sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Evolução da Ômicron provoca mudanças na programação de grandes eventos

 

Pandemia não acabou, e momento é de restrição, alertam especialistas

Divulgação/Manu Mendes

O avanço da variante Ômicron mexeu com a programação de grandes eventos no início deste ano no país. Um exemplo é o festival de música Universo Spanta, na Marina da Glória, zona sul do Rio, que teve adiadas as apresentações de hoje (7) até domingo (9), e ainda não remarcou as datas. Músicos da banda de Lulu Santos, que fariam ontem show com o cantor e compositor, e hoje com a cantora Duda Beat, foram diagnosticados com covid-19.

Em mensagem publicada no Instagram, os músicos comunicaram que as outras atividades do calendário estão mantidas e que o cenário da pandemia ao longo dos próximos dias continuará sendo acompanhado junto aos órgãos de saúde.

A programação prevê apresentações em todos os fins de semana de janeiro e tem encerramento marcado para o dia 30. Os organizadores do festival disseram que esperam conseguir manter a agenda. “Temos esperança de realizar um festival lindo e de nos reencontrarmos a partir do dia 14”, afirmaram os artistas, informando que pretendem retomar o evento na próxima sexta-feira.

Até mesmo eventos que começarão apenas em março requerem cuidados e planejamento especiais. O produtor do Tim Music Verão, Rafaello Ramundo, previsto para os dias 12 e 13 e 19 e 20 de março, na Praia de Ipanema, disse que o trabalho da equipe é sempre antecipado e que o cenário atual vem sendo acompanhado. Ele adiantou que está sendo trabalhada inclusive a possibilidade de datas mais para a frente, caso seja necessário adiar as apresentações. “Por prudência, já estamos montando um plano de contingência para levar o evento um pouco mais para a frente.” Segundo o produtor, o evento inclui extensa lista de artistas e equipes e há risco de as pessoas estarem contaminadas quando o evento ocorrer.

Ramundo disse que é muito forte o impacto de não realizar um grande evento que já foi preparado, mas ressaltou que a responsabilidade vem na mesma medida e não pode ser comprometida por conta de imprudência da produção. “Se chegar a um ponto em que realmente é impossível fazer, aí, mesmo com todo o prejuízo que isso possa causar, porque eventos como o Tim Music Verão geram muito emprego – quase 3 mil entre diretos e indiretos --, se a pandemia for do tamanho que está se desenhando, a gente dá um freio”, afirmou o produtor à Agência Brasil.

Outro evento com presença de público produzido por Ramundo é o Festival Invasão Cultural, com apresentações musicais que antecedem os jogos do basquete do Flamengo, no Maracanãzinho, zona norte do Rio. Neste caso, a opção foi reduzir o número de pessoas no local com a exigência de protocolos sanitários e a transmissão dos shows pela internet. “Estamos lançando uma série de artistas no projeto Invasão Cultural, que fala para um público mínimo no Maracanãzinho, mas isso é replicado na internet para as pessoas. É a vida que estamos vivendo hoje”, enfatizou.

Planejamento

Grandes eventos precisam ser organizados com extenso planejamento antecipado. A preparação do Universo Spanta, por exemplo, envolveu centenas de pessoas durante  dois anos para definir os detalhes e a lista com mais de 100 atrações. Nesse período, veio a covid-19, e o cenário mudou.

Antes do surgimento da Ômicron, tudo parecia estar caminhando para a normalidade. As famílias se reuniram no Natal e, mesmo com restrições, se comparado a outros anos, houve a queima de fogos em vários pontos do Rio e comemorações em outras cidades do país no réveillon.

Os eventos culturais e de turismo do Brasil estão entre os segmentos mais atingidos pela pandemia. Dados da Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape) indicam que as perdas do setor no auge da pandemia chegaram a 93%. O ambiente que se mostrava mais favorável nos últimos meses de 2021, reforçado pelo avanço da vacinação e a consequente redução de casos e de óbitos da doença, animou os promotores e grandes eventos começaram a ser programados.

