terça-feira, 13 de julho de 2021

Senado aprova projeto que prevê prisão para quem discriminar mulheres em campanhas eleitorais

 

(Foto: Reprodução)

O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira, 13, projeto que prevê prisão para quem discriminar mulheres em campanhas eleitorais. O projeto de lei (PL 5.613/2020) segue para sanção. A lei proíbe a propaganda eleitoral que estimule a discriminação contra a mulher e prevê o crime de assédio contra candidatas.

O projeto faz mudanças no Código Eleitoral e caracteriza a violência política contra a mulher como toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos de mulheres.

A proposta é de autoria da deputada Rosângela Gomes (Republicanos) e relatada pela senadora Daniela Ribeiro (PP), prevendo que quem depreciar ou estimular a discriminação em razão do sexo feminino, ou em relação à sua cor, raça ou etnia durante a propaganda eleitoral poderá cumprir pena de dois meses a um ano ou pagar multa. A condenação poderá ser aumentada em 1/3 até a metade se a divulgação de fatos inverídicos durante o período eleitoral envolver o menosprezo ou discriminar mulheres. (247).


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ESTUDO - Um caso de câncer a cada 25 está ligado ao álcool, aponta estudo

                Por: AFP

Foto: Reprodução/Pixabay

Estimativas divulgadas nesta quarta-feira pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (Circ) apontam que 4% dos casos de câncer no mundo (cerca de 740 mil) estão ligados ao consumo de álcool, mesmo moderado.


A maioria (86%) dos cânceres atribuídos ao álcool estão ligados ao consumo "de risco e excessivo" (mais de duas doses por dia), segundo o estudo. Mas mesmo o consumo leve ou moderado representa "um a cada sete casos atribuídos ao álcool, ou seja, mais de 100 mil novos casos de câncer no mundo", em 2020, anunciou a Circ, ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Isso mostra "a necessidade de pôr em prática políticas e intervenções eficazes para conscientizar o público sobre a ligação entre o consumo de álcool e o risco de câncer, e para reduzir o consumo geral", declarou a médica Isabelle Soerjomataram, funcionária da Circ.

Publicado na revista médica "The Lancet Oncology", o estudo listou sete cânceres cujo risco é aumentado pelo consumo de álcool: boca, faringe, laringe, esôfago, colorretal, fígado e mama em mulheres (ou seja, 6,3 milhões de casos em 2020). Cruzando esses dados com os do consumo de álcool por país há uma década (tempo que a doença leva para ser declarada), os pesquisadores calcularam que 741.300 desses cânceres (ou seja, 4% do total de novos casos de câncer no mundo em 2020) poderiam estar diretamente relacionados ao álcool.

“Em 2020, os tipos de câncer com maior número de novos casos ligados ao consumo de álcool foram os de esôfago (190.000 casos), fígado (155.000 casos) e mama em mulheres (98.000 casos)”, segundo a Circ. A Mongólia é o país com maior incidência de novos casos de câncer relacionados ao álcool (10%, ou 560 casos), e os homens respondem por três quartos de todos os casos de câncer atribuíveis ao álcool (567.000).

O estudo, no entanto, apresenta limitações, assinalou a The Lancet Oncology. Por um lado, não considera a interrupção dos atendimentos devido à pandemia, que pode ter levado à subnotificação de alguns casos de câncer no ano passado. Por outro, não leva em consideração interações entre o consumo de álcool e outros elementos, como o tabaco ou a obesidade, que também podem causar a doença. 


Ato contra Bolsonaro no Rio termina com repressão e agressão pela PM (vídeo)

 

(Foto: Cristiano Juruna/Jornalistas Livres)

Manifestantes, trabalhadores, estudantes, movimentos populares e sindicalistas foram às ruas em algumas cidades do Brasil nesta terça-feira (13) em ato contra Jair Bolsonaro e em defesa dos serviços públicos. Os atos são considerados um "esquenta" para o protesto "Fora Bolsonaro" do próximo dia 24.

