segunda-feira, 27 de julho de 2020

Chineses em Marte. Lançada a Tianwen-1, nova sonda destinada ao Planeta Vermelho

O programa científico da nova missão chinesa é bastante ambicioso: contem um orbitador e dois veículos capazes de se mover na superfície marciana. A chegada está prevista para fevereiro de 2021. Na ilustração de abertura, a Tianwen-1 em órbita de Marte.


Por: Equipe Oásis
A longa marcha da China para Marte começou às 1H40, horário de Brasília, em 23 de julho de 2020, com o lançamento do espaçoporto de Wenchang, na ilha chinesa de Hainan: a missão Tianwen-1, um nome que em chinês significa “perguntas para o céu”, entrará na órbita marciana em fevereiro de 2021, com o objetivo de realizar uma investigação científica abrangente do Planeta Vermelho. Para a China, é a segunda tentativa de chegar a Marte: a primeira, em 2011, terminou mal com um mergulho precoce no Pacífico, depois que o foguete russo que levava o orbitador chinês Yinghuo-1 encalhou devido a um problema técnico ocorrido quando a sonda entrava em órbita terrestre.

Tianwen-1 na plataforma de lançamento


A sonda tríplice Tianwen-1 na plataforma de lançamento
Três em um. China que realizar uma proeza
Marte, durante o curto período de algumas semanas, está se movendo a uma distância relativamente mais curta da Terra. Tianwen-1 é uma das três missões marcianas que estão decolando nesta janela de lançamento favorável: as outras são Hope, a missão dos Emirados Árabes Unidos que começou em 20 de julho, e Marte 2020, missão da NASA que teoricamente parte em 30 de julho, mas o mais tardar em meados de agosto, carregando a sonda que dará prosseguimento às tarefas que sondas anteriores como a Curiosity e a Perseverance já realizaram na superfície do Planeta Vermelho. A agência espacial norte-americana poderá se permitir agora, graças à experiência robótica adquirida em Marte, algumas audácias criativas tais como o helicóptero-drone Ingenuity – que tentará voar através da rarefeita atmosfera marciana. A China, por sua vez, deseja recuperar o terreno perdido nos últimos anos, levando três veículos para Marte de uma só vez, um marco técnico que nenhuma outra missão interplanetária jamais alcançou.
A carga de mais de 5 toneladas totais inclui um orbitador que seguirá uma órbita elíptica polar ao redor do Planeta Vermelho e fará observações científicas por um ano marciano (ou seja, por 687 dias); e um par de lander-rovers para a investigação de zonas da superfície marciana. Esses equipamentos deverão permanecer em orbita marciana durante alguns meses, antes de baixarem à superfície. Essa espera calculada, já usada para os desembarques das naves Vikings americanas nos anos 70, permitirá que os cientistas estudem cuidadosamente as condições da atmosfera marciana antes de tentar uma descida que permanece a parte mais perigosa da viagem ao planeta vizinho. O mais complicado na descida até a superfície é tentar frear uma nave que chegou a velocidades supersônicas, para então pousar na superfície sem se espatifar. Grandes nações com uma longa tradição de exploração espacial já fracassaram nessa tentativa. A última foi a Europa com a missão ExoMars, em 2016.

Tianwen-1 pousada no solo marciano


A sonda Tianwen-1 recém pousada na superfície de Marte (Ilustração)
Análise completa
O local de pouso será a Utopia Planitia (Planície Utopia), uma área plana dentro de uma bacia de impacto ao norte do equador marciano. A partir daqui, o rover chinês de seis rodas movido a painéis solares, muito semelhante aos antecessores do NASA Spirit e Opportunity, partirá para uma exploração da superfície que durará cerca de 90 dias marcianos e fará funcionar seis instrumentos científicos (incluindo um radar capaz de vasculhar o subsolo) para estudar a geologia marciana e verificar a presença de gelo. Sete outros instrumentos científicos estarão a bordo do orbitador, que conduzirá observações coordenadas com o rover, concentrando-se na análise da ionosfera marciana, nas características do clima, na medição de campos eletromagnéticos e gravitacionais, bem como na estrutura interna de Marte.
O possível local de aterrissagem é a Utopia Planitia, uma descomunal cratera no hemisfério norte, formada pelo impacto de um meteorito milhões de anos atrás. Ela oferece dois aspectos possivelmente interessantes para um país que tenta pousar em Marte pela primeira vez: a planície é pouco elevada, por isso tem mais atmosfera, o que freia o módulo por atrito, algo fundamental porque o envoltório de gases do planeta vermelho é muito mais fino que na Terra. Além disso, se supõe que esta planície tem um terreno menos acidentado que outros lugares. Mas há um terceiro motivo não declarado que torna esta zona interessante: está cheia de água.

