quinta-feira, 10 de junho de 2021

Bolsonaro afirma que Queiroga vai desobrigar uso de máscara por curados e vacinados contra Covid-19

A fala do presidente, no entanto, não detalhou como irá ocorrer a desobrigação

        Por Portal Folha de Pernambuco com Folhapress                                   Jair Bolsonaro - Foto: Carolina Antunes/Presidência da República


O presidente da República, Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (10) que irá assinar um parecer para desobrigar o uso de máscaras por pessoas já vacinas ou que já foram contaminadas com a Covid-19.

Bolsonaro afirmou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prepara um parecer para desobrigar do uso da máscara quem já foi vacinado contra a Covid ou quem já se infectou com o coronavírus.

A fala do presidente, no entanto, não detalhou como irá ocorrer a desobrigação. Vale lembrar que não há nenhuma norma federal sobre o assunto, mas sim decretos estaduais, municipais ou distritais que obrigam o uso de máscaras por todos. 

"Acabei de conversar com um tal de Queiroga, não sei se vocês sabem quem é, o nosso ministro da Saúde. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que já estejam vacinados ou que já foram contaminados. Para tirar esse símbolo, que obviamente tem a sua utilidade para quem está infectado", disse Bolsonaro durante fala em evento de apoio ao setor de Turismo.

A atitude vai de encontro às medidas sanitárias adotadas em várias partes do mundo. Em seu discurso, o presidente ainda insistiu no tratamento com hidroxicloroquina e ivermectina, que não têm eficiência contra a Covid-19.



Sem depoimento de Wilson Lima, CPI aprova 23 novos requerimentos

 

Governador do AM conseguiu habeas corpus para não depor

Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), disse na abertura da reunião do colegiado, na manhã desta quinta-feira (10), que vai recorrer do habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) , ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Amparado pela decisão, o governador não compareceu para depor ao colegiado para prestar depoimento hoje.

Em nota, Lima justificou que não pode se ausentar do estado, devido à onda de ataques ocorridos no Amazonas no fim de semana. Ele acrescentou que está coordenando uma operação em resposta aos ataques, que já resultaram em mais de 40 presos em todo o estado.

"Respeitamos a decisão, mas acredito que o governador do Amazonas perde uma oportunidade ímpar de esclarecer ao Brasil e ao povo amazonense o que de fato aconteceu no estado do Amazonas. O que aconteceu lá não é rotineiro. Faltou oxigênio, e o governador poderia explicar isso a todos", destacou Omar Aziz.

A decisão da ministra Rosa Weber recebeu críticas de senadores da base do governo. Para o senador Jorginho Mello (PL-SC), a ministra "abre a porteira" aos outros chefes de Executivos já convocados pela comissão. Outro senador, Eduardo Girão (Podemos-CE), que se identifica como independente, mas tem defendido o governo na comissão, disse que a decisão "enfraquece a CPI" .

Quebra de sigilo

Com a ausência de Wilson Lima, a reunião teve 23 novos requerimentos aprovados. Nessa lista, estão os que pedem a quebra dos sigilos telemático e telefônico dos ex-ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e Eduardo Pazuello, da Saúde.

Também terão os mesmos sigilos quebrados o assessor internacional da Presidência da República Filipe Martins, o empresário Carlos Wizard e o virologista Paolo Zanotto. A secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro também teve a quebra de sigilo aprovada pelo colegiado.

Com essas medidas, a expectativa dos senadores é saber como se deu a atuação do governo federal no processo de aquisição de vacinas e também investigar um suposto  “gabinete paralelo” que daria conselhos sobre medidas de enfrentamento à pandemia da covid-19.
Há ainda quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático das empresas PPR – Profissionais de Publicidade Reunidos, Artplan e Calia Y2 Propaganda, todas responsáveis pela publicidade institucional do governo desde 2020.

Os senadores querem investigar a origem de suposto financiamento para disseminação de fake news sobre pandemia. A CPI também aprovou o requerimento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) para convocar o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário.

Vídeo

Sem o depoimento do governador do Amazonas, uma das ideias era que a comissão ouvisse hoje a gravação em vídeo do depoimento da cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar à CPI. A gravação foi feita ontem (9) à noite, em São Paulo. Nele, a médica, que é contrária ao uso da cloroquina no tratamento do novo coronavírus, respondeu a perguntas enviadas previamente pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Depois de um debate acalorado entre os senadores e de ameaças de esvaziamento da reunião, o presidente da CPI encerrou a discussão. “Para não haver exceções, não haverá votação sobre a divulgação”, disse ele. 

