quarta-feira, 14 de setembro de 2022

IPA completa 87 anos com projetos para o futuro

 AGRICULTURA FAMILIAR

        Por: Diario de Pernambuco                           

Foto: Divulgação

O Instituto Agrônomo de Pernambuco (IPA), que hoje integra o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) e é referência nacional na coordenação de projetos e ações voltados para o fortalecimento da agricultura familiar, completa 87 anos de atuação ainda neste mês. A data será comemorada em uma solenidade que acontecerá nesta terça-feira (13), na sede do Instituto, localizada no Recife. O momento será transmitido simultaneamente no Youtube. 
 
(Foto: Divulgação)

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184 municípios brasileiros já contam com a presença do IPA, que administra no estado ações como o Programa Alimenta Brasil (PAB) - cuja finalidade é incluir economicamente os agricultores familiares, também garantindo alimentação à pessoas em situação de insegurança alimentar; Projeto Mãe Coruja - premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que presta apoio a gestantes que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS), antes e depois do parto; Projeto Campo Novo - que disponibiliza sementes geneticamente melhoradas à agricultores. A estimativa é de que a cada R$ 1,00 investido no programa, haja um retorno socioeconômico de R$ 25,95. Com a aplicação de R$ 7.616.888,95, é esperado um montante de aproximadamente R$ 197.658.268,25; Projeto Dom Helder Câmara (PDHC) - que busca reduzir os níveis de pobreza no semiárido brasileiro; além de promover cursos de capacitação para agricultores, desenvolver trabalhos voltados a infraestrutura hídrica para o meio rural, e produzir, comercializar e doar cerca de 35 mil mudas frutíferas, florestais, ornamentais e de plantas medicinais, que podem ser adquiridas tanto na sede do Ipa, quanto na Estação Experimental de Itaparema, no município de Goiana (PE).
 
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Atualmente, o IPA possui 87 projetos em andamento - nas áreas de pesquisa de culturas alimentares, também trabalhando com bovinos, ovinos, caprinos, recursos hídricos e serviços ambientais e biotecnológicos -, sendo mais da metade deles desenvolvidos em parceria com instituições como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). De acordo com a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento do IPA, Danusa Correia,  “Essas iniciativas possibilitaram avançar no aprimoramento para a obtenção de novas cultivares, elevando a rentabilidade dos atuais sistemas de produção, bem como viabilizaram a oferta de matrizes e reprodutores bovinos, caprinos e ovinos de alta qualidade genética".

Na área de infra-estrutura hídrica, é propósito do instituto a perfuração, instalação e recuperação de poços; implantação de dessalinizadores e de um sistema de abastecimento de água simplificado; construção de barragens subterrâneas, adutoras de pequeno porte, poços Amazonas, cisternas, barragens com controle tecnológico e barragens mecanizadas de pequeno porte - cuja a estimativa é de que pelo menos 40 mil famílias sejam beneficiadas pela obra.



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No Brasil, risco de fome atinge 37% dos lares onde vivem crianças menores de 10 anos

BRASIL

Especialistas ressaltam que a falta de acesso a alimentos na infância afeta o desenvolvimento da criança

                           Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

As crianças sofrem mais com a fome no Brasil. Em 37,8% dos lares com crianças de até 10 anos, houve fome ou redução de quantidade e qualidade dos alimentos. Na média dos domicílios no país, esse percentual é de 30,7%. As estatísticas fazem parte de pesquisa da Rede Penssan, que reúne entidades como Ação da Cidadania, Oxfam, Vox Populi e Actionaid, e se dedica ao estudo da fome no país.

E a desigualdade regional se mostra nos números da pesquisa, que foi a 12.745 domicílios: no Maranhão, são 63,3% das casas com crianças nessa condição, enquanto no Espírito Santo, a parcela é de 13,9%. O quadro apresentado pela pesquisa é um retrato da crise atual, que deixou mais famílias sem ter garantia de que haverá comida na mesa, mas com desdobramentos no futuro.

Especialistas ressaltam que a falta de acesso a alimentos na infância afeta o desenvolvimento da criança.

— É preciso uma política de enfrentamento com foco na infância, conforme demonstrado nos dados. Elas estão sofrendo mais intensamente. A falta de alimentação adequada nessa fase da infância, com sacrifício de outros membros da família, provoca comprometimentos futuros, físicos e cognitivos —diz Francisco Menezes, consultor de políticas públicas da Actionaid.

É o futuro de Antônio Carlos, de 3 anos, e Tauane, de 1 ano e 6 meses que está em jogo. Filhos de Luana Stefany da Silva, de 20 anos, e Maik do Nascimento, de 28 anos, não têm tido a alimentação adequada, A família mora numa ocupação, com pouca infraestrutura.

— Hoje (ontem) comemos angu e feijão, era o que tinha. Sempre vamos atrás de carreatas (pessoas que doam alimentos pelo Centro do Rio), mas nem sempre tem —lamenta Luana, que cozinha em um “fogão” improvisado com madeiras. Para acender o fogo, usa álcool.

