sexta-feira, 23 de julho de 2021

Preço do gás de cozinha bate os R$ 100 na Região Norte após novo reajuste

 

(Foto: Reprodução | Reuters/Caetano Barreira)

O preço médio do gás de cozinha bateu a marca de R$ 100 na Região Norte do País. Um botijão de 13 kg de gás liquefeito de petróleo (GLP), usado para cozinhar, custa R$ 20 mais para a população nortista do que para os demais brasileiros, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).Os recorrentes reajustes promovidos pela Petrobrás em suas refinarias, onde o gás é produzido, empurraram os preços para cima em todo o Brasil. No Norte, no entanto, as alíquotas de ICMS mais elevadas pesaram ainda mais, além do custo para transportar o produto por até 3 mil km, em balsas. A informação é do jornal Estado de S.Paulo. 

A alta sacrifica o acesso das famílias ao gás e muitas já usam fogão à lenha para poder cozinhar. 

Neste ano, a Petrobrás está puxando a alta, o que acaba gerando um aumento também dos impostos, calculados sobre o valor do produto nas refinarias. Desde janeiro, a estatal reajustou em 38% o produto. Para compensar, a margem de lucro das distribuidoras e dos revendedores está caindo, segundo a ANP. Ainda assim, permanecem elevadas nos Estados do Norte. Em Roraima e no Acre, chegam a ser mais de três vezes superior à média do Brasil. (247).

Tudo sobre a história do bloqueio dos EUA contra Cuba

 

(Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini)

No programa 20 MINUTOS HISTÓRIA desta terça-feira (20/07), o jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, discorreu sobre o nascimento e funcionamento do bloqueio praticado há quase 60 anos pelos Estados Unidos contra Cuba.

Ele relembrou que, quando a Revolução Cubana triunfou, em 1º de janeiro de 1959, “ironicamente, o país se encontrava já sob um embargo parcial, decretado pelo governo Dwight Eisenhower contra a ditadura de Fulgencio Batista”.

Por aquele então, a Casa Branca queria se livrar do tirano que controlava Cuba com mão de ferro aliado à máfia ítalo-americana.

O embargo foi estabelecido em 1958, em plena insurgência guerrilheira, quando parte da elite político-militar dos EUA acreditava poder cooptar o movimento liderado por Fidel Castro para seus propósitos de “civilizar” o Estado cubano. 

“Durante os primeiros meses de governo revolucionário, eram razoáveis as relações com a Casa Branca, mas Eisenhower não revogou o embargo de armas, o que levou Havana a seus primeiros contatos comerciais com o bloco socialista, então comandado pela União Soviética”, contou.

Assim, no final do primeiro ano da revolução, a situação começou a mudar com a decretação e a implementação da reforma agrária, que confiscou terras de vários empresários e latifundiários estadunidenses, e terras da família do próprio Fidel Castro.

“O governo Eisenhower reagiu com muita irritação, reverberando o ódio dos setores burgueses atingidos por aquelas medidas. A partir de abril de 1960, além do embargo de armas, fica claro que a intenção da superpotência capitalista era derrubar o governo revolucionário a qualquer custo”, argumentou Altman.

Os EUA então soltaram um comunicado recomendando sanções para impedir que recursos financeiros e mercadorias ingressassem em Cuba, com o objetivo de gerar uma situação de fome e desespero que levasse à derrubada do governo. “Estava desenhada, assim, a estratégia do bloqueio”, ressaltou.

Reação cubana ao embargo

Cientes da mudança de postura da Casa Branca, os cubanos passaram a comprar armas da URSS. Em represália, os EUA reduziram drasticamente, em somente dois meses, a importação do açúcar cubano, produto responsável por mais de 70% das receitas internacionais da ilha.

“A União Soviética respondeu a essa medida dando mais um passo na sua aliança com o governo de Fidel Castro, assumindo a compra do saldo que havia sido interditado por ordem executiva de Eisenhower, com base no Ato do Açúcar, de 1948”, agregou o jornalista.

Outras medidas foram sendo tomadas pela Casa Branca e ações militares começavam a ser estudadas, como afirmou Altman. Para ele, a decisão mais severa daquele período foi a proibição de exportação de petróleo para Cuba, “que passou a importar também esse item da União Soviética, pagando com a própria produção de açúcar”. 