Agora, com a multiplicação da variante Ômicron, a realização desses eventos passou a ser motivo de preocupação. Salvador, Recife e Olinda já cancelaram a programação de carnaval. No Rio, a prefeitura cancelou os desfiles de blocos de rua e espera resposta das agremiações à proposta de apresentações em lugares onde o controle do público pode ser feito, como o Parque Madureira, na zona norte, e o Parque Olímpico, na zona oeste.

Para as escolas de samba, pelo menos até agora, os desfiles estão mantidos no Sambódromo da Sapucaí com exigências do comprovante de vacinação em dia e testagem para covid-19 antes do espetáculo.

Especialistas

Rock in Rio Music Festival in Rio de Janeiro
Para setembro, está prevista nova edição do Rock in Rio na zona oeste do Rio - Reuters/Ian Cheibub/Direitos Reservados

Para especialistas, no entanto, o avanço da Ômicron no país recomenda cautela, e o melhor seria o cancelamento total de grandes espetáculos e festejos como os de carnaval. Embora reconheça que tais eventos foram programados em outro cenário da pandemia, a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, afirmou que, diante do que já se verificou em países do Hemisfério Norte, onde a variante se espalhou em grandes proporções, o momento é de retroceder. “É preciso que a população entenda que mudou. Não podemos mais relaxar de maneira nenhuma”, disse Isabella à Agência Brasil.

A médica destacou ainda o impacto nas mais diversas atividades, quando aumenta o número de casos. “Felizmente não teremos um número de mortes como tivemos nas últimas ondas, mas teremos tantos casos que a economia ficará prejudicada por causa do absenteísmo”, afirmou Isabella, que

citou como exemplo os inúmeros voos cancelados por causa da contaminação das equipes de tripulantes.
 
“Não queremos parar a economia, não queremos fechar as escolas de maneira nenhuma. As escolas não podem ser fechadas, mas precisamos da ajuda da população. É preciso entender esse recado, porque, senão, não tem como controlar. Não tem autoridade que consiga controlar”, afirmou.

O primeiro-secretário da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, concorda que o momento é de restrições. “Do jeito que flexibilizamos todos, e com a nova onda chegando, a maior de todas, temos que voltar atrás, retroagir com o público no carnaval, nos estádios de futebol, nos cruzeiros. Agora é momento de restrições. Muita gente, equivocadamente, usava como critérios o número de vacinados para flexibilização. O relaxamento deve ser dado pelas taxas de transmissão.”, explicou.

Quando há muita gente em circulação, é preciso restringir mais, com poucos circulando, libera-se mais, disse o infectologista. “A conta é essa. O momento agora, é voltar para trás. Limitar a frequência”, recomendou Kfouri, reforçando que a limitação se daria até baixarem as taxas de transmissão da Ômicron.

A médica Sylvia Lemos, que é consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) em Pernambuco, teme que o quadro se agrave no carnaval, quando aumenta a circulação de pessoas nas cidades e chegam turistas de outros países. Além disso, há o caso de  pessoas já vacinadas que participaram de festas privadas no fim do ano e agora estão com a doença. Ainda assim, disse a médica, é preciso avaliar a evolução, porque como tem sido demonstrado desde o início, o comportamento da covid-19 é muito mutante. “É algo imprevisível e temos que esperar os tempos e como as tendências das curvas se comportam”, afirmou.

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse que, por enquanto, não há previsão de alterar as medidas restritivas e que a principal recomendação para eventos é a cobrança do passaporte sanitário. Soranz destacou que as pessoas precisam ter consciência de que, para ficar juntas no mesmo local, é necessário que todas estejam devidamente vacinadas. O secretário reconheceu que isso não vem ocorrendo em alguns eventos, que terminaram com muitas pessoas infectadas, como nos cruzeiros, que precisaram ser suspensos.

