quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

STF prorroga estado de calamidade no Brasil contra a Covid

(Foto: Divulgação)

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, decidiu prorrogar o estado de calamidade pública em função da pandemia da Covid-19. 

A prorrogação diz respeito à validade da lei que garante medidas excepcionais para enfrentar a pandemia.

As regras emergenciais adotadas em função da pandemia perderiam validade nesta quarta-feira, 31 de dezembro.

A decisão atende a um pedido do partido Rede Sustentabilidade. O governo Bolsonaro era contra a prorrogação, por temer que o estado de calamidade acabasse por forçar a prorrogação do auxílio emergencial.

Conforme o despacho de Lewandowski, a Lei n° 13.979/2020, que foi prorrogada com sua decisão, tem "o propósito de enfrentar de maneira racional e tecnicamente adequada o surto pandêmico", "permitiu que as autoridades  adotassem,  no   âmbito das respectivas competências, determinadas medidas   profiláticas e terapêuticas, dentre as quais sobressaem as seguintes: isolamento, quarentena, restrição à locomoção, uso de máscaras, exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação, investigação epidemiológica,   tratamentos médicos específicos, requisição de bens e serviços, exumação, necropcia, cremação e manejo de cadáveres (art. 3°, I, II, III, III-A, IV,V VI e VII)".

Decisão é do ministro Ricardo Lewandowski. Regras emergenciais adotadas em função da pandemia perderiam validade nesta quarta (31). Governo Bolsonaro era contra, por temer que o auxílio emergencial tenha que ser prorrogado também. (247).



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Sem máscara, Bolsonaro provoca aglomeração em praia, abraça banhistas e pega crianças no colo

Brasil registrou 1.075 óbitos pelo novo coronavírus e 57.227 casos da doença nas últimas 24 horas

O presidente Jair Bolsonaro causando aglomeração em Praia Grande, SP - Foto: Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ignorou mais uma vez o avanço da pandemia do coronavírus ao promover aglomeração em uma praia do litoral sul de São Paulo. Sem máscara, ele se aproximou dos simpatizantes, cumprimentou banhistas, pegou crianças no colo e posou para fotografias.
 
A aglomeração ocorreu em Praia Grande, cidade vizinha a Guarujá, onde o presidente passa o feriado de Ano Novo em um base militar. O presidente estava vestido com uma camisa do Santos, mas, em meio à aglomeração, a pedido de um apoiador, vestiu uma do Corinthians rapidamente.
 
O Brasil registrou 1.075 óbitos pelo novo coronavírus e 57.227 casos da doença nas últimas 24 horas. O país, assim, chega a 192.716 óbitos e a 7.564.117 de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
 
Os números desta terça-feira (29) representam mais que o dobro do número de óbitos e casos divulgados no dia anterior. Números mais baixos aos feriados, domingos e segundas são comuns devido ao atraso de notificação das secretarias estaduais.
 
O estado do Rio Grande do Sul registrou o mais alto número de novas mortes por Covid-19 em um dia: foram 144. O último recorde tinha sido apenas uma semana antes, no dia 22 de dezembro, quando o estado registrou 101 óbitos pelo novo coronavírus -o único registro acima de cem óbitos até então.

O RS acumula até o momento 8.680 mortes por Covid-19 e 438.458 casos, sendo o quinto estado mais afetado pela pandemia, atrás somente de SP (1.440.229 casos), MG (529.653), BA (487.691) e SC (485.935).
 
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. (Por Folhapress).

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REDE ESTADUAL Ano letivo de 2021 começa no dia 3 de fevereiro

 

Foto: ilustrativa

Através da Instrução Normativa 11/2020, publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (30), o Governo de Pernambuco estabeleceu o dia 3 de fevereiro de 2021 como início do letivo. O primeiro semestre tem encerramento previsto para o dia 5 de julho, com retorno para o segundo, no dia 22 do mesmo mês. O fim das atividades está marcado para 21/12.

O documento publicado no Diário Oficial desta quarta-feira também estabelece os procedimentos de ensino e as diretrizes administrativas e pedagógicas para o próximo ano letivo, como a organização do calendário escolar, respeitando algumas datas fixadas pelo documento, a fim de garantir o mínimo de 200 dias letivos e carga horária anual prevista para os diferentes níveis e modalidades de ensino.

