quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

EUA podem anunciar adesão ao Fundo Amazônia durante encontro de Lula e Biden sexta-feira

Washington espera que ao ingressar no fundo possa "solidificar" a luta para proteger a floresta tropical e "voltar o relógio em todo esse desmatamento e incêndios florestais"

Luiz Inácio Lula da Silva, Joe Biden e Floresta Amazônica (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real | Reuters)

Os Estados Unidos estão considerando sua primeira contribuição para o Fundo Amazônia, que visa combater o desmatamento da Amazônia, com possível anúncio durante reunião dos presidentes Joe Biden e Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Branca na sexta-feira, disseram duas autoridades dos EUA com conhecimento direto do assunto.

Uma contribuição dos EUA para o Fundo Amazônia, administrado pelo Brasil, sublinharia laços mais firmes entre as duas maiores democracias do Hemisfério Ocidental, depois de relações mais frias entre Biden e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Fundo Amazônia foi criado em 2009 com uma doação inicial da Noruega para ajudar a combater o desmatamento e estimular o desenvolvimento sustentável no Brasil. Bolsonaro congelou o fundo ao tomar posse em 2019, mas Lula o reiniciou com o apoio de Noruega e Alemanha.

O Reino Unido também está pensando em se juntar ao fundo, que já recebeu 1,3 bilhão de dólares até agora.

A Casa Branca disse que não tinha nenhum anúncio a fazer "neste momento".

Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca disse que Biden e Lula discutirão quais ações poderão ser tomadas para combater a crise climática.

Não ficou claro o quanto os Estados Unidos estão avaliando investir no fundo, disseram as autoridades. Uma das fontes acrescentou que Washington espera que ao ingressar no fundo possa "solidificar" a luta para proteger a floresta tropical e "voltar o relógio em todo esse desmatamento e incêndios florestais".

Na semana passada, a Alemanha anunciou uma nova doação de 35 milhões de euros ao Fundo Amazônia, como parte de uma promessa de 200 milhões de euros na área ambiental para o Brasil.

O interesse dos Estados Unidos no Fundo Amazônia reflete uma maior desejo de ajudar o Brasil a proteger a maior floresta tropical do mundo, um baluarte crucial contra as mudanças climáticas, onde a destruição aumentou durante os quatro anos de mandato de Bolsonaro.

Em novembro, a Reuters informou que Washington está procurando reprimir os criminosos ambientais por trás do desmatamento na Amazônia brasileira, usando penalidades como as da Lei Magnitsky para enfrentar as mudanças climáticas de forma mais agressiva.

A autoridade disse que as negociações Biden-Lula incluiriam um compromisso de "reforçar a cooperação contra o crime ambiental". - RIO DE JANEIRO/WASHINGTON (Reuters).


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Lula desembarca em Washington para encontro com Biden

 

Fora da Blair House, onde Lula ficará hospedado, alguns manifestantes se mobilizaram para agradecer ao presidente por defender os indígenas ianomâmi

Lula chega a Washington (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na tarde desta quinta-feira (9) em Washington, capital dos Estados Unidos, onde se encontrará com o presidente Joe Biden para tratar de uma variedade de temas centrais da relação bilateral. 

Após pousar, Lula foi direto a Blair House, a menos de 200 metros da Casa Branca, onde ficará hospedado com sua comitiva. 

Fora da residência, alguns manifestantes se mobilizaram para agradecer ao presidente por defender os indígenas ianomâmi, mostram imagens capturadas por Pedro Paiva, correspondente da TV 247 em Washington. 

O encontro entre Biden e Lula, ponto forte da visita, está previsto para as 15h30 (17h30 em Brasília) de sexta-feira. 247.



