As investigações sobre superfaturamento nos gastos do governo com propaganda começaram após representação feita pelo deputado Elias Vaz e pelo senador Jorge Kajuru ao MPF
Jorge Kajuru, Elias Vaz, Polícia Federal e o Palácio do Planalto (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | ABr | Billy Boss/Câmara dos Deputados)
A Polícia Federal instaurou inquérito com o objetivo de apurar superfaturamento nos gastos do governo de Jair Bolsonaro com propaganda. O delegado José Augusto Campos Versiani ficou responsável pelo Inquérito Policial 2022.0030159, em consequência de uma representação feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) ao Ministério Público Federal em outubro do ano passado. A informação foi publicada pela coluna Radar, de Veja, nesta quarta-feira (29).
Os parlamentares identificaram gastos milionários para a produção de vídeos por empresas contratadas pelo governo federal.
Segundo Elias Vaz, "as irregularidades vão desde a cobrança de serviços que não foram prestados, passam por altos salários e número elevado de profissionais, equipamentos pagos e que não foram utilizados e o pagamento de valores muito acima dos de mercado".
"É dinheiro público usado de forma indevida, enquanto o povo sofre para colocar comida na mesa. O correto seria que os responsáveis devolvessem os recursos para os cofres públicos", afirmou.
Escândalo no MEC
A PF investiga um esquema de tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação. A corporação iniciou as apurações após a divulgação de um áudio, em março, quando Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, liberava dinheiro do MEC por indicação de dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Santos.
O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a informação de que Jair Bolsonaro (PL) tinha avisado o ex-ministro sobre uma operação no MEC. O STF pediu um posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que decidirá na próxima semana sobre o pedido de instalação da CPI do MEC protocolado pela oposição ao governo nessa terça-feira (28). 247.