No Rio de Janeiro, a manifestação foi pacífica, os manifestantes seguiram pela Avenida Rio Branco e termina a Cinelândia. No entanto, os manifestantes foram reprimidos pela Polícia Militar na região central do Rio. Há relatos de agressão por parte da PM. Segundo a Ponte Jornalismo, duas pessoas foram detidas. 

Assista à ação da PM do Rio durante a manifestação:


Na capital paulista, a manifestação ocorreu na Praça da República, no centro da cidade.


Leia na íntegra a carta da Campanha Nacional Fora Bolsonaro:

"Com avaliação positiva das manifestações, Campanha Fora Bolsonaro reafirma a convocação de atos no 24 de julho

As manifestações por 'Fora Bolsonaro' realizadas em 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho marcaram a retomada dos atos de massa no Brasil e uma nova etapa da Campanha Fora Bolsonaro, iniciada em 2020. São uma emergência necessária, mesmo em meio a pandemia, diante de um governo criminoso que ataca a democracia, a soberania, os direitos e promove a morte e a destruição do país.

A força e a capilaridade dos atos, realizados em mais de 400 cidades e que reuniram centenas de milhares de pessoas, mostram a sintonia do chamado às ruas da Campanha Fora Bolsonaro com o luto e a indignação crescente do povo brasileiro.

Assim como nas ruas, nas redes sociais a indignação contra o governo Bolsonaro é cada vez mais frequente. A comunicação vem sendo um local de luta importante e de denúncia dos casos de corrupção da vacina, do descaso com os mais de 523 mil mortos. Desde o 29 de maio, além de auxiliar na mobilização, é o espaço onde tem reverberado e ampliado o posicionamento político de artistas, personalidades e influenciadores.

Alicerçamos a luta das frentes, movimentos populares, centrais sindicais, partidos políticos, organizações da sociedade civil e coletivos militantes em torno de bandeiras unitárias. Lutamos pelo impeachment de Jair Bolsonaro e pelas necessidades mais urgentes da população como a vacinação para todas as pessoas e o auxílio emergencial de R$600 até o fim da pandemia para enfrentar a fome e alta nos preços. Expressamos essa unidade na palavra de ordem “vacina no braço e comida no prato”.

Na experiência concreta das manifestações nos encontramos com a força da luta dos movimentos negros, das mulheres, dos jovens, dos LGBTI+ e dos povos indígenas contra o racismo, o machismo, a violência e a exclusão. Gritamos por nossas vidas e contra a morte: “nem bala, nem  fome, nem covid”. Também vimos a unidade de movimentos populares e sindicais na defesa da soberania nacional e dos serviços públicos, manifesto nas lutas contra as privatizações, o teto de gastos, a Reforma Administrativa (PEC 32) e o desemprego. 

Reafirmamos, mais uma vez, as bandeiras de unidade que sustentam nossa campanha e o objetivo de congregar todos aqueles que estão unidos pelo Fora Bolsonaro. Seguiremos pressionando o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), para que cumpra seu dever e abra o processo de impeachment. Todos são bem-vindos nas manifestações. As diferenças políticas, ideológicas e programáticas entre os diversos atores desta ampla unidade de ação continuam existindo, mas não são obstáculo à nossa unidade nas ruas pelo objetivo imediato comum a todos: retirar o genocida da presidência da república.

Nossos atos são pacíficos. Repudiamos quaisquer provocações ou ações violentas que atentem contra a segurança dos manifestantes e das manifestantes ou deem margem à criminalização de nossa mobilização.

Renovamos, por fim, a convocatória a todo o povo brasileiro para estar conosco mais uma vez nas ruas por Fora Bolsonaro no dia 24 de julho em manifestações abertas, unitárias e seguras, respeitando as orientações sanitárias e toda nossa diversidade. (Brasil247).

Fora Bolsonaro! Impeachment Já!

Campanha Nacional Fora Bolsonaro."


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Braga Netto terá que ir à Câmara explicar ameaças ao trabalho de parlamentares

 

Ministro Walter Braga Netto (Foto: Alan Santos/Palácio do Planalto)

A Comissão de Fiscalização e Controle aprovou requerimento do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) para o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, ir à Câmara para explicar a nota, em tom de ameaça, contra o trabalho realizado pela CPI da Covid no Senado. 