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Ex-ministras de Dilma e 2.000 mulheres rebatem Temer e condenam golpe de 2016

Michel Temer é um dos "grandes artífices do golpe", destacou o manifesto

Michel Temer e Dilma Rousseff (Foto: ABR)


Mais de 2.000 mulheres disseram em manifesto que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi vítima de um golpe em 2016. A ideia de fazer o documento partiu da socióloga e ex-ministra Eleonora Menicucci, da pesquisadora Celia Watanabe e da desembargadora aposentada Magda Biavaschi. A informação foi publicada nesta quinta-feira (9) pela coluna de Mônica Bergamo.

De acordo com o texto, Michel Temer é um dos "grandes artífices do golpe". "Diante disso, nós mulheres, que constituímos a maioria da população do país, destacando estarem vivas nesse golpe nossas heranças patriarcais e a misoginia, cá estamos para, em uníssono, bradar: foi golpe, um golpe institucional/parlamentar, misógino, de graves proporções e que se expressou nas reformas que se seguiram", afirmam.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia chamado o emedebista de golpista.  Temer disse que o petista insiste em manter-se no palanque e tenta "reescrever a história por meio de narrativas ideológicas". "Ao contrário do que ele disse hoje em evento internacional, o país não foi vítima de golpe algum. Foi na verdade aplicada a pena prevista para quem infringe a Constituição", afirmou o ex-presidente em rede social. 

A contradição das declarações de Temer é que ele próprio já confessou que o impeachment foi um golpe de estado para derrubar Dilma Rousseff. Antes de ser afastada, ela foi inocentada em 2016 por técnicos do Senado e pelo Ministério Público.

O manifesto das mulheres em solidariedade à ex-presidente tem o apoio de lideranças como a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), a deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), a professora e filósofa Marilena Chauí, a jurista Carol Proner, a cineasta Tata Amaral e a ex-ministra Izabella Teixeira.

Dilma foi ministra da Casa Civil, e de Minas e Energia, nos dois primeiros mandatos de Lula. A petista foi secretária de Minas, Energia e Comunicações do Rio Grande do Sul e também comandou a Secretaria da Fazenda de Porto Alegre (RS). 

De acordo com informação antecipada pela jornalista Hildegard Angel, colunista do 247, a ex-presidente teve o nome cogitado para assumir a presidência do Banco do Brics, grupo de países que reúne Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul. 247.


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MPF abre inquérito contra rádio do Paraná por financiar e estimular terrorismo bolsonarista em Brasília

Em transmissões, apresentador da Rádio Cidade de Cascavel afirmou que Bolsonaro foi "roubado nas urnas" e chegou a convocar as Forças Armadas e a população para uma guerra golpista

Atos terroristas em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ministério Público Federal no Paraná investiga uma rádio em Cascavel (PR) por supostamente financiar os atentados terroristas bolsonaristas de 8 de janeiro, além de incentivar discursos golpistas e extremistas e fazer propaganda em um acampamento golpista em frente à sede do Exército do município. A informação é da coluna do Guilherme Amado no portal Metrópoles. 

A rádio é conhecida como Rádio Cidade de Cascavel e seu nome comercial é Rádio Estúdio 92,3 FM. Segundo a coluna, "o canal com concessão pública estimulou ideias antidemocráticas e pregou crimes, o que é proibido. Também divulgou mentiras de “supostos especialistas jurídicos” para reforçar teorias extremistas."

O apresentador do veículo, Duka Siliprandi, chegou a afirmar durante transmissões que Jair Bolsonaro (PL) "foi roubado nas urnas", que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “surtou, apresenta visíveis sinais de alucinação, atingiu faz muito tempo o delírio, é uma espécie de demência”.

Além disso, Siliprandi convocou as Forças Armadas e a população para uma guerra golpista: “se as Forças Armadas, porventura, não tomarem o lado dos patriotas, creio eu que o povo deve ir para o sacrifício, em nome da liberdade e da honra”.

Com a abertura do inquérito realizada pelo MPF na terça-feira (7), a rádio está proibida de alterar qualquer conteúdo veiculado nas redes sociais (inclusive transmissões no YouTube) e terá 15 dias para se explicar ao órgão. 247.


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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