domingo, 4 de abril de 2021

Camilo Santana prorroga lockdown por uma semana no Ceará

 

(Foto: Reprodução/Twitter)

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou neste domingo (4) que será prorrogado por mais uma semana o decreto que estabelece medidas mais restritivas para frear o contágio do novo coronavírus. 

"O isolamento tem dado resultado, com redução consistente de casos, mas ainda há uma grande pressão assistencial em nossos equipamentos de saúde. Temos agido sempre de forma segura e responsável, dialogando com os setores e respeitando a ciência. Nossa prioridade é salvar vidas!", afirmou o governador cearense pelo Twitter. 

A taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 no Ceará é de 92,05%. Neste domingo, o estado registrou 4.076 novos casos e 56 óbitos pela enfermidade. Ao todo, mais de 488 mil pessoas contraíram o vírus no estado e 12.806 pessoas morreram. (247).

 

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Igreja de Valdemiro Santiago reúne milhares neste domingo em meio a recordes de mortes no Brasil

 

Igreja de Valdemiro

Imagens transmitidas pela Igreja Mundial do Poder de Deus, do Apóstolo Valdemiro Santiago, mostram um grande número de fiéis acompanhando, presencialmente, o culto de Páscoa neste domingo (4) em São Paulo. Em alguns momentos, os participantes do culto parecem não estar respeitando o distanciamento social. A transmissão chama os espectadores para um outro culto, às 14h, também realizado presencialmente.

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou neste sábado (3) a realização de cultos e celebrações religiosas presenciais em todo o País, no momento em que o Brasil atinge o pior momento da pandemia do novo coronavírus, com sucessivos recoredes de mortes e contaminações diárias. 

O ministro atendeu a ação movida ainda em 2020 pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos. Nunes Marques determinou que sejam aplicados protocolos sanitários nos espaços religiosos, limitando a presença em cultos e missas a 25% da capacidade do público.

“Reconheço que o momento é de cautela, ante o contexto pandêmico que vivenciamos. Ainda assim, e justamente por vivermos em momentos tão difíceis, mais se faz necessário reconhecer a essencialidade da atividade religiosa, responsável, entre outras funções, por conferir acolhimento e conforto espiritual”, observou o ministro em sua decisão. (Brasil247).


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Médicos da linha de frente vivem esgotamento e dizem que só consciência coletiva pode ajudá-los

A história da oftalmologista Débora Sant'Ana Siqueira representa bem o que os profissionais de saúde têm passado na pandemia no Brasil

Médicos enfrentam esgotamento na pandemia - Foto: Christophe Archambault/AFP

Pouco mais de um mês após o início da pandemia de Covid-19, a médica Débora Sant'Ana Siqueira, 33, fechou seu consultório de oftalmologia para cuidar das pessoas com a doença.

Ela, agora, divide seu tempo entre dois hospitais de campanha –anexos ao Hospital Municipal de São Caetano (ABC) e Hospital da Cantareira (zona norte) –, o Hospital Municipal do Tatuapé (zona leste) e duas AMAs (Assitência Médica Ambulatorial) na zona sul da capital paulista.

Há cinco dias, Siqueira surpreendeu seus mais de 33 mil seguidores no Instagram com um relato que é frequente. Naquele dia, longe de finalizar a sua jornada – estava no plantão havia 24 horas e a caminho de mais 12 horas no mesmo lugar –, ela reclamava de dores de cabeça e pelo corpo, cansaço extremo e disse que estava fragilizada. Chegou a chorar enquanto pedia a colaboração da população.

"Nesta manhã eu estava saindo de um plantão de 24 horas aguardando alguém vir me render e esse alguém nunca existiu. Nossos hospitais, nossos postos, nossas UTIs estão sobrecarregadas. Sabe o que eu fico pensando? Hoje está um dia lindo. Eu poderia estar na praia, num parque correndo, na minha casa. Esse plantão aqui não existia nos meus planos, mas tudo bem, eu não posso abandonar o plantão pela metade nem sem médico. Eu não pude escolher."

"Mas você pode escolher não fazer aquele churrasco com pessoas que não estão convivendo na mesma casa, você pode escolher adiar aquela viagem com os amigos, você pode escolher não sair com os amigos", desabafou.

Alimentação nas horas certas e descanso são questões de sorte. Às vezes, a médica só tem 12 horas para descansar, e dorme e se alimenta mal.

