sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Marco temporal ameaça a maior reserva de Mata Atlântica preservada do Nordeste

 

(Foto: Grazy Oliveira Kaimbé / Mupoiba)


Se a tese do marco temporal for vencedora no Supremo Tribunal Federal (STF), mais de uma centena de terras indígenas nos estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo correm o risco de ter seus processos de regularização revertidos. Entre elas, a tradicional terra indígena da Barra Velha do Monte Pascoal, que abrange a icônica montanha de mesmo nome, descrita pelos portugueses como a primeira porção de terra avistada pela esquadra comandada pelo colonizador Pedro Álvares Cabral, em abril de 1500. 

Atualmente habitada pelos índios da etnia Pataxó, essa região faz parte do maior bolsão de Mata Atlântica preservada do Nordeste brasileiro. São cerca de 112 mil hectares de reservas, incluindo os parques nacionais do Monte Pascoal, do Pau-Brasil e do Descobrimento, que abrangem a costa do extremo sul da Bahia, segundo informações do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As três principais áreas ocupadas e reivindicadas pelos Pataxó somam mais de 80 mil hectares onde vivem cerca de 7 mil indígenas. Boa parte das áreas de dois desses parques nacionais, o Monte Pascoal e o Pau Brasil, estão inseridos nas terras originárias dos Pataxó.  

São processos iniciados e inconclusos, já com identificação provada, mas sem a portaria declaratória de demarcação. O argumento do marco temporal limita o reconhecimento de terras indígenas à comprovação de ocupação antes 1988, quando foi promulgada a atual Constituição Federal. A tese é rechaçada pelos indígenas, que temem perder seus territórios tradicionalmente ocupados, e por juristas e antropólogos. Ao longo dessa semana, enquanto os ministros do STF começaram analisar um processo que dará repercussão geral sobre a validade ou não dessa tese, mais de 6 mil indígenas de todo o país montaram acampamento em uma área próxima à Esplanada dos Ministérios, centro de Brasília, para pressionar contra a mudança de entendimento. A mobilização já está sendo considerada a maior das últimas décadas. 

"Esse momento é crucial para o povo Pataxó, porque nosso território está naquela região onde começou a invasão do nosso país pelos portugueses. Até hoje, as nossas áreas não estão demarcadas. Nosso território da aldeia mãe, a Barra Velha, é onde está localizado o famoso Monte Pascoal. A discussão que está sendo feita é se somos povos indígenas e o nosso território já existia antes da chegada dos colonizadores ou se passamos a existir apenas depois que os não-índios dizem que existimos", afirma Kâhu Pataxó, uma das lideranças indígenas que estão na capital federal.

Após retomar o julgamento no fim da tarde desta quinta-feira (26), o presidente do STF, Luiz Fux, suspendeu a sessão, que voltará à pauta na próxima quarta-feira (1º). O relator do caso, ministro Edson Fachin, já deu parecer contrário ao marco temporal, mas ainda deve concluir a leitura do voto durante o julgamento, reforçando o seu posicionamento.  

Áreas ameaçadas

Para subsidiar os debates sobre a situação fundiária dos povos indígenas, a Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí) publicou essa semana um monitoramento de 10 estados brasileiros em relação ao andamento dos processos de demarcação. O levantamento inclui todas unidades da federação do Nordeste, com exceção do Maranhão, que faz parte da Amazônia Legal, além de Minas Gerais e Espírito Santo. Das 224 áreas listadas, mais de 100 estão sem qualquer providência regulatória tomada. Apenas 16 são terras indígenas com processos concluídos ou área homologada e pouco mais de 40 estão em fase de estudos ou possuem a área delimitada. Outras 43 aparecem como "regularizadas", mas isso não significa, segundo um dos autores do estudo, que elas estariam livres de uma revisão do processo.  

