quarta-feira, 11 de outubro de 2023

O Deputado estadual Renato Antunes lamenta morte da gestora da GRE/Sertão do Médio São Francisco em Petrolina

                             Por:Carlos Britto 

 Foto: divulgação

Deputado estadual e integrante permanente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Renato Antunes utilizou as redes sociais para lamentar o falecimento da professora e titular da GRE/Sertão do Médio São Francisco, Ana Karina Oliveira, ocorrida nesta quarta-feira (11). 

O parlamentar, que durante suas visitas nas escolas do Estado teve recentemente em Petrolina uma reunião com a gestora, na sede do órgão, ressaltou a paixão e comprometimento que a professora carregava pela educação. 

Tenho andado por Pernambuco e tido a oportunidade de conhecer muita gente querida. Uma delas foi a professora Ana Karina. Vi uma mulher disposta e comprometida em cuidar de uma gerência tão importante para Pernambuco. Em poucos meses, ela estava fazendo um belíssimo trabalho. Perdemos uma referência. Que venha consolo sobre os familiares, amigos e comunidade pedagógica”, comentou. 

A professora faleceu após pouco mais de uma semana internada no Hospital Regional de Juazeiro (BA), com um grave quadro de saúde.




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Em crime de guerra, Israel bombardeia abrigos para civis e até escolas em Gaza

Segundo a ONU, 18 instalações de atendimento aos palestinos foram destruídas. Ataques também atingiram estações de água e saneamento.

Vídeo mostra bombardeio de Israel a prédio na Faixa de Gaza (Foto: Reprodução)

A contraofensiva de Israel na Faixa de Gaza tem se estendido além dos quartéis-generais do grupo Hamas, atingindo diretamente a infraestrutura e locais considerados seguros pela população. De acordo com o jornal O Globo, a ONU informou que 18 instalações essenciais para a população palestina foram destruídas, incluindo escolas transformadas em abrigos e hospitais. 

“De acordo com as autoridades palestinas, ao menos 900 pessoas foram mortas e cerca de 168 prédios tiveram suas estruturas danificadas, entre eles sete hospitais e 48 escolas, desde sábado. As Nações Unidas afirmam que os ataques aéreos israelenses danificaram também instalações de água e saneamento, afetando mais de 400 mil pessoas”, ressalta a reportagem.  >>> Netanyahu deixa 600 mil palestinos sem água e pode provocar uma das maiores catástrofes humanitárias de todos os tempos 

.Pouco após a ofensiva feita pelo Hamas, no sábado (7), o governo de Israel anunciou um “cerco total” a Gaza, incluindo a interrupção do acesso a alimentos e medicamentos. A estratégia do "cerco total", contudo, é proibida pelo direito humanitário internacional.

As autoridades israelenses emitiram um ultimato de 24 horas para que os habitantes de certos bairros da Faixa de Gaza deixassem a área, em uma resposta que classificaram como sem precedentes ao grupo militante. >>> Israel promove catástrofe humanitária sem precedentes na Faixa de Gaza e já se fala em genocídio

A estratégia israelense de advertências prévias também foi limitada devido à sobrecarga da Força Aérea. Embora mensagens de texto e alertas tenham sido enviados, muitos residentes relatam falta de aviso adequado, intensificando o temor na região. A interrupção dos serviços de telefonia e internet agravou a situação, deixando grande parte de Gaza isolada do mundo exterior.

Estimativas da ONU apontam que 187,5 mil palestinos se deslocaram internamente desde o início dos confrontos e outros 137 mil estão nas mais de 80 escolas administradas pela organização espalhadas pela área conflagrada - (247).



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Brasil tem credencial para negociar com Israel e Palestina

 

Afirmação é de especialistas ouvidos pela Agência Brasil

Juan Seguí Moreno/Flickr


Professores das universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) consideram que o Brasil tem credenciais para atuar como mediador entre israelenses e palestinos. Para eles, além do papel histórico de Oswaldo Aranha - que presidiu sessão da Assembleia Geral da ONU em 1947 para discutir a criação de dois Estados, um para os judeus, outros para os árabes - o país mantém relações diplomáticas com Israel e Palestina, tradicionalmente defende o respeito às leis internacionais e busca soluções pacíficas.

