quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Brasil mostra o dedo do meio ao mundo, diz jornal alemão

 

(Foto: REUTERS/Eduardo Munoz/Pool | Reprodução)


 O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) criticou nesta quarta-feira (22) o pronunciamento de Jair Bolsonaro na abertura da 76ª Assembleia-Geral das Nações Unidas. 

O FAZ, um dos mais respeitados veículos da mídia alemã, destacou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, testou positivo para a Covid-19 e mencionou o gesto obsceno do ministro para manifestantes em Nova York. 

"Fora isso, o Brasil não chamou atenção por sua sofisticação diplomática. Já havia começado com o encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson na segunda-feira. Quando os jornalistas foram instruídos a sair da sala, Johnson agradeceu e os encorajou a obter a vacina britânica da AstraZeneca. Ele disse a Bolsonaro que já havia recebido as duas doses. Bolsonaro apontou o dedo para si mesmo, depois acenou negativamente e disse: 'Ainda não.' Então ele desatou a rir. Seu ministro da saúde, que provavelmente já estava infectado a essa altura, ria ao fundo, relata o jornal. 

Sobre o discurso de Jair Bolsonaro, o Frankfurter Allgemeine citou que analistas falaram de uma "realidade paralela" citada por ele, com referência a várias representações comprovadamente falsas, exageradas ou contraditórias. 

"O discurso de Bolsonaro durou doze minutos e ele não falou ao mundo, mas a seus seguidores em seu próprio país. Eles o celebram como um herói por isso. Para todos os outros, o desempenho do Brasil foi insignificante, senão ridículo. Alguns dos presentes aplaudiram. Entre eles estava o ministro da Saúde, Queiroga, que acompanhou Bolsonaro ao plenário e agora espera a viagem de volta. A vigilância sanitária de Brasília, por sua vez, também recomendou quarentena a Bolsonaro e sua delegação", afirmou o veículo. 247.

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ASTRONOMIA - Cavidade gigante é descoberta na Via Láctea

               Por: AFP

Foto: Alyssa Goodman / Center for Astrophysics Harvard and Smithsonian / AFP

Astrônomos descobriram na Via Láctea uma cavidade gigante cercada por duas nebulosas, as nuvens de Perseu e Touro, que apareceram após ao menos uma gigantesca explosão de uma estrela - de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (22).


As nuvens moleculares de Perseu e Touro, como são chamadas, há muito tempo são escrutinadas, devido à sua proximidade com a Terra - entre 500 e 1.000 anos-luz de distância, uma palha na escala de nossa Via Láctea, que tem mais de 80.000 anos-luz em diâmetro. 

Mas também porque abrigam berçários estelares, formados graças à mistura de gás molecular e poeira que compõe essas nuvens. Finalmente, porque essas nebulosas pareciam estar ligadas por uma espécie de filamento. Uma posterior observação descartou essa ligação por suas respectivas distâncias de nosso planeta.

"O engraçado sobre essas duas nuvens", explicou à AFP o pesquisador Shmuel Bialy, do Harvard Center for Astrophysics and the Smithsonian, é que "descobrimos que elas estão, sim, conectadas, mas não da maneira que imaginávamos, e sim através de uma cavidade gigante".

Esta foi a primeira vez que cientistas conseguiram desenhar um mapa tridimensional de tal estrutura, batizado de "Per-Tau Shell". Para isso, contaram com a ajuda de avançadas técnicas de cálculo e de imagem e, especialmente, de um mapa de gases moleculares de uma região maior, desenhado com dados do telescópio espacial europeu Gaia. 

É preciso imaginar uma "espécie de esfera, cujo interior seria vazio", segundo Bialy, uma "superbolha", como é chamada, com um diâmetro de cerca de 500 anos-luz (cerca de 4,7 milhões de bilhões de km), cujo envelope externo seria parcialmente formado pelas duas nuvens de Perseu e Touro. 

O interior da cavidade contém um pouco de poeira, "mas com uma densidade muito baixa em comparação com a das nuvens", disse à AFP o cosmólogo e astrofísico Torsten Ensslin, professor associado do Instituto Alemão Max Planck.

- "Periferia" solar - 
Ele foi coautor com Shmuel Bialy, autor principal, deste estudo publicado no Astrophysical Journal Letters. É um dos cientistas que fizeram, em 2019 e 2020, o primeiro mapa 3D de nuvens de poeira a uma curta distância do nosso Sol. E isso graças aos dados de Gaia sobre a posição e as características de mais de 5 milhões de estrelas nesta "periferia" solar.

E é uma colega de Bialy, Catherine Zucker, pós-doutoranda e astrofísica, que assina um segundo estudo sobre o assunto para explicar como os cientistas têm feito bom uso deste mapa, com a ajuda de algoritmos desenvolvidos em parte sob sua direção.

