terça-feira, 9 de março de 2021

Hermógenes, 100 anos: pioneiro da ioga mudou a vida após tuberculose

 

Militar, professor natalense descobriu a prática casualmente no Rio

Instituto Hermógenes

A vida virou de ponta-cabeça. Literalmente. O então capitão do Exército José Hermógenes de Andrade Filho, de 35 anos de idade, surpreendeu a família quando passou a fazer exercícios "desconhecidos". Era flagrado com a cabeça no chão e os pés para o alto no banheiro de casa, onde "se escondia" em busca de concentração. Mal sabia a família que aquela era apenas uma das transformações que o homem passaria a apresentar. Até chegar àquela prática, ele buscava, na verdade, uma solução para um sofrimento. A novidade faria com que ele não fosse conhecido no futuro apenas como docente de história e filosofia do Colégio Militar, mas como o professor e precursor da ioga no país. 

Pioneiro da yoga no Brasil, professor Hermógenes
Professor Hermógenes entendia que a prática envolvia o equilíbrio de corpo, mente e espírito. Foto: Instituto Hermógenes/Direitos reservados

"Eu era muito menina e lembro que ele se escondia no banheiro para que a minha mãe não pensasse que ele estava ficando maluco. Ele olhava para mim e falava, 'fique tranquila porque eu estou ficando bom. O ioga vai me deixar bom. Vou me curar'", recorda a filha de Hermógenes, a pedagoga Ana Lúcia Leão.  

A novidade de ficar de cabeça para baixo foi uma alternativa descoberta ao acaso para um problema de saúde que o assustou. Em meio às dores, Hermógenes, depois de percorrer consultórios médicos atrás de alguma explicação para a dificuldade de respiração que sentia, recebeu a notícia, em 1956, que estava com tuberculose. A história dele começou a mudar quando ele descobriu, no centro do Rio de Janeiro, dois livros estrangeiros (um em inglês e outro em francês) sobre uma então desconhecida prática que falava sobre saúde e respiração.

Integração

O primeiro divulgador da ioga entendeu que tinha se encontrado de corpo e alma, como revelam seus descendentes. Hermógenes, que nasceu na cidade de Natal, em 9 de março de 1921 (há um século), foi estudar no Rio de Janeiro aos 20 anos, e morreu em 13 de março de 2015.  Durante toda a vida, fazia questão de participar de eventos para falar sobre a reviravolta em sua vida. Publicou mais de 30 livros sobre o tema. Não tinha viés religioso, mas uma filosofia prática de vida. Chamada de hatha yoga, a vertente que ele abraçava pregava a melhora do corpo físico para aperfeiçoar a consciência.

"É muito importante mantermos esse legado e a memória dele vivos. Ele deixou, por exemplo, o Instituto Hermógenes, que disponibiliza estrutura para a prática. A ioga é uma ciência milenar que visa à integração de corpo, mente e espírito, com práticas corporais e mentais - como a meditação, que faz parte de toda a filosofia do ioga. Ioga significa união e integração. Ele falava que essa prática é para todos nós. A ioga não é para quem pode, e sim para quem precisa. E todos nós precisamos. Visa à melhora da qualidade de vida e não tem pré-requisitos para que se pratique. É uma prática que visa viver melhor o tempo presente", afirma o neto, Paulo Raphael Bitencourt, que é professor de história e de ioga no Rio de Janeiro. "Há um grande benefício da saúde física com a prática regular. Promove também um contato maior com nossos pensamentos e, assim, nos conhecermos."

Pioneiro da yoga no Brasil, professor Hermógenes
Pioneiro da ioga no Brasil valorizava a integração entre a atividade física e a filosófica. Foto: Instituto Hermógenes/Direitos reservados

Tempo

O neto de Hermógenes entende que a pandemia é um contexto de afastamento dos outros e de nós mesmos. "A obra dele é muito atual. Há um livro dele, por exemplo, chamada Yoga para Nervosos. A prática ajuda a nos organizarmos, tranquilizarmos. [Ajuda em] questões relacionadas a distúrbios como insônia e entendemos que a prática pode nos trazer bem-estar. O ioga traz esperança de dias melhores". O neto entende que iniciantes podem começar a prática com o tempo que tiver disponível e pode ser feita dentro de casa.  

