Os governadores nordestinos também solicitaram a atuação de médicos formados no interior. Foto: GOV.SE\Divulgação
Reunidos em videoconferência,
nesta sexta-feira (17), os nove governadores nordestinos solicitaram ao
novo ministro da Saúde, Nelson Teich, a autorização para que os brasileiros
formados em Medicina no exterior atuem no país. A solicitação foi feita em
carta assinada pelos representantes dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Os
gestores também solicitaram a participação do ministro em reunião virutal, que
aceitou o convite.
A videoconferência com Teich será
realizada na próxima segunda-feira (20), às 16h, segundo divulgou a governadora
do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), em seu perfil no Instagram. Na
reunião, de acordo com a governadora, será apresentado um panorama do cenário
atual do coronavírus no Nordeste.
Sobre a atuação dos médicos, os
governadores explicaram que a medida resulta de uma recomendação do Comitê
Científico do Consórcio do Nordeste para que seja criada uma Brigada
Emergencial de Saúde, com a ampliação do quadro dos profissionais de área, para
combate e prevenção ao Coronavírus (Covid-19).
De acordo com o governador da Bahia e presidente do
Consórcio do Nordeste, Rui Costa, a estimativa é que haja, pelo menos, 15 mil
profissionais nessa situação, aptos a se somar aos médicos já inseridos no
atendimento aos pacientes hospitalizados. A proposta é que os médicos formados
no exterior atuem sob supervisão e com registro de trabalho provisório.
“Tivemos mais uma reunião dos
governadores do Nordeste e desta vez com a participação do Comitê Científico.
Foi sugerida uma medida importantíssima que é a autorização provisória para que
os brasileiros que fizeram curso de Medicina em vários países do mundo possam
atuar aqui no Brasil. São 15 mil médicos e médicas que podem ajudar o país, de
imediato, nessa pandemia”, disse o governador baiano.
Rui Costa destaca ainda que a
proposta resulta do reduzido número de médicos no Brasil, classificado, em
pesquisas internacionais e nacionais, como abaixo do quantitativo adequado e
inferior ao disponível em outros países de sistema universal de saúde. Além
disso, a carta dos governadores destaca ainda a má distribuição desses
profissionais no território nacional, com grande vazio assistencial no Nordeste
e no interior dos estados. A sugestão é que a validação dos diplomas se dê por
meio de programa de complementação curricular e de avaliação na modalidade
ensino-serviço, a ser realizado pelas universidades públicas, inclusive as
estaduais. (DP)
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