domingo, 11 de julho de 2021

Aplicativo alimentado por tosses pode ajudar na detecção da covid-19

 

Precisão atinge entre 80% a 85%; testes já foram iniciados no Brasil

Débora Barreto /Fiocruz

A organização internacional sem fins lucrativos Virufy desenvolveu um aplicativo em algoritmo de inteligência artificial (IA) para a detecção da covid-19, cuja precisão atinge entre 80% a 85%, e deu início a testes clínicos no Brasil, no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, em Santa Catarina. A organização já está em negociações com outros hospitais das regiões Sudeste, Norte e Nordeste para ampliação de testes clínicos, incluindo vários hospitais universitários e redes privadas de saúde.

A gerente da Virufy, Soraya Cavalcanti, disse à Agência Brasil que o objetivo é expandir o máximo de parcerias possíveis. “Quanto mais regiões, melhor, porque permite ao algoritmo identificar as diversas variações em sons da tosse e das pessoas das diversas regiões. O nosso objetivo é expandir as parcerias com hospitais para que essa pesquisa clínica possa auxiliar no aperfeiçoamento do aplicativo em IA para gerar resultados mais precisos”, afirmou.

Desde o início da pandemia, o fundador da organização e engenheiro de software (programa de computador) do Vale do Silício, Amil Khanzada, percebeu, junto com pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que havia um padrão no som da tosse de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Eles se dedicaram, então, a desenvolver novas tecnologias para detecção da doença e chegaram a esse aplicativo para smartphone.

Probabilidade

Os pesquisadores da organização concluíram que, por meio desse algoritmo de machine learning (aprendizado de máquina, um método de análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos), esse padrão poderia ser destacado de tal forma que, alimentando o algoritmo com vários tipos de tosse, ele poderia detectar a probabilidade de a pessoa possuir covid-19 ou não, a partir do registro de sua tosse, explicou Soraya. “Como a empresa não tem fins lucrativos, a ideia é disponibilizar esse aplicativo de forma gratuita, para facilitar na detecção (da doença) por meio somente do som da tosse”, explicou.

Já foram realizados testes com milhares de tosses de pessoas da América Latina, Europa e Ásia para distinguir entre sons aqueles que o SARS-CoV-2 - vírus causador da covid-19 - provoca na tosse, para apontar entre positivo e negativo, com cerca de 80% a 85% de precisão. 

Soraya esclareceu que esses são números atuais, de acordo com a quantidade de tosses doadas para que o algoritmo trabalhe. “Quanto mais tosses forem doadas, mais a gente assina a probabilidade de acerto desse algoritmo. A tendência é que, com a expansão dessa testagem clínica, esse número suba e, aí, a assertividade dele fique cada vez maior”.

Estudo clínico

A meta é expandir os testes no Brasil em parcerias clínicas para fechar em dois ou três meses o estudo clínico de aprovação do algoritmo, para poder trabalhar para o uso do aplicativo pela população. Essa é a expectativa para o Brasil. 

“A gente está na fase de coleta de tosses para afinar o algoritmo”, reforçou Soraya. “Quando ele estiver em uma porcentagem mais afinada, conseguiremos lançar o aplicativo para ser utilizado de forma gratuita e auxiliar no pré-diagnóstico. A gente o considera como uma ferramenta de auxílio ao diagnóstico da covid-19. A ideia do aplicativo é auxiliar a entender a probabilidade do contágio”, explicou. 

Se o resultado indicar uma probabilidade alta, isso já leva o indivíduo a entrar em isolamento e procurar uma unidade de saúde. Se a probabilidade for baixa, a indicação é que ele continue monitorando os sintomas e faça a testagem outras vezes.

A equipe da Virufy é composta por mais de 50 pesquisadores estrangeiros de 25 universidades e 20 países, entre os quais Inglaterra, Japão, Estados Unidos, Argentina, Brasil, Colômbia, México e Peru, e por especialistas médicos, técnicos e jurídicos de instituições como Stanford, Google e Princeton.

Duas partes

No Brasil, o projeto está dividido em duas partes. Uma é a coleta de tosses de pessoas que apresentem sintomas semelhantes aos da covid-19 através do site. Segundo o coordenador responsável pelos testes clínicos, Diego Carvalho, especialista em fisiologia, o vírus traz alterações no pulmão, garganta e nas vias respiratórias superiores que alteram a tosse e a fala. Essas são alterações sutis que o ouvido humano não capta. Somente mecanismos de inteligência artificial conseguem perceber. As gravações servirão para treinar o algoritmo para padrões brasileiros.

