quarta-feira, 17 de agosto de 2022

"Era visível a cara dele de constrangimento", diz Lula sobre Bolsonaro na posse de Moraes no TSE

"Foi um ato muito forte em defesa da democracia e, por isso, o presidente [Bolsonaro] estava muito incomodado, porque ele não gosta de democracia", afirmou o petista

Lula, Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Isac Nóbrega/PR)

O ex-presidente Lula (PT), em entrevista à Rádio Super, de Belo Horizonte (MG), nesta quarta-feira (17), comentou sobre a cerimônia de posse de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite desta terça-feira (16).

O petista esteve na cerimômia ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e José Sarney. Jair Bolsonaro (PL), atual ocupante do Palácio do Planalto, esteve na mesa das autoridades, sentado exatamente ao lado de Moraes.

Segundo Lula, "Bolsonaro estava incomodado. "Ele ouviu tantas vezes a palavra 'democracia', ele ouviu tantas críticas ao autoritarismo, tantas críticas às fake news que ele estava muito incomodado. A cada discurso que falava um pouco de democracia era visível a cara dele de constrangimento. Ele quase que não bateu palma para nenhum discurso. Ele, com muita má vontade, ficava em pé para aplaudir as pessoas". 

Para o petista, Bolsonaro minou tanto as eleições, as instituições e o processo democrático que ficou deslocado no evento. "Eu compreendo esse comportamento dele, porque ele passou o tempo inteiro desaforando a Justiça Eleitoral, desacreditando as urnas eletrônicas, tentando desmoralizar as instituições e ontem foi um ato de fortalecimento do processo de Estado Democrático de Direito no Brasil. Foi um ato em que a gente valorizou muito a questão da democracia. Acho que foi muito importante, foi um ato muito forte. A presença de tantas autoridades, 22 governadores, praticamente todos os ministros das Cortes superiores, quatro ex-presidentes da República. Foi um ato muito forte em defesa da democracia e, por isso, o presidente estava muito incomodado, porque ele não gosta de democracia".

"Foi um ato da civilidade, um ato das pessoas que gostam da democracia, respeitam a democracia. As pessoas que ao longo da história lutaram pela conquista do Estado Democrático de Direito se juntaram para dizer ao Brasil que nós queremos paz, que nós queremos tranquilidade, que nós queremos trabalho, que nós queremos uma eleição limpa, que seja uma eleição em que a gente possa fazer o debate democrático na televisão, no rádio. E que o resultado da eleição seja respeitado por todo mundo. Acho que ontem foi um sinal muito forte da sociedade brasileira dizendo a todos aqueles que não gostam de democracia que a maioria soberana do povo brasileiro quer democracia, brigou por democracia e consolidou ontem à noite a democracia. Foi um ato muito forte, muito representativo, os discursos foram muito lúcidos. O presidente estava muito incomodado, muito", completou. 

Lula contou ainda ter notado que Bolsonaro, sentado ao lado do presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não estabeleceu nenhum diálogo com o parlamentar. "Não sei se vocês repararam: ele ficou o tempo inteiro sentado ao lado do presidente do Senado e em nenhum momento ele trocou uma palavra com o presidente do Senado. Ou seja, é uma coisa estranha. Normalmente, sendo presidente ou não, quando você está em uma solenidade, está sentado na mesa, você conversa com as pessoas do lado. Eu conversei com o [José] Sarney, eu conversei com o [Michel] Temer, afinal de contas a gente estava sentado junto. E ele [Bolsonaro] não conversou, em uma demonstração de que ele estava muito inquieto, muito incomodado. Ele nunca tinha ouvido a quantidade de ar respirando democracia que ele viu ontem. Ali cheirava a democracia, liberdade, respeito às urnas, à luta contra fake news. Então ele estava incomodado, porque aquele ato era contra quase tudo que é o comportamento do presidente da República".

Para Lula, "a Justiça Eleitoral saiu fortalecida" do evento, assim como as urnas eletrônicas, que "saíram com muito mais respeitabilidade". "Agora faltam poucos dias para as eleições. Vamos consolidar o processo eleitoral". - 247.