Rover da Tianwen-1


O rover chinês na superfície de Marte (Ilustração)
A estratégia da paciência
O programa espacial chinês está intimamente ligado às operações militares do país e esse recurso, juntamente com o sigilo tradicional que envolve as missões espaciais chinesas, contribuíram para manter um sigilo parcial dos detalhes da missão Tianwen-1. Além disso, as estatísticas mostram que metade das tentativas de pousar sondas em Marte até agora falharam. Mas se, além de qualquer inconveniente possível, o Tianwen-1 chegar a Marte em fevereiro próximo, as imagens tiradas por seu orbitador poderão chegar a nós ao mesmo tempo que as do veículo móvel americano Perseverance. Bastará isso para que a missão chinesa seja considerada um sucesso.


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Com gasto público em alta, economistas defendem aumento de impostos para sair da crise fiscal

Economistas consideram que aumento de impostos pode ser a saída para evitar a quebra da economia num contexto em que é necessário aumentar o gasto público e sair da camisa de força do teto de gastos

Aumento da dívida pública pode exigir elevação da carga tributária
Aumento da dívida pública pode exigir elevação da carga tributária

A pressão para aumentar os gastos públicos a fim de enfrentar as necessidades sociais no quadro da pandemia de Covid-19 tornam inevitável o aumento de impostos, na opinião de economistas. Seria a única forma de evitar o descontrole das finanças públicas, a volta da inflação e a disparada dos juros. 
O endividamento bruto brasileiro chegará neste ano a quase 96% em relação ao tamanho do PIB (Produto Interno Bruto).
Reportagem do jornalista Fernando Canzian aponta que mesmo que o teto de gastos seja cumprido, a dívida pública encostará em 100% do PIB nos próximos anos, fenômeno que ocorrerá em quase todas as economias, que terminarão o ano de 2020 mais endividadas, entre 15 e 25 pontos. 
Estimativas do Ministério da Economia indicam um déficit primário (sem contar a rolagem da dívida) superior a R$ 800 bilhões neste ano. Os gastos extras, mais a recessão em curso, é que elevarão o endividamento em 20 pontos, para cerca de 96% do PIB.
Uma das alternativas cogitadas por economistas para impedir a crise nas finanças públicas seria criar um imposto transitório sobre a gasolina enquanto o país se reorganiza no pós-pandemia. Um aumento da carga tributária pode ser imprescindível para reverter a trajetória da dívida.  
Há economistas que também sugerem contenção do gasto público, principalmente com o funcionalismo, limitando  contratações e bloqueando aumentos salariais, além de privatizações e a revisão dos créditos subsidiados e outros tipos de incentivos, aponta a reportagem da Folha de S.Paulo. 


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Vendas de eletrodomésticos crescem 40% em PE durante isolamento

                        Por: Luciana Morosini
 (Foto: Alcione Ferreira/DP)
Foto: Alcione Ferreira/DP

Não apenas as atividades econômicas foram afetadas pela pandemia do coronavírus. A vida pessoal de grande parte da população também sofreu mudanças de uma hora para outra. As medidas de isolamento social levaram muitas pessoas a ficarem em casa, mas isso não significou descanso. Pelo contrário. A rotina ficou ainda mais puxada com o acúmulo de funções, ao conciliar o trabalho em home office com a educação dos filhos e as tarefas domésticas.