O ano letivo de 2021 será dividido em quatro bimestres, tendo o término do primeiro semestre letivo em 5 de julho, enquanto o segundo semestre deve terminar no dia 21 de dezembro. (Por: Diario de Pernambuco).



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Devido à pandemia, IFPE cancela redação em processo seletivo

 


O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) divulgou, nesta quarta-feira (30), um comunicado oficial informando o cancelamento da redação como complemento ao processo de ingresso para vagas de cursos superiores, que havia sido anunciado em outubro. A instituição esclareceu que a mudança ocorreu por causa da “evolução da pandemia” da Covid-19 no estado. Nesta quarta-feira, Pernambuco registrou 2.512 casos da doença, chegando a 220.284 confirmações. Também foram confirmados 20 óbitos. Agora, o estado totaliza 9.632 mortes pelo novo coronavírus.

O IFPE informou ainda que o edital com datas e normas do processo seletivo de 2021.1, previsto inicialmente para ser divulgado ainda em 2020, só deve ser lançado no dia 22 de janeiro. Serão disponibilizadas 4.830 vagas para adolescentes, jovens e adultos nos cursos técnicos e superiores, distribuídas em 16 campi localizados em Abreu e Lima, Afogados da Ingazeira, Barreiros, Belo Jardim, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Garanhuns, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Palmares, Paulista, Pesqueira, Recife e Vitória de Santo Antão. (DP).




Recorde no número de casos diários da Covid-19 faz Estado endurecer tom de alerta à população

 

Secretário de Saúde, André Longo, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, e o secretário de Desenvolvimento Econômico em exercício, Roberto Abreu - Foto: Reprodução

O recorde no número de casos diários de Covid-19 registrado em Pernambuco, nesta quarta-feira (30), motivou o Governo do Estado a reforçar o alerta à população. Existe um receio de que os cuidados de prevenção não sejam seguidos à risca com as festas de fim de ano. Em coletiva de imprensa, o secretário de Saúde, André Longo, falou sobre a possibilidade de o governo “tomar medidas duras em janeiro” para evitar agravamento da situação.

“Vivemos um momento que requer reforço na adoção de cuidados porque nossas atitudes serão determinantes para os indicadores das próximas semanas, especialmente para as taxas de ocupação de leitos de UTI”, disse Longo. “Aglomerações e descuidos fatalmente cobraram seu preço pois terão importante repercussão ao longo das próximas semanas no aumento do contágio, dos casos graves e das perdas de vidas, que ocorrerão aqui no Estado.”

O secretário, inclusive, anunciou a abertura de mais 30 leitos de terapia intensiva no interior do Estado. Serão dez em Afogados da Ingazeira; dez no Hospital Eduardo Campos, em Serra Talhada; e dez no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. “A gente abre esses leitos, mas fica na expectativa de não precisar utilizá-los. Esse é o grande dilema da Saúde. Precisamos estar preparados”, afirmou Longo.

“O governador também autorizou a seleção para a contratação de 60 médicos intensivistas para reforçar as UTIs da Rede Estadual. Esses profissionais se somam aos 949 trabalhadores que foram convocados na semana passada”, completou o secretário.

Com relação a proximidade das festas de Fim de Ano, André Longo pediu a colaboração dos gestores municipais para a fiscalização dos protocolos estabelecidos, principalmente em espaços públicos. “O Estado vai continuar com a fiscalização reforçada nesse final de ano, incluindo coibir shows de Réveillon, festas em condomínios privados. Reforçamos a necessidade do cumprimento dos protocolos em hotéis e pousadas. A gente tem visto vídeos circulando que mostram uma total irresponsabilidade.” (Por Portal Folha de Pernambuco).


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Gasolina teve um aumento de 5% a partir da terça-feira (29)

 

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Petrobrás reajustou em 5% o valor da gasolina e em 4% o óleo diesel S10 e S500. O anúncio foi feito na segunda feira  pela estatal, com vigência a partir do dia (29).


Com a medida, o preço médio da gasolina da Petrobras vendida para as distribuidoras aumentou R$ 0,09 e passou a R$ 1,84 por litro. No acumulado do ano, houve redução de 4,1% no preço da gasolina. Segundo a estatal, em 2020 foram feitos 41 reajustes nesse combustível, sendo 20 aumentos e 21 reduções no valor.