"Não vamos aceitar intimidação ao trabalho parlamentar de fiscalização de agentes públicos", afirmou o parlamentar. "A lei é para todos, doa a quem quer. O papel das Forças Armadas e do Ministério da Defesa não é tentar esconder irregularidades e atacar quem investiga corrupção, mas sim identificar e responsabilizar quem comete crime", acrescentou.

De acordo com a nota, assinada por Braga Netto e pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, "as Forças Armadas não aceitarão ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro".

O texto foi um ataque ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), após o parlamentar dizer que há muitos anos "o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo".

O requerimento foi subscrito pelos deputados Kim Kataguiri (DEM-SP), Léo de Brito (PT-AC), José Nelto (Podemos-GO), Padre João (PT-MG) e Hildo Rocha (MDB-MA). 


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Embaixador da China apela pelo fim do embargo dos EUA contra Cuba

 

Yang Wanming, Joe Biden e protesto em Cuba (Foto: Romulo Serpa/Agência CNJ | Reuters)

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, pediu o fim do embargo dos Estados Unidos contra Cuba, onde aconteceram protestos no último final de semana como uma tentativa de desestabilização do governo Miguel Díaz-Canel. O bloqueio econômico ocorre desde 1962.

"Nós apelamos aos Estados Unidos Americanos para levantar o bloqueio econômico e financeiro e o embargo comercial contra Cuba respondendo à resolução aprovada pela ONU por 29 anos consecutivos, com votos afirmativos de 184 Estados-Membros na Assembleia Geral da ONU deste ano", escreveu ele no Twitter.

Em junho, a Organização das Nações Unidas (ONU) condenou, pela 29ª vez, o embargo dos americanos contra Cuba. Foram 184 votos contra dois. Apenas Israel e EUA votaram contra. Brasil, contrariando o histórico de apoio a Cuba na ONU, Ucrânia e Colômbia se abstiveram. 247.


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Lula: Biden deveria aproveitar este momento para encerrar o bloqueio contra Cuba

 

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presidente dos EUA, Joe Biden e atos em Cuba (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou solidariedade ao governo de Cuba e criticou a postura do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, diante dos protestos que aconteceram na ilha caribenha no último domingo (11). "O Biden deveria aproveitar esse momento pra ir a televisão e anunciar que vai adotar a recomendação dos países na ONU de encerrar esse bloqueio", disse.

"Não é necessário interferência internacional. Estou frustrado com o comportamento de Biden, que fez discurso para se contrapor ao Trump. Biden não mudou (medidas de Trump contra Cuba)", afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta terça-feira (13).

O ex-presidente disse ver com naturalidade as manifestações em Cuba. "Já cansei de ver faixa contra Lula, contra Dilma, contra o Trump... As pessoas se manifestam. Mas você não viu nenhum soldado em Cuba com o joelho em cima do pescoço de um negro, matando ele... Os problemas de Cuba serão resolvidos pelos cubanos".

O petista disse que "é desumano nesta pandemia manter o bloqueio". "O bloqueio é uma forma de matar seres humanos que não estão em guerra. Do que os EUA têm medo? Eu sei o que é um país tentando interferir no outro", disse.

"Se Cuba não tivesse o bloqueio poderia ser uma Holanda, Noruega, porque tem povo formado, bem preparado", acrescentou. 


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Covid-19: CGU e PF combatem desvios de recursos em Juazeiro

 

Fraudes envolvem dispensa de licitação para compra de insumos

Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou, nesta terça-feira (13), a Operação Carga Viral, que investiga fraudes em procedimentos de dispensa de licitação realizados pelo município baiano de Juazeiro, visando a aquisição de insumos destinados ao enfrentamento da covid-19.

Segundo a PF, a investigação aponta para fortes indícios de que, em 2020, “servidores públicos da antiga gestão da Secretaria de Saúde, em conluio com empresários, fraudaram contratos e elevaram arbitrária e significativamente os preços de máscaras de proteção facial e kits de teste rápido para covid-19”. Estima-se um prejuízo ao erário de mais de R$ 1 milhão.

