domingo, 22 de janeiro de 2023

"É desumano o que vi aqui": Lula promete ajuda a Yanomami e acabar com garimpo ilegal (vídeo)

Presidente fez as declarações após levar ministros à Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami, na zona Rural de Boa Vista (RR).

Lula, na entrevista coletiva após visita Casa de Saúde na zona rural de Boa Vista (Foto: Reprodução)

Depois de visitar Roraima neste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai levar transporte e atendimento médico aos indígenas Yanomami e acabar com o garimpo ilegal.

Lula levou ministros para visitar a Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami, na zona Rural de Boa Vista (RR). O Ministério da Saúde calcula que cerca de 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região.

O presidente afirmou que a condição dos indígenas é "desumana" e anunciou algumas medidas para ajudar a população da região. A melhoria do transporte oferecido aos indígenas, segundo o petista, será a primeira providência.

Lula também anunciou a crianção de um plantão médico nas aldeias. "Para que a gente possa cuidar deles lá", disse.

Sobre o garimpo ilegal, afirmou: "Eu posso dizer para você é que não vai mais existir garimpo ilegal. E eu sei da dificuldade de se tirar o garimpo ilegal, já se tentou outras vezes, mas eles voltam." (247).

Janja processa conselheiro do Corinthians por ofensas nas redes sociais

Primeira-dama pede uma indenização de R$ 50 mil por danos morais a Manoel Ramos Evangelista por chamá-la de “putana”

Rosângela Silva, a Janja (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, Janja, entrou com uma ação na Justiça de São Paulo contra o conselheiro do Corinthians Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne.

Na ação, Janja pede uma indenização de R$ 50 mil por danos morais em virtude de uma postagem de Mané nas redes sociais, em que o conselheiro do time de futebol chama a primeira-dama de “putana”.

“Vamos aguardar esses anos com o sapo barbudo e a putana da Janja e os quarentas ladrões juntos”, escreveu Mané.

Em sua conta no Twitter, Janja disse que não vai aturar machismo e misiginia. “Não me calo diante da violência! Nenhuma tolerância com o machismo e a misoginia”, escreveu Janja.

O processo também pede que o conselheiro do Corinthians se retrate publicamente dos comentários, além de publicar em suas redes sociais a íntegra da sentença, revela reportagem da CNN. 247.





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"Não tratamos do dia 8. Isso está com a Justiça", diz Múcio após reunião com Lula e comandantes das Forças Armadas

"Nós tratamos da capacidade de geração de emprego que o Brasil tem na indústria de Defesa", declarou ministro da Defesa

Reunião com Presidente da Fiesp, Ministro da Defesa, Comandante do Exército, Comandante da Marinha e Comandante da Aeronáutica (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto após a reunião com o presidente Lula (PT) e os comandantes das Forças Armadas nesta sexta-feira (20), o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que não foram discutidos os atentados terroristas de bolsonaristas em Brasília no dia 8, mas sim "os investimentos da indústria de Defesa brasileira."

“Foi para tratar dos investimentos da indústria de Defesa do Brasil. Se os senhores me perguntarem se nós tratamos do dia 8, não tratamos. Isso está com a Justiça. Nós tratamos da capacidade de geração de emprego que o Brasil tem na indústria de Defesa. E teve a presença do presidente da Fiesp, Josué Alencar, e de outros cinco empresários, todos propondo soluções para que nós coloquemos recursos na indústria de Defesa brasileira para gerar empregos, gerar divisa, investir na tecnologia. São benefícios a curtíssimo prazo e que nós precisamos criar mecanismos, que tenha dinheiro extra-orçamentário para que nós possamos fazer essas coisas”. declarou Múcio.