Para o óleo diesel, o valor para as distribuidoras aumentou R$ 0,08, chegando a R$ 2,02 por litro. O diesel acumula queda de 13,2 % no ano, em um total de 32 reajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor. (Por: Agência Brasil).



"Hoje somos uma sociedade melhor, que amplia direitos das mulheres", diz Alberto Fernández

Presidente argentino comemorou a aprovação pelo Senado do projeto que garante o aborto legal na Argentina.

Alberto Fernandez e Cristina Kirchner tomam posse como presidente e vice na Argentina (Foto: Agustin Marcarian/Reuters)

"O aborto seguro, legal e gratuito é lei. Prometi fazê-lo em dias de campanha eleitoral. Hoje somos uma sociedade melhor, que amplia os direitos das mulheres e garante a saúde pública. Recuperei o valor da palavra penhorada. Compromisso com a política", postou o presidente da Argentina, Alberto Fernández, após a aprovação do aborto legal pelo parlamento de seu país. 

Saiba mais sobre o caso:

Após 12 horas de debate, em uma sessão histórica, o Senado nacional aprovou a lei que legaliza o aborto até a 14ª semana de gestação.

Com 38 votos a favor, 29 contra e uma abstenção, o Senado converteu em lei a interrupção voluntária da gravidez, segundo o jornal Clarin.

O projeto de lei sobre o acesso à interrupção voluntária da gravidez e aos cuidados pós-aborto foi aprovado por 38 votos a favor, 29 contra e 1 abstenção.

A iniciativa prevê que as gestantes tenham acesso ao aborto legal até a 14ª semana, após assinatura do consentimento por escrito. Além disso, estipula um prazo máximo de dez dias entre a solicitação e a realização da interrupção da gravidez.

Além disso, o projeto da lei nacional de saúde integral durante a gravidez foi aprovado por 65 votos, por unanimidade.

A atual legislação permitia a interrupção da gravidez em caso de estupro ou de risco à vida ou à saúde da mãe, tal como acontece no Brasil.

Com a aprovação da lei, a Argentina se torna o primeiro grande país da região a permitir que as mulheres decidam sobre se querem ou não ser mães, após o Uruguai, Cuba, Guiana e Guiana Francesa. (Sputnik).


Veja o momento histórico da vitória do aborto legal no Senado argentino (VÍDEO)

Votaçao do aborto legal na Argentina (Foto: Votaçao do aborto legal na Argentina)

Assista, num único tweet, a promessa feita por Alberto Fernández na campanha eleitoral e o momento em que a vice-presidente do país e presidente do Senado, Cristina Kirchner, anunciou, pouco depois de 4h desta quarta-feira, a vitória do aborto legal.

O jornalista Rogério Tomaz registrou num tweet a promessa feita por Alberto Fernández na campanha e o momento histórico em que a vice-presidente, Cristina Kirchner, que preside o Senado argentino, a vitória da lei do direito ao aborto por 38 votos a 29:(247)

No tweet em que celebrou a vitória na votação, no final da madrugada, às 4h55, o presidente argentino recordou a promessa feita na campanha:



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Senado argentino aprova aborto legal e mulheres comemoram nas ruas de Buenos Aires (vídeo)

Com a aprovação da lei, a Argentina se torna o primeiro grande país da região a permitir que as mulheres decidam sobre se querem ou não ser mães, após o Uruguai, Cuba, Guiana e Guiana Francesa.

Campanha pelo direito ao aborto na Argentina (Foto: Lucía Grossman)

Após 12 horas de debate, em uma sessão histórica, o Senado nacional aprovou a lei que legaliza o aborto até a 14ª semana de gestação.

Com 38 votos a favor, 29 contra e uma abstenção, o Senado converteu em lei a interrupção voluntária da gravidez, segundo o jornal Clarin.

O projeto de lei sobre o acesso à interrupção voluntária da gravidez e aos cuidados pós-aborto foi aprovado por 38 votos a favor, 29 contra e 1 abstenção.

A iniciativa prevê que as gestantes tenham acesso ao aborto legal até a 14ª semana, após assinatura do consentimento por escrito. Além disso, estipula um prazo máximo de dez dias entre a solicitação e a realização da interrupção da gravidez.

Além disso, o projeto da lei nacional de saúde integral durante a gravidez foi aprovado por 65 votos, por unanimidade.