“O governo norte-americano retaliou novamente, por baixo dos panos, fazendo com que as três companhias petrolíferas estadunidenses sediadas na ilha se recusassem a refinar o petróleo soviético. O governo revolucionário não deixou barato: nacionalizou essas empresas, sem indenizações, incorporando-as a uma companhia estatal”, relatou.

A resposta de Eisenhower foi proibir a venda de quaisquer produtos norte-americanos a Cuba, com exceção de comida e remédios: “estava começando o bloqueio”. 

Às vésperas de encerrar seu mandato, em janeiro de 1961, Eisenhower rompeu relações diplomáticas com a ilha e intensificou as sanções econômicas, além de deixar planejada o que viria ser conhecida, em abril de 1961, como a Invasão da Baía dos Porcos, uma ação militar dos grupos contrarrevolucionários com treinamento, financiamento e apoio logístico dos EUA, “fragorosamente derrotada pelos revolucionários cubanos”.

“Logo em seguida a essa importante vitória militar, Fidel declara o caráter socialista da revolução e oficializa seu alinhamento com a União Soviética”, narrou o jornalista. 

“Humilhada”, a Casa Branca, governada já por John Kennedy, aprovou o Ato de Assistência Internacional, proibindo qualquer ajuda ou financiamento a Cuba e autorizando o presidente a impor bloqueio total contra o regime revolucionário. 

Consolidação do bloqueio

“Além da proibição da exportação de bens e serviços a Cuba, com o Ato ficava proibida também a importação de quaisquer produtos cubanos ou mesmo de mercadorias provenientes de outros países que tivessem matéria-prima ou peças de origem cubana”, enfatizou Altman. 

Ele enumerou outras medidas e emendas que seguiram o Ato, por exemplo proibindo que qualquer país desse ajuda ou financiasse Cuba, “terceirizando o bloqueio”. Kennedy também restringiu a venda de alimentos e medicamentos apenas àqueles que não recebessem subsídios governamentais. 

As viagens de estadunidenses à ilha foram proibidas após a Crise dos Mísseis, em outubro de 1962. O governo ainda congelou todos os saldos bancários e propriedades de Cuba em território norte-americano. 

“As relações comerciais e financeiras de Cuba com os EUA e os demais países capitalistas praticamente deixaram de existir, com a ilha se incorporando plenamente ao sistema socialista, através da integração ao COMECON – Conselho para Assistência Econômica Mútua -, liderado pela URSS. Sob esse modelo, Cuba iria estabilizar relativamente sua economia e encontrar fundos para desenvolver um forte estado de bem-estar social, especialmente serviços públicos e universais de qualidade em saúde e educação”, ponderou o jornalista.

Fim da URSS

Segundo Altman, durante quase 30 anos a URSS neutralizou parcialmente o bloqueio dando segurança aos cubanos, “o que fez com que dessem muito mais destaque à solução das questões sociais do que à diversificação da economia”.

“O fim da União Soviética, porém, levaria a um gravíssimo cenário nos anos 90, quando o bloqueio norte-americano volta a se fazer sentir com todas as forças”, lamentou.

Cuba teve uma queda superior a 30% de seu produto interno bruto entre 1991-1993, perdendo 70% de suas receitas em exportação e se vendo obrigada a cortar suas importações em mais de 50%, conduzindo a uma etapa de forte escassez, inclusive de produtos básicos e alimentos. 

“Foi o chamado período especial, vigente até o final dos anos 90, quando Cuba abriu parcialmente sua economia para investimentos privados, especialmente em turismo, tratando de atrair os dólares e euros necessários a manter ativas suas compras internacionais, especialmente de energia e alimentos, obrigatoriamente pagos à vista, praticamente sem qualquer crédito, por conta das regras do bloqueio norte-americano”, explicou.

Para Altman, esse era o sinal de que Cuba “estava decidida a manter viva sua revolução e o sistema socialista, adaptando sua economia para esses objetivos”.

Os EUA, por sua vez, resolveram passar a uma nova ofensiva, aproveitando o cenário pós-soviético para tentar estrangular e derrotar a revolução cubana, reforçando o bloqueio. 