Paulo Raphael explica que é necessário praticar ioga 24 horas, com postura responsável no dia a dia. "Precisamos estar sempre evoluindo e aprendendo cada vez mais. Ele dizia assim: 'Faça ioga para ser melhor para os outros e não para ser melhor do que os outros'. Servir melhor à sociedade, com mais equilíbrio. A mensagem dele é muito atual e podia ser mais aplicada a momentos duros como o que estamos passando. Tem quatro palavras que ele sempre repetia que são: entrego, confio, aceito e agradeço. Era como um mantra na vida deles."

Pioneiro da yoga no Brasil, professor Hermógenes
Respeito ao próximo e serenidade faziam parte da rotina, segundo os familiares. Foto: Instituto Hermógenes/Direitos reservados

Para a pedagoga Ana Lúcia Leão, filha de Hermógenes e mãe de Paulo Raphael, a serenidade do pioneiro foi um aprendizado de vida para a família. "Ele mantinha um bom humor sempre. A vida dele era leve, e, ao mesmo tempo, profunda. Fazer ioga não é só colocar a cabeça para baixo".  Ana Lúcia Leão recorda ainda que o pai, diante da necessidade de espalhar a novidade, passou a trabalhar bastante de madrugada para escrever livros, além da preparação das aulas que ele desenvolvia no Colégio Militar, no Rio de Janeiro, por 25 anos. "De madrugada, ouvíamos o barulho da máquina de escrever. Quando ele faleceu, nós desfizemos o apartamento que ele morava e encontramos um enorme material. Ele deixou tamanho legado que há grupos de estudos em Portugal, com direito à estátua dele em Lisboa."

No Colégio Militar, ele desenvolveu pedagogia instigando os alunos com perguntas, com obras que ele mesmo elaborava e até histórias em quadrinhos. "Ele trazia o aluno para dentro da situação e tinha concepções diferenciadas, como as de Paulo Freire. E ele já trabalhava valorizando o saber do aluno na década de 1950". O neto Paulo Raphael, que é historiador, pretende escrever biografia sobre o avô pioneiro em parceria com o irmão, Thiago Leão.

A vida intensa do avô fez com que ele percorresse diferentes países e elaborasse estudos até hoje não publicados. No mestrado, Paulo Raphael pesquisou a atividade acadêmica do professor Hermógenes no Colégio Militar, focado na metodologia "a pergunta que ensina", que preparava o aluno para a aprendizagem da história. Hermógenes trabalhou no Colégio Militar até a aposentadoria, quando foi para reserva como tenente-coronel. "Ele teve uma vida de mais de 30 anos como militar. Como professor, ele também deu aula sobre ioga e filosofia oriental para os alunos da instituição mantida pelo Exército".

Fora do colégio, Hermógenes influenciou também pessoas como Palmerim Soares, que o conheceu com apenas 18 anos de idade. "Foi uma mudança completa na minha vida, com alteração de alimentação e também de comportamento diante da vida". Quarenta anos depois, o hoje experiente professor de matemática, que também ensinou ioga, explica que a valorização das atividades físicas é parte desse processo. Ele garante que raramente fica doente, em função da preservação do sistema imunológico. "Alimentação e atividade física equilibradas" são caminhos que o professor cita. Ele explica que o caminho para esse autoconhecimento tem relação com a serenidade. "Quando o lago está agitado, não se vê o fundo", compara.

Na telona

A vida diferente do pioneiro foi, há cinco anos, tema do documentário Hermógenes, Professor e Poeta do Yoga, dirigido por Bárbara TavaresComo praticante e admiradora da prática, a cineasta, em parceria com o diretor de fotografia Frandu Almeida, traduziu em imagens o que nem sempre as palavras conseguem explicar. "Como cineasta e documentarista, sempre pensei que eu gostaria de passar um pouco do que é a vivência do que sinto quando faço uma aula de ioga, de transformação interna."