Minimizando rumores de atritos, o ministro da Defesa ressaltou que as Forças Armadas sabem que Lula sempre lhes deu importância em seus mandatos: “ele foi o presidente da República que talvez mais investiu nas Forças Armadas. Ele tem consciência, e as Forças Armadas também, da atenção que ele deu às Forças Armadas. Ele quis renovar essa confiança. Evidentemente que nós não poderíamos ficar com essa agenda última. A gente tem que pensar para frente, pacificar esse país, governar. A conversa seria só no final de janeiro, início de fevereiro, mas como os relatórios que ele pediu a cada comandante ficaram prontos, eu pedi ao presidente que antes da viagem dele à Argentina que nós apresentássemos os resultados que cada comandante encontrou".

Questionado sobre o recado que o presidente passou aos comandantes, Múcio relatou que o recado foi de "entusiasmo, de fé no trabalho deles" e voltou a falar sobre o terrorismo bolsonarista do dia 8, tratando o assunto como questão superada em relação aos militares: "todos se indignaram com aquilo. De maneira que o presidente disse que acreditava no trabalho deles, tanto que nós hoje tratamos de uma agenda totalmente diferente". 247.


'Situação vista na Terra Yanomami é desoladora', diz Rodrigo Pacheco

Presidente do Senado condenou a morte de crianças nos últimos anos em razão da falta de assistência, por doenças, por desnutrição e pelo avanço do garimpo ilegal

Presidente Lula e ministro durante visita ao povo Yanomami e Rodrigo Pacheco (Foto: Felipe Medeiros/Amazônia Real | Agência Senado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu neste sábado (21) a união dos Poderes para ajudar o povo indígena Yanomami, em meio à crise humanitária agravada pelo governo de Jair Bolsonaro. 

"A desoladora situação vista na Terra Yanomami, em Roraima, onde centenas de indígenas, boa parte composta por crianças, morreram nos últimos anos em razão da falta de assistência, por doenças, por desnutrição e pelo avanço do garimpo ilegal, exige a união das instituições", afirmou o senador Rodrigo Pacheco. 


Leia também matéria da Reuters sobre o assunto:

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu neste sábado que o governo vai "civilizar" o tratamento aos indígenas, além de acabar com o garimpo ilegal nas florestas que prejudicam a saúde dos moradores das aldeias.

As declarações foram feitas após a visita do presidente, em Boa Vista, a Casa de Saúde Indígena Yanomami, um dia depois de o Ministério da Saúde ter declarado emergência de saúde pública para enfrentar o que classificou de desassistência à população yanomami.

"É desumano o que eu vi aqui", disse Lula, ao relatar que esteve com crianças muito magras e ouviu muitas reclamações de indígenas sobre a dificuldade de retornar às suas aldeias e também sobre a alimentação disponível.

“É importante as pessoas saberem que esse país mudou de governo e o governo agora vai agir com a seriedade no tratamento do povo que esse país tinha esquecido”, disse Lula.

O presidente disse que uma das primeiras providências deve ser melhorada como condições de transporte para que os índios que assim o queiram possam voltar às suas aldeias. Ele também disse que o governo deve estruturar o tratamento aos povos indígenas com médicos que viajam às aldeias, ao invés de os indígenas terem que ir às cidades.

O presidente frisou, ainda, que o garimpo ilegal será eliminado. "Eu sei da dificuldade de tirar o garimpo ilegal. Eu sei que já se tentou tirar outras vezes e eles voltam, sabe, mas nós vamos tirar. Lamentavelmente eu não posso dizer para vocês até quando, mas nós vamos tirar."

Decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União na sexta-feira instituiu um comitê de enfrentamento da crise sanitária da população yanomami, que terá 45 dias para apresentar um plano de ação.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, que estava na comitiva de Lula em Boa Vista com outros ministros, afirmou, ao lado do presidente, que o governo vai tomar "todas as medidas cabíveis" para resolver os problemas constatados.

"Precisamos também responsabilizar a gestão anterior por ter permitido que essa situação se agravasse ao ponto de a gente chegar aqui e a gente encontrar adultos com peso de criança e crianças em uma situação de pele e osso", disse a ministra

Reportagem publicada na sexta-feira pela plataforma Sumaúma com base em dados exclusivos revelou que o número de mortes de crianças com menos de 5 anos por causas evitáveis ​​aumentou 29% na Terra Yanomami. Foram 570 pequenos indígenas mortos nos últimos quatro anos por doenças que têm tratamento. 247.


