segunda-feira, 18 de julho de 2022

Entidades terão encontro com políticos dos EUA para tratar de risco de golpe no Brasil

Representantes de entidades civis brasileiras tem reuniões previstas com o senador Bernie Sanders e com o deputado Jamie Raskin

(Foto: Oliven Rai / Mídia Ninja | MST)

Representantes de entidades civis brasileiras viajarão na próxima semana a Washington, capital dos Estados Unidos, onde terão encontros com parlamentares norte-americanos para conversar sobre o risco de golpe na eleição presidencial do Brasil. De acordo com informações publicadas nesta segunda-feira (18) pelo jornal Folha de S.Paulo, o grupo tem reuniões previstas com o senador Bernie Sanders e com o deputado Jamie Raskin, que integra a comissão especial de investigação da invasão do Congresso americano, em 6 de janeiro de 2021. Conversas com outras autoridades dos EUA também estão sendo marcadas.

Sanders foi pré-candidato à presidência norte-americana em 2016 e 2020, pelo Partido Democrata. É considerado uma das principais vozes mais à esquerda da política nos EUA. 

A comitiva incluirá representantes de entidades como Artigo 19, Conectas, Comissão Arns, Greenpeace Brasil, ABGLT, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e Geledés (Instituto da Mulher Negra).

A viagem está sendo organizada pelo WBO (Washington Brazil Office), instituição independente que realiza atividades para a proteção dos direitos humanos e para o desenvolvimento sustentável e socioeconômico.

Ataques de Bolsonaro

Jair Bolsonaro colocou em dúvida, nesta segunda-feira (18), a confiança do sistema eleitoral brasileiro e, novamente, não apresentou provas de suas acusações. 

Políticos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e a deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP).

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso repudiaram as declarações de Bolsonaro. 

O jurista Marcelo Uchoa e o antropólogo Luiz Eduardo Soares defenderam a prisão do ocupante do Planalto. 

O Grupo Prerrogativas cobrou da Procuradoria-Geral da República (PGR) punição a Bolsonaro. 

Dossiê nos EUA

No primeiro semestre deste ano, integrantes do alto escalão do governo Joe Biden e do Congresso dos Estados Unidos receberam, com alertas sobre o risco de golpe no Brasil. "Seus constantes ataques (de Bolsonaro) às eleições devem levar governos internacionais a apoiar a democracia brasileira", afirmou o relatório entregue a políticos norte-americanos 247





BLOG DO BILL NOTICIAS

Fachin rebate ataques de Bolsonaro às urnas: "é hora de dizer basta à desinformação e ao populismo autoritário"

Presidente do TSE rebateu o discurso de Bolsonaro em que ele contestou as urnas eletrônicas: "inaceitável negacionismo eleitoral"

Edson Fachin e Jair Bolsonaro. (Foto: STF | Isac Nóbrega/PR)

Pouco após Jair Bolsonaro discursar contra as urnas eletrônicas, nesta segunda-feira, 18, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, rebateu e chamou o episódio de "encenação". 

Sem citar o nome de Bolsonaro, ele disse ser preciso dar um 'basta à desinformação e ao populismo autoritário", e classificou a apresentação do chefe de governo a embaixadores reunidos no Palácio da Alvorada como uma tentativa de "sequestrar a ação comunicativa e sequestrar a opinião pública e a estabilidade política". 

"Há um inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade importante dentro de um país democrático, e é muito grave a acusação de fraude a uma instituição, mais uma vez, sem apresentar provas", disse Fachin na abertura de um evento da Ordem dos Advogados do Brasil, no Paraná.

Bolsonaro baseou seu discurso no ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante as eleições de 2018. Segundo o chefe de governo, a Polícia Federal disse que os hackers poderiam alterar os dados fornecidos às urnas eletrônicas.

No entanto, o inquérito ao que o chefe de governo se refere não concluiu que houve fraude no sistema de votação em 2018 ou que os resultados das eleições foram adulterados. Segundo o TSE, o acesso dos hackers "não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018".

Segundo Fachin, no caminho rumo às eleições de outubro criam-se "encenações interligadas" como a que "o país está a assistir", em referência ao evento que reuniu Bolsonaro e embaixadores, transmitido em cadeia nacional.

"São eventos órfãos de embasamento técnico e pobres em substância argumentativa, e que violam as bases históricas do contrato social da comunicação, assim como premissas manifestas da legalidade constitucional", disse. 

"Essa é a manipulação: tentar sequestrar a ação comunicativa e, desse modo, a opinião pública e a estabilidade política expõem-se a riscos contínuos", apontou Fachin. 247



BLOG DO BILL NOTICIAS

Lula: Bolsonaro mente sobre nossa democracia e não fala sobre o que interessa ao povo brasileiro

"É uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país", afirmou o ex-presidente Lula

Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Isac Nóbrega/PR | REUTERS/Washington Alves)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta segunda-feira (18) a postura de Jair Bolsonaro (PL), que, durante uma reunião com embaixadores de 50 países, colocou em dúvida a segurança do sistema eleitoral brasileiro, sem apresentar provas de suas acusações. 

"É uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país. Emprego, desenvolvimento ou combate à fome, por exemplo. Ao invés disso, conta mentiras contra nossa democracia", escreveu o petista no Twitter.

jurista Marcelo Uchoa e o jornalista Luís Costa Pinto defenderam a prisão de Bolsonaro. 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, disse que o ocupante do Planalto faz "populismo autoritário"

O Grupo Prerrogativas afirmou que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade e cobrou ações da Procuradoria-Geral da República. 247

Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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