“Oswaldo Aranha foi importante nesse processo, porque não se limitou a presidir de maneira indiferente a votação. Ele se empenhou para que a divisão fosse reconhecida e aquela situação fosse resolvida, de modo que cada povo fosse acomodado e construísse o seu Estado. Portanto, Oswaldo Aranha agiu todo o tempo de boa-fé, interessado em resolver o conflito envolvendo os dois Estados”, explica Williams Gonçalves, professor de relações internacionais da Uerj. 

Segundo Fernando Brancoli, professor de Segurança Internacional e Geopolítica da UFRJ, Oswaldo Aranha é visto dentro de Israel como figura importante por seu papel na solução de dois Estados. 

Histórico

Em 1947, a pedido do Reino Unido, a Organização das Nações Unidas foi provocada a encontrar uma solução para a região da Palestina. A área, que por séculos pertencera ao Império Otomano, e havia três décadas estava sob controle dos britânicos, vinha recebendo milhares de imigrantes judeus, procedentes de várias partes do mundo. 

Os judeus passaram de 10% para 30% do total da população na Palestina nas três décadas de domínio britânico. A recomposição demográfica passou a gerar conflitos entre os dois grupos: os judeus e os árabes-palestinos. 

Sem conseguir resolver os conflitos, com ataques de ambos os lados, o poder colonial se preparava para deixar o local e esperava uma solução para a Palestina. Para isso, deixou a questão com a ONU.  

O assunto foi levado à Assembleia Geral das Nações Unidas, em abril daquele ano. Para presidir a sessão aberta para discutir a questão, foi eleito o representante brasileiro, Oswaldo Aranha.

Sob a coordenação de Aranha, nascia, nas Nações Unidas, a solução para a região: a divisão da Palestina em dois estados, um para os judeus e outro para os árabes. O Brasil foi um dos países que defendeu a proposta. 

Soluções amigáveis

“O Brasil historicamente se constrói como um país que tenta encontrar soluções amigáveis e um meio-termo entre os diversos adversários. O Brasil reforça o papel do direito internacional ao longo de sua história. Nós somos o país que mais participa do Conselho de Segurança da ONU como membro não permanente. Construímos historicamente, aos trancos e barrancos, a ideia de um país que é mediador, e a gente já atuou em diversos momentos a respeito disso, principalmente aqui na América Latina”, explica Brancoli. 

Segundo Gonçalves, a diplomacia brasileira tem credibilidade internacional para participar da solução de conflitos. “O Brasil não é uma grande potência, então não gerou inimizades, não tem conflito com os seus vizinhos. Outro fator que favorece a intermediação, no meu ponto de vista, é que o Brasil sempre teve a posição de defesa da existência dos dois Estados. O Brasil reconhece o Estado de Israel, mas reconhece o direito dos palestinos de ter seu próprio Estado”, afirma o professor da Uerj. 

Participar da mediação do conflito, no entanto, não depende apenas de credenciais diplomáticas. Como presidente rotativo do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil deu o primeiro passo para tentar evitar um aumento dos confrontos entre Israel e o Hamas (grupo político e militar que controla a Faixa de Gaza). 

Ainda no sábado (7), logo depois do ataque do Hamas a cidadãos israelenses, o Brasil convocou reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir o conflito. 

Brancoli acredita, no entanto, que, neste momento, dificilmente o Brasil terá algum papel mais efetivo na interrupção do conflito. “A gente está hoje no pior momento, entre Israel e Palestina, do ponto de vista de tentativas de mediação em 40 anos. Neste momento, é impossível. Ninguém consegue efetivamente mediar um acordo de paz imediato, até mesmo cessar-fogo. Acho que pouquíssimos países conseguiriam”, disse.

