terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Agência Brasil explica mudanças nas aposentadorias em 2022

Reforma da Previdência estabelece regras automáticas de transição

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Quem está prestes a se aposentar precisa estar atento. A reforma da Previdência estabeleceu regras automáticas de transição, que mudam a concessão de benefícios a cada ano.

A pontuação para a aposentadoria por tempo de contribuição e por idade sofreu alterações. Confira abaixo as mudanças que começam a vigorar neste ano.

Aposentadoria por idade

A regra de transição estabelece o acréscimo de seis meses a cada ano para as mulheres, até chegar a 62 anos em 2023. Na promulgação da reforma da Previdência, em novembro de 2019, a idade mínima estava em 60 anos, passando para 60 anos e meio em janeiro de 2020. Em janeiro de 2021, a idade mínima para aposentadoria das mulheres aumentou para 61 anos. Agora, está em 61 anos e meio em 2022.

Para homens, a idade mínima está fixada em 65 anos desde 2019. Para ambos os sexos, o tempo mínimo de contribuição exigido está em 15 anos.

Aposentadoria por tempo de contribuição

A reforma da Previdência estabeleceu quatro regras de transição, das quais duas previram modificações na virada de 2021 para 2022. Na primeira regra, que estabelece um cronograma de transição para a regra 86/96, a pontuação composta pela soma da idade e dos anos de contribuição subiu em janeiro: para 89 pontos (mulheres) e 99 pontos (homens).

Na segunda regra, que prevê idade mínima mais baixa para quem tem longo tempo de contribuição, a idade mínima para requerer o benefício passou para 57 anos e meio (mulheres) e 62 anos e meio (homens). A reforma da Previdência acrescenta seis meses às idades mínimas a cada ano até atingirem 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) em 2031. Nos dois casos, o tempo mínimo de contribuição exigido é 30 anos para as mulheres e 35 anos para homens.

Pensão por morte

Depois de mudar em 2021, o tempo de recebimento do benefício ficará inalterado em 2022. Segundo a Lei 13.135, de 2015, a cada três anos, um ano é acrescido nas faixas etárias estabelecidas por portaria do governo federal editada em 2015. Como a última alteração ocorreu em 2021, as idades mínimas dos pensionistas só voltarão a aumentar em 2024.

Atualmente, o pensionista com menos de 22 anos de idade receberá a pensão por até três anos. O intervalo sobe para seis anos para pensionistas de 22 a 27 anos, 10 anos para pensionistas de 28 a 30 anos, 15 anos para pensionistas de 31 a 41 anos e 20 anos para pensionistas de 42 a 44 anos. Somente a partir de 45 anos, a pensão passa a ser vitalícia.

A medida vale para os novos pensionistas. Beneficiários antigos estão com direito adquirido. (Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Maria Claudia



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Silvio Almeida sobre assassinato de Moïse Kabagambe: "e ainda há quem negue que racismo seja relação de poder"

"A situação de Moise não é singular e só medidas amplas podem se opor de forma eficiente a essa barbárie", diz o advogado e professor

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)

O advogado e professor Silvio Almeida usou as redes sociais para cobrar justiça pelo assassinato brutal do congolês Moïse Kabagambe, 25,  espancado até a morte há uma semana, em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, por reivindicar seus direitos trabalhistas.

“E ainda há quem negue que racismo seja relação de poder e que tenha profundos laços com a economia. Certamente aparecerá algum inocente ou canalha (ou os dois) para dizer que "não foi racismo"”, escreveu Almeida no Twitter. 

O advogado destacou que assim como Moïse, outras pessoas também devem passar pelo mesmo processo de negação de direitos e, por este motivo, cita que o Ministério Público do Trabalho deve investigar as condições de trabalho nos quiosques. 

“Por isso, além da exemplar punição dos assassinos de Moise Kabagambe, exige-se que o @MPTRJOficial investigue as condições de trabalho em estabelecimentos de mesma natureza. A situação de Moise não é singular e só medidas amplas podem se opor de forma eficiente a essa barbárie”. 

>>> Governador e prefeito do Rio garantem que assassinos de Moïse serão punidos: “inaceitável e revoltante”

Almeida defende que “se o racismo for entendido de forma complexa, a "luta por direitos" e a "educação antirracista" tornam-se apenas duas táticas no interior de multiplas estratégias que o combate ao racismo deve mobilizar”. 247

Abaixo, a homenagem do menino João Pedro Autista, desenhista do 247, a Moise Kabamgabe:


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Homem se apresenta à delegacia e diz ser uma das pessoas envolvidas no assassinato de Moïse Kabagambe: "temo pela vida"

Suspeito, que não teve identidade revelada, disse que não queria “matar" congolês e contou ser funcionário do Quiosque Tropicália, local do assassinato

Moïse Kabagambe (Foto: Reprodução)


Na manhã desta terça-feira (1), um homem, que não teve identidade revelada, se apresentou à 34ª DP (Bangu), e disse que foi uma das pessoas que agrediu o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 25, espancado até a morte há uma semana, em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) o levaram para prestar depoimento. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil. 

