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Foto: Léo Malafaia/Esp.DP
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), tomou posse na tarde desta terça-feira, 1º, de seu segundo mandato à frente do Estado, em cerimônia que está sendo realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Câmara está acompanhado de sua vice-governadora, Luciana Santos (PCdoB). O prefeito Geraldo Julio (PSB) é um dos políticos presentes na cerimônia.
"Nós temos que começar a ver a melhoria nos serviços púlicos. Seja na saúde, segurança ou educação. Buscar incansavelmente a geração de emprego. A gente sabe que o desafio de governar Pernambuco é ter ainda um país em crise. No primeiro ato, vamos dar posse aos secretários amanhã para começar a unificação das ações em todas as secretárias em favor da sociedade. Todas as secretárias vão dar sua contribuição para melhorar os serviços e gerar empregos focando em um 2019 onde as coisas possam acontecer de maneira mais rápida e a população tenha os serviços entregues e de melhor qualidade", afirmou o governador após a posse.
Os nomes dos presidentes de empresas estatais ou o chamado segundo escalão do mandato serão definidos ainda, segundo o governador. "Isso vai acontecer nos próximos dias, com muito diálogo, muita transparência e buscando chamar os melhores. A gente quer continuar fazendo equipes que possam realmente dar conta do recado e melhorar os serviços oferecidos."
Em relação ao governo federal, cuja posse do presidente eleito Jair Bolsonaro também foi na tarde desta terça-feira, Paulo Câmara afirma que respeita, mas vai cobrar projetos. "Temos capacidade de diálogo e queremos ajudar o Brasil a voltar a gerar emprego e renda como governador de Pernambuco. A gente vai estar sempre buscando o diálogo e ações para beneficiar o povo do estado."
Questionado sobre as denuncias de policiais civis sobre perseguição politica contra o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, o governador afirmou tratar-se de uma questão para ser resolvida pela Secretária de Defesa Social (SDS). Ao ser questionado sobre o fim da Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp), Paulo afirma que o tema está no passado. "Vocês estão voltando ao tema que não faz parte do cotidiano. Criamos um departamento para dar agilidade ao combate a corrupção e aumentar a transparência. Não cabe esse debate, isso já passou."
Para 2019, o lema será geração de empregos e melhoria das condições dos serviços públicos estaduais. "Queremos finalizar obras, buscar ver oportunidades, novas parcerias seja com o setor privado ou o público", finaliza. “É urgente desmontar os palanques, desarmar os espíritos, buscar o mínimo de convergências que nos permitam preservar as conquistas democráticas e avançar. O processo eleitoral que nos elegeu para o Poder Executivo e elegeu os parlamentares para o Poder Legislativo é o mesmo que elegeu o presidente da República”, afirmou o governador.
No discurso, Câmara lembrou a história de lutas de Pernambuco, que se contrapôs ao poder central, quando necessário, e disse que apoiará as decisões que beneficiem o estado, mas refutou a possível privatização da companhia de energia Chesf. “A submissão, em qualquer tempo, de qualquer natureza, por qualquer motivo, é incompatível com o espírito libertário dos pernambucanos. Apoiaremos decisões que beneficiem Pernambuco e o Nordeste, a exemplo das obras complementares da transposição das águas do Rio São Francisco e da conclusão da Ferrovia Transnordestina. Mas seremos contra iniciativas que comprometam o futuro do estado e da região, como a privatização da Chesf”, ressaltou.
Ao final do discurso, Câmara voltou a insistir na pacificação política do país, como forma de alcançar avanços econômicos e sociais. “Precisamos de paz, porém não a paz do silêncio imposto pela força. Queremos a paz viva, do debate, do contraditório, da liberdade de opinião. A paz da democracia. Precisamos de paz para trabalhar, vencer a miséria, a violência e o desemprego, para ajudar milhões de jovens a encontrar um futuro melhor e mais proveitoso”, concluiu.
Com informações da repórter Cláudia Eloi e da Agênca Brasil
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