Quebras dos sigilos telefônico e telemático aprovados:

Ministério da Saúde
• Francieli Fontana Sutile Tardetti Fantinato, coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI)
• Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde
• Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde
• Antonio Elcio Franco Filho, ex-secretário executivo adjunto
• Camile Giaretta Sachetti, ex-diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
• Flávio Werneck, ex-assessor de Relações Internacionais
• Zoser Plata Bondin Hardman de Araújo, ex-assessor especial

Laboratórios
• Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos
• Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos

Crise no Amazonas
• Marcellus Campelo, ex-secretário de Saúde do Amazonas
• Francisco Ferreira Filho, ex-coordenador do Comitê de Crise do Amazonas

Pessoas jurídicas
Quatro pessoas jurídicas são alvos de transferência de dados mais abrangentes:
• Associação Dignidade Médica de Pernambuco (bancário e fiscal)
• Profissionais de Publicidade Reunidos (bancário, fiscal, telefônico e telemático)
• Calya/Y2 Propaganda e Marketing (bancário, fiscal, telefônico e telemático)
• Artplan Comunicação (bancário, fiscal e telemático) (Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Juliana Andrade



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Fabricante da Johnnie Walker e Smirnoff, Diageo retira marcas da Copa América

 

(Foto: Reprodução)

A empresa de bebidas Diageo, que fabrica a Johnnie Walker e a Smirnoff, não vai divulgar a marca na Copa América, da mesma forma que ocorreu com a Mastercard e a Ambev. Nota emitida pela empresa justifica a decisão “diante da atual situação sanitária brasileira e em respeito ao momento da pandemia do Covid-19”.

“Os termos do patrocínio foram acertados quando o evento estava previsto para ser realizado na Colômbia e Argentina”, continua o comunicado, ressaltando que reitera compromissos com a sociedade “observando os protocolos de segurança e ações institucionais que contribuam para a mitigação da pandemia”.

Nesta quinta-feira, 10, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria pela realização da Copa América no Brasil, apesar da pandemia de Covid-19. Com a decisão, o início da competição fica mantido para domingo (13), com quatro cidades-sede confirmadas: Brasília, Rio de Janeiro, Cuiabá e Goiânia. Brasil247.




Petrolina confirma mais 129 casos e três óbitos pelo novo coronavírus; ocupação de UTIs vai a 97,3%

         Por Carlos Britto                                                          Foto: Jonas Santos/PMP divulgação

Petrolina registrou mais 129 casos do novo coronavírus (Covid-19) no dia de ontem (9). São 53 pessoas do sexo masculino, com idades entre oito meses e 88 anos, e 76  do sexo feminino, entre seis meses e 95  anos. Dos resultados, 124 foram obtidos através de testes realizados pela prefeitura e cinco por exames laboratoriais. Agora o número de infectados chegou 28.733, enquanto o de pacientes recuperados soma 24.465 – o que representa 85,1% do total de casos.

O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou ainda que a taxa de ocupação dos leitos de UTI desta quarta-feira  ficou em 97,3%. Dos 82 leitos, 79 estão ocupados, sendo 48 por pacientes de Petrolina e 31 por aqueles de outras cidades da região.

Também foram confirmados três novos óbitos: dois homens e uma mulher. Os pacientes tinham 46 e 34 anos, um era portador de doença renal crônica e o outro, hipertenso. Já a mulher tinha 58 anos e não apresentava comorbidades. As mortes ocorreram de 3 a 8 de junho em hospitais privados e público de Petrolina. Com isso, o município passou para 450 perdas em decorrência da Covid-19.

Mais detalhes

Dos casos investigados, a SMS monitora 794 pessoas com possibilidade de estarem infectadas. Sobre os casos por raça/cor, 17  pessoas se declaram pretas; 82 pardas; duas amarelas; 27  brancas; e uma optou por não declarar. Até o momento, 106.801 casos já foram descartados porque as pessoas testadas tiveram resultados negativos. Quanto aos casos ativos, o município tem 3.818. Todas as informações sobre a pandemia também estão disponíveis no site da prefeitura.


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JUSTIÇA STF - forma maioria para autorizar a Copa América no Brasil

 

Seis dos 11 integrantes da corte já se posicionaram pela rejeição de ações apresentadas contra a decisão do governo de receber competição 


         Por Folhapress
Julgamento ocorre no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para autorizar a realização da Copa América no Brasil. Os ministros, porém, mandaram recados ao presidente Jair Bolsonaro e destacaram a necessidade de a competição seguir medidas sanitárias a fim de evitar a propagação da Covid-19.

Até o momento, seis dos 11 integrantes da corte já se posicionaram pela rejeição das ações apresentadas por entidades e partidos de oposição contra a decisão do governo federal de trazer a competição para o país.