Com o algoritmo treinado, a segunda parte do projeto consiste em aplicá-lo numa pesquisa com pacientes reais que apresentarem covid positiva e negativa. “Quando um paciente for ao Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, para fazer o [exame de] PCR, será convidado a participar da pesquisa e tossir num celular. Coletaremos esses dados de exames PCR e tosse e cruzaremos os dados”, relatou o médico.

A expectativa é conseguir dois mil pacientes em um mês para compor a pesquisa. A ideia é chegar a um índice de precisão acima de 85%, parecido com os testes de antígenos encontrados em farmácias para detectar covid -19. 

“É uma ferramenta importante de detecção precoce, mais barata para aplicar em larga escala e a intenção da Virufy é fornecer de graça para a população”, sustentou Diego Carvalho. Embora o aplicativo não substitua os testes de diagnóstico de nível hospitalar e deva ser usado junto com os sintomas e verificações de temperatura, a detecção precoce e imediata pode incentivar a quarentena voluntária daqueles que ainda não foram vacinados, principalmente em países em que a vacinação caminha lentamente.

O gerente de Extensão da Comunidade da Virufy para o Brasil, Matheus Galiza, destacou que leva apenas dois minutos para uma pessoa que tenha sintomas semelhantes aos da covid-19 ou que tenha recentemente testado positivo para o vírus, doar sua tosse, por meio de um smartphone ou computador. Recomendou que qualquer brasileiro que tenha sintomas semelhantes doe uma tosse por meio de um smartphone ou computador. “Ao fazer isso, você estará ajudando diretamente a acabar com a pandemia”, finalizou. (Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Kleber Sampaio



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STF desmente mentira contada por Bolsonaro, que constitui novo crime de responsabilidade

 

(Foto: José Cruz/ABr - Agência Brasil // Isac Nóbrega/PR - Flickr do Palácio do Planalto)

O Supremo Tribunal Federal (STF) usou a sua página oficial na internet para desmentir a fake news proferida por Jair Bolsonaro de que o ministro da Corte e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, defende a pedofilia.

“No caso em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou para acusar Luís Roberto Barroso de defender a redução de maioridade para estupro de vulnerável – o que para ele beiraria a defesa da pedofilia –, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) fez exatamente o oposto: votou pela continuidade da ação penal contra um jovem de 18 anos que manteve relações com uma menina de 13”, diz o texto publicado pelo STF.

A declaração de Bolsonaro foi feita durante uma “motociata”, realizada em Porto Alegre (RS), no sábado (10). “Quero perguntar ao ministro Barroso, do STF, ministro esse que defende a redução da maioridade para estupro de vulneráveis [no caso para quem sofreu o crime]. Ou seja, é a pedofilia o que ele defende. Ministro que defende o aborto, ministro que defende a liberação das drogas. Com essas bandeiras todas, ele não tinha que estar no Supremo, tinha que estar no parlamento para defender as suas bandeiras”, disse ele para um grupo de apoiadores.  

Segundo o STF, “Bolsonaro afirmou de modo equivocado que Barroso ‘defende a redução da maioridade para estupro de vulnerável’. No entanto, durante julgamento do habeas corpus 122.945, em março de 2017, Barroso abriu divergência e esteve na corrente vencedora que manteve a ação penal por estupro de vulnerável contra o rapaz. Foi ele o redator do acórdão para o prosseguimento do processo”. (Brasil247).




Planalto e Congresso mantêm clima tenso após falas golpistas de Bolsonaro sobre eleições

             Por Daniel Carvalho, Washington Luiz e Matheus Teixeira/Folhapress

Congresso Nacional, em Brasília - Foto: Agência Senado

O clima tenso entre os Poderes depois da reação do Legislativo e do Judiciário às declarações golpistas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na semana passada não arrefeceu durante o fim de semana e tende a permanecer pelos próximos dias já que, ao menos até o início da noite deste domingo (11), não havia intenção dos envolvidos em baixar o tom.

No fim de semana, emissários do Palácio do Planalto fizeram chegar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a irritação de Bolsonaro com as declarações do senador.

