Via:Carlos Britto
Foto: Gabriel Siqueira/Blog do Carlos Britto
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) admitiu que o bloco de oposição ao Governo de Pernambuco “saiu fragilizado” nas eleições de 2018, mas caberá agora elaborar estratégias com vistas a interromper a gestão socialista que administra o Estado há 13 anos. A declaração foi dada pelo senador ao programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, nesta sexta-feira (15).
Segundo FBC, essa análise ainda está sendo feita internamente entre as lideranças do bloco. Mas ele adiantou que após o Carnaval, a oposição deverá fazer reuniões com seguimentos da sociedade para levantar o motivo que culminou com a derrota do grupo em outubro passado.
“A gente entende que havia um sentimento de mudança muito forte. Mas faltou aquele pouquinho à oposição para se dar a virada em Pernambuco. Então, a gente tem de fazer nossa autocrítica dos erros que foram cometidos. O senador Armando Monteiro (candidato derrotado a governador) tem feito reflexões em relação a isso. Mendonça Filho também, o deputado Bruno Araújo, que está se movimento muito politicamente e tem a perspectiva de assumir a presidência nacional do PSDB”, pontuou o senador.
FBC se disse convicto, porém, de que um dos erros do bloco foi não ter se definido claramente pelo apoio a uma candidatura presidencial – ao contrário dos socialistas.
Eleições 2022
Perguntado se seria o nome da vez para disputar em 2022 o governo do Estado, Fernando Bezerra assegurou que seu papel é manter o grupo ao menos do mesmo tamanho que saiu das últimas eleições. “Nós saímos fragilizados. Só temos 12 deputados numa Assembleia (Alepe) de 49. E ainda assim as ‘Juntas’ (coletivo de parlamentares) se dizem independentes. Então somos 11. Não temos mais do que 30 a 33 prefeitos, de 185. Nós mantivemos a presença na bancada federal, somos sete a oito deputados que fazem oposição ao Palácio do Campo das Princesas. Nós tínhamos dois senadores, agora só temos um senador no campo da oposição”, avaliou.
Para o senador emedebista, não resta outra coisa a fazer do que sacudir a poeira, conversar com a sociedade com o objetivo de construir uma nova proposta que possa animar os pernambucos “e interromper esse projeto que aí está”, finalizou. Fernando destacou que essa discussão, evidentemente, passa pelas eleições de 2020, mas a questão municipal só começará a ser tratada, de fato, pelos partidos a partir de setembro deste ano.
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