O suspeito disse que “teme pela vida” e que não queria “matar o homem, por isso não bateram na cabeça”. Ele contou que é um dos funcionários do Quiosque Tropicália, onde o assassinato aconteceu.

>>> Governador e prefeito do Rio garantem que assassinos de Moïse serão punidos: “inaceitável e revoltante”

“A gente não queria tirar a vida de ninguém, nada disso era porque ele era negro ou de outro país”, disse o suspeito em entrevista ao SBT Rio. 

Moïse teria tentado agredir um senhor no interior do quiosque e três homens tentaram evitar, iniciando uma sessão de agressões, relatou ainda o suspeito. 

A versão é conflitante com a da família de Moïse, que afirma ter visto nas imagens de segurança o trabalhador a cobrar o valor de dois pagamentos e que, em sequência, foi atacado por cinco homens.

>>> Assassinato brutal de jovem congolês gera revolta e comoção: “justiça por Moïse”

“Ninguém devia nada a ele. Foi um fato que, no impulso, a gente (agiu). (A gente) viu ele com a cadeira na mão e foi tentar ajudar o senhor”, afirmou o suspeito.

O caso segue em sigilo. Por hora, não há mandados de prisão para ninguém. 247




Novo ensino médio começa a ser implementado este ano

 Primeira mudança deve ser ampliação da carga horária

Gabriel Jabur/Agência Brasília 

O novo ensino médio começa a ser implementado oficialmente este ano nas escolas brasileiras públicas e privadas. Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Angelo, a implementação vai começar pelo 1º ano do ensino médio, e a primeira mudança nas redes deverá ser a ampliação da carga horária para pelo menos cinco horas diárias.

A reforma também trará desafios, de acordo com Vitor de Angelo, que é secretário de Educação do Espírito Santo. Ele citou, entre esses desafios, a possibilidade de aumento da desigualdade entre regiões, estados e redes de ensino e a necessidade da adequação de avaliações, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

“A primeira coisa que deve chegar às escolas, com certeza, é a ampliação da carga horária, porque é uma exigência legal. O que não é exigência legal, mas está atrelado de alguma maneira a isso é a implementação de um currículo novo”, diz Angelo. O Consed representa os secretários estaduais de Educação, responsáveis pela maior parte das matrículas do ensino médio do país. Segundo o último Censo Escolar, de 2021, as redes estaduais concentram cerca de 85% das matrículas. 

O novo ensino médio foi aprovado por lei em 2017, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e evitar que os estudantes abandonem os estudos. Com o novo modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.

O cronograma definido pelo Ministério da Educação estabelece que o novo ensino médio comece a ser implementado este ano, de forma progressiva, pelo 1º ano do ensino médio. Em 2023, a implementação segue, com o 1º e 2º anos e, em 2024, o ciclo de implementação termina, com os três anos do ensino médio. 

Pela lei, para que o novo modelo seja possível, as escolas devem ampliar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, o que equivale a sete horas diárias. Isso deve ocorrer aos poucos. Em 2022, a carga horária deve ser de pelo menos mil horas anuais, ou cinco horas diárias, em todas as escolas de ensino médio do país. Esta será, portanto, a primeira mudança a ser sentida. 

Os estudantes do primeiro ano do ensino médio começarão também a ter contato com novo currículo. Os itinerários, no entanto, deverão começar a ser implementados apenas no ano que vem na maior parte das escolas. 

“Tomando o Espírito Santo como exemplo, o que o aluno capixaba vai encontrar na escola de ensino médio é jornada maior e currículo novo, no que diz respeito à formação geral básica. Disciplinas ou componentes curriculares diferentes, com os quais ele não estava acostumado, como eletivas, projeto de vida, estudo orientado, mas ainda sem segmentar na sua preferência de itinerário. A partir do ano que vem, ele vai encontrar o itinerário de aprofundamento dentro da sua escolha”, explica o secretário. 

Desafios 

A reforma trará também, segundo Angelo, alguns desafios, entre eles a possibilidade de aumento das desigualdades educacionais. “No novo ensino médio, a gente pode ter todas as promessas de itinerários e de escolhas, mas para algumas redes. Outras podem não conseguir”, afirma. “O risco é ter escolas com alguns itinerários e outras não, regiões com alguns itinerários e outras não. Então, pode haver um aprofundamento das desigualdades dentro do país e dos estados, para não falar das redes privada e pública”, acrescenta.

Isso significa que um estudante pode não encontrar em seu município o curso técnico ou a formação que deseja. "São cuidados que precisaremos ter, que não invalidam [o novo ensino médio], mas a gente não pode desconsiderar que isso existe para não achar que tudo são flores, que o novo ensino médio vai mudar tudo, vai trazer itinerários, ensino flexível adaptado aos alunos, que eles vão fazer o que quiser. As nossas escolas são as mesmas e elas têm dificuldades, os professores tiveram formação, mas não viraram a chave e mudaram de uma hora para outra, então é preciso ter cuidado com isso para não se frustrar", diz Angelo. 