Pacheco disse na sexta-feira (9) que não aceitará retrocessos à democracia do país e que quem agir nessa direção será considerado inimigo da nação. Ele sinalizou a interlocutores que não pretende recuar da posição que tomou.

Também na sexta, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, disse que qualquer tentativa de impedir a realização de eleições em 2022 "configura crime de responsabilidade".

Somente no sábado (10), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), rompeu o silêncio sobre as declarações de Bolsonaro.

Em um primeiro momento, divulgou nota nas redes sociais em que evitou criticar o aliado e afirmou que "nossas instituições são fortalezas que não se abalarão com declarações públicas e oportunismo".

Em seguida, em entrevista à CNN Brasil, afirmou não ter compromisso com intentos antidemocráticos e criticou manifestações políticas de comandantes militares.

A sequência de posicionamentos de autoridades veio na esteira de declarações de Bolsonaro, que afirma que as eleições podem simplesmente não ocorrer caso não exista um sistema confiável –segundo ele, o voto impresso.

A escalada golpista acontece em um contexto de pesquisas de opinião que apontam picos de rejeição e amplo favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

Bolsonaro subiu o tom de suas ameaças golpistas e, sem apresentar provas, insiste que haverá fraude no ano que vem e que o resultado já estaria definido. Ele também afirmou que há risco de não haver eleições no ano que vem no país.

Além de Bolsonaro, o ministro da Defesa, Braga Netto, e os comandantes das Forças Armadas ajudaram a elevar a temperatura ao divulgarem uma nota na qual repudiavam declarações feitas pelo presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), sobre os militares sob investigação e na mira da comissão.

Para completar o cenário de escalada de tensão, na sexta, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, reafirmou os termos da nota em entrevista ao jornal O Globo e disse que as Forças Armadas têm "base legal" para agir, sem deixar claro qual seria a ação e contra quem.

Como mostrou a coluna Painel, da Folha, neste domingo, a fala de Baptista Junior provocou reação unânime de reprovação absoluta entre os grupos políticos.

Integrantes da CPI, tanto os de oposição como os bolsonaristas, viram como inoportunas e desnecessárias as falas do tenente-brigadeiro do ar.

Já o procurador-geral da República, Augusto Aras, não quis se manifestar sobre as declarações golpistas de Bolsonaro sobre as eleições. Questionado pela Folha, Aras também não quis se pronunciar sobre as afirmações do chefe do Executivo de que o TSE fraudou as duas últimas disputas presidenciais.

No sábado, Bolsonaro participou de um passeio de moto com apoiadores em Porto Alegre. Já no domingo, reuniu alguns de seus ministros e secretários para um churrasco no Palácio da Alvorada.

A auxiliares o presidente admitiu sua irritação com as manifestações dos demais Poderes e, assim como Pacheco, também afirmou que não pretende baixar o tom, mas pontuou que vai se esforçar para não atacar instituições, direcionando seus rompantes a pessoas específicas.

No fim da tarde de domingo, o mandatário foi a uma rede social e mencionou "três ministros do Supremo", sem mencionar nomes.

"A pergunta que fica: por que três ministros do Supremo rejeitam, com veemência, a possibilidade de termos eleições com auditoria nos votos?", escreveu o presidente.

A tensão política entre os Poderes vai dividir as atenções com a expectativa de indicação do ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), André Mendonça, para a vaga de ministro do STF que surge nesta segunda-feira (12) com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello e com o avanço da CPI da Covid.

Apesar das manobras para estancar o desgaste e depor o quanto antes na comissão, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), deve ser ouvido apenas em 20 de julho. Senadores independentes e da oposição querem aprofundar as investigações sobre as negociações para a compra da vacina Covaxin e reunir dados suficientes antes de interrogar o deputado.

Neste domingo, Barros chamou de covardia o fato de não marcarem o depoimento dele para esta semana.

"Reafirmo que não participei das negociações da Covaxin. Por que a CPI só me ataca e não me dá direito à defesa?! Isso tem nome: covardia", escreveu em uma rede social.

Inicialmente, ele seria ouvido na última quinta-feira (8), mas a data foi alterada, o que levou o deputado a ingressar com um mandado de segurança no STF para que o depoimento fosse mantido.

O depoimento do líder do governo pode ficar para agosto, caso o Congresso vote a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e entre em recesso. Pacheco já afirmou que as oitivas na comissão não poderão ocorrer se os trabalhos no Senado estiverem suspensos.