Votaram nesse sentido os ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Fachin e Lewandowski votaram para obrigar o governo a apresentar, em 24 horas, um plano de mitigação de riscos de disseminação do coronavírus direcionado especificamente ao torneio. Ainda não há maioria, porém, para que o Supremo imponha essa determinação ao Executivo.

O julgamento ocorre no plenário virtual e os cinco ministros que ainda não se pronunciaram têm até o fim desta quinta-feira (10) para incluírem seus votos no sistema.

Primeira a votar, Cármen Lúcia defendeu a rejeição das ações que pediam o cancelamento da competição no país, mas afirmou que isso não impede que o governo tenha de adotar medidas sanitárias.

A ministra disse que esse tipo de evento "ao invés de conter, propiciam aglomerações e celebrações" e "tendem a contrariar medidas e ponderações médicas atualmente recomendadas pela Organização Mundial da Saúde".

Cármen também afirmou que os organizadores do evento deverão "adotar providências sociais de segurança pública e sanitária com a máxima e prioritária proteção das pessoas diretamente envolvidas".

Lewandowski, por sua vez, destacou a celeridade com que o governo brasileiro aceitou a competição. Em seu voto, ele ressalta a rapidez com que a decisão de que o Brasil receberá o torneio foi tomada pelo governo de Jair Bolsonaro.

"O anúncio, que poderia ser motivo de júbilo e comemoração, acabou causando compreensível perplexidade em diversos setores da sociedade brasileira, seja porque foi feito de inopino, já que tornado público a menos de 15 dias do início do evento, seja porque o Brasil ainda enfrenta uma grave crise epidemiológica decorrente do surto da Covid-19, a qual, no curto espaço de pouco mais de um ano, já causou cerca de 474 mil vitimas fatais", afirma.

Houve pressa "mesmo diante do risco de enfrentar-se, proximamente, uma terceira onda da pandemia no mundo, com a perspectiva de seu agravamento no país", segue o magistrado.

Os ministros julga três ações: uma do PT, outra do PSB e a terceira, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).

Antes de o Brasil aceitar a competição, Argentina e Colômbia desistiram de sediar a Copa América, que ocorrerá de 13 de junho a 10 de julho. A Conmebol agradeceu ao governo brasileiro por receber o evento.

Apesar da pandemia e de o Brasil ser um dos países com mais mortes no mundo por Covid-19, o Bolsonaro confirmou na terça-feira (1º), logo após a desistência da Argentina, que o Brasil sediaria a Copa América.

A previsão é que o jogo de abertura seja no estádio Mané Garrincha, em Brasília, com a final marcada para o Maracanã, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro afirmou ter sido procurado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) na segunda-feira (31) e, como o país está sediando outras competições "sem problema nenhum", ouviu ministros e não se opôs a receber o torneio, dando uma resposta "em poucas horas", como explicou em discurso.

Na segunda (7), diante da pressão para que o Brasil não sedie a Copa América, com a presença de dez delegações, Bolsonaro comparou a situação do país, onde 14,3% da população recebeu duas doses de vacina, com a do Japão, que receberá as Olimpíada e tem apenas 3,4% das pessoas imunizadas.

A decisão de sediar a Copa América também desencadeou uma crise entre a CBF e o elenco da seleção brasileira.

Uma possibilidade de boicote por parte dos jogadores e o do técnico Tite chegou a ser ventilada antes do afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF, mas não se concretizou.

Ao final, os jogadores divulgaram apenas um texto em que se manifestaram contra o modo como o Brasil foi escolhido.


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Menina autista de três anos morre de Covid-19 em Santos logo após volta às aulas

 

(Foto: Reuters/Ueslei Marcelino)

Uma menina de apenas 3 anos, autista e aluna da escola municipal Leonor Mendes de Barros, em Santos, no litoral de São Paulo, morreu nesta quarta-feira (9), em decorrência da covid, após vários dias internada.

A retomada das aulas presenciais na cidade ocorreu no dia 3 de maio e, por conta disto, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv) denuncia que a menina pode ter contraído a doença na escola.

A Secretaria de Educação do município (Seduc), por sua vez, informa que a criança contraiu a covid-19 dos pais, que teriam adoecido antes dela. (Revista Fórum).

Leia a íntegra na Fórum.




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Flávio Dino anuncia vacinação de público acima de 29 anos no Maranhão

 

Flávio Dino (Foto: Governo do Maranhão)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou nas redes sociais que o estado realizará uma nova edição do “Arraial de Vacinação“, desta vez para o público acima de 29 anos. A imunização ocorrerá na cidade de São José de Ribamar, o terceiro município maranhense mais populoso, por meio de drive thru no Shopping Pátio Norte.