Os realizadores, que hoje moram na cidade do Porto, em Portugal, percorreram os caminhos de Hermógenes durante três anos, com filmagens realizadas em lugares como São Paulo, Salvador e na Índia, e chegaram a ter contato com o mestre da ioga pouco antes de ele morrer. "O professor Hermógenes é uma referência na ioga há anos, uma figura que é muito conhecida não só dentro da ioga, mas dentro da terapia holística também. E não havia nenhum filme de cinema sobre ele. Na época, existia um filme que foi feito para a televisão", lembra. 

Assista abaixo ao trailer do filme:

Bárbara Tavares entrevistou uma série de famosos (como o ator Jackson Antunes, a Monja Coen e o músico Marcelo Yuka) e anônimos que testemunham os benefícios da prática na vida deles. "Esse filme foi uma experiência incrível, em que conseguimos concluir graças ao financiamento coletivo", conta. O lançamento foi no Cine Odeon, alugado pelos próprios realizadores, e o interesse pela vida de Hermógenes foi tamanho que os ingressos foram esgotados dias antes da exibição lotada. O sucesso fez com que o filme entrasse em cartaz na tradicional sala de cinema, com sessões sempre cheias, e despertasse o interesse de uma distribuidora, que o levou para o circuito nacional. É possível assistir ao filme nas plataformas Google Play, Amazon Prime, ITunes, Looke e Filmin.(Por Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Assista à edição do Sem Censura, da TV Brasil, de 2016, que destacou o documentário sobre o professor Hermógenes

Edição: Nathália Mendes


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Deixando o Brasil, Ford destrói 900 unidades de KA e Ecosport (VÍDEO)

 

(Foto: Reprodução)

A Ford começou a destruir as unidades inacabadas de Ka, Ka Sedan e Ecosport na fábrica de Camaçari (BA). Vídeos gravados na última quinta-feira (4) e obtidos pelo UOL mostram modelos sendo destruídos até virarem sucata. A Ford anunciou em 11 de janeiro que encerrará a produção de veículos no Brasil em 2021, com o fechamento imediato das fábricas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP).

Foram 900 unidades que ficaram inacabadas com o encerramento repentino das atividades em Camaçari. Vários equipamentos e máquinas estão sendo desmontados e retirados da fábrica.

A montadora ainda busca definir o que será feito com as  fábricas de Camaçari e Taubaté. O governo da Bahia chegou a divulgar sondagens de potenciais interessado, entre eles marcas chinesas, indianas, sul-coreanas e japonesas.

Enquanto isso, a Ford se prepara para mudar sua atuação no Brasil, transformando-se em mera importadora. Ka e Ecosport, que saíram de linha, já começam a desaparecer das concessionárias e a marca norte-americana deve apresentar em breve seu novo produto no Brasil: o SUV Bronco Sport, vindo do México.

As mudanças já fizeram despencar as vendas da Ford nos primeiros meses do ano. A marca viu sua participação no mercado cair de 7,15% para 5% - distribuidores acreditam que chegará a 1,4% com a nova política da empresa. Já o Ka, que sempre figurava entre os cinco carros mais vendidos do país, ocupou apenas a 30ª posição em fevereiro, segundo dados da Fenabrave.


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Leia na íntegra o voto de Lewandowski que declara a suspeição de Moro no julgamento de Lula

 


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski votou nesta terça-feira (9), em julgamento na Segunda Turma da Corte, pela parcialidade do ex-juiz Sergio Moro nos processo conduzidos por ele na Lava Jato contra o ex-presidente Lula.

Ao lado do ministro Gilmar Mendes, Lewandowski destacou que Lula "foi submetido a um verdadeiro simulacro de ação penal" e relatou: “toda vez que vou para o exterior, trago de volta perplexidade da comunidade jurídica internacional sobre esse processo do ex-presidente Lula”.

A sessão foi encerrada no final da tarde desta terça-feira com um pedido de vista do ministro Nunes Marques e com o placar em 2 a 2. A ministra Cármen Lúcia, no entanto, afirmou que apresentará um "novo voto".

Leia na íntegra o voto do ministro Ricardo Lewandowski:

Nunes Marques pede vistas e adia julgamento sobre suspeição de Moro

 

(Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

Após o duro voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes nesta terça-feira (9) pela suspeição do ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro acerca dos processos contra o ex-presidente Lula, o ministro Nunes Marques pediu vista para ter "mais tempo" para analisar o processo.