Outro revés para o governo nesta semana pode ser a aprovação de um requerimento de convocação para ouvir o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. Na semana passada, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que iria apresentar o pedido para que Onyx comparecesse à comissão.

Para Calheiros, Onyx mentiu em uma coletiva de imprensa ao dizer que as invoices (nota fiscal internacional) da Covaxin apresentadas nas acusações feitas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) seriam falsas. Em depoimento na sexta-feira (9), o consultor do Ministério da Saúde William Amorim Santana afirmou que os documentos são verdadeiro.


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Omar Aziz diz que Pacheco vai prorrogar a CPI

 

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O presidente da CPI da Covid no Senado, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse neste domingo em entrevista à CNN, que o presidente da casa, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) fará na próxima terça-feira (13)  a leitura do requerimento que garante a prorrogação da comissão.

Segundo Aziz, 34 senadores apoiam o requerimento, sete a mais que o número mínimo exigido. Apesar disso, Pacheco disse que iria analisar a solicitação apenas em agosto, prazo final para o término da CPI.(247).


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Pernambuco registra, neste domingo, 923 novos casos da Covid-19 e 10 mortes

Agora, Estado totaliza 569.863 casos confirmados da doença, sendo 50.538 graves e 519.325 leves

           Por Portal Folha de Pernambuco

                                                   Teste de Covid-19 - Foto: Juan Mabromata/AFP

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, neste domingo (11), 923 casos da Covid19. Entre os novos confirmados, 41 (4%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 882 (96%) são leves.

Agora, Pernambuco totaliza 569.863 casos confirmados da doença, sendo 50.538 graves e 519.325 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha. Além disso, o boletim registra um total de 489.824 pacientes recuperados da doença. Destes, 29.166 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, 460.658 eram casos leves.

Também foram confirmados laboratorialmente 10 novos óbitos (6 masculinos e 4 femininos), ocorridos entre os dias 10/04/2021 e 10/7/2021. As novas mortes são de pessoas residentes dos municípios de Águas Belas (1), Bom Conselho (1), Igarassu (1), Jaboatão dos Guararapes (2), Nazaré da Mata (1), Olinda (1), Orobó (1) e Recife (2). Com isso, o Estado totaliza 18.110 mortes pela doença. Os pacientes tinham idades entre 37 e 91 anos. As faixas etárias são: 30 a 39 (1), 40 a 49 (1), 50 a 59 (5), 70 a 79 (1), 80 ou mais (2).

Do total, 5 tinham doenças preexistentes: doença cardiovascular (1), diabetes (2), hipertensão (3), obesidade (1) e tabagismo/histórico de tabagismo (1) - um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Os demais seguem em investigação.

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Covid-19: país tem 19 milhões de casos acumulados e 533,4 mil mortes

 

Total de pessoas recuperadas da doença chega a 17,58 milhões

Reuters

O balanço divulgado neste domingo (11) pelo Ministério da Saúde registra 20.937 novos diagnósticos de covid-19 em 24 horas. Esse dado eleva para 19.089.940 o número de pessoas infectadas pela doença desde o início da pandemia no país. Ontem (10), o painel de estatísticas marcava 19.069.003 casos acumulados.

As mortes por covid-19 ao longo da pandemia aproximam-se de 535 mil. Em 24 horas, as autoridades de saúde notificaram 595 novos óbitos, totalizando 533.488. No sábado, o painel de informações marcava 532.893 mortes acumuladas.

O balanço apontou também 968.140 pacientes em acompanhamento e 17.588.312 (92,1%) recuperados da doença.

Situação Epidemiológica da Covid-19 no Brasil

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (10/07/2021) - Divulgação/Ministério da Saúde

Covid-19 nos estados

Os estados com mais mortes são os seguintes: São Paulo (132.140), Rio de Janeiro (56.808), Minas Gerais (48.102), Paraná (32.466) e Rio Grande do Sul (32.216).

As unidades da federação com menos óbitos são Acre (1.766), Roraima (1.782), Amapá (1.866), Tocantins (3.330) e Alagoas (5.530). (Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Kelly Oliveira



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ATRAÇÃO - Com mais um recorde Guinness, Dubai tem piscina mais profunda do mundo

           Por: AFP

Foto: AFP

Dubai, que tem a torre mais alta do planeta, estabeleceu um novo recorde para a piscina de mergulho mais profunda do mundo, enquanto o emirado do Golfo tenta atrair novos turistas em meio à pandemia.


