segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Ipec: Reprovação do governo Bolsonaro aumenta

                              Por: Vinicius Doria - Correio Braziliense 
Foto: Ed Alves/CB

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, segue mal avaliado pela maior parte do eleitorado, segundo pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (12). Segundo o levantamento, 45% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo (eram 43% na pesquisa do início do mês), enquanto 23% o consideram regular (eram 25%).


Responderam que o governo Bolsonaro é bom ou ótimo 35% dos entrevistados, uma queda de 3 pontos percentuais em relação ao levantamento do Ipec do dia 5 de setembro. Não souberam avaliar somaram 5% .

A pesquisa ouviu, de forma presencial, 2.512 eleitores entre os dias 10 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%.

Rejeição a Bolsonaro e Lula varia dentro da margem de erro

De acordo com a pesquisa Ipec,  Bolsonaro lidera a taxa de rejeição do eleitorado entre os candidatos que disputam a Presidência da República. Responderam que não votariam em hipótese alguma no presidente 50% dos entrevistados. Seu principal oponente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi rejeitado por 35% dos eleitores pesquisados. Na comparação com a pesquisa divulgada em 5 de setembro, a rejeição a Bolsonaro aumentou um ponto percentual, enquanto a do petista caiu na mesma proporção, ambos com variação dentro da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais.

O instituto apurou que 79% dos eleitores entrevistados já definiram seu voto e não admitem mudar, contra 20% que declararam a possibilidade de alterar sua escolha. A pesquisa ouviu, de forma presencial, 2.512 eleitores entre os dias 10 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%.

Lula cresce dentro da margem de erro na pesquisa presidêncial

A pesquisa Ipec mostrou também que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue na liderança da preferência do eleitorado para o primeiro turno, e ampliou a diferença para o presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição. Na pesquisa estimulada (quando o eleitor recebe uma lista prévia dos candidatos), Lula aparece com 46% das intenções de voto; contra 31% de Bolsonaro.

Essa pesquisa capta os efeitos, no eleitorado, dos atos do Sete de Setembro, quando Bolsonaro mobilizou centenas de milhares pessoas nos comícios do feriado da Independência, organizados paralelamente aos festejos cívico-militares da Semana da Pátria. Mas, em relação à pesquisa feita na primeira semana de setembro pelo Ipec, os números mostram variações dentro da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais. Lula subiu 2 p.p., enquanto Bolsonaro manteve a mesma pontuação da pesquisa anterior. A diferença entre os dois, agora, está em 15 pontos percentuais.

Ciro Gomes (PDT) se mantém em terceiro, com 7% (tinha 8% na pesquisa anterior), tecnicamente empatado com a candidata do MDB, a senadora Simone Tebet, que registrou os mesmos 4% do último levantamento.

Na sequência aparecem Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe D'Ávila (Novo), ambos com 1%, mesmo percentual da pesquisa do fim de agosto. Votos em branco, nulos ou eleitores indecisos representam 6% do eleitorado. Não sabem ou não responderam são 4%.


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TSE proíbe Bolsonaro de usar imagens do 7 de setembro em propaganda

                                        Por: Ronayre Nunes/Por: Correio Braziliense 

Crédito: Ed Alves/CB

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves proibiu o presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar imagens do 7 de setembro em material de campanha. As imagens usadas foram gravadas pela TV Brasil. Segundo entendeu o magistrado, existe favorecimento eleitoral de Bolsonaro no uso das imagens.


A decisão foi publicada no fim deste sábado (10/9). O ministro atendeu a um pedido da coligação do ex-presidente Lula (PT). O chefe do Executivo tem cinco dias para apresentar a defesa.

Veto ao uso de imagens
A campanha de Bolsonaro tem 24 horas para cessar a veiculação das imagens do presidente durante eventos oficiais no Bicentenário da Independência em Brasília e no Rio de Janeiro. A multa — em caso de descumprimento — é de R$ 10 mil por dia.