Diante do pedido de vista de Nunes Marques, Cármen Lúcia optou por aguardar o voto do colega e então apresentar um "novo voto" seu, sinalizando que seja diferente do que já proferiu em 2018, antes de Gilmar pedir vistas do mesmo processo. Na ocasião, Cármen votou contra a suspeição de Moro.

Com isso, o placar na Segunda Turma ficou indefinido. O ministro Ricardo Lewandowski, no entanto, se antecipou e manifestou seu voto, a favor da suspeição

O colegiado é formado por Gilmar Mendes, Nunes Marques, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin. Os indícios são de que já há maioria formada para acompanhar o voto do relator, Gilmar, pela suspeição de Moro.

No início da tarde, Edson Fachin tentou, com uma manobra, adiar o julgamento, levando o caso ao plenário, mas fracassou e foi derrotado por 4 a 1. (Brasil247).

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STF encerra sessão com 2 a 2 pela suspeição de Moro e pedido de vista por Nunes Marques

 

Gilmar Mendes, Sérgio Moro e Lula (Foto: STF | Reuters | Ricardo Stuckert)

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta terça-feira (9) o julgamento do habeas corpus que pede a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá. 

O julgamento foi suspenso com um placar de 2 a 2. Isso porque os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela suspeição. 

Antes de Gilmar Mendes pedir vistas do processo, em 2018, o relator, Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia já haviam votado contra a suspeição de Moro. 

Na sessão desta terça, o ministro Kássio Nunes Marques pediu vistas do processo, paralisando novamente o julgamento. A ministra Cármen Lúcia afirmou que vai votar depois de Nunes Marques, e apresentará um "novo voto", sinalizando mudança de entendimento.

Voto de Gilmar Mendes

Em um longo e contundente voto, o ministro Gilmar Mendes se posicionou pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos contra o ex-presidente Lula na Lava Jato, com a anulação de todos os atos decisórios no âmbito da ação penal, e que seja responsável pelas custas dos processos.

O ministro leu diversos trechos de diálogos entre procuradores da força-tarefa que envolvem também Sergio Moro. E definiu a Lava Jato como “projeto populista de poder”, usando expressões como “instrumentalização da justiça”, “juiz subserviente”, “populismo jurídico” e “maior escândalo judicial da nossa história”. “Não se combate crime cometendo crime”, ressaltou.

Voto de Ricardo Lewandowski

O ministro Ricardo Lewandowski acompanhou Gilmar e também votou pela suspeição de Moro. Em sua decisão, destacou que "Lula foi submetido a uma verdadeiro simulacro de ação penal" e citou magistrados e processualistas italianos. 

“Eu tenho dito que toda vez que vou para o exterior, trago de volta perplexidade da comunidade jurídica internacional sobre esse processo do ex-presidente Lula”, reforçou o ministro.

Lewandowski votou pela suspeição de Moro decretando a nulidade de todos os seus atos desde o início. “Eu invalido totalmente essa ação penal”. “E adiro também à proposta de que o ex-juiz arque com as custas processuais”, destacou, acompanhando Gilmar também neste ponto.

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Leia reportagem do Conjur sobre o assunto:

"O combate à corrupção é fundamental, mas deve ser feito dentro dos moldes legais, observando o devido processo legal. Não se combate o crime praticando crime". Com esse entendimento, o ministro Gilmar Mendes votou, nesta terça-feira (9/3), por declarar o ex-juiz Sergio Moro suspeito para julgar o ex-presidente Lula e anular todo o processo do tríplex no Guarujá (SP).

Logo após Gilmar enunciar seu voto, o ministro Nunes Marques, que votaria em seguida, pediu vista. A ministra Cármen Lúcia, por sua vez, afirmou que vai votar depois de Nunes Marques Ela já tinha votado neste processo em 2018; portanto, parece estar sinalizando mudança de entendimento. 

Em 4 de dezembro de 2018, os ministros Edson Fachin, relator, e Cármen Lúcia votaram por negar o Habeas Corpus da defesa de Lula alegando falta de imparcialidade de Moro. O julgamento foi interrompido por pedido de vista de Gilmar.