Segundo ele, o que o Brasil pode fazer neste momento é contribuir com ajuda humanitária e com a retirada de civis da área de conflito.

Na visão de Gonçalves, qualquer acordo entre as partes não depende apenas de mediadores. É importante que os dois lados tenham boa vontade de negociar e estejam dispostos a fazer concessões. .

“Quando falamos em negociação, falamos necessariamente de concessões. Não pode haver negociação em que as duas partes são intransigentes, em que as duas partes não admitam qualquer concessão. Aí não há negociação, não há intermediário que agrade a ninguém”, conclui o professor da Uerj. - (Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Graça Adjuto



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Segunda aeronave com brasileiros em Israel está a caminho do Brasil

 

A bordo estão 214 brasileiros resgatados, um cachorro e três gatos

GOV/BR/FAB


A segunda aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou de Tel Aviv, em Israel, às 12h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (11) com destino ao Rio de Janeiro. A bordo estavam 214 brasileiros resgatados após os conflitos recentes. O voo transporta também, pela primeira vez, animais, sendo um cachorro e três gatos.

O voo tem duração prevista de 14 horas, com previsão de chegada à Base Aérea do Galeão, às 3h desta quinta-feira (12). A repatriação faz parte da Operação Voltando em Paz, deflagrada pelo governo federal após o confronto iniciado no fim de semana entre Israel e o Grupo Hamas, no Oriente Médio.

O primeiro voo de resgate trazendo brasileiros de Israel pousou em Brasília por volta das 4h10 desta quarta-feira. A aeronave KC-30 da FAB, com 211 passageiros, decolou de Tel Aviv às 14h12 (horário de Brasília) de ontem (10) e fez voo de cerca de 14 horas direto para a capital federal.

Do total, 107 passageiros desembarcaram em Brasília e 104 seguiram para o Rio de Janeiro em dois aviões da FAB.

Tel Avivi, Israel, 11.10.2023 - Segunda aeronave da FAB trazendo 212 passageiros, 3 gatos e 1 cachorro, terá o Rio de Janeiro como destino.  Foto: GOV BR/FAB
Segunda aeronave decolou ao meio dia desta quarta-feira (horário de Brasília) de Tel Aviv - GOV BR/FAB

Alívio

O produtor de vídeo, Gleik Max, estava no voo que chegou pela manhã ao Rio de Janeiro. Ao desembarcar, ele disse ter sentido um grande alívio ao pisar no Brasil. Conforme relatou, ele precisou se proteger em um bunker, estrutura fortificada construída embaixo da terra, para resistir a projéteis de guerra. Os bunkers são obrigatórios em construções israelenses, inclusive em hotéis que abrigam turistas.

"Foram dias de preocupação, embora a gente estivesse em uma área que não sofreu com bombardeios. Mas toda vez que a sirene tocava, a gente ia para o bunker. É gratificando voltar ao Brasil. Estou de volta à minha terra e muito feliz".

Gleik relatou que manteve contato permanente com a família durante toda essa situação. "Meu filho tem 4 anos. Decidi não contar para ele o que estava acontecendo. Agora que eu cheguei, vou contar, mas de forma adaptada até pela questão da idade", contou.

O produtor de vídeo disse ainda ter se sentido seguro na maior parte do tempo, mas que o clima no aeroporto o deixou tenso. "Nós tentamos comprar uma passagem para sair de Israel. Compramos para Istambul e depois para Bucareste. As duas foram canceladas quando estávamos no aeroporto. E estava aquela correria, ficava pensando: 'será que vai explodir alguma coisa aqui?'. Naquele momento, senti que estava em um país em guerra".