Uma realidade que mudou a relação dos brasileiros com a própria casa, já que eles assumiram as funções antes delegadas a empregadas e diaristas. Ao sentir na pele, o trabalho doméstico passou a ser mais valorizado e a lista de bens essenciais se tornou ainda maior. Eletrodomésticos que antes eram considerados supérfluos se tornaram importantes e viram as vendas crescerem durante esse períod de pandemia.

A servidora pública Lívia Filgueiras, de 31 anos, conta com a ajuda de uma doméstica há mais de 10 anos. Por isso, confessa que “antes da pandemia, só ia ao supermercado e fazia as besteiras do fim de semana, que nem contam na limpeza de casa”.

Agora, contudo, está desde o começo do isolamento sem a ajuda da funcionária, Cláudia, e teve que assumir a arrumação do lar. “Eu a liberei desde o primeiro dia da quarentena, porque não adiantava ela ficar pegando transporte coletivo, arriscando-se para vir trabalhar”, conta. Lívia admite, contudo, que as consequências práticas dessa decisão não foram tão simples. “Não era nada que eu não sabia fazer. Mas cuidar da casa, fazer comida, lavar louça, varrer, tirar o pó, lavar a roupa e administrar tudo isso com a rotina de trabalho, mesmo trabalhando de casa, foi complicado”, admite.

Neste período Livia passou a valorizar mais o trabalho doméstico, principalmente depois de entender que varrer a casa pode se tornar uma tarefa complicada. “Descobri que tinha um tapete, aqui em casa, que solta muito pelo. Eu não percebia porque não varria. Quando chegava em casa, estava tudo limpo. Mas, agora, até tirei o tapete da sala. Liguei para a Cláudia e brinquei ‘como você nunca me disse que era um inferno esse tapete?’”, brinca. Além de ter guardado o tapete, ela comprou um aspirador robô, produto que promete tirar o pó da casa com um simples comando.

A servidora pública não está sozinha neste barco. Equipar a casa com eletrodomésticos que antes eram considerados supérfluos virou um investimento necessário aos brasileiros para deixar a rotina mais leve e simples durante a quarentena.

Em Pernambuco, o setor de móveis e eletrodomésticos registrou crescimento de 29% em maio em comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado positivo foi puxado, principalmente, pelo desempenho das vendas de eletrodomésticos, que tiveram alta de 45,5% no período, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE.

Segundo Rafael Ramos, economista da Fecomércio-PE, no acumulado do ano, o segmento de eletrodomésticos está com crescimento acumulado de 40% em Pernambuco e alguns fatores levam a este desempenho positivo. “Primeiro porque teve o auxílio emergencial e gerou uma oportunidade de comprar um eletrodoméstico, que traz essa relação de bem estar maior pelas facilidades que acarreta. Além disso, maio já é um mês que naturalmente já se compra mais eletrodomésticos por conta do Dia das Mães. E também porque muita gente está em casa, e os aparelhos trazem uma facilidade maior nas tarefas domésticas”, explica.

Rotina atribulada gera mais demandas
O isolamento trouxe uma realidade atribulada para muitas famílias, que precisaram conciliar várias atividades na rotina diária. Cuidar da casa é uma delas e varrer chão, lavar roupa e louça, limpar o banheiro passaram a fazer parte da agenda de muitos brasileiros. Atividades que passaram a ser mais valorizadas, por demandarem esforço físico e também tempo. Justamente por isso, houve uma busca por uma maior facilidade para deixar a casa limpa e organizada. E, além do robô aspirador, outros eletrodomésticos tiveram um pico de vendas durante a pandemia.

No Brasil há cerca de 6,5 milhões de domésticas e 11% das famílias brasileiras contavam com o apoio de uma empregada doméstica ou mensalista, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva. Durante o isolamento social, 78% dos brasileiros que contam com o auxílio de uma diarista e 61% dos que têm uma empregada mensalista estão sem a ajuda de mais ninguém para cuidar do lar. Segundo a instituição, 49% dos brasileiros que têm uma empregada ou uma diarista não lavavam as próprias roupas, 37% começaram a cozinhar, 25% passaram a lavar pratos e 23%, a arrumar a casa.