Em 1992, George Bush aprovou duas leis que, além de transformar em normas legislativas as principais medidas do bloqueio, permitiam ao governo punir companhias estrangeiras que comercializassem ou fizessem operações financeiras com Cuba.

Relaxamento e recrudescimento do bloqueio

No entanto, “por pressão dos agricultores e fazendeiros estadunidenses, algum relaxamento foi estabelecido na comercialização de alimentos nos anos 2000, tanto no governo Clinton quanto na administração de Barack Obama, permitindo a venda de alimentos por razão humanitária, mas sempre com pagamento à vista”, ressaltou Altman.

Destacando o governo Obama, ele relembrou que as relações diplomáticas com a ilha chegaram a ser restabelecidas em 2014, inclusive com uma visita do presidente estadunidense à ilha.

“Foi um curto período de relaxamento do bloqueio, revertido quando Donald Trump chegou à Casa Branca e radicalizado durante a pandemia, sem que o governo Joe Biden tenha alterado esse comportamento”, enfatizou.

Trump adotou cerca de 250 medidas de recrudescimento do bloqueio entre 2017 e 2020. 

Apesar da Assembleia Geral das Nações Unidas condenar o bloqueio, todos os anos desde 1991, com os EUA votando isolado, geralmente na companhia de Israel e alguns pequenos países, “a Casa Branca viu no novo coronavírus a oportunidade de, outra vez mais, apertar o garrote sobre a revolução cubana, seguindo a velha instrução de 1960: produzir fome e desespero para derrubar o governo revolucionário”. 

Havana calcula que o bloqueio tenha custado ao país, nesses 60 anos, algo como 800 bilhões de dólares, em valores atualizados, o equivalente ao produto interno bruto cubano de três anos. 

“Atualmente, representa o grande fator a explicar um novo período de escassez e dificuldades, base material para o mal-estar social que serve de base para os protestos que ocorreram e que são aproveitados pelos inimigos do governo cubano para tentar colocar um fim à revolução que teima em resistir”, concluiu. Opera Mundi.

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Petrolina terá ato ecumênico em memória das vítimas da pandemia e contra o presidente Jair Bolsonaro neste sábado (24)

          Via:Vinicius de Santana


Uma celebração ecumêmica em memória das mais de 500 mil vítimas da pandemia da covid-19 no Brasil, será realizada neste sábado (24), com concentração na praça da Catedral, às 9h. Segundo os organizadores, também será realizado um protesto contra o governo de Jair Bolsonaro, a favor da vacinação contra a Covid-19, e também em defesa do auxílio emergencial no valor de R$ 600 e contra a reforma administrativa e as privatizações. A concentração está marcada para às 9h, na praça da Catedral.

Para o ato ecumênico, confirmaram participação as seguintes entidades: Movimento Fé e Vida (Socorro Ferreira); Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos – Cebi (Wilson Alencar); Movimento dxs Trabalhadorxs Cristãs/ãos – MTC (Benedito Ramos); Candomblé – Ilê Darà Axé Omo Logun Edé (Pai Adeílson); Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – IEAB (Herlon Bezerra); Espiritismo (Gilberto Santana); Ateísmo (Chico Egídio); Católico (Zezinho de Mindu/ex-seminarista); Umbanda (em articulação); e Evangélicos (em articulação).

Outro objetivo do ato, de acordo com os organizadores, é pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) a pautar um dos 120 pedidos de impeachment de Bolsonaro. O mais recente, conhecido como “super pedido”, foi protocolado em 30 de junho por entidades, lideranças, partidos políticos (de esquerda e direita) e movimentos sociais.

O ato acontecerá também em outras cidades do país. De acordo com o Mandato Coletivo, do vereador Gilmar Santos (PT), de Petrolina, os movimentos sociais, entidades sindicais, sociais e estudantes, que organizam a ação, acreditam que o protesto deste sábado será o maior dos três que já ocorreram, em 19 e 29 de junho e 3 de julho. Na última manifestação, realizada em 3 de julho (#3J), cerca de 300 pessoas participaram do ato em Petrolina, entre representantes de sindicatos, partidos políticos, como UP, PT, PCB, PSOL, PCdoB e de movimentos sociais.