Cerca de 30 policiais federais e nove auditores da CGU estão cumprindo oito mandados de busca e apreensão, todos eles expedidos pelo Juízo Federal da Subseção Judiciária de Juazeiro, sendo um em Petrolina, em Pernambuco; seis em Juazeiro e um em Lauro de Freitas, na Bahia.

Nota da prefeitura

A prefeitura de Juazeiro, por meio de nota, informou que a investigação não tem relação com a atual gestão administrativa e se coloca à disposição das autoridades. "A prefeitura de Juazeiro é a principal interessada na rápida e justa elucidação dos fatos e está à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento", garantiu.

A nota diz ainda que "durante toda a operação, que passou pela Rede de Assistência Farmacêutica, a Procuradoria do município acompanhou a PF e a CGU, primando pela transparência e compromisso na aplicação do recurso público". (Por Aécio Amado - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Kleber Sampaio


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JUSITÇA - Cúpula do Ministério Público pede a Aras investigação contra Bolsonaro por ameaças a eleições

             Por Marcelo Rocha/Folhapress

Procurador Geral da República, Augusto Aras - Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Cinco integrantes do Conselho Superior do Ministério Público Federal pediram ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que investigue o presidente Jair Bolsonaro pelo crime de abuso de poder.

"As declarações do sr. presidente da República parecem ultrapassar os limites do mero [e intangível] exercício do direito constitucional à liberdade de expressão", afirmaram eles, em representação enviada a Aras nesta nesta terça-feira (13).

"Têm-se aí indicativos da necessidade de pronta atuação do procurador-Geral da República, na condição de procurador-Geral Eleitoral, ante seu papel constitucional de defesa do regime democrático e do livre exercício do direito de sufrágio".

O posicionamento veio na esteira de declarações de Bolsonaro, que afirma que as eleições de 2022 podem não ocorrer caso não exista um sistema eleitoral confiável –segundo ele, o voto impresso.

A escalada golpista do presidente acontece em um contexto de pesquisas de opinião que apontam picos de rejeição e amplo favoritismo do ex-presidente Lula (PT) na corrida de 2022.
Bolsonaro subiu o tom de suas ameaças e, sem apresentar provas, insiste que haverá fraude no ano que vem e que o resultado do pleito já estaria definido.

Os autores da representação a Aras disseram ainda que o fenômeno do abuso de poder é "multifacetado, podendo materializar-se mediante a inversão, a subversão ou, até mesmo, por meio da supressão das 'regras do jogo democrático'".

Aras preside o Conselho Superior, órgão máximo de deliberação administrativa na estrutura do Ministério Público Federal. Ele tem sido criticado por seus pares por se silenciar a respeito das declarações de Bolsonaro e por representantes da oposição no Congresso.

Os cinco subprocuradores que cobram providências do chefe do Ministério Público Federal representam metade do colegiado. Entre eles, estão os três nomes das lista tríplice ao cargo de procurador-geral da República entregue recentemente a Bolsonaro. O documento foi assinado por José Adônis Callou de Araújo Sá, Mario Bonsaglia, Luiza Frischeisen, Nicolao Dino e José Elaeres.

A assessoria de imprensa da PGR enviou nota segundo a qual a representação será analisada pela área eleitoral e que, "assim como as representações de qualquer cidadão, será analisada e respondida no momento oportuno".

Um dia antes, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, reuniu-se com Bolsonaro e afirmou, após o encontro, que acertou com o presidente da República uma reunião entre os chefes dos Três Poderes.

Fux não mencionou data para a reunião entre os Poderes, mas disse que ela servirá para fixar "balizas sólidas para a democracia brasileira, tendo em vista a estabilidade do nosso regime político".

O presidente do Supremo afirmou que a ele compete chamar o presidente da República para dialogar. "[Foi um encontro] para debatermos o quão importante para a democracia brasileira é o respeito às instituições e aos limites impostos pela Constituição Federal".