"Esta é a primeira vez que podemos usar visualizações reais em 3D, e não simulações, para comparar a teoria à observação e estimar quais teorias funcionam melhor" para explicar de onde veio essa cavidade gigante e as nuvens que repousam em sua superfície, disse ela em uma declaração do Center for Astrophysics.

"Achamos que é devido a uma supernova, uma explosão gigante que empurrou esses gases e formou essas nuvens", diz Bialy, cujo estudo sugere um cenário de múltiplas supernovas.

De acordo com essa teoria, uma ou mais estrelas no final de sua vida explodiram e, gradualmente, empurraram a maior parte do gás em que foram banhadas para formar essa cavidade, entre 6 e 22 milhões de anos atrás.

"Estamos agora observando a cavidade em seu último estágio, onde já desacelerou (sua expansão), e permitiu a formação de nuvens" de Perseu e Touro, diz Bialy. 

O cientista agora pretende se concentrar nas jovens populações de estrelas que estão surgindo ali.

Quanto ao professor Ensslin, ele espera a "descoberta de muitas outras estruturas", como a de Per-Tau. 

"Esta bolha é, provavelmente, apenas uma entre muitas", explica, acrescentando que, apesar de seu tamanho, ocupa um pequeno espaço no mapa 3D produzido pelo seu departamento. Resta explorá-lo e batizá-lo.



EMPREGO PE Paulo Câmara sanciona programa que deve gerar 20 mil vagas de trabalho em Pernambuco

                   Por Matheus Jatobá


O governador Paulo Câmara sancionou, nesta quarta-feira (22), a lei que incentiva a geração de empregos e renda em Pernambuco, por meio do programa Emprego PE.

O objetivo do programa é o de subsidiar metade de um salário mínimo (R$ 550) para novos funcionários de empresas pernambucanas, por um período de seis meses. Para o programa, foram investidos R$ 66 milhões, com a previsão de gerar 20 mil empregos. 

As inscrições no projeto começam a partir do dia 27 deste mês, por meio do site www.empregope.pe.gov.br. O Emprego PE faz parte do Plano Retomada do Governo do Estado e já havia sido anunciado no início do mês de agosto. 

De acordo com o governador Paulo Câmara, o programa tem o objetivo de movimentar a economia pernambucana. “Essa foi uma construção coletiva, envolvendo diversas áreas do governo. Queremos os empregos de imediato, que seja rápido para ampliar se for necessário. A geração de empregos é fundamental, amplia a condição de distribuição de renda, movimenta comércio e serviços movimentando a economia”, disse. 

Para participar do programa, as empresas devem ser sediadas em Pernambuco e ter mais de um ano de funcionamento. Segundo o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Roberto Abreu e Lima, as empresas que aderirem não vão poder alterar o quadro de funcionários. 

“As empresas devem permanecer com o quadro atual e gerar novos empregos a partir do programa, não poderá reduzir o quadro. O benefício será de R$ 550 pagos mensalmente a cada funcionário e cada empreendedor poderá gerar até 30 empregos”, disse. 

O Emprego PE vai ainda beneficiar a inserção de estudantes recém-formados no mercado de trabalho. Serão incluídos no programa egressos do Sistema Público de Educação e do Sistema S.

O processo será dividido em três etapas, começando pelas inserções das micro e pequenas empresas cadastradas no Simples Nacional. 

De acordo com o secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, o valor será depositado na conta da empresa, beneficiando os trabalhadores. “É uma ação para levar o trabalho, o apoio ao empreendedor e empresário do Estado. Estaremos com as agências do trabalho a disposição para orientar para cadastro e auxiliar como for possível”, declarou.


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Depois de mandar Queiroga retroceder, Bolsonaro editará decreto liberando vacinação de adolescentes

 

Marcelo Queiroga e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

O texto viabilizará a vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos somente com imunizantes liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a faixa etária, ou seja, a vacina da Pfizer. 

O decreto deve ser publicado ainda nesta quarta-feira (22), disse o alto escalão do governo federal ao jornal.

Há seis dias, Queiroga afirmou que a vacinação deveria ser feita apenas em adolescentes com comorbidades. 247.

Anvisa determina recolhimento de lotes da CoronaVac

 

Doses foram fabricadas em local não inspecionado pela Anvisa

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de alguns lotes da vacina CoronaVac, contra a covid-19, que foram interditados após constatação de que “dados apresentados pelo laboratório não comprovam a realização do envase da vacina em condições satisfatórias de boas práticas de fabricação”.

A determinação foi anunciada hoje (22) por meio da Resolução (RE) 3.609, que determinou o recolhimento dos lotes da CoronaVac que já haviam sido interditados de forma cautelar pela Resolução (RE) 3.425, de 4 de setembro de 2021.