Confira as imagens da chegada do primeiro voo com repatriados ao Brasil. - (Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

 

Edição: Denise Griesinger



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Extrema direita dissemina fake news sobre 40 bebês decapitados pelo Hamas

Enquanto isso, crianças palestinas continuam assassinadas impunemente pelo governo israelense

(Foto: Pedro França/Agência Senado)

Grupos de extrema direita, incluindo parlamentares brasileiros, divulgaram, no dia de ontem, uma notícia falsa, dando conta de que 40 bebês israelenses teriam tido suas cabeças cortadas pelo Hamas. Embora seja uma informação claramente falsa, ela se alastrou como pólvora pelas redes sociais, difundida por porta-vozes da direita israelense e por parlamentares como Nikolas Ferreira (PL-MG). Um esclarecimento foi postado pelo perfil Pesquisas e Análises Eleições no X:

Vocês já se depararam com a fake news de que 40 bebês israelenses foram decapitados? Pois bem: as agências de notícias foram apurar a afirmação e descobriram que se trata (felizmente) de uma MENTIRA. Todavia, o covarde Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e toda a rede de extrema-direita, de forma coordenada, estão espalhando essa mentira. Tal atitude tem um propósito: a extrema-direita sabe que o povo brasileiro culturalmente gosta de enxergar a vida como se fosse uma novela, em que existe um lado do bem e o do mal. A tática deles é trazer conteúdos chocantes, mesmo que mentirosos, para convencer as pessoas de que o lado da Palestina é o mal e que o dos israelenses são o bem. Por que isso? Historicamente, a esquerda realmente defende o direito à existência de um Estado palestino soberano. Assim, existem muitos registros de apoio de nomes progressistas ao povo palestino. Após convencerem a população, com grande ajuda da mídia liberal, de que os palestinos são demoníacos, agora estão tentando ligar indiretamente o PT à morte de civis israelenses. Obviamente que ninguém aqui defende a morte de civis de nenhum dos lados. Eles, contudo, de forma sorrateira, estão tentando convencer a população do contrário. O que podemos fazer contra isso? Compartilhem a verdade! Não esperem passar apenas na Rede Globo. Também compartilhe o que tiver de material mostrando as atrocidades de Israel contra os palestinos antes e depois da guerra, e não apenas do grupo terrorista Hamas! -(247).

Confira também o post da jornalista Nathalia Urban, da TV 247:

Entenda quais as regiões envolvidas na guerra no Oriente Médio

 

Ataques do Hamas e respostas de Israel já fizeram milhares de mortos

Reuters

Os olhos do mundo estão direcionados para a região de Israel e da Palestina, onde ocorre o conflito no Oriente Médio. As informações que chegam ao Brasil apontam para cenários que estão a mais de 10 mil quilômetros de Brasília. 

Os ataques do grupo Hamas contra Israel, no último sábado (7), e, depois, a contraofensiva que atingiu os palestinos, fizeram a violência escalar a um novo patamar. Os episódios acontecem em uma região historicamente conflagrada entre territórios vizinhos.

Para entender o cenário geográfico, é necessário identificar que são considerados territórios palestinos a Cisjordânia – com mais de 3 milhões de pessoas em cerca de 5,9 mil quilômetros quadrados (km²), tamanho equivalente ao do Distrito Federal, no Brasil – e Gaza – de 365 km² e mais de 2 milhões de pessoas, com maioria de refugiados. 

A Cisjordânia fica entre Jerusalém (a 40 quilômetros de distância) e a Jordânia (a capital Amã está a 104 km). Já Gaza é um território de 41 km de comprimento e entre 6 e 12 km de largura, com uma densidade populacional de 9 mil pessoas por quilômetro quadrado. Gaza tem uma fronteira de 51 quilômetros com Israel, 7 quilômetros com o Egito e 40 quilômetros de costa no Mar Mediterrâneo.

Mapa
Arte: Agência Brasil

Israel tem 9,3 milhões de pessoas e é também banhado pelo Mediterrâneo. A capital, Jerusalém, tem 857 mil habitantes e é a cidade mais populosa do país. Tel Aviv, que fica a 66 km de distância e é considerada o centro financeiro, tem população de 457 mil pessoas.