Além disso, outro dado dá conta que 38% desse pessoal precisa conciliar os serviços domésticos com o home office e, por isso, 44% dos “patrões” admitem estar mais cansados agora do que quando passavam o dia na rua. “Essas pessoas tiveram que aprender a lavar roupa, estão deixando de cozinhar só por hobby e começaram a ver que o trabalho doméstico é tão importante e cansativo quantas outras profissões”, comenta Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Por isso, os eletrodomésticos se tornaram aliados para facilitar a rotina exaustiva, e o robô aspirador foi um dos que viu as vendas alavancarem. “As pessoas ficaram em casa e passaram a usar mais os aparelhos. Os que estavam quebrados ou com defeitos foram comprados novamente. Os eletrodomésticos não deram conta com o serviço diário, que antes não acontecia. Tem também quem comprou o que não tinha antes pela necessidade por estar em casa. Além disso, tem a nova rotina das pessoas em casa e existe uma necessidade de aceleração das atividades domésticas, o que criou a necessidade de comprar alguns algo que facilite”, ressalta Rafael Ramos, economista da Fecomércio-PE. (com Correio Braziliense)

Confira mais dados na arte:

 (Foto: Arte DP)

Foto: Arte DP




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Presidente do Banco do Brasil diz que renunciou por “cultura de corrupção” de Brasília

Rubem Novaes diz que “não se adaptou à cultura de privilégio, corrupção e compadrio de Brasília”

Rubem Novaes
Rubem Novaes (Foto: Agência Brasil)

Por Lucas Rocha, da Revista Fórum - O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, revelou neste sábado (25) que um dos motivos que o levou à renúncia da chefia do banco público foi uma “cultura de privilégio, corrupção e compadrio” presente em Brasília. Ele presidia a estatal desde o início do governo de Jair Bolsonaro.
Em entrevista à jornalista Raquel Ladim, da CNN Brasil, o agora ex-presidente do BB afirmou que “não se adaptou à cultura de privilégio, corrupção e compadrio de Brasília” e que já teria falado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para deixar o posto desde maio.

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Pesquisa mostra “centro” esvaziado em 2022 e Moro como candidato da direita alternativo a Bolsonaro

(Foto: Andre Coelho/REUTERS)

Candidatos da chamada “centro direita” estão sem força para as eleições presidenciais de 2022, de acordo com pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas encomendada pela Veja. É o caso do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de Luciano Huck, do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e do empresário João Amoêdo (Novo).
O governador paulista teria apenas entre 3,8% a 4,6% das intenções de voto, nos três cenários montados pela pesquisa. Se confirmado, o PSDB teria novamente uma votação pífia das eleições de 2018, quando Geraldo Alckmin obteve 4,76%, ficando em quarto lugar e registrando o pior resultado do partido na história. Apesar de Jair Bolsonaro ter 48% de desaprovação, ele ganharia com 51,7% no confronto contra o tucano.
Amoêdo, que participou das primeiras eleições em 2018, teria entre 3,4% a 4% em 2022. Huck, por sua vez, tem 6,5% a 8,3% no primeiro turno e, se for para o segundo contra Bolsonaro, ele perde contra 50,8% do fascista. Por sua vez, o ex-ministro Mandetta tem o melhor resultado dentre eles, com 5,7% - o que continua a ser pouco.
O único, na direita, que aparece com resultados acima de dois dígitos é o ex-ministro Sergio Moro, responsável pela prisão ilegal de Lula. O chefe da Lava Jato aparece com as intenções de voto entre 16,8% e 17,1%. 