Com suas portas abertas para visitantes internacionais desde julho de 2020, a cidade exibe regularmente novas atrações faraônicas entre seus arranha-céus e ilhas artificiais.

“É uma piscina de 60 metros de profundidade, 15 metros a mais do que qualquer outra piscina do mundo e o dobro do tamanho”, disse Jarrod Jablonski, diretor da Deep Dive Dubai, que administra o projeto.

A piscina, que foi aberta ao público na quarta-feira e "tem como tema uma cidade submersa", contém um volume de água equivalente a seis piscinas olímpicas, ou 14,6 milhões de litros, acrescentou.

A Guinness Academy confirmou este novo recorde à AFP. Com luzes e música de fundo, a atração abriga dois "habitats subaquáticos". Os mergulhadores podem explorar as profundezas de uma cidade perdida reconstruída, repleta de objetos da vida cotidiana e coberta por uma vegetação exuberante.

“Queríamos relembrar a herança do mergulho nos Emirados” e da “pesca de pérolas”, daí o formato de ostra da estrutura externa, explicou o diretor americano.

Uma sessão de uma hora custa entre 500 e 1.500 dirhams (cerca de 140-400 dólares).

Em 2019, Dubai recebeu mais de 16 milhões de turistas. Com o lançamento da mostra universal em outubro, o emirado espera encher-se de visitantes, depois de um ano e meio marcado pela crise da saúde.


PESQUISA - Pela primeira vez, a maioria quer impeachment de Bolsonaro, diz Datafolha

 

Foram ouvidos de forma presencial 2.074 maiores de 16 anos, em todo o país, nos dias 7 e 8 de julho


bolsonaro evaristo sa afp1_1 - Foto:

Pela primeira vez desde que o Instituto Datafolha começou a questionar os brasileiros sobre o tema, em abril de 2020, a maioria dos entrevistados se diz a favor da abertura de processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

São 54% a favor da ação pela Câmara dos Deputados, ante 42% que se mostram contrários à iniciativa.

Foram ouvidos de forma presencial 2.074 maiores de 16 anos, em todo o país, nos dias 7 e 8 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Na rodada anterior, realizada em 11 e 12 de maio, os pró-impedimento haviam ultrapassado numericamente os contrários à ideia, mas ainda havia um empate técnico em 49% a 46%. Agora, a diferença aumenta.

É um processo recente, que reflete o adensamento da crise política combinada à tragédia sanitária da pandemia da Covid-19, que ceifou mais de 530 mil vidas desde o começo do ano passado.

O papel do governo federal no desastre está sendo esmiuçado pela Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Senado.

Há um rosário de más notícias para o Planalto entre a pesquisa de maio e a atual.

Foram descobertas suspeitas de negociações obscuras de vacinas inexistentes, com denúncia de cobrança de propina como revelou a Folha, e Bolsonaro virou alvo de inquérito por supostamente ter prevaricado ao citar seu líder na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), como o líder das irregularidades em questão.

Enquanto isso, houve um superpedido de impeachment no Congresso, jogado para a gaveta pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prócer do centrão aliado de Bolsonaro e a pessoa a quem cabe encaminhar ou não o processo.

O superpedido reuniu argumentações de mais de 120 proposições semelhantes anteriores, que estão sem análise desde o tempo em que Rodrigo Maia (DEM-RJ) presidia a Câmara dos Deputados.

E houve protestos de rua, ainda mais circunscritos à esquerda, ganharam corpo em três ocasiões e levaram milhares de pessoas às ruas, algo que não se via há muito tempo no panorama brasileiro.

Até a pesquisa de 15 e 16 de março, a oposição ao impeachment, ou quase um empate técnico, dominava. Agora, a curva registrada em maio seguiu novo rumo.

O impedimento do presidente é alvo de discussões. Líderes centristas como Gilberto Kassab (PSD) e Michel Temer (MDB), bússolas do ânimo político majoritário, disseram recentemente à Folha que pode haver inevitabilidade se houver povo na rua, pressionando o Congresso.

Ao mesmo tempo, há temor de tumultos, pela disposição beligerante de Bolsonaro e seus partidários, que sempre apelam à ideia de confrontos e eventual uso de força armada para defender suas ideias.