"Eu diria que essas áreas não deixam de estar ameaçadas porque elas foram regularizadas em processos que não levaram em conta o Marco Temporal. Se a tese for aprovada, abre uma brecha para que mesmo essas áreas tenham seus processos revistos", analisa José Augusto Sampaio, antropólogo e professor universitário, sócio fundador da Anaí.Ainda na Bahia, a área dos Tupinambá de Olivença - na região de Ilhéus, Una, São José da Vitória e Buerarema - que também preserva uma porção de Mata Atlântica original, está com processo pendente e poderia ser afetada pela validade do marco temporal. Dentre as áreas indígenas mais importantes da Bahia, as terras dos Tuxá, Tuxi e Tumbalalá, todas na região do norte do estado, no município de Rodelas, às margens do Rio São Francisco, ajudam a preservar um dos biomas mais sensíveis do país, a Caatinga. Neste caso, cerca de 3 mil indígenas dessas etnias poderiam ser afetados. "A gente não aceita o marco temporal até 1988 porque não faz o menor sentido. Quando os portugueses chegaram aqui, eles próprios relataram, na famosa carta de Pero Vaz Caminha, a existência de povos originários. Nós somos originários da terra Brasil. É um retrocesso e vai fazer um estrago muito grande em nossas populações indígenas no seu direito à terra", afirma o cacique Anselmo Tuxá. 

Entenda o marco temporal

Em 2009, o governo de Santa Catarina entrou com pedido de reintegração de posse contra o povo Xokleng, que vive na Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ, onde também se concentram indígenas Guarani e Kaingang. Ao todo, são 2 mil habitantes. O argumento era que os indígenas não ocupavam “tradicionalmente” aquela terra, nos termos do artigo 231 da Constituição.

Em 2019, o plenário do STF reconheceu a repercussão geral desse caso. Ou seja, a decisão balizará o entendimento sobre os demais processos envolvendo comunidades tradicionais em que se discute o marco temporal.Essa tese, defendida por ruralistas, diz que povos indígenas só devem ter o direito à terra se ficar comprovado que já a ocupavam na data de promulgação da Carta Magna de 1988.

A tese do marco temporal está expressa no parecer 001/2017 da Advocacia Geral da União (AGU), emitido durante o governo Michel Temer (MDB). A decisão do STF pode resultar na suspensão desse documento, que já inviabilizou a demarcação de cerca de 30 terras indígenas. Outras 300 estão com processos de demarcação paralisados. 

(*) Cobertura especial da Associação Nacional de Ação Indigenista durante o Acampamento Indígena Luta pela Vida em Brasília de 22 a 28 de agosto. (Pedro Rafael Vilela, de Brasília).


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Nível atual de geração de energia será insuficiente para atender a população a partir de outubro

 

(Foto: Reuters)


A partir de outubro deste ano, a capacidade atual do país de gerar energia elétrica será insuficiente para atender a demanda da população, informou nesta quinta-feira (26) o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O órgão disse avaliar como "imprescindível" o aumento da oferta de energia em cerca de 5,5 GW a partir de setembro.

O ONS recomenda importar mais energia e aumentar o número de usinas termelétricas em funcionamento, o que poderia aumentar ainda mais o custo para os consumidores.

Na terça (24), o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) já havia informado uma "relevante piora" nas condições hídricas no país. (247).


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Disparada dos preços dos alimentos aprofunda a fome no Brasil


(Foto: RENOTO ARAUJO/AGENCIA BRASILIA)

“Desesperador, minha pressão já fica alta, dá vontade de desmaiar na boca do caixa, porque o dinheiro não dá para nada”, desabafa a manicure do Rio de Janeiro, Vanessa dos Santos. E ela não está sozinha. Dos 211 milhões de brasileiros, milhares estão passando pelo mesmo desespero desde que a inflação começou a disparar e transformar a cesta básica em artigo de luxo para muitos.

A insegurança alimentar voltou a ser uma realidade no Brasil, como mostra pesquisa realizada em dezembro de 2020 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).

Enquanto os fazendeiros do agronegócio colhem a safra, recebem em dólar e colocam o Brasil na segunda posição entre os que mais exportam grãos no mundo, ficando atrás apenas dos EUA, 43,3 milhões de pessoas não têm acesso aos alimentos em quantidade suficiente e 19 milhões literalmente não têm o que comer.