Para Soranz, o panorama pode mudar, se houver aumento nas internações, por causa da falta de respeito às regras sanitárias. “Se não forem cumpridas, houver aumento no número de internações e de casos graves, teremos que mudar as medidas restritivas na cidade. O que está balizando as medidas restritivas hoje é a quantidade de internados e de casos graves, que não se alterou, não teve mudança nesse momento, mas, se houver grande circulação de pessoas não vacinadas, o cenário pode se alterar rapidamente.”

Soranz reforçou que é importante os eventos culturais continuarem cumprindo as medidas sanitárias colocadas: em locais com muita gente, exigir o uso de máscara e a apresentação do passaporte sanitário.

Próximos

Formula 1 Brasil
Realização da Fórmula 1 no Brasil não teve impacto epidemiológico, diz Abrape - Florent Gooden/DPPI/LiveMedia/NurPhoto

Para este ano, há outros grandes eventos previstos, como o festival Lollapalooza, marcado para os dias 25, 26 e 27 de março, em São Paulo, e o Rock in Rio, de 2 a 11 de setembro, no Rio.

O presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior, disse que, se houver um agravamento do quadro pandêmico, as restrições não devem ser apenas para o setor. De acordo com Caramori Júnior, eventos de massa que já foram realizados pelo setor e não tiveram impactos negativos no quadro epidemiológico, como a Fórmula 1. Para ele, é preciso avaliar a evolução do quadro, incluindo o número de internações, de casos graves e de óbitos. Se forem tomadas medidas drásticas, não podem ser direcionadas só para os eventos, tem que valer para todos os setores que incentivam o convívio social. “Tem as praias cheias, parques cheios, aeroportos cheios, shopping centers cheios, supermercados, quer dizer, não tem como direcionar só para este setor. Seria uma abordagem extremamente preconceituosa”,disse Caramori à Agência Brasil.

A atenção aos grandes eventos deve ser a mesma dada a outras atividades, porque o país ainda está em ambiente de pandemia. Caramoni destacou que o segmento contribui positivamente quando exige o comprovante de vacinação, pois as pessoas têm mais um motivo para busca a imunização.

Máscaras

A médica Isabella Ballalai alertou ainda para o uso das máscaras de tecido e as cirúrgicas, que segundo ela, não são suficientes para enfrentar a variante Ômicron.

De acordo com Isabella, as melhores máscaras são as do tipo N95 ou PFF2. Quem não tiver condição de comprá-las, deve combinar o uso das de tecido com as cirúrgicas.

Além do uso correto das máscaras, a médica recomendou a vacinação. “Quem não tomou a primeira dose, pelo amor de Deus, acorda. A pandemia não acabou.” (Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Nádia Franco



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MINAS GERAIS já contabiliza mais desabrigados pelas chuvas que no último ano

 

Dados mostram que 3.185 pessoas deixaram suas casas, diz Defesa Civil

Gil Leonardi/Imprensa MG


Faltando ainda quase três meses para o fim do atual período chuvoso em Minas Gerais, o número de pessoas desabrigadas no estado já é mais de duas vezes superior ao total registrado em toda a estação chuvosa de 2020/2021.

Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, de 1º de outubro de 2021 até hoje (8), 3.185 pessoas tiveram que deixar suas casas e ir para abrigos públicos. Parte destas pessoas pode já ter retornado a suas residências. Mesmo assim, o número revela a gravidade da atual situação: em toda a temporada de chuvas anterior foram contabilizadas 1.608 pessoas desabrigadas.

O total de prefeituras mineiras que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública nesta temporada também é mais de duas vezes superior ao do período 2020/2021: 132 contra 58, respectivamente.

Além disso, as recentes chuvas e suas consequências (inundações, alagamentos, deslizamentos etc) já desalojaram a 13.350 pessoas que tiveram que se abrigar, temporariamente, nas casas de parentes, amigos, vizinhos ou em hospedagens particulares. Entre o início de novembro de 2020 e março de 2021, este número chegou a 14.598.

Outra consequência da soma de fatores meteorológicos que tem potencializado as precipitações – e que pode ajudar a explicar o aumento dos números – é que, na atual temporada, as chuvas começaram a se intensificar em outubro de 2021. Em 2020, como de costume, isto só ocorreu a partir de novembro. Além disso, regiões mineiras onde não é comum chover tanto também estão sendo atingidas por tempestades.

