Central Única dos Trabalhadores garantiu nesta quarta-feira 4 que a
mobilização dos trabalhadores cresce para a greve geral do próximo dia 28 de
abril, e que a medida será decisiva contra o governo de Michel Temer;
"Vamos parar o País no dia 28 de abril, mandando mais uma vez nosso recado
para a quadrilha que tomou o poder através do golpe e para sua base de
parlamentares corruptos no Congresso: nenhum direito a menos", disse a CUT
em nota; alvos principais das manifestações são a reforma da Previdência, a reforma
trabalhista, em tramitação no Congresso, e a terceirização irrestrita,
sancionada por Tem
Rede Brasil Atual - "A greve geral
será um passo decisivo na luta que continuaremos a travar, sem trégua, para
derrotar o governo golpista", diz a CUT, em nota de sua direção nacional,
publicada hoje (4).
"Vamos parar o País no dia 28 de abril, mandando mais uma
vez nosso recado para a quadrilha que tomou o poder através do golpe e para sua
base de parlamentares corruptos no Congresso: NENHUM DIREITO A MENOS!",
afirma a central, informando que a paralisação do dia 28 faz parte de uma ação
estratégica "para derrotar a reforma da Previdência, a reforma trabalhista
e a terceirização propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer", em
iniciativa discutida com as demais centrais.
"Transformaremos abril num mês de lutas. Sairemos às ruas,
como fizemos nos dias 8 e 15 de março, para denunciar e repudiar a reforma da
Previdência, que pretende acabar com a previdência pública no Brasil. Sairemos
novamente às ruas para denunciar e repudiar a reforma Trabalhista, que rasga a
CLT e gera o trabalho precário", diz a CUT.
"Iremos para as ruas para repudiar o PL 4.302, recentemente
aprovado na Câmara dos Deputados numa manobra espúria do presidente da casa,
Rodrigo Maia, que fragiliza a organização sindical e permite a terceirização na
atividade fim, condenando os/as trabalhadores/as a “viverem de bico”, sem
nenhuma segurança em relação ao trabalho e a direitos básicos, como férias,
décimo terceiro, jornada de trabalho, descanso remunerado, horas extras, entre
outros direitos fundamentais, conquistados após décadas de lutas."
Confira a íntegra da nota:
A Direção Nacional, reunida em Brasília, no dia 29 de março,
deliberou pela organização da greve geral como ação estratégica da CUT para
derrotar a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e a terceirização
propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Trata-se de uma iniciativa
construída com o conjunto das centrais sindicais.
Vamos parar o País no dia 28 de abril, mandando mais uma vez nosso
recado para a quadrilha que tomou o poder através do golpe e para sua base de
parlamentares corruptos no Congresso: NENHUM DIREITO A MENOS! A greve geral
será um passo decisivo na luta que continuaremos a travar, sem trégua, para
derrotar o governo golpista.
Transformaremos abril num mês de lutas. Sairemos às ruas, como
fizemos nos dias 8 e 15 de março, para denunciar e repudiar a reforma da
Previdência, que pretende acabar com a previdência pública no Brasil. Sairemos
novamente às ruas para denunciar e repudiar a reforma Trabalhista, que rasga a
CLT e gera o trabalho precário. Iremos para as ruas para repudiar o PL 4.302,
recentemente aprovado na Câmara dos Deputados numa manobra espúria do
presidente da casa, Rodrigo Maia, que fragiliza a organização sindical e
permite a terceirização na atividade fim, condenando os/as trabalhadores/as a
“viverem de bico”, sem nenhuma segurança em relação ao trabalho e a direitos
básicos, como férias, décimo terceiro, jornada de trabalho, descanso
remunerado, horas extras, entre outros direitos fundamentais, conquistados após
décadas de lutas.
Essa deliberação foi tomada após uma cuidadosa análise de
conjuntura.
Passamos por uma profunda recessão econômica, que atinge todos os
setores da economia e que se aprofunda por causa da desastrada política de
austeridade do atual governo. Em vez da prometida retomada do crescimento,
assistimos à pior recessão da história e à projeção de um crescimento medíocre
para os próximos anos, transformando o período 2011-2020 em mais uma década
perdida.
As principais vítimas desse processo são
os/as trabalhadores/as penalizados/as com o desemprego, que atinge a assombrosa
marca de cerca de 13 milhões de pessoas, ou que veem diminuir sua renda,
vivendo na incerteza em relação ao trabalho e à proteção social.
A Direção nacional da CUT também constatou o agravamento da crise
institucional e política que abala o país, como revelam as tensões entre
membros do STF e o Ministério Público, assim com as rusgas do Judiciário com o
Congresso, onde grande parte dos parlamentares encontra-se na lista das
delações premiadas como suspeitos de corrupção. São esses parlamentares que
buscam desesperadamente e sem qualquer pudor uma saída legal para o mal feito,
legislando em interesse próprio, empenhados na aprovação de uma lei que
acoberte seus crimes e os isente da punição.
O governo ilegítimo também foi atingido no seu núcleo de poder com
denúncias de corrupção. Nos primeiros seis meses do atual governo, seis
ministros caíram e outros cinco encontram-se sob suspeita. O próprio presidente
corre o risco de ser cassado pelo TSE.
No meio da crise, no entanto, o governo ilegítimo mostra a que
veio ao ser conduzido ao poder através do golpe. Veio para rasgar a
Constituição e destruir pilares do Estado de Direito, enquanto promove o
desmonte das políticas de proteção social, a privatização de estatais e bancos
públicos, a entrega da exploração de nossas riquezas naturais a empresas
estrangeiras, comprometendo a soberania nacional. Veio também para retirar
direitos da classe trabalhadora.
Temos motivos de sobra para repudiar o governo ilegítimo e para
conclamar a classe trabalhadora para a greve geral no dia 28 de abril.
NÃO À TERCEIRIZAÇÃO
NÃO À REFORMA TRABALHISTA
NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA
NENHUM DIREITO A MENOS!
FORA TEMER!
DIREÇÃO NACIONAL DA CUT
(247).
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