Médicos da linha de frente do combate à Covid-19 vivem uma segunda pandemia em paralelo, caracterizada pelo esgotamento físico, mental e emocional.

"Nesse momento, não há respiro para os médicos, uma vez que a demanda é muito grande no país. Médicos e profissionais de saúde estão muito cansados porque o enfrentamento diário é cansativo e o número de mortes é impactante. Não é uma doença fácil de se lidar. Muitos médicos e profissionais de saúde estão desistindo de trabalhar com Covid-19, pedindo afastamento ou indo para outras áreas, e não querem mais trabalhar em CTI [Centro de Terapia Intensivo]", afirma Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Segundo a pesquisa nacional "Os Médicos e a Pandemia de Covid-19", feita pela AMB (Associação Médica Brasileira) e divulgada em fevereiro deste ano, 42,5% dos médicos relataram que nas unidades em que atuam há sobrecarga de trabalho e os profissionais apresentaram mudanças bruscas de humor (25%), exaustão física ou emocional (39,5%), estresse (45,2%), dificuldade de concentração (19,8%) e ansiedade (46,6%).

Metade deles, de acordo com o estudo, não vê na população a adesão às medidas de combate ao coronavírus, 45% destacam a falta de uso de máscaras, 13,3%, a falta de distanciamento físico e 10,6%, a presença em aglomerações, reuniões, festas e confraternizações em bares e restaurantes.

"É preciso mostrar que nós, os profissionais, estamos cansados para servir como alerta para as pessoas. Sentimos uma dor na alma que vem para o nosso corpo. As pessoas precisam se conscientizar, ter a noção de que a doença é letal e entender a gravidade", diz Siqueira.

Nas longas jornadas de trabalho, esses profissionais vivem as superlotações nas UTIs, a carência de leitos e o temor da falta de respiradores, medicamentos e insumos.

De acordo com dados da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, criada por pesquisadores da USP e da Unesp com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para acompanhar a evolução da pandemia no estado de São Paulo, em 1º de março de 2021, as UTIs do estado tinham 7.281 internados com Covid-19. No dia 31, já eram 12.961, uma aumento de 78% dentro do mesmo mês.

O médico Mario Peribañez Gonzalez, 50, coordena uma equipe com cerca de 45 médicos no Instituto Emílio Ribas, no Pacaembu (zona oeste). Em fevereiro de 2020, foi à Índia para um retiro de meditação e, dias após retornar ao Brasil, começou a atuar no enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Ele pratica a meditação diariamente, o que o auxilia a lidar com os dissabores causados pela pandemia. No Emílio Ribas, muitos profissionais ficaram doentes, houve médicos que precisaram de intubação e uma médica morreu.

"O pior de tudo é completar um ano de pandemia com um aumento de casos pior do que foi nos primeiros momentos, principalmente por falta de adesão às medidas sanitárias. É muito desgastante ver os doutores de redes sociais divulgando informações erradas e tratamentos comprovadamente ineficazes", afirma Gonzalez.

"Somos nós que estamos lá vendo as pessoas morrerem. Cada vez que há um aumento exponencial de casos, o estresse aumenta muito, porque é preciso lidar com a escassez. Pela total ausência de adesão das pessoas, temos que lidar com situações em que enxergamos a possibilidade de faltar itens essenciais para a manutenção da vida. Participar disso é altamente estressante para qualquer ser humano. A gente vive com medo de uma cena temida, que é o dia de não ter respirador para todos, com mais gente do que pontos de oxigênio, com falta de itens essenciais para manter as pessoas intubadas sedadas."

"Ninguém quer ser herói nessas circunstâncias. É desumano. Por isso, me choca não ter o respaldo da sociedade, que é ficar em casa. Eu sei que todo mundo precisa ganhar dinheiro, mas que tal não morrer primeiro? Que tal não matar? Se você transmite, contribui para que mortes aconteçam. Esse negacionismo leva as pessoas a uma desassociação da realidade. As poucas vezes que pedi para alguém colocar uma máscara quase apanhei na rua", relata.

Para César Eduardo Fernandes, presidente da AMB, a única alternativa para acabar com o esgotamento dos médicos é diminuir o número de internações de casos graves.

"Para isso, precisamos diminuir a transmissibilidade do vírus, que podemos fazer com a vacina e as medidas já divulgadas e conhecidas por todos e outras até mais intensas e severas, como a restrição de circulação e o lockdown", afirma.