A atual legislação permitia a interrupção da gravidez em caso de estupro ou de risco à vida ou à saúde da mãe, tal como acontece no Brasil.

Com a aprovação da lei, a Argentina se torna o primeiro grande país da região a permitir que as mulheres decidam sobre se querem ou não ser mães, após o Uruguai, Cuba, Guiana e Guiana Francesa. (Sputnik).


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Petrolina ultrapassa 12 mil casos positivos do novo coronavírus e tem mais 5 óbitos

             Via: Carlos Britto

Foto: Ascom PMP/SMS divulgação

Petrolina bateu a triste marca de 12.012 casos positivos do novo coronavírus (Covid-19). No boletim epidemiológico desta terça-feira (29) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foram mais 115 infectados e cinco óbitos por complicações da doença. Em contrapartida, curas clínicas chegam a 9.660 (81,2%) desde o início da pandemia na cidade. Os óbitos somam, agora, 151.

O primeiro óbito registrado foi de um homem de 83 anos e aconteceu em um hospital particular de Petrolina, na última sexta-feira (25). A segunda morte, de outro idoso – de 71 anos – ocorreu em um hospital da rede privada da cidade no último dia 24. O terceiro também é de um idoso, de 65 anos, em um hospital da rede pública da cidade no último dia 22. A quarta morte é de uma idosa de 73 anos, em um hospital da rede privada.  A quinta morte, de outro idoso, de 77 anos, ocorreu em um hospital da rede privada. Todos possuíam histórico de outras doenças.

Dos novos infectados, 90 foram confirmados a partir de 368 testes rápidos da prefeitura e 25 de exames laboratoriais. São 62 pessoas do sexo feminino, com idades entre 2 e 80 anos, e 53 do sexo masculino, entre 1 e 81 anos.

As informações referentes à raça/cor/etnia seguem abaixo.

Leitos

taxa de ocupação geral dos leitos de UTI da rede é de 60,37%. Dos 53 leitos disponíveis, 32 estão ocupados, sendo 23 por pacientes de Petrolina e 9 por aqueles de outras cidades da região. Os dados completos podem ser acessados pelo link. Todas as informações sobre a pandemia na cidade também estão disponíveis no site da prefeitura.


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Em dois anos, Bolsonaro esvaziou órgãos que cuidam de questões ambientais, indígenas e agrárias

 

Presidente da República, Jair Bolsonaro - Foto: Alan Santos/PR

A estimativa é a de que mais de 11 mil km2 de florestas tenham sido destruídas na Amazônia Legal de 1º agosto de 2019 a 31 julho de 2020.


Cumprindo promessas e indicativos que deu durante a campanha eleitoral de 2018 e em boa parte de sua carreira política, Jair Bolsonaro ampliou de forma expressiva em seus dois primeiros anos de governo um processo de desmonte e esvaziamento dos órgãos responsáveis por cuidar do meio ambiente e das questões indígena e agrária.

Como resultado, paralisia generalizada, embates internos, retrocessos, um ministro sob constante pressão para ser substituído –Ricardo Salles, do Meio Ambiente– e uma coleção de números negativos, o que, entre outras consequências, resultou em uma forte degradação da imagem do país no exterior.

Paralelamente à precarização da infraestrutura e redução de verbas do principal órgão fiscalizador, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o desmatamento e as queimadas deram um salto no país.

A estimativa é a de que mais de 11 mil km2 de florestas tenham sido destruídas na Amazônia Legal de 1º agosto de 2019 a 31 julho de 2020, alta de 9,5% em relação ao período anterior e a maior área desde 2008 (devido ao período chuvoso e de seca, o desmatamento é sempre medido nos 12 meses de agosto de um ano a julho do ano seguinte).

Os dados são do sistema Prodes, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), órgão que Bolsonaro e Salles procuraram desacreditar quando os primeiros resultados ambientais negativos da gestão foram divulgados, em 2019.

De acordo com dados do projeto Queimadas, também do Inpe, o país encerrou 2019 com 318 mil km² de vegetação consumida pelo fogo nos seis biomas, aumento de 86% em relação ao anterior. Em 2020, o Pantanal atingiu o recorde histórico de 22 mil focos de incêndio, 13 vezes mais do que em 2018. Os focos na Amazônia Legal também são os maiores desde 2010.

Um dos alvos preferenciais de ataque de Bolsonaro, o Ibama sofreu corte de verbas para 2021 (4%), sendo que um terço do orçamento está condicionado a aprovação do Congresso.

