domingo, 4 de fevereiro de 2024

"Moro está sendo cassado por ter sido corrupto", diz Liana Cirne

“Tem mais de R$ 1 milhão pagos para o escritório de advocacia do seu suplente, e isso provavelmente foi caixa dois. É corrupção”, diz a vereadora

Professora Liana Cirne Lins e Sérgio Moro

Seguindo com a repercussão do julgamento do senador e ex-juiz suspeito Sergio Moro (União Brasil-PR), que agora se aproxima da data de confirmação, a vereadora de Recife Liana Cirne Lins (PT-PE) enfatiza que ”Moro está sendo cassado por ter sido corrupto”, o que desmoraliza a bandeira utilizada pelo parlamentar de um suposto combate à corrupção. Na ação de investigação judicial eleitoral, o PT e pelo PL acusam Moro por suposto abuso de poder econômico na pré-campanha relacionada ao pleito de 2022. Moro nega as acusações e as siglas buscam a cassação do mandato, a inelegibilidade do senador por oito anos, além da convocação de uma nova eleição para a vaga de senador do Paraná.

"Abuso de poder econômico não se trata apenas do fato de que ele gastou mais dinheiro do que ele poderia em uma campanha para senador em razão da sua pré-candidatura a presidente da República", destaca Liana.

Ela ainda ressalta a discrepância nos gastos de Moro durante a campanha, o que levanta sérias suspeitas sobre caixa dois. "Tem mais de R$ 1,3 milhão pagos para o escritório de advocacia do seu suplente. Isso, muito provavelmente, foi caixa dois para a campanha dele. Se você tem R$ 4 milhões para a campanha você vai pagar R$ 1 milhão para um escritório de advocacia com o dinheiro do fundo eleitoral? Eu quero saber qual é o político que tem R$ 4 milhões para fazer campanha eleitoral e paga um quarto desse valor para um escritório de advocacia. Não existe um negócio desse. Foi R$ 1 milhão para um escritório de advocacia do suplente dele, que era pessoa de sua confiança, e mais, com fundo partidário do Podemos, R$ 365 mil. Que tanto que esse escritório de advocacia fez para ganhar R$ 1,365 milhão? Isso é corrupção". - 247.


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Alexandre de Moraes condena pastor a 17 anos de prisão por tentativa de golpe de estado

Voto do ministro também determina que ele e os demais condenados paguem R$ 30 milhões de indenização por dano moral coletivo em razão dos atos antidemocáticos

Ministro Alexandre de Moraes participa da sessão plenária do STF (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O relator do processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos de 8 de janeiro,  Alexandre de Moraes, votou neste sábado pela condenação do pastor Jorge Luiz dos Santos a 17 anos de prisão.

Além da privação de liberdade, o voto de Moraes determina que ele pague, com os outros condenados, R$ 30 milhões de indenização por dano moral coletivo.

O julgamento virtual foi aberto nesta sexta-feira (2), e o voto de Moraes divulgado neste sábado. Outros dez ministros votarão.

Como lembrou a coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, a condenação do pastor foi precedida por uma polêmica.

Segundo a Procuradoria Geral da República, ao negar pedido para revogar a prisão preventiva do pastor, Alexandre de Moraes usou antecedentes criminais de um homônimo, dez anos mais velho.

A PGR afirmou que Jorge Luiz dos Santos tem antecedentes criminais, mas outros. Foi, portanto, um erro de Alexandre de Moraes. Mesmo assim, o ministro manteve a prisão do pastor e, neste sábado, votou pela sua condenação.

Jorge Luiz dos Santos é presidente da Igreja Evangélica Amor de Deus João 3:16, de Itaverava (MG). Santos participou da invasão das sedes dos três poderes, e já tinha sido preso durante a pandemia, em uma de suas fases mais agudas, com muitos casos de pessoas infectadas e um alto número de mortos.
O pastor se recusou a cumprir as restrições impostas pelo governo estadual como medida de segurança para a população. E manteve a igreja aberta, mesmo sendo proibido na Onda Roxa do Plano Minas Consciente. - 247.