"Num cenário inóspito e adverso como esse, os médicos estão trabalhando excessivamente, vivenciando uma situação desoladora e difícil com o insucesso por conta da gravidade da doença. São situações que mesmo para os muito treinados, como os intensivistas, que convivem diariamente com a morte, são extremamente penosas", diz.

Fernandes explica que o acúmulo da fadiga progressiva com a deterioração emocional decorrente do trabalho leva à exaustão física e emocional de caráter profissional, conhecida como síndrome de burnout.

"Um médico nessas condições perde o que de mais nobre ele tem, que é sua capacidade de avaliação, de julgamento, de arbitrar a melhor conduta para o paciente, o tempo adequado para que essa conduta seja tomada, seu espírito crítico."

Victor Dourado, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo, também afirma que o controle da pandemia aliviaria a tensão sobre o sistema de saúde e dos profissionais, mas argumenta que faltam políticas públicas para o combate à doença, como ampliar a vacinação e controlar melhor o isolamento. "É preciso diminuir a pandemia para diminuir a sobrecarga dos médicos e a exaustão", diz Dourado.

"O trauma da pandemia vai marcar, mas não viveremos uma falta generalizada de médicos no futuro. Precisaremos pensar sobre a forma de organizar o sistema pela falta de financiamento e estrutura do SUS, porque poderemos continuar com o problema de desassistência, como é o caso das cirurgias eletivas, que foram canceladas", ressalta Dourado. (Por Folhapress).


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Ministros do STF querem desfazer no plenário decisão de Nunes Marques sobre cultos presenciais

 

Nunes Marques e Gilmar Mendes (Foto: Divulgação/STF)

Após a polêmica decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques de autorizar a realização de cultos e missas presenciais em igrejas de todo o país no pior momento da pandemia no Brasil, dois ministros da Corte, ouvidos reservadamente por Basília Rodrigues, da CNN Brasil, querem que a pauta vá ao plenário do Supremo.

Os magistrados entendem que a decisão do colega gera confusão.

Decano do Supremo, o ministro Marco Aurélio afirmou que não cabe ao STF definir o que abre ou fecha nas cidades e estados durante a pandemia. Esta prática, segundo ele, vai contra o que o próprio Supremo definiu meses atrás: prefeitos e governadores têm autonomia para determinar medidas restritivas durante a pandemia.

"Isso foge ao Judiciário. É uma questão de administração pública no âmbito do Poder Executivo, as providências tem que ser do Executivo. Nós não temos expertise na matéria. Como vamos nos pronunciar sobre 'pode abrir isso', 'não pode abrir aquilo'. Isso gera uma insegurança muito grande. Vivendo e desaprendendo", falou.

Apesar das manifestações, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, diz a interlocutores não poder levar o caso ao plenário sem um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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RELIGIÃO - Papa pede compartilhamento de vacinas com países pobres em Páscoa marcada pela pandemia

 

Foto: Filippo Monteforte/POOL/AFP

O papa Francisco pediu neste domingo (4) que se compartilhe as vacinas contra a covid-19 com os países mais pobres em sua tradicional mensagem de Páscoa, marcada este ano pela aceleração da pandemia, apesar das campanhas de vacinação. "No espírito de um 'internacionalismo das vacinas', exorto toda a comunidade internacional a um compromisso comum para superar os atrasos em sua distribuição e promover seu compartilhamento, especialmente nos países mais pobres", disse Francisco, em sua homilia na basílica de São Pedro, antes da bênção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo).

Na véspera, o papa havia dado uma mensagem de esperança: "Sempre é possível voltar a começar porque há uma vida nova que Deus é capaz de reiniciar em nós para além dos nossos fracassos", disse na Vigília Pascal, na noite de sábado.

Na Europa, castigada por uma terceira onda da covid-19, toda a Itália é considerada zona "vermelha", com alto risco de contágio e restrições máximas para as celebrações da Semana Santa, que costumam ser ocasião de reuniões familiares. No entanto, os italianos podiam deixar o país e alguns se prepararam para tirar férias.

Viagens limitadas na Europa
Na França, desde a noite de sábado, as normas em vigor em 19 departamentos se estenderam para todo o país, com comércios considerados não essenciais fechados, deslocamentos limitados a 10 km e, pela primeira vez desde meados de 2020, as creches e as escolas vão fechar durante de três a quatro semanas. Desde o início da pandemia, a doença matou 96.493 pessoas no país.