Sofre, ainda, crescente abalo em sua função fiscalizatória. A aplicação do instrumento mais eficaz para barrar o desmatamento, os chamados termos de embargo, despencou 60% nos seis primeiros meses de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, que já havia diminuído em relação a 2018.

"Na verdade eles puseram [no comando do Meio Ambiente] uma pessoa ideal para promover o desmonte", afirma Elizabeth Eriko Uema, secretária-executiva da Ascema (Associação Nacional dos Servidores de Meio Ambiente), que em setembro publicou o levantamento "Cronologia de um desastre anunciado: Ações do governo Bolsonaro para demontar as políticas de meio Ambiente no Brasil".

"Ele [Salles] retirou dos orgãos ambientais a autonomia e a possibilidade de atuar concretamente. Na verdade, o que a gente avalia é que o um projeto de destruição mesmo, intervenção dentro dos órgãos, assédio institucional, dificuldades burocráticas", diz Elizabeth.

O Ministério Público Federal já reuniu cinco tentativas de afastar Salles do cargo, mas o relator dos pedidos no Tribunal Federal da 1ª Região, Ney Bello, negou os pedidos. Em julho, ação civil pública movida por 12 procuradores da República acusou Salles de "desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente" por meio de ações normativas, orçamentárias, de fiscalização e transparência.

Um dos elementos citados foi a reunião ministerial em que Salles fala em aproveitar as atenções voltadas à pandemia do corovavírus para "passar a boiada" na flexibilização das normas ambientais e de outras áreas reguladas por decretos, portarias e resoluções – sem necessidade de aprovação do Congresso.

Levantamento da reportagem em parceria com o Instituto Talanoa mostra que em março e maio deste ano o governo acelerou a publicação de atos sobre meio ambiente –foram 195 atos no Diário Oficial contra 16 do mesmo período de 2019.

"É um acúmulo em série de vários resultados negativos bastante expressivos", diz Suely Araújo, especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima, que presidiu o Ibama no governo de Michel Temer (2016-2018).

Ela cita a elevação do desmatamento, das queimadas, dos gases de efeito estufa e o desmonte dos órgãos de fiscalização como alguns dos dados mais preocupantes. Destaca também o esvaziamento do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que teve cerca de 80% de sua composição cortada, em prejuízo de ONGs e estados, colocando o órgão sob controle do governo.

Ela ressalta que o estrago só não foi maior devido à resistência do Congresso e do Judiciário, em especial o Supremo Tribunal Federal, acionado por diversas vezes por organizações da sociedade civil, em conjunto com partidos de oposição.

Em uma das últimas decisões da Justiça, por exemplo, a ministra Rosa Weber, do STF, concedeu uma liminar derrubando a decisão de Salles que permitia a exploração de mangues e restingas do país. A ação havia sido apresentada pela Rede Sustentabilidade

Assessora política do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), Alessandra Cardoso reforça: "Salles e o governo conseguiram passar muitos bois alterando medidas infralegais, mas acho que a resistência em suas variadas formas e instâncias foi Importante para reduzir o tamanho do desmonte".

Segundo ela, "o governo conseguiu em dois anos perder o controle sobre o desmatamento, estimular a grilagem, arruinar sua credibilidade perante a comunidade internacional e gerar insegurança jurídica quanto a sua capacidade de cumprir as leis e acordos internacionais em matéria ambiental e climática".

Na questão indígena e na refoma agrária o quadro se repete. Não houve nenhuma terra indígena identificada, declarada (autorizada a ser demarcada fisicamente) ou homologada em 2019 e 2020. No governo Michel Temer, que até então detinha a pior marca, houve três terras declaradas e uma homologada.

'No que depender de mim, não tem mais demarcação de terra indígena', disse o já presidente eleito no final de 2018.

Em 2020, o Ministério Público Federal encaminhou manifestação ao Congresso pedindo a recomposição das verbas do órgão.

O Inesc aponta que o leve aumento nominal do orçamento da Funai de 2021 (R$ 649 milhões) nem de longe remedia as perdas dos últimos anos (em 2013 o orçamento era de R$ 870 milhões). Além disso, o percentual do orçamento que depende de aprovação de crédito suplementar pelo Congresso subiu de 20% para 52%, aumentando as chances de não ser executado.