"O presidente entendeu", disse o magistrado, destacando que Bolsonaro puxou um "momento evangélico", quando pediu aos jornalistas para rezar um pai-nosso e falou em perdão. Ao deixar a corte, Bolsonaro afirmou que não foi a primeira vez que atendeu a um chamado do presidente do Supremo e que foi discutida "a relação entre Executivo e Judiciário".

"Reconhecemos que nós dois temos limites e esses limites são definidos pelas quatro linhas da Constituição", disse o chefe do Executivo. "Estamos perfeitamente alinhados, respeitosos para com a Constituição. Cada um se policia dentro do seu poder no tocante aos limites".

O clima entre os Poderes ficou mais tenso no último fim de semana, quando emissários do Palácio do Planalto fizeram chegar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a irritação de Bolsonaro com as declarações do senador.

Pacheco disse na sexta-feira (9) que não aceitará retrocessos à democracia do país e que quem agir nessa direção será considerado inimigo da nação. Ele sinalizou a interlocutores que não pretende recuar da posição que tomou.

Também na sexta, o ministro do STF e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, disse que qualquer tentativa de impedir a realização de eleições em 2022 "configura crime de responsabilidade".

No sábado (10), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em uma entrevista que não tem compromisso com intentos antidemocráticos e criticou manifestações políticas de comandantes militares.

Nos últimos dias, Bolsonaro insultou Barroso, chamando-o de idiota e imbecil. Também disse que as eleições de 2022 podem não ocorrer caso não seja adotado uma modalidade de voto confiável –na visão dele, o impresso.


CRONOLOGIA DA CRISE
7.jul
Omar Aziz fala em 'lado podre' das Forças
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirma que há muitos anos o Brasil "não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo"

7.jul
Reação da Defesa a Omar
O ministro da Defesa, Braga Netto, e os comandantes das Forças Armadas divulgam nota em que repudiam declarações de Omar. "Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável"

8.jul
Ameaças golpistas de Bolsonaro
Presidente faz ameaças sobre pleito de 2022. "Eleições no ano que vem serão limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições"

8 e 9.jul
Reação de Pacheco aos militares e a Bolsonaro
O presidente do Senado escreve em uma rede social, na quinta (8), sobre o atrito entre militares e Omar: "Deixei claro [em conversa com Braga Netto, ministro da Defesa] o nosso reconhecimento aos valores das Forças Armadas (...) e afirmei, também, que a independência e as prerrogativas de parlamentares são os principais valores do Legislativo".

No dia seguinte, em relação às ameaças de Bolsonaro, afirma: "Todo aquele que pretender algum retrocesso ao Estado democrático de Direito esteja certo que será apontado pelo povo brasileiro e pela história como inimigo da nação (...)"

9.jul
Reação de Barroso a Bolsonaro
O presidente do TSE afirma, em nota: "Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência [eleições de 2022] viola princípios constitucionais e configura crime de responsabilidade"

10.jul
Lira e partidos se manifestam sobre crise
"Importante dizer que a presidência [da Câmara] (...) não tem compromisso algum com nenhum tipo de ruptura política, institucional democrática, com qualquer insurgência de boatos, com qualquer manifestação desapropriada", diz Arhur Lira em entrevista à CNN Brasil. No mesmo dia, mais cedo, presidentes de DEM, MDB, PSDB, Novo, PV, PSL, Solidariedade e Cidadania afirmam, em nota, que "nenhuma forma de ameaça à democracia pode ou deve ser tolerada"

12.jul
Boicote de 'gente importante'
Em meio à tensão, o presidente afirma a apoiadores: "Sabia que ia ser difícil, mas esperava contar com mais gente importante do meu lado. Lamentavelmente, muita gente importante aí boicota"

12.jul
Reunião dos Três Poderes
O presidente do STF, Luiz Fux, afirmou que acertou com Bolsonaro um encontro entre os chefes dos Três Poderes para fixar "balizas sólidas para a democracia"

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Raul rebate Miguel e fala em "contradição intransponível" ao defender aliança com o PSB

            Por Blog da Folha

Paullo Almeida/Folha de Pernambuco

Após o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), criticar a manutenção da aliança do seu partido com o PSB, o presidente estadual emedebista, Raul Henry, divulgou uma nota rebatendo os posicionamentos do correligionário. O dirigente afirmou que o sentimento majoritário da legenda era pela manutenção da aliança com os socialistas e que há uma contradição intransponível no apoio ao projeto majoritário de Miguel: o apoio do grupo político do sertanejo com o Governo Bolsonaro.

