sábado, 25 de fevereiro de 2023

Município de Pombos/PE chama atenção do maior gigante asiático: a China

Conhecida como Terra do abacaxi, cidade produz 16 milhões de abacaxis ao ano

Por Aline Moura/Folhape
Cidade de Pombos é conhecida como Terra do Abacaxi - Foto| cortesias

Conhecida como Terra do Abacaxi, a cidade de Pombos, localizada a 57 quilômetros do Recife, conseguiu despertar o interesse do maior gigante asiático, a China. A atenção do país chinês foi chamada pela fartura dos frutos mais doces do Brasil, em meio ao Agreste pernambucano, onde o clima é semiárido. O município produz especialmente o abacaxi da espécie pérola, que pode chegar até três quilos e se destaca pelo perfume e alto teor de açúcar, um fruto que se desdobra em 17 produtos nas mãos dos agricultores. 

Pernambuco é o quinto maior produtor de abacaxis do Nordeste, mas o município é o campeão na produção estadual. São mais de 200 agricultores familiares que colhem aproximadamente 16 milhões de frutos durante o ano, espalhados numa área de 800 hectares (800 campos de futebol). 

Segundo o secretário de Agricultura, Indústria e Comércio de Pombos, Jairo Rubens de Lima, o incentivo à produção dos agricultores colocou Pombos no mapa internacional. Em um prazo máximo de três anos, existe um potencial de crescimento de produção para 20 milhões de frutos por ano, o que vai aumentar a receita do município. Toda a colheita é feita de forma artesanal pelos trabalhadores e mais de cinco mil empregos diretos indiretos são gerados. A produção de abacaxi representa 70% da economia da cidade. 

Secretário de Agricultura, Indústria e Comércio de Pombos, Jairo Rubem de Lima, pela então Cônsul da China, Yan Yuqing, e pelo prefeito de Pombos, Marcos Pereira.Secretário de Agricultura, Indústria e Comércio de Pombos, Jairo Rubem de Lima, pela então Cônsul da China, Yan Yuqing, e pelo prefeito de Pombos, Marcos Ferreira. Foto| Divulgação

Jairo Rubens contou que a doçura do abacaxi local e o tamanho, entre outros fatores, estimularam um acordo de cooperação entre Pombos e a China para intercâmbio técnico e científico, bem como para produção agrícola e beneficiamento do abacaxi e seus derivados. A articulação foi iniciada pela Secretaria estadual do Trabalho, no ano passado, e o município ganhou asas para voos no exterior. 

O contato com os chineses se deu por meio de encontro do prefeito Marcos Ferreira e do secretário Jairo Rubens com a então Cônsul da China, Yan Yuqing. “Este acordo com a China representa, para o município de Pombos, ser enxergado no mercado internacional”, disse. 

O secretário municipal acrescentou que a abertura de diálogo com o gigante asiático se dará tanto no processo de assistência técnica, implementos agrícolas, trocas de experiências, como na importação de tecnologia chinesa para a colheita e diminuição de insumos que prejudiquem a natureza. O município está aguardando a indicação do novo representante do consulado chinês no Recife para dar seguimento às negociações com o principal país dos Tigres Asiáticos

O Sebrae, por outro lado, está trabalhando com os agricultores familiares na criação de selos que se adequem às normas internacionais. Sem o selo, não é possível exportar.

“A gente tem negociado também com algumas empresas que representam os interesses comerciais da Espanha para dialogar e apresentar nossa produção”, destacou o secretário. Ele frisou ter esperança, num futuro próximo, de que o município venda para o país chinês e também importe tecnologia para a colheita do abacaxi.

“A produção pode chegar a 20 milhões de frutos por ano devido aos incentivos que temos feito, como assistência técnica e parcerias com o Sebrae, a Universidade Federal Rural de Pernambuco, o consulado chinês, o IPA, as associações rurais e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pombos”, destacou o secretário municipal. 

O agricultor Aglailson Manoel Silva, 53 anos, mudou de vida ao aderir à cultura do abacaxi. Ele começou a plantar mandioca quando tinha 15 anos, com o pai, não tinha terra, trabalhava para outras pessoas. Hoje, ele planta e colhe 140 mil frutos ao ano, em três hectares (três campos de futebol). “Hoje, temos nossa terra e conseguimos nosso sustento”, contou orgulhoso o agricultor, um dos homens que produz o fruto que identifica a cidade no Estado, nas principais comemorações e eventos.