Nascimento é pedreiro, mas tem tido dificuldade para conseguir emprego e vive de trabalhos esporádicos.

— Moramos há dois meses na ocupação, não recebemos o Auxílio Brasil e dependemos da ajuda de terceiros para ter o que comer — diz Luana, que se cadastrou no programa social e tem esperança de conseguir entrar.

Merenda mais pobre
Se receber, como o Auxílio Brasil não diferencia famílias mais numerosas das que têm apenas um morador, terá apenas R$ 150 por mês para cada integrante da família. Esse desenho do programa acaba prejudicando os lares com crianças, “principalmente pelo expressivo número de mães solo com filhos”, alerta Menezes.

Outro ponto levantado pelo pesquisador é a redução significativa nos recursos para merenda escolar, que estão congelados desde 2017, com a inflação dos alimentos ultrapassando 43% desde o início da pandemia em 2020:

—Quando o Brasil saiu do mapa da fome, a alimentação escolar teve papel importante. A alimentação na escola vai piorando, com a substituição de alimentos de melhor qualidade nutricional para ultraprocessados, mais baratos.

O presidente Jair Bolsonaro vetou o reajuste de 34% nos recursos repassados para merenda escolar, incluído pelo Congresso no Orçamento, em meados do mês passado.

—A fome é mais gritante nas casas nas quais a mulher é responsável pela família com crianças. É retrato que vejo todo dia — diz Kiko Afonso, executivo da Ação da Cidadania.

Queda nas doações
A situação do mercado de trabalho dificulta vencer a fome. A pesquisa mostra que a fome é ameaça em 44,7% dos lares onde o responsável é um trabalhador informal ou alguém que está desempregado. Nos lares onde o trabalho é formal, esse percentual cai a 16,7%.

—Essas famílias com crianças pequenas são onde estão os desempregados, os informais, com baixa escolaridade e baixa capacidade de empregabilidade. Vencer isso vai exigir medidas interligadas, que abordem todos esses aspectos —alerta Ana Segall, médica sanitarista e pesquisadora da Rede Penssan.

Na média, a fome atinge 15,5% dos lares no país. Em 14 estados, a taxa é ainda maior. Em Alagoas, chega a 36,7%.

O temor de Afonso, da Ação da Cidadania, já está acontecendo: a naturalização da fome. As doações para a ONG criada por Betinho caíram de R$ 100 milhões em 2020 para R$ 15 milhões este ano:

—Como sempre aconteceu, a fome é naturalizada.


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Dilma reforça importância de vencer no primeiro turno: “temos que lutar por cada voto”

Em entrevista à TV 247, ex-presidente explica que, por ser uma eleição “muito específica”, precisamos de “uma vitória sólida, robusta” (vídeo)

Lula e Dilma Rousseff (Foto: Ricardo Stuckert | Ederson Casartelli)

Vencer no primeiro turno é essencial neste pleito, que é tão específico e exige uma “vitória robusta”, disse a ex-presidente Dilma Rousseff em entrevista aos jornalistas Marcelo Auler e Dafne Ashton, da TV 247. Ela enumera as razões que reforçam a importância para que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vença já em 2 de outubro.

“Temos que lutar por cada voto que a gente imaginar que exista. Falta muito pouco e é muito importante que a gente ganhe no primeiro turno. É absolutamente necessário”, ressaltou, durante plenária da candidatura de Wadih Damous, que concorre a deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro, na ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

“A vitória no primeiro turno tem duas funções básicas: torna qualquer tentativa golpista - seja de onde vier, articulada por quem quer que seja - inócua e, mais importante ainda, vamos derrotar uma aliança entre o neoliberalismo e o neofascismo, o que exigirá de nós, cada vez mais, a construção de uma grande força. Essa construção começa agora: ganhando no primeiro turno”, explicou Dilma (assista abaixo).

“Vamos lembrar uma coisa: não foi o Bolsonaro que fez o meu impeachment e prendeu o Lula. Foram forças que existem e que estão vivas neste país. A gente dizia ‘ditadura nunca mais’, agora é ‘golpe neoliberal nunca mais’. E esse processo começa com uma vitória sólida, uma vitória robusta”, prosseguiu Dilma.

‘Vitória no segundo turno não é derrota’

Dilma ponderou, no entanto, que uma passagem para o segundo turno não seja vista como derrota pela militância. “Eu assisti e vivenciei quatro eleições presidenciais do PT, as duas do Lula e as minhas duas. Nós nunca ganhamos no primeiro turno. Só estou contando isso por conta da terceira questão: vai que nós não ganhamos no primeiro turno. Todas as vezes a gente achava que ia vencer no primeiro”, lembrou.

“Não ganhar no primeiro turno também não implica uma derrota, não é igual a uma derrota. Porque nós ganhamos no segundo turno. O que estou dizendo é que esta eleição é muito específica, muito diferente das outras, então quanto mais rápido ganharmos, melhor. Agora, a gente é resistente. Perdeu? A gente dá a volta por cima e ganha no segundo”, concluiu. 247.





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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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