“Em anos anteriores, as chuvas pareciam estar mais concentradas. Agora não. Várias regiões do estado estão sendo atingidas e as situações são muito distintas. Há locais onde as águas já abaixaram, permitindo às prefeituras limparem as ruas e algumas famílias retornarem a suas casas”, disse, à Agência Brasil, a tenente-coronel Gracielle Rodrigues Santos, da Defesa Civil estadual.

“As intempéries climáticas têm favorecido este quadro. Os efeitos do [fenômeno climático] La Niña e a Zona de Convergência do Atlântico Sul têm trazido muita umidade para Minas Gerais, afetando as médias históricas”, acrescentou a tenente-coronel antes de fazer um alerta: “Ainda vamos ter bastante chuvas pela frente”.

Seis pessoas já perderam a vida nos últimos três meses. E o solo encharcado e a continuidade das chuvas em muitas localidades seguem causando estragos e transtornos em todo o estado. Esta manhã, parte de uma casa desabou no bairro Vila Leonina, em Belo Horizonte. Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas e, provavelmente, o acidente tem relação direta com o volume de chuvas. Ainda na capital mineira, o telhado de um estacionamento desabou sobre os carros parados em um bairro Santa Efigênia na tarde desta quinta-feira (6). Um homem descansava no interior de um dos veículos atingidos, mas não foi sofreu ferimentos graves.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma frente fria vinda do litoral causará mais chuvas intermitentes em praticamente todo o estado, durante o fim de semana. Por isso, a Defesa Civil recomenda que as pessoas fiquem atentas a sinais como trinca ou rachaduras em paredes, pisos ou no solo; terrenos vertendo água; inclinação atípica e postes ou árvores; portas e janelas que tenham emperrado repentinamente.

Caso sejam surpreendidos pelas chuvas, as pessoas devem evitar áreas de inundação e procurar se proteger em local seguro, evitando se abrigar sob árvores ou próximo a estruturas metálicas. Para receber avisos da Defesa Civil, basta enviar uma mensagem de texto (SMS) por celular para o número 40199, informando o CEP da região sobre a qual quer ser informado das condições meteorológicas. (Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Valéria Aguiar


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Alckmin deixa claro ao PSD que deseja ser vice de Lula

 

Lu, Alckmin, Lula, Janja (Foto: Ricardo Stuckert)

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB recentemente, comunicou a dirigentes do PSD que não pretende se filiar à sigla para concorrer novamente ao Palácio dos Bandeirantes.

De acordo com o jornal O Globo, envolvidos nas conversas dizem que Alckmin não definiu ainda seu futuro político, mas deixou claro que tem desejo de ser candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula (PT). 

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, vinha apostando em Alckmin para representar o partido na eleição estadual. Agora a legenda corre atrás de outro candidato.

Apesar da decisão, os dirigentes do PSD ficaram satisfeitos com a postura do ex-tucano de esclarecer sua intenção de se aliar a Lula.

Para concorrer na eleição nacional, Alckmin pode buscar abrigo no PSB, que ensaia alianças com o PT. O ex-tucano já foi inclusive convidado pelo presidente da sigla, Carlos Siqueira, para se juntar ao partido. Brasil247


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PT prepara lançamento da candidatura de Lula para antes do Carnaval

 
(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Há preparativos para que o anúncio oficial da candidatura de Lula à Presidência da República seja antecipado para antes do Carnaval, informa o jornalista Lauro Jardim, no Globo. Contudo, parte da sigla insiste que o ex-presidente se lançará logo após a festa, em março. 