A organização recomenda que os manifestantes respeitem todos os protocolos de segurança sanitária, como o uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento.


BLOG DO BILL NOTICIAS

Falta de vacinas atrasa imunização de 77% da população adulta no país, mostra pesquisa

         Por: Maria Eduarda Cardim - Correio Braziliense

Foto: Divulgação/SES-PE

Apesar de a vacinação contra a Covid-19 ter ganhado tração, o que vem se manifestando nas reduções das médias móveis de mortes e casos registrados da doença, o atraso na compra dos fármacos faz com que aproximadamente 77% das pessoas elegíveis para tomar as doses — acima de 18 anos de idade — não estejam completamente imunizadas. Representa que o Brasil ainda precisa aplicar cerca de 190 milhões de injeções para atingir a imunização completa de toda a população adulta, de acordo com um estudo da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).


Segundo os pesquisadores, ainda que a velocidade de crescimento da cobertura vacinal tanto com o esquema completo quanto com a primeira dose tenha aumentado consideravelmente nas últimas semanas, o ritmo ainda é insuficiente para que o país “chegue à cobertura vacinal desejável, de pelo menos 90% da população imunizada com a segunda dose, até 31 de dezembro de 2021”.

Por isso, o levantamento elaborado pelos professores Guilherme Loureiro Werneck, Ligia Bahia e Jéssica Pronestino de Lima Moreira, da UFRJ e da Uerj, e Mário Scheffer, da USP, conclui que “caso a oferta de vacinas e a velocidade de vacinação não aumentem substancialmente, a imunização completa de pelo menos 90% na população elegível (acima de 18 anos) só poderia ser alcançada no primeiro trimestre de 2022”.

Otimismo
A conclusão é contrária ao que afirma o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que fala em imunizar toda a população brasileira com mais de 18 anos até o final deste ano. “Temos doses suficientes para o segundo semestre e é possível garantir que até o final do ano de 2021 tenhamos a nossa população inteiramente vacinada”, disse à reportagem em abril.

Na época, o ministro ainda nem contava com alguns dos problemas relatados no levantamento pelos pesquisadores. Um deles é a quantidade de idosos não imunizados. Mesmo que a vacinação de pessoas com mais de 60 anos tenha sido dada como “concluída”, e os estados e municípios tenham avançado nas faixas etárias, os dados da pesquisa — obtidos no site do OpenDataSUS, em 18/07/2021 — apontam que na população acima de 60 anos, 5% ainda não receberam qualquer dose. Pior: 31% ainda não estão completamente protegidos, com duas aplicações ou a única da Janssen.

Ao observar esse grupo com mais de 60 anos, entre os que tomaram a primeira dose, cerca de 7% (ou 2,1 milhões de cidadãos) não retornaram para receber a segunda ou ainda não tiveram sua aplicação adicional registrada no sistema. O problema vem sendo observado pelo Ministério da Saúde, que contabiliza cerca de 4 milhões de pessoas atrasadas para tomar a injeção que fecha o ciclo de imunização.

Para tornar o quadro de vacinação ainda mais irregular por conta das lacunas nas várias faixas etárias, alguns governos estaduais anunciam novas metas — como a imunização de crianças e adolescentes, de 12 a 17 anos, ainda este ano, e a aplicação de terceira dose (reforço da vacinação) para toda ou parte da população adulta vacinada. “Em todos esses cenários, a oferta de doses terá que ser muito maior do que a prevista para vacinar a população adulta em 2021”, alertam os pesquisadores.


'Quero um partido para chamar de meu', diz Bolsonaro, que cogita filiação ao PP, símbolo do Centrão

       Por Daniel Carvalho/Folhapress

Presidente e seu governo vêm assistindo a uma escalada de impopularidade - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta sexta-feira (23) que está à procura de um partido que possa controlar e afirmou que o PP é uma possibilidade de filiação.

A sigla é comandada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), líder do centrão convidado para assumir a Casa Civil, principal ministério do Palácio do Planalto.