O parlamentar afirmou que a trajetória do MDB é de "defesa dos valores democráticos", enquanto o presidente da República "aumenta a escalada de seu discurso contra as instituições e a ordem democrática".

Diante dos apelos de Miguel para que a legenda antecipasse a decisão do partido, Raul Henry ponderou que não poderia deixar o aliado esperando e antecipou a decisão para a última quinta-feira (8), quando informou o gestor sobre sua decisão.

Apesar de ter negado apoio ao correligionário na disputa eleitoral, Raul Henry encerra a nota em tom amigável, ao afirmar que deixa o gestor à vontade e que "deseja sorte em sua já vitoriosa trajetória".

Confira a nota na íntegra:

Em relação à nota divulgada hoje, 13 de julho, pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, temos a esclarecer o seguinte.

O prefeito nos procurou para uma primeira conversa no dia 7 de abril passado. Na ocasião, ele colocou, de forma legítima e correta, seu projeto de disputar o Governo de Pernambuco pelo MDB e solicitou que o partido se pronunciasse até o mês de julho, um ano antes das convenções de 2022. Segundo ele, esse seria o prazo necessário para organizar um calendário de iniciativas que pudessem fortalecer o projeto.

Nessa oportunidade, salientei que não tínhamos nenhuma restrição pessoal a ele, mas que havia algumas contradições políticas a serem enfrentadas.

A primeira delas é que, hoje, temos uma aliança com a Frente Popular de Pernambuco, com colaborações na administração do estado e da prefeitura do Recife. Essa aliança foi construída por Jarbas e Eduardo Campos ainda no final de 2011.

Em segundo lugar, para iniciar um novo ciclo na vida partidária é indispensável que esse seja o sentimento majoritário na legenda. E pelas conversas diárias que mantivemos com as lideranças do partido - parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos, diretorianos - não percebemos essa intenção.

Por fim, há uma contradição intransponível. É pública a aliança política entre o grupo liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho e o presidente Bolsonaro. Enquanto a nossa trajetória é marcada pela defesa dos valores democráticos, o presidente, todos os dias, aumenta a escalada do seu discurso contra as instituições e a ordem democrática.

No dia 31 de maio, voltamos a conversar e reiterei que nenhuma dessas variáveis tinha sido superada e que seria prudente alongar o calendário para uma decisão. O prefeito, então, solicitou que a nossa definição não ultrapassasse o mês de agosto.

Mantive Jarbas informado do conteúdo das conversas e também troquei ideias com vários quadros do partido. De Jarbas, ouvi a ponderação que deveríamos atender ao desejo do prefeito Miguel Coelho de acelerar o calendário. Não seria adequado deixar nele a impressão que estávamos adiando a decisão para trazer prejuízo ao seu projeto.

Dessa forma, na última quinta-feira, dia 8 de julho, tivemos o nosso mais recente encontro. Enfatizamos mais uma vez que não havia qualquer restrição pessoal ao prefeito, mas as contradições políticas, além de permaneceram de pé, estavam se aprofundando. Na ocasião, o deixamos à vontade para, diante de nossa posição, encaminhar da maneira que lhe fosse mais conveniente os passos seguintes.

Hoje, ao tomar conhecimento da sua nota, desejamos boa sorte em sua já vitoriosa trajetória.

Raul Henry

Presidente do MDB de Pernambuco

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Fux diz a senadores da CPI da Covid que Emanuela, diretora da Precisa, pode ser presa

 

Luiz Fux e Emanuela Medrades (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF | Marcos Oliveira/Agência Senado)

Em conversa por telefone com senadores da CPI da Covid, segundo Fernando Molica, da CNN Brasil, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, afirmou que a diretora da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades pode ser presa em flagrante caso não responda aos questionamentos da comissão durante depoimento.