Na apresentação de seu voto-vista, Gilmar Mendes afirmou que, enquanto esteve à frente da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, Sergio Moro interferiu na produção de provas contra acusados, dirigiu as investigações do Ministério Público Federal e juntou documentos de ofício, sem manifestação do órgão.

"Diversas vezes, Moro não se conteve em ‘pular o balcão’. Ele gerenciou os efeitos da exposição midiática dos acusados. Estava na dianteira de uma narrativa que culminaria em um projeto de poder, que passava pela deslegitimação do PT, especialmente de Lula, para afastá-lo do jogo politico", disse o ministro.

Segundo ele, os atos praticados por Sergio Moro não permitem manter a percepção de que o julgamento de Lula foi feito por um juiz destituído de todo e qualquer preconceito quanto à sua culpabilidade.

Meio inadequado

Em dezembro de 2018, Edson Fachin negou o Habeas Corpus alegando, entre outros fundamentos, que HC não seria o meio adequado para tratar de suspeição de Sergio Moro.

"Suspeição é diferente do impedimento. E parcialidade, suspeição, exige que a parte acusada seja ouvida. Não se pode considerar um magistrado suspeito por decidir com base em tese jurídica que considera correta", defendeu Fachin.

Em seguida, a ministra Cármen Lúcia afirmou que todo mundo tem direito a um processo justo. "Nessa condição, o magistrado tem de estar acima de qualquer irregularidade. O fato de um ex-juiz ter aceito convite formulado para Executivo não pode ser considerado por si sua parcialidade", disse Cármen. (247).


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China se compromete a construir Rota da Seda Polar visando Ásia, Europa e América

 

Bandeira da China (Foto: Reinaldo)

O plano quinquenal que está em discussão na China durante a sessão anual da Assembleia Popular Nacional "participará de uma cooperação pragmática no Polo Norte e elevará sua capacidade para participar da proteção e utilização do Polo Sul", informa a Reuters.

A China está procurando recursos minerais lucrativos, bem como novas rotas de navegação alternativas nas regiões árticas, à medida que as calotas polares retrocedem como resultado do aquecimento global.

A denominada Rota da Seda Polar consiste na exploração do Ártico com o objetivo de encontrar novas rotas para facilitar o comércio entre as regiões da Ásia, Europa e América.

Em 2018, a China publicou um livro branco, onde ressalta o plano de criar novas rotas de transporte unindo a Ásia e Europa através das passagens nordeste, noroeste e central do Ártico, levantando preocupações sobre o frágil ambiente da região. (Sputnik).


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Lira e Pacheco dão 24 horas para Pazuello explicar agenda de vacinação

 Data e quantidade de recebimento de vacinas foram alterados


Um dia depois de o Fórum Nacional de Governadores pedir explicações ao Ministério da Saúde sobre a redução do número de doses de vacinas para combater o novo coronavírus  (Covid-19) previstas para março, os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cobraram do ministro Eduardo Pazuello, que em 24 horas informe sobre o cronograma de vacinação apresentado aos senadores em sessão temática na Casa no dia 4.

A previsão era de que o ministério distribuísse em março - só da vacina  Oxford-AstraZeneca, produzida na Fiocruz - 16,9 milhões de doses. Mas a quantidade caiu para 3,8 milhões. Na última segunda-feira (8), depois de uma reunião na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, com governadores, o ministro da Saúde atribuiu o atraso a uma uma falha técnica em uma máquina de lacre da embalagem da vacina.

Em ofício enviado a Pazuello, Lira e Pacheco fizeram quatro perguntas ao ministro. Eles querem saber se o cronograma foi alterado e, em caso afirmativo, quais foram as razões para isso e quais os principais obstáculos enfrentados no momento para que o cronograma vigente seja cumprido.
Os parlamentares também querem saber se o ministério tem informações a respeito do cronograma de produção nacional de vacinas pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan. Em caso afirmativo, quais seriam as datas para o envio de vacinas, pelas referidas instituições, ao governo federal.

Sobre a aquisição de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), os parlamentares querem saber há calendário para sua aquisição, por parte do governo federal, de outros países, e se há o risco de falta dessa matéria-prima, além dos maiores entraves para que a pasta faça a aquisição e importação do produto.