"Tentei e estou tentando um partido que eu possa chamar de meu e possa, realmente, se for disputar a Presidência, ter o domínio do partido. Está difícil, quase impossível", afirmou Bolsonaro em uma entrevista à Rádio Grande FM, de Mato Grosso do Sul, transmitida também por uma das redes sociais do presidente.

"Então, o PP passa a ser uma possibilidade de filiação nossa."
Bolsonaro se aproximou ainda mais do centrão em um momento de extrema fragilidade, quando se vê ameaçado por mais de cem pedidos de impeachment e pelo avanço da CPI da Covid sobre supostos casos de corrupção envolvendo o governo.

Além disso, o presidente e seu governo vêm assistindo a uma escalada de impopularidade. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje seu principal adversário, ampliou vantagem nas intenções de voto para 2022 e cravou 58% a 31% no 2º turno, segundo pesquisa mais recente do Datafolha.

Para levar Ciro Nogueira para o governo, Bolsonaro teve que deslocar o general Luiz Eduardo Ramos para a Secretaria-Geral, e o atual titular da pasta, Onyx Lorenzoni, para o Ministério do Trabalho e da Previdência, que será recriado a partir de um esvaziamento do Ministério da Economia.

Na entrevista, Bolsonaro disse que a medida provisória que cria a nova pasta, permitindo o rearranjo na Esplanada dos Ministérios, já está pronta, mas só deve ser publicada após sua conversa presencial com Ciro Nogueira, o que está previsto para segunda-feira (26). Inicialmente, a expectativa era que o texto fosse publicado nesta sexta.

"Obviamente a medida provisória está pronta, mas só vou mandar para publicação depois que falar com ele [Ciro Nogueira]", afirmou.

Hoje o governo Bolsonaro tem 22 ministérios, 7 a mais do que os 15 prometidos na campanha eleitoral de 2018 -sob a gestão de Michel Temer (MDB), seu antecessor, eram 29 pastas. A administração atual chegou a ter 23, mas o Banco Central perdeu este status com a aprovação de sua autonomia.

Um dos objetivos da troca é organizar a base do governo e dar mais visibilidade a ações de Bolsonaro que serão tomadas daqui em diante, como a reformulação do Bolsa Família, considerada peça-chave para a campanha à reeleição em 2022.

Antes de ficar fragilizado e se ver obrigado a se unir ao grupo de partidos que têm como uma das principais características o fisiologismo, Bolsonaro e aliados recriminavam o centrão e a prática do toma lá, dá cá.

"Qual é a nossa proposta? É indicar as pessoas certas para os ministérios certos. Por isso, nós não integramos o centrão, tpouco estamos na esquerda de sempre", disse o candidato Bolsonaro, em propaganda política antes de assumir a Presidência.

"Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão", cantou na campanha de 2018 o hoje ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno.

Para atender o centrão, o governo faz promessas de liberação de bilhões em emendas parlamentares e agora prepara até a recriação de ministérios, contrariando outro discurso da campanha, o do enxugamento da máquina pública.

Na sexta entrevista concedida apenas nesta semana, numa nova estratégia de comunicação para tentar se recuperar nas pesquisas, Bolsonaro também defendeu o nome de seu advogado-geral da União, André Mendonça, como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Mendonça, o "terrivelmente evangélico" de Bolsonaro, vem enfrentando resistência no Senado, Casa que precisa sabatiná-lo e aprovar sua indicação para que ele possa ingressar na corte.

"Da minha parte, sempre tem um critério técnico. O André Mendonça preenche em tudo no tocante ao conhecimento da questão jurídica no Brasil", disse Bolsonaro.

"Agora, eu queria somar a isso a questão de ser evangélico. Falei, antes até da campanha, na pré-campanha, que eu indicaria um terrivelmente evangélico para o Supremo. Eu não estou misturando política, justiça e religião, mas acredito eu, como sou cristão, que o perfil adequado neste momento seria este, além de eu cumprir um compromisso de campanha", afirmou o presidente.

Antes de conceder a entrevista, Bolsonaro conversou com apoiadores. O registro de um canal de internet bolsonarista que tem acesso ao "cercadinho" de apoiadores no Palácio da Alvorada só publicou no início da tarde uma versão editada do vídeo com a interação. A entrada da imprensa profissional não é autorizada.

