Com a volta de Lula, brasileiros apostam em ganhos de renda e melhoria da qualidade de vida
Luiz Inácio Lula da Silva em seu gabinete (Foto: Ricardo Stuckert)
O povo brasileiro é um dos mais otimistas do mundo em 2023, ano que marca a volta da democracia e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder. É o que aponta a nova pesquisa Ipsos, realizada em 36 países. Leia abaixo os detalhes:
Seis em cada dez brasileiros (57%) acreditam que vão receber um aumento salarial no próximo ano. O dado foi obtido através da pesquisa "Monitor Global da Inflação", feita pela Ipsos. Das 36 nações que integram o levantamento, o Brasil ocupa a 2ª posição entre os países mais otimistas, atrás apenas da Colômbia (60%). A média global é de 45%.
Na outra ponta, os cidadãos que menos esperam valorização salarial estão na Itália, Japão e Peru. Nestes países, os índices ficaram em 19%, 22% e 28%, respectivamente.Dentro dos brasileiros que acreditam no aumento, 26% deles acham que o valor será maior ou condizente com a taxa de inflação no país. Já os outros 31% acreditam que esse aumento será menor que o índice de inflação.Já 39% dos entrevistados no Brasil também acreditam que o dinheiro que sobra após pagarem as contas, aumentará, ao menos um pouco, em 2023 – acima da média global que é de 27%.
Inflação
A pesquisa também mediu a percepção dos cidadãos com relação ao aumento do custo de vida. De acordo com o levantamento, apenas 16% dos brasileiros entrevistados acreditam que a inflação subirá muito em 2023. Apenas a China, com 8%, apresentou índice menor. Neste quesito, a média global é de 35%. Na outra ponta, os argentinos são quem mais esperam aumento da inflação no próximo ano (56%).
Taxa de juros
O povo brasileiro, porém, é um dos mais preocupados com as taxas de juros entre os países pesquisados. Oito em cada dez (82%) acreditam que a alta dos juros no país contribui para o aumento do custo de vida – o país ocupa a 2ª posição, empatado com Romênia e África do Sul. A Coréia do Sul, com 85%, lidera o ranking. A média global ficou em 69%.Os cidadãos que menos se preocupam com as taxas de juros estão na Arábia Saudita, China e Emirados Árabes. Nestes países, os índices ficaram em 32%, 42% e 46%, respectivamente.
A preocupação dos brasileiros com os juros do país, porém, não é novidade. Na primeira versão da pesquisa, realizada pela Ipsos entre maio e junho deste ano, 84% dos brasileiros já indicavam que os juros no país causavam aumento no custo de vida.
Sobre a pesquisa
Ipsos entrevistou, de forma on-line, 24.471 pessoas, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil, entre 21 de outubro e 4 de novembro de 2022. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais. Além do Brasil, integram a pesquisa: Arábia Saudita, África do Sul, Argentina, Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coréia do Sul, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Emirados Árabes, Estados Unidos, Espanha, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, Indonésia, Itália, Israel, Irlanda, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Romênia, Singapura, Suécia, Suíça, Tailândia e Turquia. 247
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