Neste caso, a sangria de popularidade atestada pelo próprio Datafolha seria uma ideia menos traumática, o que agrada ao atual líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Defendem mais o impeachment mulheres (59%), jovens (61%), mais pobres (60%, no grupo mais volumoso da estratificação econômica da pesquisa, 57% da amostra) e moradores do Nordeste (64%). Esses dados seguem a linha das outras abordagens feitas pelo Datafolha sobre Bolsonaro neste levantamento.

Valores ainda mais altos de aprovação ao processo são encontrados entre os que se declaram pretos (65%) e homossexuais ou bissexuais (77%).

Já o apoio ao presidente se mostra maior entre mais velhos (49% de rejeição a processo), entre os evangélicos (56%), quem ganha de 5 a 10 salários mínimos (62%), mais ricos (59%) e os empresários (68%, mas um grupo com apenas 2% da amostra).

Regionalmente, a história de outros ângulos da pesquisa se repete aqui. Bolsonaro vê a rejeição ao impedimento ganhar por 52% a 46% no Norte/Centro-Oeste e registra um empate no Sul, com 49% para cada lado –as duas áreas são as mais bolsonaristas em todo o país.

A situação do mandatário é desconfortável, mas a história traz exemplos díspares.

Os dois presidentes que sofreram impeachment desde a redemocratização de 1985 tinham patamares mais altos de aprovação ao processo.

Fernando Collor (então no PRN) viu 75% da população pedir sua cabeça às vésperas da abertura dos procedimentos na Câmara, em setembro de 1992 –ele viria a renunciar após ser afastado para julgamento, tentando sem sucesso evitar a cassação de seus direitos políticos.

Já Dilma Rousseff (PT) teve de 63% a 68% de apoio a seu impeachment em três aferições feitas pelo Datafolha.

Ela acabou afastada em 2016, dando lugar ao vice, Michel Temer (MDB). Abatido por uma aguda crise política, o emedebista viu o pedido por seu impedimento ser feito por 81% dos entrevistados em junho de 2017.

Mas sua força congressual e ausência de movimento forte nas ruas, como ele mesmo disse, garantiram sua sobrevivência no cargo.

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Argentina vence Copa América com torcida de milhões de brasileiros

 

Argentina (Foto: Argentina)

Pela primeira vez desde 1993, a seleção principal da Argentina conquistou um título. E foi em grande estilo. Na final da Copa América, em pleno Maracanã, Messi e companhia derrotaram o Brasil por 1 a 0 e encerraram um jejum que atravessou gerações. O gol de Di Maria possibilitou aos argentinos conquistarem o seu 15º troféu na competição, igualando-se ao Uruguai como maior vencedor na história.

O lance crucial da partida aconteceu aos 21 minutos da primeira etapa. De Paul fez longo lançamento pela direita. Renan Lodi aparentemente tinha a situação sob controle, mas errou o tempo para cortar a bola, que ficou limpa para Di Maria. Ele entrou na área e com um toque encobriu o goleiro Ederson. 

Pouco inspirado, o Brasil só foi encontrar um melhor futebol e melhores chances na segunda etapa. Richarlison, em jogada pela direita, chegou a marcar, mas foi identificado impedimento do atacante no início da jogada. 

Na reta final, Gabriel Barbosa, uma das várias substituições do técnico Tite, pegou uma sobra de levantamento pela esquerda e chutou forte, mas o goleiro Martinez colocou para escanteio.

A Argentina também teve a chance de matar o jogo, mas o craque Lionel Messi, ao receber dentro da área, de cara para o gol, se enrolou tentando driblar o goleiro Ederson. 

O lance desperdiçado acabou não fazendo falta, já que pouco depois a Argentina confirmou o triunfo e um título histórico, muito comemorado pelos atletas em campo e pelos torcedores argentinos que compareceram ao Maracanã (a prefeitura do Rio liberou a presença de 10% de público).

A seleção argentina voltou a comemorar um título com sua equipe profissional (foi campeã olímpica em 2004 e 2008) depois de 28 anos. A última conquista havia sido justamente em uma Copa América, em 1993, quando derrotou o México na decisão da edição sediada pelo Equador.

Para Messi, o triunfo no Maracanã representou o primeiro troféu pelo país, depois de derrotas nas finais das Copas Américas de 2007, 2015 e 2016 e também na decisão da Copa do Mundo de 2014, curiosamente disputada também no estádio carioca. Agência Brasil.


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