terça-feira, 4 de abril de 2017

Noronha vai virar laboratório vivo

Ideia do governo é utilizar a ilha para desenvolver 
práticas de baixo carbono e atrair mais investimentos
O arquipélago vai receber projeto que visa zerar a emissão de gases poluentes no local
O arquipélago vai receber projeto que visa zerar a emissão de gases poluentes no localFoto: Arthur de Souza/arquivo folha

Transformar o arquipélago de Fernando de Noronha em laboratório vivo no que diz respeito às práticas de baixo carbono será a tônica para atrair novos investimentos a Pernambuco. A ideia é que, no menor intervalo de tempo possível, a emissão de gás carbônico na Ilha seja reduzida a partir de práticas sustentáveis e de novos modelos de negócios.

Para isso, o Governo do Estado articula a troca de todos os veículos movidos a combustão de Noronha por veículos elétricos, alimentados via geração solar, para que, no futuro, o corte nas emissões de gases poluentes seja equivalente a 100%. Atualmente, o Arquipélago conseguiu reduzir 12% da emissão com a implantação de usinas solares pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).
De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Sérgio Xavier, tornar esse trabalho em realidade depende de muitos atores. “Exige uma mudança de paradigma e de hábito dos residentes, da tecnologia desenvolvida pelas empresas e dos mecanismos de financiamento, além de políticas públicas”, explicou, destacando que essa e outras discussões serão abordadas no workshop ‘Energia Renovável e Inovações Interconectadas - Mercados Sustentáveis do Século XXl’, que acontece de hoje até o dia 6 no Paço Alfândega. Na ocasião, empresas públicas e privadas, nacionais e internacionais; e especialistas estarão reunidos para traçar soluções locais que possam ser replicadas para o mercado global.
O encontro nasce dois anos e meio depois de o Governo do Estado ter iniciado conversa com os Estados Unidos (EUA), por intermédio do cônsul Geral dos EUA para o Nordeste, Richard Reiter. “A Califórnia é uma referência para o mundo no que se refere à integração de tecnologia e práticas sustentáveis. Por isso, desejamos estreitar os laços e aproveitar o know how que eles têm”, detalhou Xavier.

Ele disse ainda que, durante a abertura do evento, o governo deve assinar um memorando se comprometendo em dar andamento e concretizar o que já está sendo feito no Estado até 2018. “O Governo criou um Comitê de Inovação e Incentivo do Baixo Carbono, que pretende consolidar os debates e transformá-los em políticas públicas”, frisou o secretário. O grupo foi formado no fim do ano passado.
Segundo o cônsul Geral dos EUA para o Nordeste, Reiter, o evento nasce da necessidade de se pensar sobre os desafios mais importantes entre as cadeias produtivas. “Esse não é o primeiro passo e o debate já vem sendo amadurecido. O que vamos assinar dará continuidade ao projeto maior, de redução da emissão de gás carbônico”, considerou. O intuito também é que essas práticas gerem empregos mesmo diante do cenário de crise econômica.

Para o representante da Semas, Sérgio Xavier, a articulação entre as empresas pode ser um passo importante para os negócios se consolidarem. “Vamos trazer a gigante Solar City e queremos que ela se integre com a Baterias Moura”, adiantou. (Folhape).

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