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Portugal desenvolve primeira máscara que inativa o coronavírus

Segundo um comunicado do consórcio responsável pela inovação em Portugal, "a máscara se beneficia de um revestimento inovador que neutraliza o vírus SARS-CoV-2 quando este entra em contacto com o tecido"

Portugal desenvolve 1ª máscara que inativa o novo coronavírus
Portugal desenvolve 1ª máscara que inativa o novo coronavírus (Foto: Reprodução/Público PT)


Um projeto de cooperação entre as comunidades empresarial, académica e científica em Portugal criou a primeira máscara têxtil e reutilizável com capacidade comprovada para inativar o coronavírus. A informação foi publicada pelo site Público
Segundo um comunicado do consórcio responsável pela inovação, "a máscara se beneficia de um revestimento inovador que neutraliza o vírus SARS-CoV-2 quando este entra em contacto com o tecido, efeito que se mantém mesmo depois da realização de 50 lavagens".
A máscara MOxAd-Tech "superou com sucesso os testes realizados pelo Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes", diz o texto. 
De acordo com a plataforma Worldometers, Portugal ocupa a 43ª posição no ranking global de confirmações (50,1 mil) de coronavírus. O país tem 1,7 mil
mortes. No mundo são 16,4 milhões de casos da Covid-19 e 652 mil óbitos. (247)


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Brasil depende cada vez mais da China, atacada pelo bolsonarismo

Nos primeiros seis meses deste ano, o país asiático respondeu por 34% das exportações nacionais e 80% do superávit comercial – o que prova que Jair Bolsonaro atenta contra o interesse nacional quando ataca a China

Donald Trump, Jair Bolsonaro e Xi Jinping
Donald Trump, Jair Bolsonaro e Xi Jinping (Foto: Reuters)

As estatísticas oficiais demonstram que Jair Bolsonaro, que mantém uma política externa de total submissão aos interesses de Donald Trump, atenta contra os interesses nacionais, quando ataca a China. Isso porque nunca foi tão grande a participação chinesa nas exportações e no saldo comercial do País – o que é fruto de uma parceria estratégica entre Brasil e China consolidada no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"De janeiro a junho, os embarques para o gigante asiático subiram 14,6% ante o mesmo período do ano passado, para US$ 34,35 bilhões, ao mesmo tempo em que as vendas para o resto do mundo caíram 15,2%. Como resultado da maior demanda da China, a participação do país na pauta de exportações nacional cresceu ainda mais, de 27% no primeiro semestre de 2019 para 34% no mesmo intervalo de 2020 - maior percentual desde 2000, primeiro ano da série elaborada pelo banco. Do superávit de US$ 22,3 bilhões da balança comercial brasileira no acumulado deste ano, a China responde por US$ 17,7 bilhões, ou quase 80% do total", aponta reportagem do jornalista Assis Moreira, publicada no Valor Econômico.
“As exportações brasileiras continuaram relativamente resilientes, graças à demanda da China”, diz Roberto Secemski, do banco Barclays. Após cair 6,8% no primeiro trimestre sobre igual período de 2019, a economia chinesa cresceu 3,2% no segundo trimestre na mesma comparação, o que configura uma recuperação em “V”. A China deve sair do choque atual mais forte e será uma das poucas nações a crescer este ano, afirma Livio Ribeiro, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). (247)

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Governo de Pernambuco inaugura hospitais de campanha para a Covid-19 no Sertão

                      Por: Diario de Pernambuco
 (Foto: Diego Nigro/SEI)
Foto: Diego Nigro/SEI

O Governo de Pernambuco inaugurou neste sábado (25) três novos equipamentos para enfrentamento da Covid-19 no Sertão, sendo dois hospitais de campanha (Petrolina e Serra Talhada) e a primeira etapa do Hospital Eduardo Campos (Petrolina). Ao todo, serão disponibilizados 258 leitos, sendo 30 de UTI e os demais de enfermaria. As vagas serão abertas gradativamente, seguindo os fluxos administrativos e de assistência necessários ao funcionamento.

A primeira parada do governador Paulo Câmara foi em Petrolina, para conhecer a estrutura do hospital de campanha, montado com um investimento de mais de R$ 1,5 milhão no terreno do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf). Gerido pelo Instituto Social das Medianeiras da Paz, o serviço iniciará suas atividades com 20 leitos de enfermaria, chegando à capacidade máxima de 100, sendo cinco leitos de estabilização com respiradores.