Caso ocorra antes do Carnaval, a ocasião do anúncio traria forte simbolismo: ocorreria no festival dos 42 anos de fundação do PT, que vai acontecer em Belo Horizonte (MG), entre os dias 10 e 12 de fevereiro. A realização do evento, no entanto, depende da situação da pandemia no Brasil, que volta a causar cada vez mais preocupação

O evento deve contar com convidados internacionais, como líderes políticos latinoamericanos. 247




Indígena carrega o pai por 6 horas para ele tomar vacina contra Covid

 

(Foto: Reprodução)


A imagem de um índio que carregou o pai nas costas por seis horas para que ele pudesse se vacinar contra a Covid-19 viralizou nas redes sociais. O jovem Tamy Zoé foi flagrado pelo médico Erik Jennings ao caminhar com o pai, Wahu Zoé, por quilômetros dentro da mata fechada da floresta amazônica. A foto foi compartilhada pela Articulação dos Povos Indígenas.

Depois da imunização, eles caminharam por mais seis horas até a aldeia, localizada na região norte do Pará. Os indígenas, da etnia Zoé, vivem em uma região entre dois rios: Cuminapandema e Erepecuru.

Na publicação feita em seu perfil no Instagram, Erik discorreu sobre como a pandemia impactou a tribo que, até o momento, vive sem casos da doença. Metrópoles


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Além da reforma trabalhista, PT quer revogar privatizações de estatais e teto de gastos

 

Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)


Além da sinalização do ex-presidente Lula (PT) e da presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), de que pretendem revogar a reforma trabalhista caso a sigla volte a poder com as eleições deste ano, o partido quer ser ainda mais amplo em seu "revogaço", noticia o Estado de S. Paulo nesta sexta-feira (7). 

De acordo com a publicação, Lula e "importantes integrantes" do PT querem "reverter outras propostas aprovadas nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, como o programa de privatizações de estatais e o teto de gastos".

Revogar a autonomia do Banco Central, aprovada em 2020 pelo Congresso Nacional, também é discutida, mas ainda em fase pouco avançada. 247


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Casos diários de covid-19 aumentam mais de 6 vezes em uma semana

 

Infectados com a variante Ômicron são mais de 350


(NIAID)

Na última semana, o número de casos diários de covid-19 aumentou mais de seis vezes no Brasil. Nesta sexta-feira (7), foram confirmados mais 63.292 novos diagnósticos positivos da doença. Há sete dias, em 31 de dezembro, o número registrado foi 10.282 casos.

O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 22.450.222. Ontem (6), o painel de informações sobre a pandemia do Ministério da Saúde contabilizava 22.386.930.

Ainda há 180.249 casos em acompanhamento, de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Ontem, o número de pessoas infectadas com casos ativos estava em 140.453. Há uma semana, eram 84.063.

Boletim Ômicron
Boletim Ômicron - 07/01/2022/Divulgação/ Ministério da Saúde

O total de infectados com a variante Ômicron chegou a 359. Nesta quinta-feira, foi confirmada em Aparecida de Goiânia (GO) a primeira morte por esta variante no Brasil.

Dos casos registrados hoje, foram identificados 121 em São Paulo, 58 no Rio de Janeiro, 40 no Ceará, 38 em Goiás e Santa Catarina. Ainda há 708 potenciais casos em investigação, a maioria no Rio de Janeiro (312), Rio Grande do Sul (234) e em Minas Gerais (114).

Já o número de mortes teve crescimento menor. Nesta sexta-feira, foram notificadas 181 óbitos. Em 31 de dezembro, foram 72 mortes, diferença de menos de três vezes, mas que ainda assim indica o crescimento da curva no país.

Com esses números, o total de pessoas que perderam a vida para a pandemia alcançou hoje 619.822 ante os 619.641 óbitos de ontem.

Ainda há 2.830 mortes em investigação, em casos que demandam exames e procedimentos posteriores para saber se a causa foi covid-19.

Até esta sexta-feira, 21.650.151 pessoas já haviam se recuperado da doença.

