segunda-feira, 20 de outubro de 2025

PF desmonta fraude milionária em concurso de residência médica

 

Operação R1 prendeu oito suspeitos em flagrante e revelou esquema que cobrava até R$ 140 mil pela aprovação

Agentes da Polícia Federal (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)


A Polícia Federal (PF) deflagrou neste domingo (19) a Operação R1, com foco em desarticular um sofisticado esquema de fraude em concursos de residência médica no Brasil. A ação contou com apoio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

Segundo a investigação, o grupo criminoso se preparava para manipular o Exame Nacional de Acesso à Residência Médica (Enamed), realizado no mesmo dia da operação. O nome R1 faz referência ao primeiro ano de residência médica, etapa em que recém-formados começam a atuar em ambiente hospitalar e consolidar práticas essenciais da profissão.

Como funcionava o esquema

De acordo com a PF, os fraudadores operavam de duas formas principais: enviando respostas corretas durante a prova por meio de dispositivos eletrônicos e utilizando “laranjas”, pessoas que prestavam o exame no lugar dos candidatos, portando documentos falsificados. Em caso de aprovação, cada participante beneficiado deveria pagar cerca de R$ 140 mil ao grupo.

Prisões e apreensões

Durante a ação, agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de um candidato no Rio de Janeiro e realizaram abordagens em locais de prova. Cinco pessoas foram presas em flagrante — quatro homens e uma mulher. Além disso, outros três suspeitos foram detidos em um hotel em Juiz de Fora (MG), onde, segundo a PF, atuavam no envio das respostas via pontos eletrônicos. Ao todo, oito pessoas foram presas.

A polícia também apreendeu equipamentos usados para transmissão de dados, que agora passam por perícia técnica. Os detidos foram levados à Delegacia da Polícia Federal de Juiz de Fora para prestar depoimento. - 247.


BLOG DO BILL NOTICIAS

AVC mata uma pessoa a cada seis minutos no Brasil

Custo hospitalar com internação foi de quase R$ 1 bi em seis anos

             Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasi


 Tânia Rêgo/Agência Brasil


O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, figura atualmente como uma das principais causas de morte e incapacidade física no mundo. Dados da consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares Planisa indicam que, a cada 6,5 minutos, uma pessoa morre em razão do AVC no país.

Os números revelam ainda custos hospitalares relacionados ao tratamento do AVC no sistema de saúde brasileiro. Entre 2019 e setembro de 2024, foram contabilizadas 85.839 internações, com permanência média de 7,9 dias por paciente, resultando em mais de 680 mil diárias hospitalares.

Desse total de diárias, 25% foram em unidades de terapia intensiva (UTI) e 75% em enfermarias. No período analisado, os gastos acumulados chegaram a R$ 910,3 milhões, sendo R$ 417,9 milhões em diárias críticas e R$ 492,4 milhões em diárias não críticas. Apenas em 2024, até setembro, o montante já ultrapassava R$ 197 milhões.

O levantamento mostra que, ao longo dos anos, houve crescimento constante dos custos, que praticamente dobraram entre 2019 e 2023, passando de R$ 92,3 milhões para R$ 218,8 milhões. O aumento acompanha a alta no número de internações por AVC, que saltou de 8.380 em 2019 para 21.061 em 2023.

>>Organização Mundial do AVC alerta que 90% dos derrames são preveníveis

Entenda

De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. O quadro acomete mais homens e, quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de recuperação.

A pasta classifica como primordial estar atento a sinais e sintomas como confusão mental; alteração da fala e da compreensão; alteração na visão (em um ou em ambos os olhos); dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente; alteração do equilíbrio, tontura ou alteração no andar; e fraqueza ou formigamento em um lado do corpo.

O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral – isquêmico ou hemorrágico. A tomografia computadorizada de crânio, segundo o ministério, é o método mais utilizado para a avaliação inicial, demonstrando sinais precoces de isquemia.

Os fatores de risco listados pela pasta incluem hipertensão; diabetes tipo 2; colesterol alto; sobrepeso; obesidade; tabagismo; uso excessivo de álcool; idade avançada; sedentarismo; uso de drogas ilícitas; e histórico familiar, além de ser do sexo masculino.

 

Dia Mundial de Combate ao AVC
Dia Mundial de Combate ao AVC - Arte/EBC

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