica", completa. 

Edição: Leandro Melito



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52,2% desaprovam governo Bolsonaro, diz Pesquisa Fórum

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

A 9ª Pesquisa Fórum, realizada em parceria com a Offerwise, mostra que mais da metade da população brasileira (52,2%) desaprova o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Somente 32,8% dos entrevistados aprovam sua gestão e 15% não sabem responder. Esse índice se mantém estável desde novembro do ano passado, quando a aprovação do governo despencou e vem caindo. Em outubro do ano passado, 51,9% dos brasileiros diziam aprovar o governo e 48,1% desaprovavam.

[...]

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a avaliação do governo de Jair Bolsonaro. Para 47%, o presidente está fazendo uma gestão ruim ou péssima, para 26,7% o governo é ótimo ou bom, para 22,1% é regular e 4,2% não sabem responder.

Leia a íntegra na Fórum.


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