Segundo as agências internacionais, o grupo palestino Hamas disparou, a partir de Gaza, foguetes que causaram destruição em cidades israelenses ao Norte de Jerusalém como Rehovot, Tel Aviv e Gedera e, ao sul, como Ashkelon. Mais de mil pessoas morreram. Entre as vítimas, pelo menos 260 eram participantes do festival de música eletrônica a cerca de 20 km de Gaza. 

Israel, por sua vez, indicou ter matado 1,5 mil integrantes do Hamas em pelo menos oito diferentes pontos. As forças israelenses teriam atacado inclusive a região portuária em Gaza. Além disso, os ataques israelenses mataram pelo menos 830 civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. - (Por Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Marcelo Brandão



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Dezenas de pessoas são retiradas por incêndios florestais no centro da Argentina

 MUNDO

Homem de 27 anos foi preso e admitiu ter acendido uma fogueira para aquecer água e depois não ter conseguido controlar as chamas


                 Por AFP

Os bombeiros trabalham nesta quarta-feira (11) para controlar o único foco ainda ativo na província argentina de Córdoba, onde os incêndios florestais obrigaram a retirada de dezenas de famílias e causaram a perda de várias casas, embora não haja feridos, informaram as autoridades.

O incêndio começou na segunda-feira em uma área de pastagem do Vale de Punilla, na região centro-oeste da província, 760 quilômetros a noroeste da capital argentina.

O vento, a secura dos campos e as altas temperaturas ajudaram a espalhar as chamas em direção às casas, e várias delas foram destruídas, em um balanço de perdas ainda sem dados oficiais.

Dezenas de famílias foram retiradas preventivamente, e outras saíram, devido à fumaça que tomou conta de toda a região serrana que permanece sob alerta.

"Há um detido que provocou o incêndio intencionalmente, e espero que recaia sobre ele todo o peso da lei", disse o governador de Córdoba e candidato presidencial, Juan Schiaretti.

A mídia noticiou que o sujeito, um homem de 27 anos que foi preso, admitiu ter acendido uma fogueira para aquecer água e depois não ter conseguido controlar as chamas.

"O que causou foi quase uma catástrofe. As pessoas tiveram que ser retiradas, as casas pegaram fogo. Felizmente não temos que lamentar perdas humanas", disse o governador na terça-feira, em declarações à imprensa local.

Três aviões-tanque e um helicóptero trabalharam em coordenação com as brigadas da região para extinguir o incêndio.

O único foco que permanece ativo nesta quarta-feira é na zona de Tulumba, no centro-norte da província.


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Lula faz apelo em defesa de crianças palestinas e israelenses

 

Presidente pede intervenção humanitária internacional e cessar fogo

Reuters/Ibraheem Abu Mustafá


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, na manhã desta quarta-feira (11), na rede social X (antigo Twitter), um apelo ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e à comunidade internacional, em defesa das crianças palestinas e israelenses.

"Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio", escreveu Lula.

Para o presidente, são urgentes uma intervenção humanitária internacional e, também, o cessar fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas.


Na postagem, o presidente Lula diz, ainda, que o grupo Hamas [Movimento de Resistência Islâmica] precisa libertar as crianças israelenses sequestradas de suas famílias.  No mesmo texto, o presidente brasileiro diz também que é necessário que Israel cesse o bombardeio na Faixa de Gaza, para que as crianças palestinas e as mães delas deixem este território palestino que faz fronteira com o Egito.

Por fim, Lula diz que o Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, neste mês de outubro, vai trabalhar pela paz e se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. "[O Brasil] continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo". - (Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Fernando Fraga



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Repatriados manifestam alívio ao pisar em solo brasileiro

 

Voo da FAB chegou hoje ao Brasil procedente de Tel Aviv

Joèdson Alves/Agência Brasil


O sentimento é de alívio ao pisar em solo brasileiro após 14 horas de viagem deixando para trás a insegurança de uma zona de guerra. Esse é o relato geral dos brasileiros que desembarcaram nesta quarta-feira (11) na Base Aérea de Brasília, vindos de Tel Aviv, Israel, em voo da Força Aérea Brasileira (FAB).