Segundo o governador, a campanha começa nesta sexta-feira (11), a partir das 19 horas, e segue até às 12 horas do domingo (13). Serão 41 horas ininterruptas de vacinação. “É só chegar e vacinar. Ainda ouve as músicas das nossas festas juninas e ganha mingau de milho”, escreveu Dino no Twitter. Revista Fórum.

Leia a íntegra na Fórum.Revista Fórum


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Pernambuco registra 2.645 novos casos e 65 óbitos pela Covid-19 nas últimas 24h

           Por Portal Folha de Pernambuco

Internação por Covid-19 - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Pernambuco registrou 2.645 novos casos e 65 óbitos pela Covid-19 nas últimas 24 horas. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (10), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).
 
Entre os confirmados hoje, 175 (6,5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 2.470 (93,5%) são leves. Já as mortes registradas no estado aconteceram entre os dias 5 de julho de 2020 e essa quarta-feira (9).

Agora, Pernambuco totaliza 511.829 casos confirmados da doença, sendo 46.893 graves e 464.936 leves, e 16.614 mortes pela Covid-19.

Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela SES-PE.

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Petrolina supera marca das 100 mil doses aplicadas contra Covid-19

            Por Carlos Britto

Foto: Ascom PMP/SMS divulgação

Petrolina atingiu uma marca simbólica na campanha de vacinação contra a Covid-19. O município sertanejo alcançou, nesta terça-feira (8),o total de 100.030 doses de vacina aplicadas. Agora a campanha, que segue em ritmo acelerado, tem a meta de vacinar 50% da população adulta até o final de agosto.

Mais de 72 mil petrolinenses receberam a primeira dose do imunizante. Outras 27.481 pessoas já passaram pelas duas etapas da vacinação. No momento, a cidade está com agendamento aberto para o público a partir de 50 anos, além de pessoas com comorbidades, gestantes, obesos entre outras categorias.

O prefeito Miguel Coelho acredita que, com o aumento no ritmo da distribuição das vacinas e a fabricação de insumos pelo Governo Federal, será possível que Petrolina alcance a meta de vacinação de 50% da população adulta em menos de 90 dias. “Nossas equipes da saúde municipal têm feito um trabalho muito intenso. O que vinha dificultando o avanço mais acelerado da vacinação era a oferta de imunizantes, que é um problema mundial. Mas agora, com a disponibilização maior e a fabricação de insumos em nosso país, estamos confiantes de que a população terá o acesso mais rápido. Vamos redobrar os esforços para que o mais cedo possível todos estejam imunizados e superemos essa pandemia que nos tirou tantas vidas“, destacou.


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Telegramas sigilosos do Itamaraty provam que o governo Bolsonaro negou a compra de 43 milhões de vacinas da Covax

 

Itamarary (Foto: Leonardo Sá/Agência Senado | Reuters)

O governo Jair Bolsonaro recebeu uma proposta da aliança mundial de vacinas, a Gavi, para aderir ao plano de imunização global com acesso a 86 milhões de doses. A entidade, responsável por administrar a Covax Facility, fez a sugestão no primeiro semestre de 2020. A ideia era garantir a imunização de 20% dos brasileiros, mas o País não aderiu à proposta e comprou somente 43 milhões, o suficiente para imunizar apenas 10% da população. A informação foi publicada pela coluna de Jamil Chade, no portal Uol. 

Telegramas sigilosos apontaram o reconhecimento por parte do governo de que o Brasil seria beneficiado. Em um dos documentos, o Ministério das Relações Exteriores reconheceu que a negociação daria "acesso a futuras vacinas contra a covid-19 a preços inferiores aos do mercado". "O mesmo mecanismo serviria para compartilhar riscos entre maior número de países e, ao mesmo tempo, enviar sinais aos desenvolvedores/produtores de que haverá mercado para venda das futuras vacinas", disse.

A diplomacia, no entanto, optou por não avançar nas negociações. "Em análise preliminar, o Ministério da Saúde indicou que as vacinas contempladas encontram-se em diferentes estágios de desenvolvimento, razão pela qual haveria ainda bastante incerteza quanto a seus resultados finais", afirmou o telegrama.

No documento, o Itamaraty reconheceu benefícios dos imunizantes, como a mitigação de riscos, em cenário de alta incerteza sobre vacinas contra a Covid-19; melhores condições para garantir determinado nível de acesso a vacinas, em um cenário que tende a favorecer países mais ricos, e potencial para negociar melhores termos com múltiplas empresas.