O ministro também determinou que a TV Brasil edite um vídeo do 7 de setembro em seu canal no Youtube para excluir trechos em que Bolsonaro aparece. Num desses momentos, o presidente dá uma entrevista no Palácio da Alvorada, durante café da manhã com ministros, e fala que rupturas como a de 1964, ano do golpe que deu início à ditadura militar, "podem se repetir" e voltou a convocar a população para ir às ruas. Caso a TV Brasil descumpra a medida, a multa diária é também de R$ 10 mil.

Na decisão, o ministro apontou a divisão entre a data cívica e a mobilização eleitoral: "De fato, o uso de imagens da celebração oficial na propaganda eleitoral é tendente a ferir a isonomia, pois utiliza a atuação do Chefe de Estado, em ocasião inacessível a qualquer dos demais competidores, para projetar a imagem do candidato e fazer crer que a presença de milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios, com a finalidade de comemorar a data cívica, seria fruto de mobilização eleitoral em apoio ao candidato à reeleição".

"A jurisprudência do TSE orienta que, em prestígio à igualdade de condições entre as candidaturas, a captura de imagens de bens públicos, para serem utilizadas na propaganda, deve se ater aos espaços que sejam acessíveis a todas às pessoas, vedando-se que os agentes públicos se beneficiem da prerrogativa de adentrar outros locais, em razão do cargo, e lá realizar gravações", disse Gonçalves, em outro trecho da decisão.

Neste sábado, 10, Bolsonaro apostou em imagens do 7 de setembro na propaganda que foi ao ar no horário eleitoral gratuito na TV. "Nosso Brasil está comemorando 200 anos de independência e a gente foi para a rua comemorar esse passado, mas também para dizer que Brasil a gente quer para o futuro", diz a locutora da peça publicitária, que aposta no eleitorado conservador e religioso, com prioridade à defesa da família e à rejeição ao aborto e à legalização das drogas.

"Está vendo essa galera toda aí? Tem pai, tem mãe, tem tio, avô, avó, tem a juventude, as crianças. Isso é a família, e todos querem a mesma coisa: um Brasil decente e seguro", acrescenta a locutora. "O Brasil que eu quero para os meus filhos é sem a liberação das drogas", afirma, em seguida, uma apoiadora. "É o que nós estamos precisando neste momento: a união das famílias", diz outra militante.

Na sequência, aparece um trecho do discurso de Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios no 7 de setembro. "Hoje vocês têm um presidente que acredita em Deus, um governo que defende a família. Somos uma pátria majoritariamente cristã, que não quer a liberação das drogas, que não quer a legalização do aborto, que não admite a ideologia de gênero. E um presidente que deve lealdade a seu povo", diz o candidato à reeleição.

*Com informações da Agência Estado


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Bolsonarista que humilhou eleitora de Lula se diz arrependido: 'infelicidade de ter feito vídeo'

Empresário bolsonarista Cássio Joel Cenali diz que distribui 60 marmitas por semana a moradores de rua
Empresário bolsonarista Cássio Joel Cenali (Foto: Reprodução/Twitter/Jornalistas Livres)

O empresário bolsonarista Cássio Joel Cenali, que provocou indignação nas redes ao humilhar a mulher negra Ilza Ramos Rodrigues por ela ser eleitora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou vídeo neste domingo (11) em que diz estar arrependido do ato e pede desculpas à apoiadora de Lula. 

"Estou aqui para pedir desculpa pela infelicidade de ter feito o vídeo, estou muito arrependido. Faz mais de dois anos que que eu faço 60 marmitas toda quarta-feira e entrego para moradores de rua, inclusive para esta senhora. Não é isso [Ilza ser eleitora de Lula] que vai fazer eu parar com este trabalho meu", afirmou o apoiador de Jair Bolsonaro. Brasil247.