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'Abin paralela é o caso que atinge mais diretamente o Bolsonaro', diz Eduardo Guimarães

 “É muita prova para um criminoso só”, afirmou o jornalista



(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Mariana Greif | Antonio Cruz/Agência Brasil )


O jornalista Eduardo Guimarães apontou como as provas da ligação entre Jair Bolsonaro (PL) e o caso de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu governo são evidentes e graves: "não há muito o que fazer. É o caso que atinge o Bolsonaro mais na veia, porque as provas são muito contundentes", afirmou Guimarães.

Em entrevista à TV 247, o jornalista disse que a investigação revelou ações destinadas a proteger os filhos de Bolsonaro e, de maneira mais preocupante, a prejudicar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), enfatizando a seriedade das alegações enquanto considera este o caso mais substancial até o momento contra Bolsonaro.

“O que se detectou na Abin foi um esquema a serviço do Bolsonaro. Existe um vídeo em que o Bolsonaro produz prova contra si dizendo que ele tinha um sistema próprio, particular, de informação na Abin. Mais provado é impossível. (...) Eu fico me perguntando se alguma vez na vida vi um criminoso com tantas provas contra si. É muita prova para um criminoso só”, concluiu. - 247.


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Rússia pede reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre ataques dos EUA ao Iraque e à Síria

O governo russo criticou a "natureza agressiva da política dos Estados Unidos no Médio Oriente e o total desrespeito de Washington pelo direito internacional"

Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa (Foto: TASS)

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, informou neste sábado (3) que o governo russo pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os ataques dos EUA ao Iraque e à Síria - pelo menos 40 pessoas morreram. A informação foi publicada pela agência de notícias estatal russa TASS. 

Segundo a porta-voz, os ataques aéreos americanos "demonstraram mais uma vez ao mundo a natureza agressiva da política dos EUA no Médio Oriente e o total desrespeito de Washington pelo direito internacional".

Uma reunião do Conselho de Segurança da ONU relacionada com os ataques dos EUA está marcada para 5 de fevereiro, informou a TASS. A ONU ainda não publicou informações detalhadas para confirmar a sessão de emergência.

Em comunicado, o Hezbollah, grupo islâmico do Líbano apoiado pelo Irã, criticou a "flagrante agressão americana contra o Iraque e a Síria" e disse que a inicativa dos norte-americanos contribuiu para a desestabilização em uma parte do Oriente Médio. 

Outro grupo islâmico, o Hamas, da Faixa de Gaza, classificou as investidas áreas dos EUA como um ato de "agressão" e disse que representantes do governo americano agiram em "violação da soberania dos dois países árabes". - 247.



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Por que procuradores, outros agentes públicos e jornalistas viúvos da Lava Jato tremem ante decisões de Toffoli

É mentira que a suspensão do acordo da J&F “não tem nada a ver” com a mesma decisão concedida à Odebrecht. Tudo saiu da usina de factóides vazados da PGR

O ministro do STF Dias Toffoli (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)


Sob o número 1.00.002.00050/2020-73, um inquérito administrativo disciplinar instaurado pela ex-procuradora-geral interina Elizeta Maria de Paiva Ramos, em 21 de julho de 2020, quando era corregedora-geral do Ministério Público Federal, é o motor de tantos comentários derrogatórios, eivados de aleivosias, e dos inúmeros textos verborragicamente ensandecidos e factualmente desprovidos de provas ou nexos que têm tido por alvo e vítima central o ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, desde que ele proferiu as decisões de suspender os acordos de leniência com a J&F (holding da JBS) e a Odebrecht (hoje, Novonor).