O restante da Europa intensifica as medidas para limitar a propagação do vírus, especialmente no que diz respeito às viagens. A Alemanha vai reforçar os controles em suas fronteiras terrestres durante uma ou duas semanas.

No Oriente Médio, o Líbano está em confinamento total do sábado até a terça-feira para evitar um repique da covid no país de seis milhões de habitantes. Já em Jerusalém, que suspendeu o confinamento graças a uma campanha de vacinação em massa, os fiéis, a maioria usando máscaras, assistiram à missa no Santo Sepulcro.

A igreja, considerada o local mais sagrado do cristianismo, tinha sido fechada no ano passado na Semana Santa por causa da pandemia pela primeira vez em mais um século. Nas Filipinas, as autoridades vão estender o confinamento para mais de 24 milhões de pessoas, enquanto montam barracas de campanha e mobilizam pessoal sanitário nos hospitais superlotados de Manila.

No Canadá, que no sábado superou um milhão de casos, várias províncias reforçaram as restrições para enfrentar a terceira onda.

Situação alarmante na América Latina
Na América Latina, onde a situação é alarmante, com mais de 25 milhões de casos registrados, vários países também aumentaram as restrições. O Chile, onde quase 90% da população está confinada novamente durante quase uma semana, manterá fechadas suas fronteiras durante todo o mês de abril. A Bolívia fez o mesmo em suas fronteiras com o Brasil durante pelo menos uma semana.

O Peru registrou no sábado 294 mortes por covid-19, seu maior número diário durante a pandemia. Na quinta-feira, o país começou sua quarentena nacional obrigatória de quatro dias, coincidindo com a Semana Santa. No Brasil, onde o vírus parece fora de controle, com mais de 330.000 mortos e quase 13 milhões de contagiados, a cidade do Rio de Janeiro anunciou que vai ampliar algumas restrições.

A pandemia matou pelo menos 2.847.182 pessoas no mundo desde o fim de dezembro de 2019, segundo contagem da AFP neste domingo. Quase com o mesmo balanço de casos do Brasil, a Índia registrou neste domingo 93.249 novas infecções, o maior aumento desde setembro, o que eleva o número de contagiados a quase 12,5 milhões.


As vacinas, "ferramenta essencial"
Após homenagear médicos e enfermeiros na linha de frente do combate à pandemia, o papa Francisco lembrou que "as vacinas são uma ferramenta essencial" na luta contra o vírus. Os Estados Unidos, o país mais afetado tanto em número de mortos quanto de contágios, superaram na sexta-feira a marca de 100 milhões de pessoas que tomaram pelo menos uma dose da vacina.

Mas a imunização continua sujeita a dúvidas, como nos casos de tromboses e coágulos, alguns fatais, relacionados com a vacina da AstraZeneca.

A Agência Britânica de Medicamentos (MHRA) disse neste sábado que sete pessoas que tomaram a vacina do laboratório anglo-sueco tinham morrido por causa de coágulos no Reino Unido, de um total de 30 casos identificados. Mas estas cifras devem ser comparadas com o total de mais de 18 milhões de doses aplicadas.

Outra vacina, a russa Sputnik V, promovida pelo Kremlin, teve a imagem arranhada após o anúncio na noite de sexta-feira de que o presidente argentino, Alberto Fernández, testou positivo, apesar de ter recebido duas doses desta vacina em janeiro e fevereiro. (Por: Agência France-Presse).



Kassio espalha nova cepa do vírus

 

Ministro Nunes Marques (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

Nunca na história do STF, criado em 1891, um ministro caiu por crime de responsabilidade, mas Kassio Nunes pode ser o primeiro, se o Senado levar ao pé da letra o artigo 39 da Lei no. 1079 da constituição brasileira, segundo o qual ministro do STF pode sofrer impeachment por crime de responsabilidade quando, dentre outros ilícitos, “altera, por qualquer forma, exceto por via de recurso, decisão ou voto já proferido em sessão do Tribunal”.

Ao liberar, monocraticamente, o acesso presencial a templos religiosos na pior fase da pandemia no Brasil e, além disso, ameaçar de prisão o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que se recusa a cumprir a ordem, Kassio Nunes pode ser enquadrado nesse dispositivo, já que o STF deliberou, em plenário, que as decisões acerca de medidas de restrição durante a pandemia cabem a governadores e prefeitos.

