Lula tem 6 pontos de vantagem sobre todos os outros candidatos somados, diz o levantamento
Lula no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert)
Pesquisa presencial da Quaest, patrocinada pelo Banco Genial e divulgada nesta quarta-feira (8), mostra que o ex-presidente Lula (PT) avançou ainda mais e consolidou a possibilidade de vencer a eleição de outubro já no primeiro turno.
Lula tem 47% das intenções de voto contra 41% de todos os outros candidatos somados.
Em relação ao levantamento anterior, de maio, Lula oscilou um ponto para cima e Jair Bolsonaro (PL) dois pontos para baixo, aparecendo agora com 29%.
Pedido do MPF ocorreu após operações policiais conjuntas, com mortes
Ascom/PRF
A Justiça Federal decidiu impedir a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em operações fora de rodovias federais. A 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro aceitou pedido do Ministério Público Federal (MPF) para suspender o Artigo 2º da Portaria 42/2021, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Segundo o artigo suspenso, a PRF poderia designar efetivo para integrar equipes em operação conjunta com outras forças, prestar apoio logístico, atuar na segurança das equipes e do material empregado, ingressar em locais alvos de mandado de busca e apreensão, mediante previsão em decisão judicial, lavrar termos circunstanciados de ocorrência e praticar outros atos relacionados ao objetivo da operação conjunta.
O MPF pediu a nulidade do Artigo 2º para impedir a atuação da PRF em operações policiais em locais como as comunidades localizadas dentro da cidade do Rio. A Justiça aceitou o pedido por considerar que ele viola o parágrafo 2º do Artigo 144 da Constituição Federal, que especifica que a PRF “destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais”.
O pedido do MPF veio depois de três operações policiais, com a participação da PRF, que resultaram na morte de 37 pessoas, uma na comunidade do Chapadão (que deixou seis mortos), em março; e duas na Vila Cruzeiro (uma em fevereiro, com oito mortos, e outra em maio, com 23 mortos).
Por meio da assessoria de imprensa, a PRF informou que "já está cumprindo a decisão, analisando a situação e adotando as providências necessárias". (Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).
*Matéria alterada hoje (8) para atualizar informação (último parágrafo)
Mais de 300 toneladas de lixo foram retiradas do Rio Beberibe desde a última sexta-feira. ( Rodolfo Loepert/PCR)
Foram removidas mais de 30 toneladas de lixo do Rio Beberibe, 50 toneladas do Rio Tejipió mais e 80 toneladas de trechos do Rio Jiquiá, em ações realizadas em canais e trechos de rios que cortam a Capital pernambucana. De acordo com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), os resíduos acumulados num mesmo trecho são oriundos de diversos pontos do curso de água. Segundo a prefeitura, os serviços de limpeza irão contemplar as principais áreas da cidade até agosto.
Toda a ação está sendo feita em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos (Seinfra). As intervenções serão executadas em 22 canais e trechos de rios e devem se estender até meados de agosto.
No momento, uma equipe composta por 15 homens, uma pá carregadeira e cinco caminhões atua em dois trechos do Rio Jiquiá, o primeiro entre as ruas São Miguel e Dr. José Rufino. O segundo trecho fica na Rua Passo da Santa Cruz, e até agora já foram removidas 80 toneladas de resíduos desses locais. O Canal da Roda de Fogo, na Rua Arthur Coutinho, também conta com uma equipe de 15 homens, uma retroescavadeira e três caminhões.
“Esta é uma ação que está sendo realizada pela Prefeitura do Recife em parceria com o Governo do Estado, para a limpeza de rios que passam por Recife como é o caso do Beberibe e do Tejipió. Nos últimos dias já foram retiradas mais de 300 toneladas”, disse o prefeito João Campos (PSB), nesta manhã, onde esteve no Porto da Madeira, nas margens do Rio Beberibe, no trecho entre a Avenida Cidade de Monteiro e a Rua Dalva de Oliveira; e no Caçote, perto da Diretoria de Limpeza Urbana da Emlurb, junto ao Rio Tejipió.
No caso do Rio Beberibe, desde sexta-feira (3) até a terça-feira (7), as toneladas de lixo foram retiradas do local em 17 caminhões caçamba. Em trechos críticos do Rio Tejipió, a Emlurb começou o trabalho na terça-feira (7), e as toneladas de lixo do local com 17 caminhões caçamba.
Segundo o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, 58,7% dos brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar
O golpe de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff (PT) resultou no retorno do Brasil ao mapa da fome, situação que foi agravada pela pandemia de Covid-19. Segundo o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado nesta quarta-feira (8) pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), 33,1 milhões de brasileiros passam fome, um crescimento de quase 50% (14 milhões) em pouco mais de um ano.