Nas imagens, Bolsonaro aparece reclamando de críticas que recebe de seus próprios eleitores. "Qualquer coisa que acontece tem um pessoal nosso que dá pancada em mim. Querem dar pancada? Tá bom. Quem é teu candidato para 2022? Não tem? Então cala a boca, pô", disse o presidente.

Bolsonaro também voltou a defender o voto impresso, embora tenha dito que "na comissão [especial da Câmara, que analisa a proposta], não passa".

Em tom de ameaça, o presidente disse que a população não permitirá que aconteça o que houve em outros países. No entanto, ele não explicou ao que exatamente se referia.
"O nosso exército, que são vocês, a gente não vai aceitar acontecer o que ocorreu em outros países. Porque depois, para retornar, pessoal...", disse Bolsonaro.

"O que a gente quer é jogar dentro das quatro linhas da Constituição e queremos eleições limpas. Eleições que não sejam limpas não são eleições", afirmou o presidente.



Lula assina carta aberta pedindo a Biden fim do bloqueio econômico a Cuba

 

Lula, Biden, Cuba (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

O ex-presidente Lula (PT) assinou uma carta pedindo para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, interrompa imediatamente o bloqueio econômico a Cuba. Além de Lula, mais de 400 ex-chefes de estado, políticos, intelectuais, cientistas, religiosos, artistas, ativistas e movimentos sociais de todo o mundo assinaram o documento.

Entre os signatários do “Let Cuba Live” (Deixe Cuba Viver), estão Jane Fonda, Susan Sarandon, Emma Thompson, Danny Glover, Wagner Moura, Mark Ruffalo, Judith Butler, Noam Chomsky, Gayatri Spivak, Adolfo Pérez Esquivel, Rafael Correa e movimentos como o Black Lives Matter (EUA) e o MST.

“Consideramos inescrupuloso, especialmente durante uma pandemia, bloquear intencionalmente as remessas e o uso de instituições financeiras globais por parte de Cuba, visto que o acesso a dólares é necessário para a importação de alimentos e medicamentos”, diz a carta.

Além de manter o bloqueio econômico, o governo Biden anunciou que vai impor sanções às forças militares cubanas e aos oficiais do Ministério do Interior do país. Biden disse que as sanções dos EUA contra Cuba são "apenas o início", e afirma que Washington continuará a sancionar os responsáveis pela suposta opressão do povo cubano.

Leia a carta aberta na íntegra

Caro Presidente Joe Biden,

É hora de dar um novo rumo adiante nas relações entre os Estados Unidos da América e Cuba. Nós, abaixo assinados, estamos fazendo este apelo público e urgente a vocês para que o senhor rejeite as políticas cruéis postas em prática pela Casa Branca de Trump, que causaram tanto sofrimento para o povo cubano.

Cuba – um país de onze milhões de habitantes – está passando por uma difícil crise devido à crescente escassez de alimentos e medicamentos. Protestos recentes chamaram a atenção do mundo para isso. A pandemia de Covid-19 se mostrou um desafio para todos os países e o foi ainda mais para uma pequena ilha sob o peso de um embargo econômico.

Consideramos inescrupuloso, especialmente durante uma pandemia, bloquear intencionalmente as remessas e o uso de instituições financeiras globais por parte de Cuba, visto que o acesso a dólares é necessário para a importação de alimentos e medicamentos.

Quando a pandemia atingiu a ilha, seu povo – e seu governo – perderam bilhões em receitas advindas do turismo internacional que normalmente iriam para o sistema público de saúde, distribuição de alimentos e ajuda econômica.

Durante a pandemia, a administração de Donald Trump endureceu o embargo, pôs de lado a abertura de Obama e pôs em prática 243 “medidas coercitivas” que intencionalmente estrangularam a vida na ilha e criaram mais sofrimento.

A proibição de remessas e o fim dos voos comerciais diretos entre os EUA e Cuba são impedimentos ao bem-estar da maioria das famílias cubanas.

“Apoiamos o povo cubano”, você escreveu em 12 de julho. Se é esse o caso, pedimos que você assine imediatamente uma ordem executiva e anule as 243 “medidas coercitivas” de Trump.