Assista:


Lula diz que fome é culpa de quem governa: 'negar ajuda a alguém por divergência política é falta de humanidade'

O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou sobre um vídeo que viralizou nas redes sociais que mostra um homem apoiador de Jair Bolsonaro (PL) afirmando que não distribuirá mais comida a uma mulher após ela se dizer eleitora do petista. 

Lula compartilhou o vídeo e disse que a fome é culpa da falta de compromisso de quem governa o país. "Negar ajuda para alguém que passa dificuldades por divergência política é falta de humanidade. Minha solidariedade com essa senhora e sua família. O Brasil vai voltar a ter dias melhores", afirmou o ex-presidente. 

>>> MST vai fornecer 6 meses de produtos saudáveis à eleitora de Lula humilhada por bolsonarista

Leia também reportagem da Rede Brasil Atual sobre o assunto:

Entidades de Itapeva acolhem mulher humilhada por bolsonarista em entrega de cesta básica

A rede de entidades de solidariedade que atua em Itapeva, cidade do Vale do Ribeira ao sul do estado de São Paulo, entrou em contato com a senhora Ilza Ramos Rodrigues depois que ela foi humilhada nesse sábado (10) por um bolsonarista que entregava cestas básicas em um bairro popular da cidade.

No momento da entrega da cesta básica, o empresário do ramo agropecuário Cassio Joel Cenali gravou em seu celular diálogo com a senhora, em que pergunta em quem ela vai votar. E em seguida viralizou as imagens nas redes sociais.

“Nessa campanha de Bolsonaro, a senhora é Bolsonaro ou Lula?”, indagou o empresário.

A senhora com muita simplicidade responde: “Eu sou Lula”. O bolsonarista então inicia a humilhação.

“Lula? Então tá bom aqui ó: ela é Lula. A partir de hoje não tem mais marmita”, diz o homem para espanto da mulher. “A partir de hoje é a última marmita que vem aqui. A senhora pede para o Lula agora. Está bom? É a última marmita que vem para a senhora”, diz.

Estarrecida e constrangida a mulher indaga: “É verdade?”. “Verdade, sério. Tá bom, gente. Aqui não vem mais marmita”, emenda o bolsonarista que filmou a cena humilhante.

A identidade do empresário foi divulgada pelo perfil Anonymous, no Twitter. Uma rápida consulta no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) mostra que ele responde a processos por não pagamentos de IPTU e com decisão sobre “cumprimento de sentença cheque”.

O ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha gravou vídeo para dizer que as entidades de assistência da cidade acolheram a senhora: “Ficamos indignados com a postura de um bolsonarista, empresário, da cidade de Itapeva, que destratou uma senhora ao entregar uma cesta básica para ela.”

“Nós já sabemos onde está essa mulher, já estamos acolhendo e mantendo contato na cidade de Itapeva. Temos um trabalho muito próximo com o pessoal da Cáritas, entidade sociais, e o trabalho de solidariedade que foi montando durante a pandemia, com a turma do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que fica na região de Itapeva, e essa rede vai apoiar e acolher essa senhora. Pode ter certeza disso”, afirmou Padilha.

Integrantes do MST levaram para Ilza Ramos Rodrigues uma cesta básica com alimentos saudáveis, e também garantiram para ela o fornecimento de cesta básica pelos próximos seis meses.

“Mais uma vez fica claro que não só Bolsonaro, mas sua rede bolsonarista não têm a menor compaixão com as pessoas que sofrem. Só Lula pode dar garantia de segurança alimentar e proteção social para quem mais precisa neste país”, disse ainda Padilha.

O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também saiu em defesa de Ilza nas redes sociais: “A fome é culpa da falta de compromisso de quem governa o país. Negar ajuda para alguém que passa dificuldades por divergência política é falta de humanidade. Minha solidariedade com essa senhora e sua família. O Brasil vai voltar a ter dias melhores”.

Tão logo o vídeo chegou às redes, a Mídia Ninja buscou a mulher moradora de área predominantemente agrícola, com forte influência de ruralistas.



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