De acordo com o documento, mais da metade da população (58,7%) convive com algum tipo de insegurança alimentar em grau leve, moderado ou grave (de fome total). Essas condições afetam atualmente 125,2 milhões de brasileiros, um incremento de 7,2% em relação a 2020, início da pandemia de Covid-19.
Ainda conforme o levantamento, seis em cada dez domicílios não possuem acesso pleno à alimentação e possuem alguma preocupação com a escassez de alimentos no futuro. As populações das regiões Norte e Nordeste são as que mais sofrem com o problema.
O estudo, realizado entre novembro de 2021 e abril de 2022, ressalta que a fome fez parte do dia a dia de 25,7% das famílias na região Norte e de 21% no Nordeste, índices acima das médias de cerca de 15% no Sudeste e 10% no Sul.
O mesmo agravamento é percebido quando se compara o campo e a cidade. Nas áreas rurais, a insegurança alimentar, em todos os níveis, esteve presente em mais de 60% dos domicílios. Até quem produz alimento está pagando um preço alto: a fome atingiu 21,8% dos lares de agricultores familiares e pequenos produtores.
A pesquisa também destaca que enquanto a segurança alimentar está presente em 53,2% dos domicílios onde a pessoa de referência se autodeclara branca, nos lares com responsáveis de raça/cor preta ou parda ela alcança 65% dos domicílios.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a insegurança alimentar no país vinha diminuindo desde 2004, quando alcançava 34,9% dos lares. O índice caiu para 30,2% em 2009 e chegou a 22,6% em 2013. “Dos 68,9 milhões de domicílios do país, 36,7% estavam com algum nível de insegurança alimentar, atingindo, ao todo, 84,9 milhões de pessoas, conforme dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 de Análise da Segurança Alimentar no Brasil, do IBGE", destaca a pesquisa. O atual patamar da fome no Brasil representa um retrocesso aos níveis registrados na década de 1990.
“Já não fazem mais parte da realidade brasileira aquelas políticas públicas de combate à pobreza e à miséria que, entre 2004 e 2013, reduziram a fome a apenas 4,2% dos lares brasileiros. As medidas tomadas pelo governo para contenção da fome hoje são isoladas e insuficientes, diante de um cenário de alta da inflação, sobretudo dos alimentos, do desemprego e da queda de renda da população, com maior intensidade nos segmentos mais vulnerabilizados”, avalia o coordenador da Rede Penssan, Renato Maluf. 247
Segundo o ex-presidente Lula, a opção de promover a dolarização do preço da gasolina foi feita "na canetada" e com uma "canetada" também poderia ser desfeita por Bolsonaro
Petrobrás, Lula e Bolsonaro (Foto: Reuters)
Nesta quarta-feira (8), discursando sobre a alta dos combustíveis, o ex-presidente Lula afirmou que, se o presidente Jair Bolsonaro (PL) tivesse "coragem", deveria usar a "mesma caneta" que implementou a política de Preço de Paridade de Importação da Petrobras para reverter a medida, segundo o UOL.
"O aumento da gasolina [alinhado] ao preço internacional não foi feito com uma votação no Congresso. Foi uma canetada do [ex-presidente da estatal] Pedro Parente. Portanto, se para aumentar o preço do combustível e transformar em preço internacional foi em uma canetada, para você tirar também pode ser numa canetada. O presidente [Bolsonaro], se tivesse coragem, se não fosse um fanfarrão, um embusteiro, já teria feito isso", disse o petista.
Na segunda-feira (6), Bolsonaro anunciou uma proposta que prevê, em linhas gerais, zerar o ICMS sobre o diesel e o gás de cozinha; reduzir o ICMS e zerar os impostos federais sobre gasolina e o etanol e compensar os Estados e o Distrito Federal.
Para Lula, ao propor essas medidas, o mandatário busca culpar os governadores pela alta nos preços dos combustíveis, além de prejudicar o orçamento dos municípios e os investimentos em saúde e educação.
"Toda essa briga em torno do ICMS não vai resultar na bomba nem no botijão de gás", disse.
A opinião de Lula é parecida com a do ex-ministro, Aloizio Mercadante, que declarou também hoje (8) que as medidas propostas pelo atual governo configuram "estelionato eleitoral".
Segundo a mídia, o ex-presidente defendeu ainda a construção de refinarias para tornar o país autossuficiente em combustíveis.