Pombos é o maior produtor de abacaxi de Pernambuco

Pombos tem maior plantação de abacaxi do Estado. Foto| Aglailson Silva/divulgação

Aglailson Silva começou a plantar com 15 anos e hoje consegue o sustento com a plantação de abacaxi em três hectares (três campos de futebol)

Aglailson Silva planta em três hectares de terra

OUTRAS NOVAS

Outras duas boas notícias de Pombos também chamam a atenção. Além de vir reduzindo sistematicamente o uso de defensivos agrícolas prejudiciais à saúde e ao meio ambiente na produção de abacaxis, os agricultores terão um espaço na BR-232, em breve, para negociar o produto e seus derivados. Esta é uma demanda presente em todos os municípios cortados pela rodovia que desenvolvem arranjos produtivos locais. “Os produtos serão vendidos diretamente do agricultor para o consumidor, teremos a fruta, derivados da fruta e produtos orgânicos”, disse o agricultor Aglailson.


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Mercado e governo esperam embargo mais curto da China à carne bovina do Brasil

Supensão deve durar até abril, estima presidente de associação de comércio

(Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux)

A suspensão das exportações de carne bovina do Brasil para a China, devido a um caso de vaca louca no Pará, pode durar menos tempo que a ocorrida em 2021, última vez em que foram registrados casos atípicos da doença no país, conforme participantes do mercado ouvidos nesta quinta-feira (23).

O embargo, que faz parte de um protocolo sanitário entre os dois países quando há confirmação da doença Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no Brasil, permaneceu por quase cem dias em 2021. Já em 2019, um caso atípico foi confirmado, mas a suspensão de exportações durou apenas 13 dias.

"Não acredito que a situação de 2021, quando o embargo começou em setembro e só caiu em dezembro, vai se repetir. É importante dizer que as relações diplomáticas agora são melhores do que no governo anterior", disse à Reuters o presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro.

Ele acredita que, por se tratar de um caso isolado neste ano, o impacto sobre as exportações tende a ser limitado, e "tudo indica que essa suspensão vai até o mês de abril".

ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem uma projeção ainda mais otimista e afirmou em entrevista à CNN Brasil que o embargo pode cair no final de março, citando a importância da transparência e agilidade nos processos. Procurado, o Ministério da Agricultura não respondeu de imediato a um pedido de comentários.

Fávaro já recebeu o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, na sede da pasta nesta quinta-feira (23), primeiro dia em que o embargo entrou em vigor.

O diretor da consultoria Athenagro, Maurício Palma Nogueira, disse que o resultado de teste que ainda está pendente, para a confirmação de que se trata de um caso atípico de vaca louca, vem de um laboratório de autoridades sanitárias internacionais no Canadá e deve sair em breve, confirmando o diagnóstico já realizado no Brasil.

O caso é atípico quando a doença acontece espontaneamente em animais mais velhos, sem risco ao rebanho ou a seres humanos.

"Depois de sair a definição de que se trata da doença atípica, o órgão internacional para saúde animal deve divulgar uma nota mantendo o status sanitário do Brasil —e reforçando que o risco é insignificante", disse ele.

"Acredito que o desfecho, desta vez, possa ser mais rápido do que aconteceu em 2021", acrescentou.

O especialista lembrou que na ocasião anterior foram encontrados dois animais em frigoríficos, um em Minas Gerais e outro em Mato Grosso, e não um animal em uma propriedade rural.

Além disso, a capacidade da fiscalização brasileira por identificar a doença em um gado a pasto, em propriedade com pouco mais de cem animais em meio a um rebanho de 200 milhões de cabeças, também chama a atenção positivamente.

"O rigor dos protocolos é muito eficiente. Isso deve depor a favor neste momento para que a confiança dos chineses permaneça".

Uma fonte de um grande frigorífico exportador disse à Reuters, sob anonimato, que sua expectativa é de que, de fato, o tempo de duração do atual embargo esteja mais parecido com o de 2019 do que com o de 2021.

Para esta fonte, a relação de China e Brasil está melhor. Como exemplo, apontou que os chineses tiraram suspensão de plantas brasileiras recentemente, que a relação com os EUA segue complicada e que o Brasil é o único parceiro com volume de produção de carne para atendê-los.