Os dados estão no balanço divulgado nesta noite pelo do Ministério da Saúde. A atualização reúne informações sobre mortes e casos confirmados da doença enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Em geral, os números são mais baixos aos domingos, segundas-feiras e dias seguintes aos feriados por causa da redução das equipes que fornecem os dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 07/01/2022/Divulgação/ Ministério da Saúde

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo da lista de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (155.341), Rio de Janeiro (69.524), Minas Gerais (56.717), Paraná (40.910) e Rio Grande do Sul (36.476).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.852), Amapá (2.024), Roraima (2.078), Tocantins (3.949) e Sergipe (6.060). Entre ontem e hoje não houve novas mortes no Acre, Amapá, Roraima e Sergipe.

Vacinação

Até esta sexta-feira, foram aplicadas 331,7 milhões de doses de vacina, sendo 161,5 milhões com a primeira dose e 144 milhões, com a segunda ou dose única. Mais 15,5 milhões já receberam a dose de reforço. (Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília).

Edição: Nádia Franco



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Prefeituras e Governo de Pernambuco debatem sobre eventos privados durante o Carnaval

 CARNAVAL 2022 

Em reunião, o secretário de Saúde, André Longo, pontuou a possibilidade de novas restrições das atividades; medidas são necessárias para conter avanço da Influenza A (H3N2) e da pandemia da Covid-19


                           Por Tarsila Castro/Folhape

Em Pernambuco, mais de 70 municípios anunciaram o cancelamento do Carnaval de rua em 2022, mas a decisão do Estado sobre os eventos privados e o feriado durante o período será divulgada na segunda quinzena de janeiro. Em reunião realizada pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) por videoconferência, na manhã desta quinta-feira (7), o tema foi recorrente entre os prefeitos, devido ao avanço da Influenza A (H3N2) e da pandemia da Covid-19. 

De acordo com o presidente da Amupe e 1º secretário da Confederação Nacional de Municípios (CNM), José Patriota, a secretaria de Saúde vai apresentar um novo protocolo com relação aos eventos na próxima segunda-feira (10). 

“Uma questão muito levantada pelos municípios foi em relação às festas privadas, aglomerações, tendo em vista a aproximação do Carnaval. Nós já tivemos restrições nas festas públicas do final do ano. Agora entra na pauta o questionamento com relação às festas privadas que estão sendo apontadas. Apesar de ter mais controle na entrada, com a cobrança do cartão de vacina, do passaporte, às vezes se perde o controle no ambiente e também na quantidade de pessoas”, explicou. 

Durante a reunião, o secretário de Saúde, André Longo, destacou que todos os pontos discutidos estão sendo analisados e que existe a possibilidade de novas restrições ao longo das próximas semanas. “Todos esses pontos estão sendo levados em consideração e serão analisados na reunião do Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 na próxima segunda-feira. Uma série de temas serão abordados, inclusive a possibilidade de novas restrições”, concluiu o secretário. 

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Anvisa aprova insumo da Fiocruz e garante produção 100% nacional de vacina contra Covid

 

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Leonardo Oliveira/FioCruz | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira  (7), o registro do insumo farmacêutico ativo (IFA) contra a Covid-19 da vacina da AstraZeneca, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz. Com a aprovação, o imunizante poderá ser produzido integralmente no país, sem a necessidade de importação. No ano passado, a Fiocruz chegou a atrasar a entrega de diversos lotes de vacina por falta do IFA.

De acordo com a Anvisa, os estudos de comparabilidade apontaram que o IFA fabricado no país teve o mesmo desempenho do importado. A vacina da Fiocruz tem o seu uso autorizado no país desde 17 de janeiro do ano passado, tendo recebido o registro definitivo em março do mesmo ano. 247




Bolsonaristas voltam a espalhar fake news sobre vacina contra a Covid-19

                           Por: Luana Patriolino - Correio Braziliense

São divulgadas, em perfis e grupos, falsas histórias de pessoas que morreram por conta da vacinação e uso de remédios comprovadamente ineficazes contra a doença. Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press


As redes bolsonaristas e negacionistas voltaram a atacar e estão a todo vapor em uma campanha antivacina. Em grupos e perfis relacionados, usuários espalham fake news colocando em xeque a gravidade da pandemia da Covid-19 e a eficácia dos imunizantes contra a doença. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que costuma se colocar contra a vacinação, também tem feito campanha contra a imunização de crianças.