No dia 3 de setembro, a agência foi comunicada pelo Instituto Butantan que o parceiro na fabricação vacina CoronaVac, o laboratório Sinovac, havia enviado para o Brasil 25 lotes na apresentação frasco-ampola (monodose e duas doses), totalizando 12.113.934 doses, que foram envasados em instalações não inspecionadas pela Anvisa.

Diante da situação, e “considerando as características do produto e a complexidade do processo fabril, já que vacinas são produtos estéreis (injetáveis) que devem ser fabricados em rigorosas condições assépticas”, a Anvisa adotou medida cautelar com o objetivo de mitigar um potencial risco sanitário.

Em nota divulgada hoje, a agência informa que, desde a interdição cautelar, avaliou todos os documentos encaminhados pelo Instituto Butantan, “dentre os quais os emitidos pela autoridade sanitária chinesa”.

“Os documentos encaminhados consistiram em formulários de não conformidades que reforçaram as preocupações quanto às práticas assépticas e à rastreabilidade dos lotes”, detalha a nota.

A Anvisa acrescenta que também fez a análise das documentações referentes à análise de risco e à inspeção remota realizadas pelo Instituto Butantan, “e concluiu que permaneciam as incertezas sobre o novo local de fabricação, diante das não conformidades apontadas”.

Os lotes interditados “não correspondem ao produto aprovado pela Anvisa nos termos da Autorização Temporária de Uso Emergencial (AUE) da vacina CoronaVac”, uma vez que foram fabricados em local não aprovado pela agência e, conforme informado pelo próprio Instituto Butantan, “nunca inspecionado por autoridade com sistema regulatório equivalente ao da Anvisa”.

“Portanto, considerando que os dados apresentados sobre a planta da empresa Sinovac localizada no número 41 Yongda Road, Pequim, não comprovam a realização do envase da vacina CoronaVac em condições satisfatórias de boas práticas de fabricação, a Anvisa concluiu, com base no princípio da precaução, que não seria possível realizar a desinterdição dos lotes”, completa a nota.

A Anvisa concluiu também que a realização de inspeção presencial na China não afastaria a motivação que levou à interdição cautelar dos lotes, por se tratar de produtos irregulares, uma vez que não correspondem ao produto aprovado pela Anvisa, por terem sido envasados em local não aprovado pela agência.

Diante a situação, ficará a cargo dos importadores adotar os procedimentos necessários para o recolhimento das vacinas restantes de todos os lotes que foram interditados.

A agência enfatiza que “a vacina CoronaVac permanece autorizada no país e possui relação benefício-risco favorável ao seu uso no país”, desde que produzida nos termos aprovados pela autoridade sanitária.

Confira os lotes impactados

Segundo a Anvisa, 12.113.934 doses de lotes cujo recolhimento foi determinado pela Anvisa já foram distribuídos. São eles: IB: 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H e L202106038.

SES/SP: J202106025, J202106029, J202106030, J202106031, J202106032, J202106033, H202106042, H202106043, H202107044, J202106039, L202106048.

Outros 9 milhões de doses estão em lotes ainda em tramitação de envio ao Brasil. São eles:

IB: 202108116H, 202108117H, 202108125H, 202108126H, 202108127H, 202108128H, 202108129H, 202108168H, 202108169H, 202108170H, 2021081701K, 202108130H, 202108131H, 202108171K, 202108132H, 202108133H, 202108134H.

A Anvisa destaca, em nota, que o monitoramento de pessoas vacinadas cabe ao importador da vacina e ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo a agência, "para todas as vacinas e medicamentos a Anvisa orienta fortemente que seja feita a notificação de suspeita de eventos adversos, caso estes ocorram". (Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Matéria alterada às 19h19 para acréscimo do último parágrafo.

Edição: Aline Leal


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Após provocar Bolsonaro, prefeito de Nova York ironiza Covid-19 de Queiroga

 

(Foto: REUTERS)

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, ironizou no Twitter a contaminação do ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, que foi infectado pela Covid-19.

Na rede social, o prefeito norte-americano publicou uma notícia que anunciava a doença do ministro e escreveu: "Se pelo menos houvesse uma forma de limitar seu risco. Ah, espera!", em referência às vacinas contra o coronavírus.

O ministro é da comitiva de Jair Bolsonaro, que não se vacinou e foi barrado de restaurantes, que foi à Nova York para a Assembleia Geral da ONU. 247.

O prefeito da cidade-sede da ONU já havia enquadrado Bolsonaro: "se não quer ser vacinado, nem venha", declarou.

Após teste positivo de Queiroga para Covid, a comitiva presidencial que foi a Nova York cumprirá quarentena. Em quarentena nos EUA, o ministro receberá R$ 34 mil por diárias.




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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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