“Considerando a urgência que nos impõe a pandemia ocasionada pela disseminação do vírus SARS-CoV-2 e a crescente taxa de óbitos por dia em decorrência da Covid-19, solicitamos a presteza de V. Exa. no sentido de encaminhar as informações acima requeridas no prazo de 24 horas, a fim de que as Casas do Congresso Nacional possam adotar as providências cabíveis no combate à pandemia”, diz o ofício. (Por Agência Brasil).


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General chinês propõe aumento de gastos militares para se prevenir de ofensiva dos EUA

 

Xu Qiliang, militar de alta patente da China (Foto: Reuters)

"Diante dos problemas de fronteira, os militares devem acelerar o aumento de sua capacidade. [...] Devemos progredir nos métodos de combate e capacidade e estabelecer uma base sólida para a modernização militar", disse Xu na última sexta-feira (5), durante a reunião anual do Congresso Nacional do Povo da China, de acordo com o South China Morning Post.

Em 7 de março, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que "o mundo não conhecerá a paz" até que os Estados Unidos parem de "interferir nos assuntos internos de outros países", informa a RT.


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Governo de Pernambuco distribui 50 mil máscaras para usuários de transporte público da RMR

A iniciativa tem o objetivo de estimular o uso da máscara, garantindo mais proteção à saúde da população em geral


Usuários do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/ RMR) vão receber do Governo de Pernambuco 50 mil máscaras de proteção para ajudar no combate ao coronavírus. 
A iniciativa tem o objetivo de estimular o uso da máscara, garantindo mais proteção à saúde da população em geral, já que o item é uma barreira que evita o contágio comunitário da Covid-19 no espaço público.  

As máscaras já estão sendo distribuídas todos os dias nos horários de pico (6h às 9h; 12h; fim de tarde até início da noite). Segundo assessoria de imprensa do Palácio do Governo, a ideia é dar prosseguimento a iniciativa. 

As equipes do Governo de Pernambuco estão entregando as máscaras aos usuários dos seguintes terminais: Abreu e Lima, Aeroporto, Afogados, Barro, Cabo, Cajueiro Seco, Camaragibe, Caxangá, CDU, Getúlio Vargas, Igarassu, Jaboatão, Joana Bezerra, Largo da Paz, Macaxeira, PE-15, Pelópidas Silveira, Prazeres, Recife, Rio Doce, Santa Luzia, Santa Rita, Tancredo Neves, TIP e Xambá.

A Operação Pernambuco pela Prevenção, que também fornece álcool em gel para quem passa pelos terminais, é realizada pelas secretarias de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas (SPVD) e pela Casa Civil, além do Grande Recife Consórcio de Transportes.

Para o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Bruto, essa é mais uma iniciativa importante do Governo, que desde o início da pandemia tem trabalhado para mitigar seus efeitos no transporte público.

"Com essa ação, iremos ampliar o número de máscaras distribuídas aos usuários. Desde o ano passado, entre outras iniciativas, nós já reforçamos a higienização dos TIs e veículos, colocamos pias externas em 22 terminais e ampliamos o número de facilitadores de embarque. Em parceria com a Secretaria de Defesa Social, também disponibilizamos mais de 2,5 mil policiais através do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES) nos 10 principais TIs do Grande Recife para garantir a segurança dos usuários e o bom funcionamento dos terminais", ponderou.

Quem passava pelo Terminal Integrado de Passageiros da PE-15, em Olinda, nesta terça-feira (9), aprovou a iniciativa, como Fábio Bernardo, que passa todos os dias pelo local. “Estou achando ótima essa ação. Devemos sempre usar máscara e o álcool em gel”, afirmou. Também usuária de transporte coletivo, Regina Conceição concorda e lembra que a iniciativa ajuda as pessoas que não têm condições de comprar mais de uma máscara. “Quem não gosta de usar é porque não quer ter saúde”, disse.

O secretário da SPVD, Cloves Benevides, lembra que tempos tão desafiadores pedem a cooperação de todos. “O Governo tem feito esforços para ampliar as estratégias de saúde. A população deve somar-se a este esforço promovendo o autocuidado: o uso da máscara, a manutenção do distanciamento social e medidas que restringem a circulação são absolutamente necessárias para ampliar o cenário de prevenção e impedir o crescimento dos números. É hora da proteção integrada, da sociedade e do Governo, para proteger as pessoas que a gente ama”, argumenta Benevides. (Por Portal Folha de Pernambuco).