Em perfis abertos, os bolsonaristas usam fotos de médicos e desconhecidos e sustentam que os vacinados são mais suscetíveis a contrair o novo coronavírus. Outros posts também afirmam que remédio de piolho e malária pode ser eficaz contra a doença.

Outro caso, em uma conta no Twitter, atribuída a uma pessoa com nome de Arlene Ferrari Graf, é divulgada a história de um rapaz de 28 anos que supostamente morreu após tomar a vacina contra a Covid-19. Nesta sexta-feira (7), a empresa suspendeu a rede por violar os termos de uso. No entanto, os posts continuam circulando em canais bolsonaristas.

Bolsonaro contra a vacina infantil
O presidente tem se colocado radicalmente contra a vacinação de crianças. Um dia depois de o governo federal anunciar o cronograma de imunização infantil, o chefe do Executivo voltou a criticar o assunto e afirmou que não vacinará a própria filha, de 11 anos.

Segundo dados do próprio Ministério da Saúde, 311 crianças de cinco a 11 anos morreram vítimas da Covid-19 desde o início da pandemia.


Secretaria de Saúde confirma circulação da variante Ômicron em Pernambuco

                      Por Portal Folha de Pernambuco

Ao todo, de 80 amostras, coletadas entre o final de novembro até dezembro de 2022, 21 (26%)  faziam parte da linhagem ômicron - Foto: Miva Filho/SES-PE


A circulação da variante Ômicron, da Covid-19, foi detectada em Pernambuco pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), nesta sexta-feira (7). A confirmação veio após análise realizada pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE) que teve acesso a material biológico de pacientes que testaram positivo para a doença.

Ao todo, de 80 amostras, coletadas entre o final de novembro até dezembro de 2022, 21 (26%)  faziam parte da linhagem ômicron. De acordo com a SES-PE, os pacientes, que realizaram testagem entre 15 e 31 de dezembro, são da Região Metropolitana do Recife (RMR), Agreste e Sertão do São Francisco, além de Fernando de Noronha. Nas outras 59 (73%) amostras foi detectada a variante Delta.

"A introdução desta variante nos traz uma preocupação adicional por conta do seu maior potencial de contaminação. É preciso, então, que todos tenham consciência que a Covid-19 ainda é uma ameaça e que nossa principal aliada para a proteção da vida são as vacinas. Contra a Ômicron, ter apenas 1 dose é o mesmo que estar desprotegido. Precisamos de ao menos duas doses, mas ainda temos mais de 500 mil pessoas com esta 2ª dose em atraso, portanto, com risco agravado de contrair a forma grave da Covid-19", disse o secretário estadual de Saúde, André Longo, em coletiva.

A importância da dose de reforço
O gestor ainda reforçou a importância da dose de reforço, principalmente em idosos e pessoas com doenças pré-existentes. "Aqui em Pernambuco, 40% dos idosos que tomaram as duas primeiras doses ainda precisam tomar esta dose de reforço para ter uma proteção mais robusta contra a variante ômicron. As vacinas são seguras, eficazes e evitam mortes", frisou o secretário, lembrando que os imunossuprimidos graves têm o esquema básico com três doses mais uma de reforço. 

Sobre os casos de ômicron registrados no Estado, 14 foram em pessoas em Recife. As cidades de Jaboatão dos Guararapes, Caruaru, Frei Miguelinho, Garanhuns Lagoa Grande, Petrolina e Fernando de Noronha, contaram com um caso cada. Os pacientes tinham entre 1 e 67 anos. As faixas etárias são: 0 a 9 (3), 20 a 29 (3), 30 a 39 (4), 40 a 49 (6), 50 a 59 (2) e 60 e mais (3). 

De acordo com análises de sistemas de informação, apenas um caso (homem, 67 anos, de Lagoa Grande, vacinado com duas doses) precisou de internação em leito de enfermaria, mas já recebeu alta. 


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...