Mais do que um erro jurídico, a decisão é um atentado à vida. Em pleno domingo circulam fotos de templos evangélicos abarrotados, sem respeitarem limites como a lotação de no máximo 25% da capacidade.

Cabe ao presidente do STF, Luiz Fux acabar com essa insanidade ainda hoje, antes que a cepa T.E. (terrivelmente evangélica), espalhada por Kassio, se alastre pelo país.(Por Alex Solnik).


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CRÍTICAS - Paulo Câmara rebate Bolsonaro após críticas a gestão de verbas públicas para a pandemia

 

Jair Bolsonaro e Paulo Câmera em encontro no Recife, em maio de 2019 (Foto: Peu Ricardo/DP)

O vídeo compartilhado por Jair Bolsonaro é referente a um trecho do programa Alerta Amazonas, apresentado pelo radialista e humorista Sikera Jr. Durante a exibição, o apresentador divulga valores que afirmou ser referentes às verbas repassadas pelo governo federal ao estado de Pernambuco e que, de acordo com ele, não estavam sendo utilizadas da forma correta pela gestão estadual. "Paulo Câmara, esse dinheiro não é teu, é pra salvar vidas. (...) Senhores governadores, criem vergonha na cara. Digam ao seu povo quanto vocês receberam para cuidar das vidas, e não tomar essas vidas, não matar as pessoas", disse Sikêra Jr. Ainda na publicação, o chefe do Executivo citou o versículo bíblico João 8:32 que diz "e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará".

Ao rebater a publicação, o governador Paulo Câmara chamou a postagem de "fake news". "Difícil acreditar que em um dia como hoje, domingo de Páscoa, sejamos obrigados a nos deparar com novas atitudes lamentáveis do Presidente da República. Em lugar de disseminar fake news, por que não assumir suas verdadeiras atribuições e fazer parte do enfrentamento à pandemia?", questionou.

Em outra publicação, Paulo Câmara, disse que “infelizmente, de alguém que trata a dor do outro como mimimi e o luto como fraqueza, não se pode esperar muito. Mas, movidos por espírito público e princípios humanitários, que alguns parecem desconhecer, vamos seguir na luta”. Em tom esperançoso, completou:"O Brasil vai superar a pandemia, apesar de negacionismo, egoísmo, fakenews, de quem se dedica a desagregar e dividir". E diante da imagem que o Brasil vem repercutindo mundialmente, o gestor estadual disse que "pela ausência de uma liderança capaz de unir, seguir a ciência e ter compromisso com o outro", o mundo "assiste estarrecido à realidade imposta ao povo brasileiro". 

Desentendimento

O atual episódio entre o presidente da República e o governador Paulo Câmara é reflexo de um impasse entre o governo federal e gestões estaduais, que vem ganhando novos capítulos nos últimos dias. Contrário ao lockdown, Bolsonaro anunciou no dia 18 de março, que havia entrado com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra decretos estaduais que estipulavam mais rigidez no isolamento social, estabelecidos pelo Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul.

O presidente também tem afirmado que medidas de isolamento adotadas pelos estados brasileiros têm impulsionado os números de mortes, o que tem causado maiores desentendimentos entre o presidente e os gestores, que afirmam que a postura do governo federal tem agravado a crise no país.
 
No final do mês passado, um grupo de 16 governadores assinaram um manifesto, divulgado no dia 29, repudiando agressões e fake news contra chefes de Executivos estaduais. Iniciativa que também havia sido tomada no início de março e uma das queixas, foi referente à informações divulgadas pelo presidente Bolsonaro sobre repasses de verbas aos estados. Em Pernambuco, o presidente afirmou que houve um repasse de R$ 42,7 bilhões e R$ 16,2 bilhões para auxílio. Em crítica a tal afirmação, o  secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, disse que "se Pernambuco tivesse recebido R$ 42 bilhões face ao Covid, não estaríamos no Brasil e, sim, nos Estados Unidos, que aprovou um pacote de ajuda de US$ 1 ,3 trilhão. Toda a Receita Corrente Líquida -RCL de Pernambuco no ano de 2020 foi R$ 27 bilhões, já com todas as ajudas do SUS, da LEi 173 e etc do Governo Federal incluídas", contestou. (Por: Diario de Pernambuco).
 

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