"A gente precisa considerar que a Funai já está passando por um estrangulamento orçamentário há muito tempo, que não é uma obra específica do governo Bolsonaro, mas que obviamente quando Bolsonaro assume esse estrangulamento se torna um processo muito mais acentuado, de guerra declarada mesmo", afirma Leila Saraiva, assessora política do Inesc.

Ela aponta o alto número de militares e de policiais em postos de comando –22 dos 39 coordenadores regionais–, sem relação conhecida com as políticas indigenistas e muitos sem experiência de gestão pública, além da ausência de relação prática entre a Funai e o Ministério da Justiça, a quem o órgão está formalmente vinculado.

Ao assumir Bolsonaro tentou passar a Funai para a pasta da Agricultura e, depois, para a da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandada pela pastora evangélica Damares Alves, mas o Congresso barrou a medida.

Na reforma agrária, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) homologou apenas 5.409 famílias de processos antigos de regularização, o pior desempenho de um governo desde pelo menos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Centenas de processos estão paralisados desde 2019 e a proposta de orçamento para 2021 praticamente reduz a zero a verba de algumas das principais ações destinadas a sem-terra e a melhorias dos assentamentos.

Para o Reconhecimento e Indenização de Territórios Quilombolas, o orçamento que em 2013 era de R$ 48 milhões foi pulverizado para R$ 330 mil em 2021.

"Em 2016, com o golpe [impeachment de Dilma Rousseff], houve paralisia total. Com a entrada do Bolsonaro houve um regresso total, um verdadeiro desmonte do programa nacional de reforma agrária", diz Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra).

A reportagem procurou e enviou perguntas ao Palácio do Planalto, ministério do Meio Ambiente, Ibama, Incra, ICMBio e Funai.

Só a Funai respondeu. O órgão disse que a atual gestão não é contra demarcações, mas sim contra "irregularidades nesses processos praticadas por gestões anteriores" e que já gastou R$ 36 milhões com regularizações pendentes de áreas já demarcadas.

Diz ser ainda necessário considear as restrições de campo no período da pandemia e que a fatia do orçamento condicionada a aprovação pelo Congresso é similar aos demais órgãos da Administração Federal. (Por Ranier Bragon (Folhapress).


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Lula solidariza-se com Dilma: “detentora de coragem que Bolsonaro, sem valor, jamais conhecerá”

Ao condenar o ataque de Bolsonaro a Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula diz que “o Brasil perde um pouco de sua humanidade a cada vez que Jair Bolsonaro abre a boca”

(Foto: Ricardo Stuckert)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solidarizou-se com a ex-presidente Dilma Rousseff na noite desta segunda-feira (28), depois do ataque de Jair Bolsonaro, que duvidou que Dilma tivesse sido torturada durante a ditadura militar. Entre risos, Bolsonaro pediu um exame para comprovar uma lesão que a ex-presidente sofreu no maxilar.

“O Brasil perde um pouco de sua humanidade a cada vez que Jair Bolsonaro abre a boca. Minha solidariedade a presidenta @dilmabr, mulher detentora de uma coragem que Bolsonaro, um homem sem valor, jamais conhecerá”, escreveu Lula no Twitter.

Em nota, Dilma reagiu à agressão de Bolsonaro: “mostra-se indigno ao tratar com desrespeito e com deboche o fato de eu ter sido presa ilegalmente e torturada pela ditadura militar”. Para Dilma, Bolsonaro “é um sociopata que não merece a confiança dos brasileiros”.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também demonstrou solidariedade a Dilma, embora tenha feito seu próprio ataque ao publicar sua mensagem, com seu “concorde-se ou não”. (247).


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Ministério da Saúde: vacinação poderá começar em 20 de janeiro

 

Em coletiva, pasta traçou possíveis cenários de vacinação


Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

A vacinação contra a covid-19 pode começar no dia 20 de janeiro, segundo o Ministério da Saúde. Se não for possível, em um cenário “médio”, a imunização poderia ter início entre esta data e 10 de fevereiro. Em um cenário menos favorável, a vacinação no Brasil poderá ocorrer a partir de 10 de fevereiro.

A projeção foi apresentada pelo secretário executivo da pasta, Élcio Franco, em entrevista coletiva hoje (29) na sede do órgão, em Brasília. Franco destacou que o melhor cenário depende de uma conjunção de aspectos, especialmente dos laboratórios com vacinas em desenvolvimento cumprirem os requisitos de registro, seja emergencial ou definitivo.