Wanderlúcia Rosário Carneiro, de 59 anos, abraçou longamente as filhas que a aguardavam ansiosas no saguão do aeroporto. Emocionada, ela contou que, inicialmente, foram informados que a situação seria passageira, mas que ficou mais sério do que os próprios israelenses imaginavam.  “A notícia nos pegou no meio da estrada”, disse ela, que estava em um grupo de fiéis em visitação à região.

Brasília (DF) 11/10/2023 – O primeiro avião da FAB trazendo 211 brasileiros de Israel aterrissa às 4h da manhã, na Base Aérea de Brasília. A operação de resgate, denominada Voltando em Paz, começou no domingo (8) com a saída da aeronave do Brasil com destino à Itália e, de lá, para Tel Aviv (capital israelense), de onde os brasileiros embarcaram.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Primeiro avião do governo brasileiro com 211 repatriados chegou às 4h na Base Aérea de Brasília - Joédson Alves/Agência Brasil

O governo federal mobilizou a repatriação dos brasileiros devido ao confronto iniciado no último fim de semana entre Israel e o grupo Hamas, no Oriente Médio. Segundo os relatos, há tumulto no aeroporto, com estrangeiros tentando sair do país, mas sem voos e resgate para todos.

A orientação das autoridades israelense foi para que as pessoas ficassem dentro das casas e hotéis, para evitar exposição. Sobre os dias trancados no hotel em Jerusalém, Wanderlúcia falou da tensão de correr para o bunker (abrigo construído para proteger pessoas em situações de guerra) a cada toque de sirene. “Precisamos ir para o bunker duas vezes. É uma sensação de muita insegurança e não víamos a hora de regressar”, explicou.

Entre os 211 passageiros que chegaram hoje está a produtora de vídeo Darleide Alves. Ela contou sobre a falta de identificação com o toque das sirenes e como isso já é comum para os israelenses. No apartamento em que ela estava, havia um bunker, que serviu de refúgio. 

“De sexta para sábado, por causa do fuso horário, eu não consegui dormir. Então, nas primeiras horas, eu estava na janela olhando pra rua vendo o sol nascer, quando a primeira sirene tocou e vi a correria na rua. Ali, diante da minha janela, tinha uma sinagoga e eu vi todos saindo de dentro e correndo para se esconder num lugar mais próximo. Naquele momento, confesso que eu não entendia do que se tratava. Eu não esperava que fosse alguma coisa assim, que o significado daquela sirene fosse o aviso de que tinha mísseis em direção a Jerusalém, o ataque sobre Israel”, disse.

Ela estava em Jerusalém para a gravação de um documentário e tentou sair do país em voos para a Europa, sem sucesso. “Depois recebemos uma ligação de confirmação de que nós estaríamos nesse primeiro voo da FAB e aqui chegamos felizes, agradecidos, mas com o coração também que fica em Israel com as milhares de outras pessoas que não conseguem sair dali”, disse. “Nós temos os israelenses e os palestinos e as pessoas no meio de conflito. A gente se alegra por sobrevivência, mas a gente se entristece por aqueles que não tem o que fazer para mudar de realidade”, acrescentou.

Gratidão

Valdir Alves Reis, de Ipatinga (MG), estava em um grupo de 62 pessoas e passou um dia inteiro viajando em meio aos ataques até chegar a Jerusalém. “Foi assustador, foi pânico. Estávamos em uma região que poderia ser a próxima a ser atacada e foi muito tenso”, disse. “Mas desde quando recebemos a notícia da FAB, tivemos um alívio no coração. O que eu quero reforçar aqui não é a guerra, é uma benção do senhor na nossa nação e a forma que fomos resgatados pela FAB”, acrescentou.