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Lula determina socorro urgente e humanitário aos Yanomami

 

Profissionais da Força Nacional do SUS chegam na segunda-feira

Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (21) que a situação dos povos yanomamis, em Roraima, é desumana. Lula esteve em Boa Vista e viu de perto a crise sanitária que atinge os indígenas, vítimas de desnutrição e outras doenças, como malária e pneumonia.

A situação já levou à morte 570 crianças nos últimos anos, sendo que 505 tinham menos de 1 ano. No ano de 2022, foram registrados 11.530 casos confirmados de malária na terra Yanomami.

“Se alguém me contasse que aqui em Roraima tinham pessoas sendo tratadas da forma desumana como o povo yanomami é tratado aqui, eu não acreditaria”, disse. “Nós vamos tratar os nossos indígenas como seres humanos, responsáveis por parte daquilo que nós somos”, destacou.

Lula visitou o hospital e a Casa de Apoio à Saúde Indígena, em Boas Vista, e argumentou que as melhorias podem acontecer a partir de mudanças de comportamento. “Uma das formas de resolver isso é montar o plantão da saúde nas aldeias, para cuidar deles lá. Fica mais fácil a gente transportar dez médicos do que 200 indígenas que estão aqui”, disse. “Nós queremos mostrar que o SUS [Sistema Único de Saúde] é capaz de fazer um trabalho que honra e orgulha o povo brasileiro como fez na [pandemia de] covid-19”, completou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita o hospital indígena e a Casa de Apoio à Saúde Indígena em Boa Vista, capital de Roraima
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita o hospital indígena e a Casa de Apoio à Saúde Indígena em Boa Vista, capital de Roraima - Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto

Hoje, cerca de 700 indígenas estão sendo atendidos na casa de apoio, a maioria crianças com desnutrição grave.

Umas das ações prioritárias, para o presidente, é organizar a rede logística para o transporte de suprimentos e das pessoas entre as aldeias e a cidade, como a melhoria de pistas de pouso de aeronaves em regiões mais próximas às comunidades. “Não pode ser feito em poucas horas, mas meu compromisso é de fazer”, disse Lula.

Cerca de 200 indígenas que estão na casa de apoio em Boa Vista já tiveram alta, mas não puderam retornar ainda por falta de transporte. “Fiz o compromisso com os irmãos [indígenas] que vamos dar a eles a dignidade que eles merecem na saúde, na educação, na alimentação, no direito de ir e vir para fazer as coisas que eles necessitam na cidade”, completou Lula.

O presidente criticou ainda o governo anterior por permitir que a situação se agravasse. “Sinceramente, o presidente que deixou a presidência esses dias, se ao invés de fazer tanta motociata, tivesse vergonha e viesse aqui uma vez, quem sabe esse povo não tivesse abandonado como está”, argumentou.

Lula viajou acompanhado de vários ministros de Estado e da primeira-dama, Janja Silva.

Emergência em saúde

Ontem (20), Lula institui o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami. O objetivo do grupo é discutir as medidas a serem adotadas e auxiliar na articulação interpoderes e interfederativa.

No mesmo sentido, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para combate à desassistência sanitária dos povos que vivem no território indígena Yanomami.

Profissionais da Força Nacional do SUS começam a chegar a Roraima na segunda-feira (23) para oferecer atendimento multidisciplinares, principalmente focados na readequação alimentar, já que o principal problema é a desnutrição grave.

As Forças Armadas também montarão um hospital de campanha próximo à casa de apoio, em Boa Vista. Além disso, o governo enviará insumos médicos e alimentos para as comunidades.

Desde a última segunda-feira (16), equipes do Ministério da Saúde se encontram no território indígena Yanomami e devem apresentar um levantamento completo sobre a crítica situação de saúde dos indígenas.  A região tem mais de 30,4 mil habitantes.