"São 100 leitos que estão sendo disponibilizados e que vão se juntar à infraestrutura já existente", disse Paulo Câmara. O intuito é justamente fortalecer a IV Macrorregião, que abrange o Sertão do São Francisco e do Araripe. As estruturas já estão prontas e os equipamentos, disponibilizados. Nós temos ainda 40 novos respiradores que vamos distribuir da melhor forma na região."

Ao todo, 175 profissionais atuarão na estrutura, garantindo atendimento à população de Petrolina e para mais de dois milhões de pessoas das 53 cidades que integram a Rede Interestadual de Saúde Pernambuco-Bahia (Rede Peba) - 25 de Pernambuco e 28 da Bahia.

"Petrolina é uma das nossas referências como polo de saúde no Sertão pernambucano, e também de parte de cidades da Bahia", afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo. "O hospital de campanha vem se somar às estruturas que já estão funcionando na localidade, como a UPAE e os leitos contratualizados no Neurocárdio, neste momento em que os números ainda apontam uma tendência de aumento na demanda por atendimento. Estamos permanentemente dialogando com a população sobre as medidas de segurança e higiene, além da importância do isolamento social, por acreditarmos que a prevenção ainda é a melhor solução para enfrentarmos esse delicado momento e doenças graves como a provocada pelo novo coronavírus".

Em Petrolina, o governador também estava acompanhado do deputado federal Sebastião Oliveira e do deputado estadual Lucas Ramos. Em Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, Câmara inaugurou a primeira etapa do Hospital Geral do Sertão Governador Eduardo Campos (HEC). Na unidade, colocou também em funcionamento outro hospital de campanha, voltado para o tratamento da Covid-19. O governador e o secretário de Saúde entregaram os primeiros 10 leitos de UTI da unidade. Com uma programação gradual de abertura, o novo equipamento contará com 58 vagas, sendo 30 de UTI, para compor a rede de enfrentamento ao novo coronavírus.

Essa estrutura funcionará integrada ao hospital de campanha, montado em sua área externa, que inicia as operações com 20 vagas de enfermaria, sendo duas de estabilização com suporte de ventilador, e chegará à capacidade máxima de 100 leitos gradualmente. Para erguer a estrutura, foram investidos R$ 1,3 milhão do Governo de Pernambuco. Ambos têm gestão do Hospital Tricentenário, que está contratando mais de 400 funcionários para atender cerca de 842 mil habitantes de 35 municípios das VI, X e XI Geres, que englobam a Macrorregional III.

"Temos a oportunidade de entregar essa primeira etapa do Hospital Eduardo Campos já adaptada para atender pacientes da Covid-19", afirmou Paulo Câmara. "Esperamos, com isso, dar uma condição de atendimento adequada e que abranja toda essa macrorregião. Serra Talhada e Petrolina estão recebendo novas estruturas e o Sertão ganha uma melhor condição de enfrentar a pandemia. Esperamos a estabilidade dos números para iniciarmos o processo de convivência, como acontece na Região Metropolitana do Recife".

De acordo com a gestão, o Hospital Eduardo Campos conta com a estrutura mais moderna do Sertão de Pernambuco, construída com investimentos da ordem de R$ 32 milhões. Após a inauguração das próximas etapas, a expectativa é que o montante gasto na edificação ultrapasse os R$ 47 milhões. Até o final do ano, será aberta a segunda fase de construção, com a inauguração de mais 14 leitos de internação, emergência geral com 39 leitos, ambulatório, além de outras estruturas administrativas e operacionais.

No próximo ano, será entregue a terceira etapa das obras. Quando estiver em sua plena capacidade, o hospital contará com cerca de 200 leitos, sendo 140 de internação. Ao todo, o hospital terá 10 mil metros quadrados de área construída, ampliando ainda mais o atendimento ao trauma e outras patologias na região. A inteção é evitar que a população sertaneja precise se deslocar para outras cidades ou para a capital.




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Habilitação de 38 novas fábricas amplia exportações de carne para a China

Presidente Lula acompanhou, em Campo Grande, primeiro lote de proteína animal da JBS a ser enviado ao país asiático Presidente Lula visita p...