Nesta terça-feira (13), no início da oitiva de Emanuela, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), havia anunciado que entraria com um embargo de declaração no STF para saber os limites da decisão da Corte, responsável por conceder à depoente o direito de ficar em silêncio na comissão sobre assuntos que pudessem lhe incriminar. A decisão, no entanto, é clara ao determinar que Emanuela estaria obrigada a responder perguntas sobre assuntos em que fosse meramente testemunha.

Aziz suspendeu a sessão da CPI desta quinta depois de a depoente ficar em silêncio até mesmo em perguntas que não a incriminavam, como qual era sua relação com a Precisa Medicamentos. Ela também não quis fazer o juramento que marca o compromisso de dizer a verdade, praxe com todos os depoentes.

A consulta feita pelos parlamentares a Fux foi formalizada em documento encaminhado pela CPI ao ministro, no qual Aziz pergunta sobre "o estado de flagrância" de Emanuela em relação ao crime de falso testemunho ou falsa perícia.

Defesa vai ao STF contra prisão

Ao mesmo tempo, os advogados de Emanuela pediram ao STF para que os senadores ficassem impedidos de determinar sua prisão. No habeas corpus, os advogados da depoente afirmam que ela foi constrangida.

“Caso a Comissão opte por interpretar que a postura de se calar perante determinada pergunta configure descumprimento da presente decisão, nos termos da mais pacífica jurisprudência dos Tribunais, que seja vedado aos parlamentares a ordem de prisão em flagrante, diante do subjetivismo dessa análise, cabendo à CPI, se assim o entender, oficiar às autoridades investigativas, para instalação de inquérito e apuração da ocorrência ou não de crime de falso testemunho ou desobediência.” 247.


CRÍTICA - Lula defende Cuba e ataca EUA: 'bloqueio desumano'

       Por: Estado de Minas

foto: Fabrice Coffrini/AFP

Virtual adversário de Jair Bolsonaro (sem partido) na disputa pelo Palácio do Planalto em 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o bloqueio econômico dos Estados Unidos em relação a Cuba nas últimas décadas.

 
Nos últimos dias, o país da América Central viveu uma onda de protestos de civis em virtude da crise econômica, agravada pela pandemia do coronavírus.

“O que está acontecendo em Cuba de tão especial pra falarem tanto?! Houve uma passeata. Inclusive vi o presidente de Cuba na passeata, conversando com as pessoas. Cuba já sofre 60 anos de bloqueio econômico dos EUA, ainda mais com a pandemia, é desumano”, afirmou Lula em seu perfil oficial no Twitter.

O ex-presidente também disse que o ato que ocorreu em várias cidades de Cuba foi solucionado pacificamente. Ele até fez menção à morte do negro George Floyd, em Minneapolis, nos Estados Unidos, depois de ser estrangulado pelo policial Derek Chauvin. 

“Já cansei de ver faixa contra Lula, contra Dilma, contra o Trump... As pessoas se manifestam. Mas você não viu nenhum soldado em Cuba com o joelho em cima do pescoço de um negro, matando ele... Os problemas de Cuba serão resolvidos pelos cubanos”, afirmou Lula.
 
Para ele, Cuba poderia estar numa situação bem diferente se não fosse o bloqueio dos Estados Unidos: “Se Cuba não tivesse um bloqueio, poderia ser uma Holanda. Tem um povo intelectualmente preparado, altamente educado. Mas Cuba não conseguiu nem comprar respiradores por causa de um bloqueio desumano dos EUA”

“Os americanos precisam parar com esse rancor. O bloqueio é uma forma de matar seres humanos que não estão em guerra. Do que os EUA tem medo? Eu sei o que é um país tentando interferir no outro”, completou.

Lula também aconselhou o presidente americano Joe Biden a encerrar esse antigo conflito com os cubanos: “O Biden deveria aproveitar esse momento pra ir a televisão e anunciar que vai adotar a recomendação dos países na ONU de encerrar esse bloqueio”. 


Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...