"O Brasil hoje está refinando apenas 80% do combustível que nós precisamos. É preciso que a gente faça mais refinarias para que o Brasil seja efetivamente autossuficiente, para que a gente não precise pagar gasolina a preço internacional", afirmou.Sputnik Brasil
ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello usou as redes sociais para afirmar que o aumento da fome no Brasil está intimamente ligado ao golpe parlamentar de 2016, que depôs a presidente eleita Dilma Rousseff (PT), e ao desmonte de políticas públicas por parte dos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
"Da série 'foi só tirar a Dilma'. 2011 e 2014 foram os anos com menor registro de brasileiros em Insegurança Alimentar. Foi em 2014 que o Brasil saiu do Mapa da Fome/ONU, e registrou a menor taxa de pobreza e de desemprego da história (IBGE)”, postou a ex-ministra no Twitter.
“Não foi a pandemia que trouxe a fome de volta, foi o desmonte das políticas públicas de valorização do Salário Mínimo, geração de empregos, e de Segurança Alimentar, como Bolsa família, fortalecimento da agricultura familiar, o CONSEA etc”, ressaltou em seguida.
Ainda segundo ela, “o Brasil desperdiçou a estrutura de proteção social que poderia ter garantido ao Brasil enfrentar a pandemia sem fome, fizemos o oposto. Segundo Neri, “A piora da INSAN [Insegurança Alimentar] no Brasil durante a pandemia foi 4 vezes maior que a média dos 120 países pesquisados”. 247
O Brasil permanece apreensivo com o desaparecimento na Amazônia do jornalista britânico Dom Phillips, correspondente no país, e do indigenista brasileiro Bruno Pereira
Phillips, de 57 anos, é colaborador do jornal britânico The Guardian e trabalha no Brasil há 15 anos. Morou em São Paulo, Rio de Janeiro e há alguns anos se mudou para Salvador com a esposa, a brasileira Alessandra Sampaio.
Apaixonado pela Amazônia, onde escreveu dezenas de reportagens, o jornalista britânico estava na região há vários dias trabalhando em um livro sobre preservação ambiental e desenvolvimento local, com apoio da fundação Alicia Patterson.
Em sua trajetória como repórter no Brasil, escreveu, entre outros temas, sobre o avanço do garimpo ilegal e a agropecuária em áreas protegidas no Brasil, como colaborador para veículos como os jornais The New York Times, Washington Post e Financial Times.
"Linda Amazônia", escreveu em 30 de maio no Instagram em uma das últimas publicações que compartilhou, juntamente com um vídeo navegando por um rio em uma pequena embarcação.
Antes de chegar ao Brasil, em 2007, Phillips escrevia sobre música no Reino Unido. Foi editor da revista Mixmag e publicou um livro sobre a cultura dos DJs.
Foi atraído por esse universo musical que chegou a São Paulo, onde acabou morando. "Sentiu-se em casa no Brasil", diz uma carta aberta assinada por outros correspondentes estrangeiros, amigos de Phillips.
À margem de sua profissão, engajou-se como voluntário em projetos sociais em comunidades do Rio de Janeiro e Salvador.
"Seus amigos o conhecem como um cara sorridente, que acorda antes do amanhecer para fazer stand-up paddle", acrescenta a nota dos colegas, que asseguram que Phillips está aguardando "ansiosamente" os trâmites "para poder adotar uma criança com sua esposa".
Pereira, um indigenista 'corajoso e dedicado' alvo de ameaças
Bruno Pereira, de 41 anos, é um especialista da Fundação Nacional do Índio (Funai) e um conhecido defensor dos direitos indígenas.
Foi coordenador regional da Funai em Atalaia do Norte, município aonde viajava com Phillips quando desapareceram.
Além disso, coordenou a unidade de Indígenas Isolados e Recém Contatados da Funai, onde esteve a cargo de uma das maiores expedições dos últimos tempos para contatar grupos isolados e evitar conflitos entre etnias.
Atualmente, estava de licença, dedicando-se junto a ONGs a projetos para melhorar a vigilância nas aldeias do Vale do Javari, um território indígena remoto na fronteira com o Peru, ameaçado pela pressão de narcotraficantes, pescadores, madeireiros e garimpeiros ilegais.
Seu trabalho em defesa dos povos indígenas lhe rendeu ameaças regulares destes grupos criminosos.
Quando desapareceram, Pereira acompanhava o jornalista britânico como guia por esta região isolada da Amazônia, na segunda viagem da dupla por esta região isolada desde 2018.
O indigenista é casado e pai de três filhos. "Cada vez que entra na floresta, ele traz esta paixão com o objetivo de ajudar o próximo", afirmou a família em um comunicado.
É "corajoso e dedicado. Foi afastado da Funai basicamente porque estava fazendo o que este organismo deveria fazer e não faz desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder: defender os povos indígenas", disse à AFP Fiona Watson, diretora de Pesquisas da ONG Survival International.
