domingo, 27 de dezembro de 2020

 

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mais de 40 países já começaram a aplicar vacinas contra a covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, que já provocou a morte de 1,7 milhão de pessoas pelo mundo e deixou mais de 80 milhões de infectados.

O Reino Unido foi o primeiro país a começar a aplicar a vacina produzida pelo laboratório americano Pfizer e a empresa alemã BioNTech. O país foi seguido pelos Emirados Árabes, EUA, Canadá, Arábia Saudita e Israel. Neste domingo, o grupo recebeu o reforço dos 27 países da União Europeia, que passaram a aplicar a vacina neste domingo (27/12).

Na quinta-feira, o México, Chile e a Costa Rica se tornaram os primeiros países da América Latina a iniciar a imunização com a vacina Pfizer/BioNTech. A lista ainda foi reforçada neste domingo com o início da imunização no sultanato de Omã, na Península Arábica.

Dos 43 países que já iniciaram a vacinação, 39 estão aplicando a vacina Pfizer/BioNTech. Emirados Árabes Unidos e Bahrein iniciaram a imunização coma vacina da Sinopharm, desenvolvida na China. A Rússia vem usando a Sputnik V, desenvolvida no país. A China também está usando as vacinas locais Coronovac e o imunizante da Sinopharm. Já os EUA, que já vinham usando a vacina Pfizer/BioNTech, começaram a aplicar em 24 de dezembro o imunizante da Moderna. (Deutsche Welle) 

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Vacinação em crianças não deve ser critério para volta às aulas, dizem especialistas

 

A explicação é que as crianças não estão sendo alvo dos programas de vacinação e não são grupo de risco


                                                              Vacinação - Foto: Istock/Hocus-Focus

Frente ao anúncio de um plano de vacinação brasileiro contra a Covid-19, a volta às aulas presenciais, defendida por pais e professores somente quando houver vacinação em massa, parece estar mais próxima no horizonte. No entanto, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, informou no dia 13 que as crianças não serão incluídas no programa de vacinação contra a Covid-19.

Para Renato Kfouri, pediatra e presidente do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é um equívoco condicionar a volta às aulas à vacinação em crianças.

"As crianças não estão sendo alvo dos programas de vacinação e dos estudos de fase 3 agora porque não são grupo de risco e tampouco fazem parte da cadeia de transmissão de forma importante", explica o pediatra. De modo geral, as crianças apresentam infecções mais leves, com menos sintomas, e são capazes de disseminar menos o vírus do que indivíduos adultos, explica Kfouri.

Estudos já relataram também que as crianças possuem menor carga viral do que adultos e podem até ter uma proteção natural contra o coronavírus devido a infecções passadas de outros vírus causadores de resfriados. "Tanto na proteção direta, que seria vacinar grupos de risco, quanto na proteção indireta, de vacinar aqueles que transmitem mais, as crianças não são foco dos estudos de vacinas", diz.

Uma carta assinada por mais de 400 pediatras no final de novembro pedia o retorno às aulas, argumentando que ele é seguro para crianças e adolescentes, desde que medidas de proteção individual sejam implementadas. Os médicos também defendem que os mais jovens possuem, raramente, complicações de Covid –um pequeno número de crianças desenvolve a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P).

"Não sabemos ainda quanto tempo vai durar a proteção das vacinas em desenvolvimento, mas, se elas precisarem de reforço a cada cinco ou dez anos, vacinar agora pode 'empurrar' a proteção das crianças até um momento em que elas podem ser suscetíveis e adoecer mais gravemente. Isso me pareceria um erro", completa.

Em termos de saúde pública, todos os esforços dos países e das desenvolvedoras de vacinas têm sido para garantir a proteção daqueles com maior risco de hospitalização e mortes –por enquanto, os idosos, pessoas em situação de vulnerabilidade e portadores de comorbidades. "É claro que existem crianças com comorbidades, e é importante entender como as vacinas funcionam nesses grupos, mas em um momento posterior."

Os estudos de vacinas começam sempre em indivíduos adultos saudáveis. A partir daí, podem seguir para outros grupos. Quando se conhece que um imunizante é seguro, ele pode passar a ser testado em crianças.

Diversas farmacêuticas têm desenvolvido em paralelo estudos de fases 1 e 2 –quando se testam a segurança, dosagem e capacidade de produzir anticorpos das vacinas– com crianças e adolescentes. A vantagem seria aproveitar o momento de grande investimento e também as taxas elevadas de contágio do vírus para conduzir os estudos.

A Pfizer, cuja vacina já foi aprovada e esta em uso no Reino Unido, nos EUA e em outros países, iniciou em outubro um estudo combinado de fases 2/3 com crianças a partir de 12 anos do seu imunizante, sem divulgar quantos jovens estariam envolvidos.