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TSE confirma: Lula terá o maior tempo de propaganda eleitoral na TV e rádio

Veja também o tempo dos outros candidatos a presidente, definido de acordo com o número de deputados de cada coligação

(Foto: ABR)

A partir do dia 26 de agosto, começa o período de propaganda eleitoral na TV e rádio. Lula terá 3 minutos e 20 segundos em cada bloco de 12m30, além de 7,5 inserções diárias de 30 segundos nos intervalos comerciais.

Em segundo, Bolsonaro contará com 2m40 por bloco e seis inserções diárias. Em terceiro lugar vem Simone Tebet, com 2m20 por bloco e cinco inserções diárias. Em quarto, Soraya Thronicke (União Brasil), com 2m10 e cinco inserções diárias, resultado da união do DEM com o PSL.

Ciro Gomes (PDT), que está em terceiro nas pesquisas, não conseguiu coligar com outros partidos. Por isso, terá o quinto tempo de propaganda, com 50 segundos por bloco e duas inserções diárias.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a lista com a representatividade dos partidos na Câmara dos Deputados. A tabela é usada para definir a divisão do tempo destinado à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV dos presidenciáveis.

O tamanho das bancadas define 90% do cálculo, ou seja, quanto mais deputados tiver o partido, mais minutos tem o candidato à presidência. Os 10% restantes são repartidos de forma igualitária.

A chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula é a que tem maior bancada: PT, PSB, Solidariedade, PSOL, Rede, Avante, Agir, PROS, PCdoB e PV somam 141 deputados.

Jair Bolsonaro vem na sequência. PL, PP e Republicanos totalizam 101 deputados. Simone Tebet (MBD), que tem aliança com PSDB, Podemos e Cidadania, se apresenta com 88 deputados.

Às terças-feiras, quintas e sábados, os candidatos à presidência terão 25 minutos por dia, divididos em duas janelas, para a exibição de suas propagandas na TV e no rádio. O tempo é distribuído entre os candidatos.

A propaganda eleitoral gratuita será exibida às 13 e às 20 horas nos canais de televisão. Nas emissoras de rádio, as transmissões serão feitas às 7 e às 12 horas. (GGN).


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Ministro Alexandre de Moraes toma posse como presidente do TSE

Em junho, Moraes foi eleito para comandar o tribunal

 
Antônio Augusto/Secom TSE

O ministro Alexandre de Moraes tomou posse na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moraes cumprirá mandato de dois anos e sucederá o ministro Edson Fachin no comando do tribunal, órgão responsável pela organização das eleições. O vice-presidente será o ministro Ricardo Lewandowski. 

A cerimônia foi acompanhada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e diversas autoridades dos Três Poderes. Cerca de 2 mil pessoas foram convidadas. 

Os candidatos à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) também estiveram presentes. Candidato à reeleição, Bolsonaro compareceu na condição de presidente da República. 

Os ex-presidentes José Sarney, Michel Temer e Dilma Rousseff também foram à posse. 

Segundo o TSE, o convite a ex-presidentes da República é um procedimento de praxe nas posses realizadas pela Corte. 

O critério para eleição de Moraes, realizada em junho, foi simbólico. Antes de ser empossado, o ministro ocupava o cargo de vice-presidente e seria o próximo a assumir o posto conforme regras de antiguidade entre os membros do Supremo Tribunal Federal (STF) que compõem o TSE. 

Moraes é formado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (Turma de 1990) e possui doutorado em Direito do Estado pela mesma instituição. Ao longo de sua carreira, atuou como promotor de Justiça e ocupou as funções de secretário de Justiça, de Transportes e de Segurança de São Paulo, além de presidente da Fundação Casa, antiga Febem. 

Em 2016, Moraes se tornou ministro da Justiça. No ano seguinte, após o falecimento do ministro do STF Teori Zavascki, foi indicado pelo ex-presidente Michel Temer para ocupar a vaga. 

No TSE, Moraes passou a atuar também em 2017 na função de ministro substituto e se tornou membro efetivo em junho de 2020. 

O TSE é composto por sete ministros, sendo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e dois membros da advocacia, além de seus substitutos. (Por Agência Brasil - Brasília Atualizado em 16/08/2022 - 19:59).

Assista na íntegra:

 


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