Como parte da
programação do Ciclo Junino de Petrolina, de 10 a 12 de junho será realizada a
Jecana do Capim, na Zona Rural do município. A abertura do tradicional evento
será nesta sexta-feira (10) com uma missa às 19h30 e depois uma quermesse com
barracas de comidas e bebidas da região. O evento segue até domingo (12).
A programação do
sábado (11) começa às 9h com o torneio de futebol no campo da comunidade do
Capim. No período da noite serão abertas
as barracas e haverá shows a partir das 20h com o ‘Forró da Rabichola’, e
contará também com atrações musicais de Adãozinho de Rajada e Sérgio do Forró,
a animação vai ocorrer na avenida principal da comunidade.
A Jecana vai até
o domingo (12) com uma corrida de jegues, a partir das 9hs. Após a corrida, às
14h, é a vez do ‘Forró do Poeirão’, com as atrações Henrique Nunes, Ranieri,
Edy e Natthan fazem o encerramento da festa.
História
A Jecana é
considerada por lei como ‘Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco’. Fundada
há 51 anos pelo falecido radialista Carlos Augusto Amariz, a festa ficou
conhecida em todo o Brasil por homenagear o animal de tração mais popular no
Nordeste: o jegue.
No total, são
três dias de festa, começando sempre na sexta à noite com missa e abertura das
barraquinhas; seguindo no sábado com o ‘Forró da Rabichola’ e no domingo com a
corrida de jegues e o ‘Forró do Poeirão’. (Ascom)
Procedimento para retirada 'objeto estranho animado' deve ser feito com atendimento especializado, mas há formas de diminuir desconforto até lá
Por Agência O Globo
O médico André Defaveri retirou a
barata do ouvido de Aline - Foto: Aline Lopes/Arquivo pessoal
O caso é de deixar qualquer um, no mínimo, curioso, com agonia ou criando coceiras psicológicas só de pensar. Uma mulher passou mais de 24 horas com uma barata viva dentro do ouvido, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Aline Lopes estava dormindo na casa da sogra, no bairro Jardim Esperança, quando acordou desesperada na madrugada do último domingo (5), com o incômodo, conforme contou ao G1.
A bichana só foi retirada do ouvido de Aline depois de ela passar um dia inteiro por vários hospitais até conseguir atendimento especializado. Inicialmente, ela foi à unidade de saúde mais próxima, que não tinha especialista de plantão e nem o material adequado para realizar o procedimento. Os profissionais a orientaram a buscar atendimento em Macaé ou em São Pedro da Aldeia.
Nesse último, os enfermeiros tentaram tirar a barata com um sugador, mas não conseguiram por falta de equipamentos. Com o tímpano machucado, Aline relatou que sentia dor e, por isso, foi sedada pela equipe médica, que tentou transferi-la para um hospital no Rio, mas sem sucesso, por falta de vaga. O alívio só veio na segunda-feira (6), quando um médico particular ficou sabendo da história e entrou em contato com Aline para fazer o procedimento de forma gratuita.
Além de Aline, nenhum caso havia sido registrado em Cabo Frio desde 2020, quando foi registrado apenas um episódio de retirada de corpo estranho animado (vivo) ou não de ouvido, faringe, laringe e nariz. Os dados são do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde.
A recomendação de especialistas é procurar atendimento especializado com urgência. De imediato, a pessoa pode pingar algumas gotinhas de óleo ou água para tentar imobilizar o inseto, inclinar a cabeça e ver se ele vai cair pela gravidade, conforme orienta o otorrinolaringologista Felippe Félix.
— A primeira coisa que tem de fazer é evitar ficar brigando com o inseto dentro do ouvido. Evitar cotonete ou outros equipamentos para espetar e machucar o inseto, se não ele vai acabar reagindo e causando mais incômodo. Tentar tirar com outros objetos também pode ferir o tímpano e complicar ainda mais a situação — aconselha o chefe do Serviço de Otorrinolaringologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho.
Segundo o médico, os insetos mais encontrados nesses casos são baratas pequenas, mosquitos, em sua maioria pernilongos, formigas com menos frequência, porque entram e saem espontaneamente, e outros insetos pequenos. Ele alerta para uma situação ainda mais grave que pode acontecer se o inseto deixar larvas dentro da cavidade onde se instalou, processo conhecido como miíade.
— O quadro é ainda mais avançado e demanda atendimento específico para evitar que o bicho cresça lá dentro. O tratamento é feito à base de medicamentos e inclui uma limpeza em ambiente hospitalar com anestesia. Se tiver perfuração no tímpano, uma membrana sensível, o procedimento é ainda mais profundo para averiguar se há larva no ouvido médio – explica.
No Rio, até os quatro primeiros meses deste ano, foram registrados 191 casos de retirada de corpo estranho (animados ou não) de ouvido, faringe, laringe ou nariz.