Isso acontece porque o Brasil é um grande produtor de commodities e prioriza o lucro, explica Tereza Campello, ex-ministra do desenvolvimento social e combate à fome do governo da presidenta Dilma Rousseff.

“A prioridade no mercado interno não é de alimentar o povo. A prioridade é que alguns poucos proprietários de terras e exportadores ganhem muito dinheiro, sem, inclusive, gerar emprego”, afirma a professora titular da cátedra Josué de Castro de sistemas alimentares, saudáveis e sustentáveis na Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com ela, o Brasil vive uma situação dramática e, mesmo antes da pandemia do novo coronavírus, que agravou a crise econômica do país, o povo já estava com fome.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, apenas um ano após o golpe que destituiu a presidenta Dilma, o país já havia retornado ao mapa da fome´, de onde havia saído em 2014, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

“O conjunto das políticas públicas que tiraram o Brasil do mapa da fome foi destruído. A família e o combate à fome deixaram de ser prioridades nesse governo”, diz a ex-ministra que acrescenta mais uma razão para a situação trágica atual: “A legislação trabalhista foi completamente desorganizada”.

E a desorganização continua com a boiada passando a passos largos. A Medida Provisória (MP) nº 1045, que incluiu no texto aprovado na Câmara dos Deputados uma nova e perversa reforma Trabalhista, retira direitos básicos dos trabalhadores e trabalhadoras, como férias, 13º, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e até o direito de não ganhar menos de um salário mínimo por mês. Tudo isso vai acabar se o Senado aprovar a MP até o dia 7 de setembro, quando a validade da medida caduca.

“Uma Medida Provisória para que a juventude vire praticamente escravizada, sem proteção nenhuma, é uma aberração. O que vai resolver o problema do desemprego são políticas voltadas para o desenvolvimento econômico, a proteção do mercado de trabalho, o enfrentamento de situações estruturais na economia do país”, afirma Tereza.

Mariana, de Angra dos Reis, região da Costa Verde fluminense, é uma dessas pessoas que se viu desesperada em meio à pandemia.

“Meu ganho no momento é o bolsa família. Antes da pandemia eu não tinha serviço fixo, mas eu saía nas praias para fazer meu serviço”, conta a mãe de três filhos, o mais novo com um ano e nove meses. O marido vive de bicos, trabalhando como ajudante de pedreiro.

Sem um salário fixo, a família encontra dificuldades na hora de fazer as compras no mercado. “Mantimento, mistura, essas coisas para as crianças, os preços estão muito altos”, conta ela que neste momento em que escolas e creches estão fechadas no município não pode sair para procurar emprego e depende praticamente de políticas públicas governamentais.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese), o desemprego no 1º trimestre de 2021 ficou em 14,7%. E a cesta básica que em janeiro de 2020 custava R$ 507, em julho de 2021 subiu para R$ 621. Com o mercado de trabalho em crise, vagas de emprego em situações precárias, trabalhadores e trabalhadoras com a renda muito baixa e sem políticas de valorização do salário mínimo, o carrinho de mercado está cada vez mais vazio.

“Nós estamos falando de comida, a população não tem dinheiro para o básico, para comprar gás, está cozinhando com álcool, cozinhando com madeira. A situação é realmente dramática”, enfatiza Tereza.

Licenciado pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e recebendo apenas um salário mínimo, Alexander Souza, que é eletricista em Volta Redonda, no Sul Fluminense, afirma que a situação está muito complicada.

“Tenho três filhas, ajudo meu pai que tem 62 anos e está desempregado. Carne foi um item que sumiu da dispensa. Hoje consumimos mais ovos. Energia elétrica teve um aumento considerável”, lamenta ele ao falar que 2021 é mais um ano perdido.

Olhando o cenário é fácil entender que soberania, segurança alimentar e mercado interno não interessam para esse governo.