Garimpo

A terra indígena Yanomami é a maior do país, em extensão territorial, e sofre com a invasão de garimpeiros. A contaminação da terra e da água pelo mercúrio utilizado no garimpo impacta na disponibilidade de alimento nas comunidades.

O presidente Lula se comprometeu a combater as ilegalidades nas terras indígenas. “Sei da dificuldade de tirar o garimpo ilegal, já se tentou outras vezes e eles voltam”, argumentou.

“Mas nós vamos levar muito a sério de acabar com qualquer garimpo ilegal e mesmo que seja uma terra que tenha autorização da agência para fazer pesquisa, eles podem fazer pesquisa sem destruir a água, a floresta e sem colocar em risco a vida das pessoas que dependem da água para sobreviver”, afirmou Lula. “É importante as pessoas saberem que esse país mudou de governo e o governo agora vai agir com a seriedade no tratamento do povo que esse país tinha esquecido”, completou.

Em 2022, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a retomada de ações de proteção e operações policiais contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Em novembro, o órgão também apresentou ao Ministério da Saúde pedido de intervenção em um dos distritos sanitários locais por suspeita de desvios de recursos públicos. (Por Andréia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Assista na TV Brasil:


Edição: Claudia Felczak



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Lula reafirma sua autoridade como comandante em chefe das Forças Armadas, diz Helena Chagas

Jornalista avaliou que a demissão do comandante do Exército pelo presidente Lula era esperada, "mas não tão rapidamente"

Helena Chagas e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

A jornalista Helena Chagas, colunista do 247, avaliou a demissão do comandante do Exército, general Julio Cesar de Arruda, feita neste sábado (21) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a reafirmação do presidente sobre as Forças Armadas. 

"Demissão do general Júlio César Arruda do comando do Exército, e substituição pelo comandante do Sudeste, Tomás Ribeiro Paiva, reafirma autoridade de Lula como comandante em chefe das Forças Armadas. O movimento era esperado, mas não tão rapidamente", escreveu Helena pelo Twitter. 

A jornalista avaliou que a situação do general Arruda ficou insustentável, depois que veio a público que ele não deixou a polícia prender golpistas acampados no QG no 8 de janeiro. "Discurso de Tomás Paiva ontem,em favor da democracia,selou destino de ambos. Assume um comandante inequivocamente comprometido com a despolitização das FFAA", analisou Helena Chagas. 

>>> "Decisão correta e corajosa", diz Breno Altman sobre demissão do comandante do Exército por Lula


Leia também matéria do Brasil de Fato sobre o assunto:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a substituição do comandante do Exército neste sábado (21). Ele desligou o general Júlio César de Arruda do cargo, agora assumido pelo atual comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

Um dia antes da mudança, Lula realizou uma reunião com os chefes das forças armadas e Arruda estava no evento. Foi a primeira reunião desde os atentados contra a democracia de 8 de janeiro, em Brasília.

A conversa contou também com presença do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os comandantes da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno.

Júlio César de Arruda ocupava o cargo interinamente desde 30 de dezembro do ano passado. Ele estava à frente do Exército durante os ataques às sedes dos três poderes na capital federal.

 Defesa da democracia

 Na última quarta-feira (18), o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, que agora assume o comando do Exército, fez um discurso enfático em defesa das instituições democráticas e do respeito aos resultados das urnas.

 "Não interessa quem está no comando: a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito. Isso é ser militar. É não ter corrente. Então, essa é a mensagem que eu tenho e que eu quero trazer para vocês. No que pese turbilhão, terremotos, tsunamis, nós vamos continuar ímpetos, coesos, respeitosos e garantindo a nossa democracia. Porque democracia pressupõe liberdade, garantias individuais, políticas públicas e, também, é o regime do povo, alternância do poder. É o voto."

 O discurso foi realizado durante uma cerimônia no Quartel-General Integrado, em São Paulo, que homenageou militares brasileiros que atuavam com as forças de paz da ONU e morreram no terremoto de 2010 no Haiti. 247.



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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...