Não há razão para manter a política da Guerra Fria que exigia que os EUA tratassem Cuba como um inimigo existencial em vez de um vizinho. Em vez de manter o caminho traçado por Trump em seus esforços para desfazer a abertura do presidente Obama a Cuba, nós contamos com o senhor para seguir em frente. Retomar a abertura e iniciar o processo de encerramento do embargo. Acabar com a severa escassez de alimentos e medicamentos tem que ser a principal prioridade.

Em 23 de junho, a maioria dos estados membros das Nações Unidas votou para solicitar aos EUA para acabar com o embargo. Nos últimos 30 anos, esta tem sido a posição consistente da maioria dos Estados membros. Além disso, sete relatores especiais da ONU escreveram uma carta ao governo dos EUA em abril de 2020 sobre as sanções a Cuba. 

“Na emergência de pandemia”, eles escreveram , “a falta de vontade do governo dos EUA em suspender as sanções pode levar a um maior risco de sofrimento em Cuba”.

Pedimos que acabe com as “medidas coercitivas” de Trump e retorne à abertura de Obama ou, melhor ainda, inicie o processo de fim do embargo e normalização total das relações entre os Estados Unidos e Cuba. (247).

Nasa seleciona SpaceX para missão à lua de Júpiter, Europa

           Por: AFP

Foto: NASA / Kim Shiflett / NASA / AFP

A Nasa anunciou nesta sexta-feira (23) a seleção da SpaceX para lançar uma viagem planejada à lua gelada de Júpiter, Europa, uma grande vitória para a empresa do magnata Elon Musk, que vislumbra cada vez mais a exploração do sistema solar.


A missão Europa Clipper será lançada em outubro de 2024 em um foguete Falcon Heavy, a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, com um contrato total de 178 milhões de dólares.

A missão deveria decolar em um foguete da própria Nasa, o Space Launch System (SLS), que foi afetado por atrasos e custos excessivos. Ele foi chamado por críticos de "programa de empregos" para o estado do Alabama, onde ocorre grande parte do trabalho de desenvolvimento.

Enquanto o SLS ainda não está operacional, o Falcon Heavy já foi implantado tanto em missões comerciais quanto governamentais desde seu voo inaugural em 2018, quando levou ao espaço um carro Tesla Roadster, da companhia de Musk.

O Falcon produz mais de cinco milhões de libras de empuxo (22 milhões de Newtons) na decolagem, o equivalente a aproximadamente 18 aviões Boeing 747.

O orbitador Europa clipper passará cerca de 40 a 50 vezes bem próximo à Europa para determinar se a lua gelada pode abrigar condições adequadas para a vida. 

Ele carregará câmeras e espectrômetros para produzir imagens de alta resolução e mapas composicionais da superfície e da atmosfera, assim como um radar para penetrar na camada de gelo em busca de água líquida.



15 partidos são a favor ou sinalizam apoio ao impeachment de Bolsonaro

          Via247
 (Foto: ABr)

Levantamento feito pelo site Poder 360 aponta que pelo menos 12 dos 33 partidos são a favor do impeachment de Jair Bolsonaro. Outras 3 legendas sinalizam apoio. 

Ainda segundo o levantamento, os 15 partidos que apoiam ou sinalizam apoio têm 181 deputados e 25 senadores. Para que um pedido de impeachment seja aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados são necessários 342 votos.

Oito partidos se declararam contrários ao processo: PTB, PSC, PROS, Patriota, PMB, PP, PRTB e DEM. Estes somam 100 deputados e 18 senadores. 

Outras 5 siglas não se posicionaram contra ou a favor, entre as quais o PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018.

Para o PSDB, o impeachment pressupõe condições que ainda não estão postas, pois considera que Bolsonaro tem base ativa nas ruas e nas redes e acordos eficientes com Congresso.

O MDB defende que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), precisa deliberar sobre os mais de 120 pedidos apresentados. O assunto não está na pauta do Podemos. Já o PMN diz que “se houverem as condições formais” para o processo impeachment, o partido é favorável à sanção.

Avante, PL, Republicanos, PTC e Solidariedade não responderam ao contato feito pelo Poder360.

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