Ele vai todos os anos para Israel, onde mora sua filha e já esteve em uma situação de conflito. “Foi mais simples, conseguimos sair pela Jordânia. Não foi a primeira vez, mas espero que seja a última”, disse.

Brasília (DF) 11/10/2023 – O primeiro avião da FAB trazendo 211 brasileiros de Israel aterrissa às 4h da manhã, na Base Aérea de Brasília. A operação de resgate, denominada Voltando em Paz, começou no domingo (8) com a saída da aeronave do Brasil com destino à Itália e, de lá, para Tel Aviv (capital israelense), de onde os brasileiros embarcaram.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Reencontro emocionado de repatriados na Base Aérea de Brasília - Joédson Alves/Agência Brasil

A educadora Eliane Mota, de 56 anos, liderava um grupo de 11 pessoas, a maioria idosos, que visitava locais religiosos na região. “Meu maior desejo era tirá-los de lá”, disse, contando que estiveram em uma situação crítica durante o segundo bombardeio do Hamas, quando estavam em um bairro sem locais de proteção. “Tínhamos que nos jogar no chão e ir para as paredes. Foi apavorante”, relatou.

A gratidão pelo trabalho do governo federal e da Força Aérea Brasileira (FAB) também foi constante nos relatos dos brasileiros repatriados. “A FAB tem que continuar, tem mais brasileiros lá, mais de 2 mil brasileiros pedindo para sair de Israel”, disse Eliane.

O escritor Fabricio Ramon Lopes disse que passou por cinco ataques em Jerusalém e parabenizou a FAB. “Saímos de Tel Aviv debaixo de mísseis, chegamos aqui com aplausos. A nossa esperança é de chegar aqui, olhar para o céu e não ter medo que cairão mais bombas. Que Deus abençoe Israel, mas primeiro que Deus abençoe nossa nação.”

A brasileira Cristina Balbi falou sobre a tensão que seu grupo viveu e pediu orações pela população da região. “Foram vários sustos, mas o primeiro foi ouvir o Domo de Ferro [sistema de defesa de Israel que intercepta mísseis] explodir há poucos quilômetros da onde a gente estava. A sirene soou e a gente não conseguiu, rapidamente, chegar no hotel de volta. Um pouco mais tarde, nós olhamos para cima e, com o céu claro, os mísseis foram abatidos sobre a nossa cabeça e tivemos que correr novamente.”

“Na hora que nós saímos de Tel Aviv, a minha irmã viu, quando nós levantamos voo, os bombardeios ainda lá embaixo. Então você imagina, nós saindo de lá. E aquele povo que ali ficou? Então, orem pela paz, orem muito porque é um povo muito sofrido”, acrescentou Cristina.

Brasília (DF) 11/10/2023 – O primeiro avião da FAB trazendo 211 brasileiros de Israel aterrissa às 4h da manhã, na Base Aérea de Brasília. A operação de resgate, denominada Voltando em Paz, começou no domingo (8) com a saída da aeronave do Brasil com destino à Itália e, de lá, para Tel Aviv (capital israelense), de onde os brasileiros embarcaram.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Avião da FAB trazendo 211 brasileiros, na operação Voltando em Paz - Joédson Alves/Agência Brasil

O produtor de vídeo Gleike Max, de 40 anos, disse que se surpreendeu com a agilidade do governo brasileiro e da FAB na repatriação dos brasileiros. “Se não fosse isso a gente não tinha uma outra solução. Ficamos extremamente aliviados e muito felizes”, disse. “A satisfação é tremenda e feliz porque eu acredito que Deus operou em larga escala, mas feliz também porque homens, do governo, da FAB, o mistério, todo mundo também cooperou para que os brasileiros estivessem de volta em paz e segurança. O voo foi perfeito, a equipe ali sensacional, não tem como descrever. Dá orgulho de ser brasileiro”, afirmou.