O presidente da AEB destacou também que as cargas que deixarão de seguir para o mercado chinês podem embarcar para outros países que tenham regras sanitárias menos rigorosas que a China, o que reduz parte dos impactos aos exportadores.

Por outro lado, companhias como Mafrig e Minerva já anunciaram que continuarão atendendo o mercado chinês por meio de outras unidades na América do Sul.

ENTENDA O CASO

O Ministério da Agricultura informou na noite de quarta-feira (22) que as exportações de carne bovina do Brasil para a China estariam suspensas temporariamente a partir de quinta-feira, seguindo um protocolo sanitário oficial devido à confirmação de um caso da doença vaca louca.

Segundo comunicado da Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará), trata-se da forma "atípica" da doença.

O ministério comunicou o caso à OMAS (Organização Mundial de Saúde Animal) e as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, cujos resultados ainda são aguardados.

A China e o Brasil assinaram em junho de 2015 um protocolo sanitário que estabelece um autoembargo para as exportações ao país asiático diante de casos de vaca louca. Ou seja, quando uma ocorrência d

O embargo é temporário, mas seu tempo de duração é indeterminado e definido pela China, maior compradora de carnes brasileiras. - SÃO PAULO (REUTERS).


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Flávio Dino: EUA querem mais informações para decidir extraditar Allan dos Santos

"Houve pedido de extradição e está sob análise das autoridades dos Estados Unidos", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública

Influenciador digital Allan dos Santos (à esq.) e Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública (Foto: Alessandra Dias/Agência Senado | Renato Alves/ Agência Brasília)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nova requisição de informações adicionais feita pelo governo dos Estados Unidos no processo de extradição do blogueiro bolsonarista foragido Allan dos Santos, investigado no inquérito das milícias digitais. O pedido de extradição é tratado entre autoridades do judiciário dos dois países.

"Houve pedido de extradição e está sob análise das autoridades dos Estados Unidos. Houve uma resposta técnica recente, semana passada, em que eles pediram mais informações e nós estamos nesse momento junto com o Supremo, vendo esses elementos para responder ao governo dos EUA", afirmou Dino em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Em outubro de 2021, o ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão de Allan dos Santos. Pessoas que trabalham no Ministério da Justiça estaria fazendo articulações para a inclusão do blogueiro na lista da difusão vermelha da Interpol (polícia internacional). - 247.


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A Diocese de Petrolina pede orações pelo padre Breno vítima de atentado e cobra investigação sobre o caso

 Por Carlos Britto

Palácio Diocesano em Petrolina

Em nota divulgada nas suas redes sociais, a Diocese de Petrolina se manifestou acerca da tentativa de homicídio contra o padre Breno Gomes Paixão, ocorrido na noite de ontem (24) na região do Distrito de Rajada, Zona Rural de Petrolina. O religioso se deslocava para realizar uma missa no Sítio Estrela, a 6 quilômetros de Rajada, quando um desconhecido em uma moto efetuou quatro tiros contra ele. Um dos tiros acertou de raspão o pescoço do padre. Ele foi trazido para Petrolina, onde se encontra hospitalizado e recebendo atendimento médico, mas está consciente.

Na nota, a Diocese pede aos fieis orações pelo pronto restabelecimento do religioso, ao mesmo tempo em que cobra uma investigação rigorosa desse caso. Confiram:

A Diocese de Petrolina pede aos fiéis que dirijam sua súplica a Deus pela recuperação do Padre Breno Gomes Paixão, administrador da Quase-Paróquia de Nossa Senhora das Dores, com sede no Distrito de Rajada.

Na noite desta sexta-feira, 24 de fevereiro, a caminho de uma Missa, o sacerdote foi atingido de raspão no pescoço por uma bala. Trazido para Petrolina, Padre Breno encontra-se consciente e está hospitalizado para receber todo o suporte médico necessário, a fim de que se recupere prontamente e retorne ao seu trabalho pastoral.

Rezemos pelo sacerdote e para que os fatos sejam devidamente apurados pelas instâncias competentes. As informações acerca do estado de saúde do Padre Breno serão divulgadas nas redes oficiais da Diocese.

Petrolina, 24 de fevereiro de 2023.

Ausente no ato bolsonarista, Musk comenta nas redes e volta a atacar Moraes

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