Rússia e China planejam construir estação lunar

 

Pixabay/Divulgação


Agência espacial russa, Roskomos, anunciou nesta terça-feira (9) a assinatura de um memorando com a China para construir conjuntamente uma estação "na superfície ou na órbita" da lua.

Em um comunicado, Roskosmos destacou que o projeto da "Estação Científica Lunar Internacional" com a agência espacial chinesa (CNSA) estará aberto a "todos os países interessados e parceiros internacionais".

No entanto, o texto não forneceu nenhum calendário ou os valores investidos na iniciativa.

Segundo Roskosmos, Rússia e China estabelecerão um "roteiro" e terão uma "estreita colaboração" para finalizar o projeto.

"A Estação Científica Lunar Internacional consistirá em um conjunto de ferramentas experimentais de pesquisa criada na superfície ou na órbita da Lua e desenvolvida para realizar trabalhos multidisciplinares", diz o comunicado.

Este anúncio ocorre em um momento em que a Rússia parece estar atrás nos inúmeros projetos espaciais de outros Estados ou de empresas privadas.

A agência russa acrescenta em seu comunicado que o projeto também permitirá a avaliação de tecnologias que permitam operações "não tripuladas", tendo em vista a presença humana na Lua.

Por sua vez, a Administração Espacial Chinesa ressaltou que terá como objetivo "promover a exploração pacífica e a utilização do espaço por toda a humanidade".

No Twitter, o chefe da Roskosmos, Dmitry Rogozin, convidou nesta terça-feira Zhang Kejian, o diretor da CNSA, a participar do lançamento, previsto para outubro, do módulo lunar russo Luna 25.

Muitos programas que têm como objetivo a Lua são considerados também como bancos de prova para Marte, do mesmo modo que o americano Artemis.

No ano passado, a Rússia perdeu seu monopólio dos voos tripulados para a Estação Espacial Internacional após a primeira missão deste tipo realizada com sucesso pela empresa americana Space X, que planeja um voo para a Lua a partir de 2023.

Apesar de se beneficiar de uma vasta experiência e de equipamentos projetados de forma confiável que datam do período soviético, o setor espacial russo sofre de dificuldades para inovar, bem como de financiamento e corrupção.

Os sucessos de Moscou, no entanto, continuam sendo uma fonte de grande orgulho para os russos, em particular em torno da figura de Yuri Gagarin, o primeiro homem no espaço, cuja famosa missão celebrará seu 60º aniversário em abril.

Este novo projeto lunar, se concretizado, poderá colocar Moscou de volta na corrida com a ajuda de um parceiro que não esconde suas ambições espaciais, no momento em que os Estados Unidos planejam construir o Lunar Gateway (LOP-G), a futura mini-estação que será montada em órbita lunar.

"É realmente importante e uma contrapartida interessante para o projeto LOP-G liderado pelos Estados Unidos", comentou à AFP o analista chinês independente Chen Lan, da GoTaikonauts.com.

Segundo ele, seria o "maior projeto de cooperação internacional" da China no espaço.

Em meados de fevereiro, a China, uma potência espacial em formação, colocou sua sonda "Tianwen-1" em órbita ao redor de Marte, a primeira para o país, realizada quase sete meses após seu lançamento em julho.

Em dezembro, também trouxe de volta amostras da Lua, durante uma primeira missão deste tipo em mais de 40 anos.

Por sua vez, os Estados Unidos pousaram com sucesso um quinto veículo em Marte no final de fevereiro.

Sob o comando do ex-presidente Donald Trump, Washington definiu o retorno dos americanos à Lua em 2024 como parte do programa Artemis.

De sua parte, Joe Biden, embora apoiasse o programa Artemis, ainda não nomeou um administrador permanente para a NASA, nem forneceu uma visão precisa de sua política espacial. (Por: Estado de Minas

 

Por: AFP).



Ausente no ato bolsonarista, Musk comenta nas redes e volta a atacar Moraes

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