Voltando em paz

O comandante do voo, Marcos Olivieri, contou sua satisfação em fazer parte do primeiro voo de repatriação. “A gente já estava feliz por poder fazer parte disso, vamos continuar fazendo até quando for necessário, mas a recompensa que a gente tem é a felicidade latente no rosto, no sorriso de cada passageiro que a gente trouxe.”

Ele destacou que o tempo de reação foi bastante curto, após o início do conflito, mas que o governo conseguiu fazer todo o planejamento minucioso para poder entrar em uma zona de guerra.  “O voo, tanto de ida quanto de volta, correu sem intercorrência, apesar da gente ter ouvido algumas explosões quando a gente estava no solo lá em Tel Aviv, ao redor do aeroporto. A gente ficou um pouco receoso, mas tudo correu bem sem intercorrências.”

A logística começou a ser organizada já no último sábado (7) pelo governo federal, assim que teve início o conflito. Olivieri e a tripulação farão uma pausa para o descanso e, no fim do dia, voltam para Israel, para mais um voo de resgate de brasileiros.

Brasília (DF) 11/10/2023 – O primeiro avião da FAB trazendo 211 brasileiros de Israel aterrissa às 4h da manhã, na Base Aérea de Brasília. A operação de resgate, denominada Voltando em Paz, começou no domingo (8) com a saída da aeronave do Brasil com destino à Itália e, de lá, para Tel Aviv (capital israelense), de onde os brasileiros embarcaram.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Segundo voo com repatriados parte nesta quarta-feira (11) de Tel Aviv - Joédson Alves/Agência Brasil

No total, serão cinco voos até domingo (15) na chamada Operação Voltando em Paz, coordenada pelos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores. Neste primeiro momento, a estimativa é retirar 900 brasileiros que estão em Israel e na Palestina.

O Itamaraty já colheu os dados de pelo menos 2,7 mil brasileiros interessados em deixar a região e voltar ao Brasil. A maioria é turistas que estavam hospedados em Tel Aviv e Jerusalém quando, no último sábado (7), o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, deflagrou um ataque contra o território israelense. Seguiu-se, então, forte reação militar de Israel, que passou a bombardear a Faixa de Gaza.

Brasília (DF) 11/10/2023 – O primeiro avião da FAB trazendo 211 brasileiros de Israel aterrissa às 4h da manhã, na Base Aérea de Brasília. A operação de resgate, denominada Voltando em Paz, começou no domingo (8) com a saída da aeronave do Brasil com destino à Itália e, de lá, para Tel Aviv (capital israelense), de onde os brasileiros embarcaram.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Voo priorizou brasileiros que faziam turismo na região - Joédson Alves/Agência Brasil

Neste primeiro momento, o Itamaraty priorizou o traslado de cidadãos que residem no Brasil e visitavam a região do conflito sem ter passagem de volta. Uma segunda etapa da operação está sendo planejada, após a conclusão desses primeiros cinco voos. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, em torno de 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil na Palestina.

Orientações

A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está recebendo, por meio de formulário em seu site, a inscrição de interessados em repatriação.

Os plantões consulares da embaixada em Tel Aviv (+972 (54) 803 5858) e do Escritório de Representação em Ramala (+972 (59) 205 5510), com whatsapp, permanecem em funcionamento para atender pessoas em situação de emergência. O plantão consular geral do Itamaraty, em Brasília, também pode ser contatado pelo telefone +55 (61) 98260-0610.

O Escritório de Representação em Ramala, na Cisjordânia, segue em contato com os cerca de 50 brasileiros que vivem na Faixa de Gaza e prepara a retirada daqueles que desejam deixar a região, em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo, no Egito, país fronteiriço. A FAB está estudando os aeroportos no Norte e Nordeste egípcio para realizar a operação de resgate.

O Itamaraty reforça a orientação de que todos os brasileiros que estão na região e que tenham passagens aéreas, ou condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais a partir do Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, que continua a operar, ainda que com restrições. - (Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Valéria Aguiar



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