O ministério também apontou outros benefícios. Um deles era o potencial para negociar melhores termos com múltiplas empresas. Outro era a promoção de um cenário mais colaborativo para o desenvolvimento e a distribuição de vacinas.

De acordo com outro telegrama, a Gavi fez uma sugestão ao governo brasileiro. "A parcela sugerida pela GAVI ao Brasil foi de US$ 195 milhões, ou cerca de 10% do total estimado em US$ 2 bilhões, para futura aquisição de 86 milhões de doses (para 43 milhões de pessoas)", afirmou o documento.

Mas o Itamaraty disse que "cada país poderá, no entanto, decidir realizar investimento em valor diverso do montante sugerido (o que implicaria, ao final, direito a um menor número de doses)".

"Na missiva, poderiam ser solicitados maiores esclarecimentos a respeito da governança do mecanismo, da possibilidade de transferência de tecnologia, dos valores esperados e do calendário de desembolsos, da garantia dos recursos empregados pelo Brasil, entre outros aspectos", sugeriu. "Com isso, ganhar-se-ia tempo, até o fim de agosto, para tomar decisão mais informada a respeito da conveniência, para o Brasil, de empregar recursos no COVAX Facility", concluiu.

O governo citou “fim de agosto”, enquanto a proposta havia sido feita no primeiro semestre. Brasil247.


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Morte de Kathlen provoca grande comoção no Rio e no país

         Por: Correio Braziliense

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A modelo e designer de interiores Kathlen de Oliveira Romeu, de 24 anos e grávida de quatro meses, foi morta na última terça-feira durante uma troca de tiros entre policiais e criminosos, no bairro do Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, ela foi encontrada ferida logo depois do confronto, ocorrido na localidade conhecida como Beco do 14, no Complexo do Lins. A Delegacia de Homicídio da Capital apura de onde partiu o disparo que matou a jovem, cujo corpo foi sepultado no final da tarde de ontem, no cemitério do Catumbi, no Centro do Rio.


Ela foi atingida enquanto ia visitar a família na comunidade onde nasceu, cresceu e da qual saiu há apenas um mês exatamente por causa da gestação e pelo medo da violência. Ela viveu ali com a mãe, a avó e um tio, mas decidiu se mudar recentemente com a mãe e o companheiro da mãe.

“Eu tirei ela de lá (do Lins) por causa da violência. Noventa e nove por cento da comunidade são pessoas de bem. A mesma operação que tem constantemente lá, esse tiro ao alvo na nossa área, na Zona Sul não tem”, disse o pai de Kathlen, Luciano Gonçalves, da porta do Instituto Médico Legal.

Grávida de quatro meses, ela havia postado, três dias antes, uma sequência de fotos no Instagram para registrar sua felicidade com o bebê que estava para chegar. A família também estava animada. “Eu brincava com minha filha: o meu neto vai nascer com os pais formados, acrescentou Luciano.

Kathlen estava à espera da entrega do apartamento que comprara, para construir a própria família com o namorado, Marcelo Ramos — conforme relatou a amiga Carolinne Carneiro, 28, com quem dividia as vendas de uma butique da Zona Sul carioca.

Para o coordenador do Movimento Negro Unificado do Distrito Federal (MNU-DF), Geovanny Silva, o sistema de segurança pública, sobretudo a Polícia Militar, necessita de reformulação. “Recebemos com muita dor a notícia da morte da Kathlen. Isso reforça a necessidade de treinamento cotidiano e acompanhamento psicológico das polícias militares para que não ameacem, sobretudo, as vidas de pessoas negras. Estamos cansados de estar sob risco físico e psicológico”, analisou.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, criticou a morte de Kathlen. “O que a gente não pode é começar a achar que essas tragédias são naturais. Que uma moça sai à rua grávida, jovem, e toma um tiro do nada. Não podemos perder a capacidade de indignação diante de tais fatos. Essas pessoas não são só números”, disse.

Paes comentou ainda que não quer culpar “fulano ou sicrano” sem a devida apuração, mas afirmou que é preciso pensar numa nova política de segurança. “Que prenda mais, condene mais, investigue mais e mate menos. Tem gente que gosta de morte; eu não gosto”, afirmou.

Por meio de mota, o governador Cláudio Castro se manifestou somente no começo da noite, depois que o corpo de Kathlen havia sido sepultado e mais de 24 horas após a morte da jovem. “O governador Cláudio Castro lamenta profundamente a morte da jovem Kathlen Romeu, 24 anos, grávida de quatro meses. As investigações sobre as circunstâncias que levaram à morte de Kathlen estão a cargo da Polícia Civil”, diz o texto.



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