Outro desafio é a avaliação dos estudantes. O Enem, por exemplo, precisará ser reformulado para avaliar o novo currículo. “O exame precisa estar alinhado com o novo ensino médio. O Enem é uma prova nacional que precisa criar critérios de comparação entre todo e qualquer estudante que está terminando o ensino médio, especialmente por causa do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu que é nacional. Mas, como vamos comparar, nacionalmente, pessoas que fizeram currículos distintos? Esse é o maior desafio”, avalia.

Em webinário, em dezembro, o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Luiz Rabelo, detalhou as ações da pasta para a implementação do novo ensino médio. Segundo ele, somando todas as ações, até aquele momento, haviam sido repassados aos estados e às escolas R$ 2,5 bilhões. 

Rabelo também falou sobre o Enem que, segundo ele, deverá ter duas partes, uma delas voltada para avaliar os conhecimentos adquiridos na parte comum a todos os estudantes, definida pela BNCC, e outra que deverá avaliar os itinerários formativos. “Atualmente, a grande questão mesmo é como criar um segundo momento de prova que contemple a avaliação dos itinerários formativos, dada a diversidade de possibilidades que na implementação”, disse o secretário. O novo modelo de prova deverá começar a vigorar apenas após a total implementação do novo ensino médio, em 2024. Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil  - Rio de Janeiro.

Edição: Graça Adjuto



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Secretaria de Saúde divulga novo protocolo de isolamento para casos de Covid-19 em Pernambuco

 ISOLAMENTO 

Nova diretriz sugere isolamento de sete dias, mas reforça observação de sintomas para retorno às atividades


                               Por Portal Folha de Pernambuco

Após reunião do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação na manhã desta segunda-feira (31), a Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco (SES-PE) anunciou a atualização do protocolo estadual para o afastamento das funções e isolamento para casos positivos de Covid-19. Agora, o isolamento passa a ser de sete dias, para casos assintomáticos e sintomáticos. 

Com a mudança, o retorno às atividades após isolamento é recomendado para o oitavo dia, sendo necessário, no entanto, ter pelo menos 24 horas sem sintomas.

Anteriormente, o período recomendado era de 10 dias e mais 24 horas sem sintomas, para sintomáticos, enquanto para assintomáticos, o isolamento já era de sete dias. 

De acordo com a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Patrícia Ismael, a decisão do Comitê Técnico tem base nas ações adotadas em outros países e conta com aval dos especialistas membros do grupo. 

“Com a mudança no protocolo estadual, Pernambuco passa a igualar os casos sintomáticos e assintomáticos. A partir de agora, os casos positivos para doença, independente da presença de sintomatologia, passam a cumprir o isolamento de 7 dias. É importante deixar todos atentos a necessidade do cumprimento desse protocolo para proteção dos contatos próximos. Para o retorno às atividades cotidianas e de trabalho, este paciente precisa contabilizar pelo menos 24 horas sem sintomas, não sendo necessário realizar novo teste”, explicou.

O médico infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Demétrius Montenegro, fez considerações durante a reunião, sobre o comportamento das variantes da doença, destacando em especial a variante Ômicron, responsável por grande parte das infecções por Covid-19 no mundo atualmente. 

“Temos observado que o comportamento virológico da ômicron é mais curto, porém bastante importante, por isso precisamos estar atentos aos sinais e sintomas e a manutenção do isolamento, além do uso de máscara de forma correta”, afirmou o médico.

O Comitê também decidiu pela manutenção do afastamento de alguns profissionais de saúde, que se enquadram em grupos de risco da doença. 

“Resolvemos manter as recomendações já vigentes. Os profissionais com obesidade, ou seja, com IMC acima de 40, idosos acima com 70 anos e mais, gestantes e pessoas vivendo com HIV/Aids devem permanecer afastados. Entendemos que estes trabalhadores devem ser protegidos devido às suas condições, ainda mais neste momento de aceleração da circulação da variante ômicron da Covid-19”, disse o secretário estadual de Saúde, André Longo.


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Pernambuco registra 6.010 novos casos e 16 mortes por Covid-19 nas últimas 24h

 

Agora, Pernambuco totaliza 704.277 casos confirmados da doença desde o início da pandemia


                           Por Portal Folha de Pernambuco

Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) registrou, no boletim divulgado nesta terça-feira (1º), 16 óbitos por Covid-19 e 6.010 novos casos da infecção.

Do total de casos, 125 (2%) são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 5.885 (98%) são leves.

Agora, Pernambuco totaliza 704.277 casos confirmados da doença, sendo 56.152 graves e 648.125 leves.

As 16 mortes ocorreram entre 17 de julho de 2021 e esse domingo (30). Com isso, o Estado contabiliza 20.659 óbitos pela Covid-19.

Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela SES.

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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...