“Isso [a vacinação no dia 20 de janeiro] vai depender de uma série de fatores, inclusive de logística, e dos laboratórios estarem em dia com o seu processo de submissão contínua e do  processo de registro com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não depende de nós, depende do laboratório cumprir com a sua parte”, declarou.

Países como Estados Unidos, Reino Unido e nações da União Europeia já iniciaram planos de imunização contra a covid-19. Na América do Sul, a Argentina começou a aplicar um imunizante contra a doença em públicos prioritários.

Uma das opções cogitadas pelo Ministério da Saúde para a imunização da população brasileira é a vacina desenvolvida pela Pfizer - já autorizada nos Estados Unidos e na Europa. Mas até agora a empresa não deu entrada no pedido de autorização emergencial.

Ontem, a farmacêutica divulgou nota na qual afirmou que participou de reunião com a Anvisa no dia 14 de dezembro para “esclarecer dúvidas sobre o processo de submissão para uso emergencial” e que a solicitação não ocorreu até agora porque as “condições estabelecidas pela agência requerem análises específica para o Brasil, o que leva mais tempo de preparação.”

Segundo a Pfizer, entre as condições exigidas estaria o levantamento de dados sobre aplicação da vacina em brasileiros. Em agências de outros países, acrescentou a nota da empresa, a análise não faz distinções entre populações específicas.

A Pfizer argumentou que o processo demanda apresentação do quantitativo de doses, o que só poderia ser definido após a celebração de um contrato definitivo.

Registro de vacinas

O secretário executivo do Ministério da Saúde afirmou que a equipe está à disposição da Pfizer, ou outras empresas, para esclarecimentos sobre informações que facilitem a solicitação do registro.

Entretanto, Élcio Franco ponderou que o contrato mencionado pela farmacêutica só poderá ser celebrado após a autorização pela Anvisa. “Não temos criado nenhuma dificuldade, apenas primamos pela segurança e legalidade. O que temos pedido desde o início de dezembro é que elas solicitem o registro. Esta é a condição para adquirir. Se falta algum dado ela não nos solicitou.”

Quanto às demais empresas que desenvolvem imunizantes, os representantes do Ministério da Saúde informaram que solicitaram a elas que encaminhem os pedidos de registro à Anvisa. Segundo Élcio Franco, o Instituto Gamaleya, responsável pela vacina russa Sputinik V, informou que vai começar a fase 3 de estudos, o que possibilitaria a solicitação para uso emergencial.

Já a vacina da Universidade de Oxford e da Astrazeneca concluiu a fase 3 e está “em vias” de apresentar o registro. Neste caso, o governo já celebrou um acordo de encomenda tecnológica para produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). (Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Pedro Ivo de Oliveira



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STF garante a Lula documentos de hackers para sua defesa na Lava Jato

 

Lewandowski e Lula. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou nesta segunda-feira (28) que a defesa do ex-presidente Lula tenha acesso às mensagens coletadas na Operação Spoofing, que teve como alvo um grupo de hackers que invadiu celulares de autoridades brasileiras, incluindo os de procuradores da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba, do ex-juiz Sergio Moro e de Jair Bolsonaro.

Com a decisão, que representa mais uma vitória judicial do ex-presidente, o Juízo da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal deverá compartilhar os conteúdos com os advogados de Lula.

“Diante da verossimilhança da alegação e tendo em conta o direito constitucional à ampla defesa, defiro, por enquanto, sem prejuízo de providências ulteriores, o pedido deduzido pelo reclamante com fundamento nos arts. 6º , 8º , 77, I, e 139, IV, do Código de Processo Civil, para autorizar o compartilhamento das mensagens informais trocadas no âmbito da Força-tarefa Lava Jato, encontráveis nos arquivos arrecadados ao longo da Operação Spoofing”, registrou o ministro em sua decisão.

Lewandowski ressalta, porém, que Lula poderá ter acesso somente a conversas que ‘lhe digam respeito, direta ou indiretamente, bem assim as que tenham relação com investigações e ações penais contra ele movidas na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba ou em qualquer outra jurisdição, ainda que estrangeira’.

O prazo para que os dados sejam compartilhados é de dez dias. (247)


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...