Lista ** A empresa de biotecnologia norte-americana Moderna, cuja eficácia da vacina foi divulgada em 94,1% pela própria companhia, deve iniciar no próximo dia 17 um estudo com 3.000 adolescentes de 12 a 17 anos. A empresa ainda está recrutando os voluntários.

Demais vacinas com testes em faixas etárias similares incluem a Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, que vem testando seu imunizante em indivíduos maiores de 16 anos nos Estados Unidos e na Bélgica, e a da Universidade de Oxford/AstraZeneca (Reino Unido).

As fabricantes chinesas Sinovac e CanSino foram além e iniciaram testes de suas vacinas de vírus inativado e com vetor viral não replicante, respectivamente, para saber qual a segurança e dosagem dos fármacos em crianças de 3 a 17 anos, no caso da Sinovac, e a partir de 6 anos, no caso da CanSino.

Há também um ensaio clínico utilizando um vetor viral de um lentivírus -tipo de vírus associados a doenças neurológicas- modificado com o material genético do Sars-CoV-2 em indivíduos com idades de 6 meses a 80 anos de idade pelo Hospital de Shenzhen, na China.

Planos de vacinação contra a Covid divulgados em todo o mundo não preveem a inclusão de crianças. Os resultados de segurança e eficácia devem primeiro nortear essa decisão, assim como o de saúde pública, seguindo a evolução da pandemia no mundo.

De acordo com um documento publicado pela Organização Mundial da Saúde, no último dia 11 de dezembro, a volta segura às escolas deve ser acompanhada de um monitoramento constante de novos casos de Covid-19, da situação epidemiológica local e das condições de higiene dos estabelecimentos.

Além disso, deve avaliar quais os impactos para o ensino dos alunos ao manter as escolas e se há condições de equidade -acesso ao ensino remoto, alimentação- entre eles. Segundo um estudo feito no Reino Unido, a reabertura parcial das escolas esteve associada com menos de 0,1% de novos casos de Covid-19.

Em nota, o Ministério da Saúde diz que "a definição dos grupos prioritários para a vacinação está considerando a epidemiologia da doença, se atentando aos grupos e faixas etárias mais acometidas e/ou mais expostas ao vírus e com maior risco de gravidade e óbito." "É importante ressaltar que o grupo pode sofrer alterações de acordo com os resultados dos estudos das vacinas", completa. (Por Folhapress).



Brasil registra 344 mortes por Covid-19 e total de óbitos ultrapassa 191 mil

 

(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Brasil registrou neste domingo 344 mortes decorrentes da Covid-19, enquanto o número de casos diários atingiu 18.479, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Na véspera, tinham sido apontados 17.246 novos casos e 307 mortes.

Com isso, o número de mortes devido ao coronavírus no país, desde o início da pandemia, subiu para 191.139, enquanto os casos confirmados da doença avançaram para 7,484 milhões.

Do total de mortes no país, o Estado de São Paulo lidera com 45,86 mil registros, seguido por Rio de Janeiro (24,9 mil) e Minas Gerais (11,6 mil).

O Brasil é o segundo país em número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia.

O ministério informou ainda neste domingo que o Brasil tem cerca de 6,5 milhões pacientes recuperados da doença e 777,8 mil casos em acompanhamento. SÃO PAULO (Reuters).


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Argentina começa vacinação contra a Covid-19 nesta terça-feira

 
Foto: Thomas Frey / POOL / AFP

A campanha de vacinação contra a Covid-19 começará na terça-feira na Argentina, onde o novo coronavírus causou 42.501 mortes e quase 1,6 milhão de casos, noticiou neste sábado (26) a agência estatal Télam. O governo começará a inocular as 300 mil doses que chegaram ao país da Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya, uma das duas vacinas aprovadas juntamente com a elaborada pelo laboratório americano Pfizer.

"A ideia é que quando o outono chegar, tenhamos vacinado a maior quantidade das pessoas de risco", disse o presidente Alberto Fernández, segundo a informação oficial. A decisão de iniciar a imunização na terça-feira foi acordada durante reunião por videoconferência entre Fernández e governadores das províncias. Os detalhes do plano estratégico de aplicação das vacinas serão informados nas próximas horas, segundo fontes oficiais citadas pela imprensa local.

A Argentina também assinou acordos de fornecimento de vacinas com a Universidade de Oxford, associada à farmacêutica AstraZeneca, e com o mecanismo Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto negocia o envio do fármaco produzido pela Pfizer. O distanciamento social obrigatório é adotado no país desde 9 de novembro, quando foi suspenso o isolamento que esteve em vigor desde 20 de março.(
Por: AFP).


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