Qual senha numérica capaz de abrir um portal que dá acesso ao outrora mundo encantado da “Fantástica Fábrica de Delações Premiadas e Vazamentos Coreografados e Dirigidos” aos que cruzam seu umbral, o código 1.00.002.00050/2020-73 permite a quem lê o papelório produzido pelas investigações daquele inquérito administrativo vislumbrar no esplendor de seu funcionamento o açougue onde foram assassinadas inúmeras reputações de pessoas físicas e jurídicas e esquartejadas corporações privadas. 

Lançando mão do mesmo modus operandi, procuradores que deviam ser “da República”, lotados em Curitiba, ou no Distrito Federal, ou em São Paulo, ou no Rio de Janeiro, pinçavam trechos de investigações apartados das devidas e necessárias explicações dos advogados de defesa (ou antes que as defesas judiciais dos acusados se manifestassem) e vazavam para um seleto grupo de jornalistas dos mais variados veículos - O Globo, TV Globo, CNN, Folha de S Paulo, uol, O Estado de S Paulo, revista Piauí, revista digital Crusoé, site Vortex.com - explicitando sempre onde se queria chegar na detração dos personagens.

Os ministros do STF Dias Toffoli e Gilmar Mendes, os ex-procuradores-gerais da República Raquel Dodge e Augusto Aras, inúmeros políticos de partidos diversos, desde Rodrigo Maia (à época no DEM e União Brasil) até o atual presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu de Oliveira e Silva (ambos do PT), e as corporações J&F, Odebrecht, OAS, Camargo Correa, entre outras, além dos empresários Leo Pinheiro (ex-presidente da OAS) e Jacob Barata Filho (do setor de transporte de passageiros no Rio de Janeiro) e a Federação das Empresas de Transportes Rodoviários do Rio (Fetranspor) foram alvos preferenciais dos ardis de direcionamento e vazamento de informações praticados como um sistema de correias fechadas que funcionavam como polias: gerava-se “notícia” para favorecer investigações capengas e, a partir da notícia gerada com escândalo e de forma tonitruante, fiapos de “provas” colhidas das “reportagens” movimentavam as engrenagens e moíam reputações e corporações.

Devastadas pela engenhoca que funcionou de forma exemplar a partir da “República de Curitiba”, no curso da ascensão da Lava Jato, corporações que não estavam dentro das investigações lavajatistas - como, inicialmente, a J&F e as empresas de ônibus do Rio reunidas na Fetranspor - viram-se enredadas no complexo maquinário de retroalimentação de denúncias formatado a partir do Paraná e por dentro do Ministério Público Federal por procuradores, pelo ex-juiz Sérgio Moro, por delegados e agentes da Polícia Federal e por jornalistas - repórteres, colunistas, âncoras. Para desligar a chave do dínamo que os lançou ao inferno, a única saída era ceder às imposições (não eram apelos - eram imposições) de delações premiadas e leniências. Foi assim que se produziu, no período de 2016 a 2019, a coleção de bilionárias delações e leniências agora em processo de revisão a partir da correta decisão do ministro Dias Toffoli. Tais acordos não eram fruto de avanços meritórios da Justiça brasileira na escalada civilizatória das práticas empresariais. Ao contrário, era resultado de processos de chantagens judiciais e policiais promovidas por intermédio do Ministério Público Federal e tendo alguns jornalistas na condição de matadores de aluguel.

Os pilares das leniências bilionárias da J&F e da Odebrecht ruíram. Agora, aquele passado lavajatista, infausto, está sob risco sistêmico e vai desmoronar por inteiro quando o conluio de procuradores com determinados jornalistas dos veículos aqui citados vier à superfície. Destruídas, obrigadas a encolher, a demitir centenas de milhares de pessoas, a rever planos de investimento, essas corporações podem buscar ressarcimento pecuniário não apenas do Estado, mas, também, dos entes privados que tentaram desmontá-los. Reside aí, neste nada sutil e doloroso futuro que aguarda algumas empresas de comunicação e seus intrépidos repórteres, colunistas e opinionistas, a paúra que bate em muita gente agora dedicada a bater sem dó nas decisões do ministro Dias Toffoli. - (Luiz Costa Pinto).

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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