“Esse agronegócio é bom para o PIB, mas o povo não come PIB. Ao invés de enfrentar a pandemia, eles aproveitam a pandemia, tiram vantagem da crise para avançar em agendas que desorganizam tanto o mercado interno, quanto as políticas de combate à pobreza, enfrentamento da fome, e principalmente políticas estruturais de geração de emprego, que é o que o Brasil precisa”, conclui Tereza Campello. (Site da CUT).



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Homem saca arma e ameaça participantes de protesto sobre violência contra a mulher (vídeo)

 

(Foto: Reprodução/Twitter)

Um homem não identificado lançou uma arma contra mulheres que protestavam contra a morte de Joice Cilene, assassinada pelo marido na cidade de Natal. 

Nas imagens, é possível ver o homem invadindo o ato e apontado o revólver contra as manifestantes.  

De acordo com testemunhas, ele tentava passar pelo protesto que era realizado próximo à Praça Gentil Ferreira.

Após o incidente, as pessoas se afastaram e o homem conseguiu cruzar a manifestação. Ninguém ficou ferido, mas uma mulher que participava do ato passou mal e foi socorrida. 247.

Novo Código Eleitoral pode barrar candidatura de Moro em 2022

 

Sérgio Moro (Foto: Divulgação)

A proposta de Código Eleitoral apresentada à Câmara pela deputada Margarete Coelho (PP-PI) pode dar fim aos anseios do juiz Sérgio Moro de concorrer às eleições em 2022. 

Com a nova proposta,  magistrados e membros do Ministério Público que tenham se afastado do cargo há menos de 5 anos não poderão oferecer candidatura.

Na prática, segundo reportagem de O Antagonista,  com a aprovação do texto, Sérgio Moro e demais ex-integrantes da Lava Jato não poderão disputar o pleito de 2022, para qualquer cargo. 247.


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Homem que hostilizou José Guimarães em voo é condenado a indenizar deputado

 

José Guimarães (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

Gilberto Alves Júnior, cidadão que, em outubro de 2019, durante um voo comercial, hostilizou o deputado federal José Guimarães (PT-CE), foi condenado pela Justiça a indenizar o petista em R$7 mil por danos morais.

O responsável pelos insultos estava sentado ao lado do deputado no avião e gravou o momento em que disparou agressões, chamando-o de “corrupto” e “capitão cueca”.

“Cadê o dinheiro que estava na cueca? Se defenda! Você não é bem-vindo em Brasília, não”, disse Júnior, enquanto o deputado aguentava os insultos sem se pronunciar. As agressões teriam durado cerca de 20 minutos. (Fórum).

Leia a íntegra na Fórum.


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Bolsonaro alerta para apagões, diz que usinas podem parar e pede para brasileiros usarem menos energia

 

(Foto: REUTERS)

Jair Bolsonaro alertou, em transmissão nas redes sociais, nesta quinta-feira, 26, que as hidrelétricas podem parar de funcionar por causa da crise hídrica e pediu para a população apagar um ponto de luz em casa para economizar energia.

"Fazer um apelo para você que está em casa. Tenho certeza de que você pode apagar um ponto de luz na sua casa agora. Peço esse favor a você, apague um ponto de luz agora", disse o presidente.

"Ajuda, assim, a economizar energia e água das hidrelétricas. E em grande parte dessas represas já estamos na casa de 10%, 15% de armazenamento. Estamos no limite do limite. Algumas vão deixar de funcionar se essa crise hidrológica continuar existindo", afirmou.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou nesta quarta-feira, 25, um plano de descontos na conta de luz para os consumidores regulados (ligados a distribuidoras) residenciais e empresariais que se dispuserem, voluntariamente, a economizar energia.

O governo nega que haverá racionamento de luz e a medida deverá entrar em vigor no início de setembro, mas o ministério não detalhou o plano. 247.



Diario de Pernambuco Diario de Pernambuco Digital NOTÍCIA DE ECONOMIA CARTÃO DE CRÉDITO - Quatro em cada cinco famílias pernambucanas estão com dívidas, em agosto

                       Por: Diario de Pernambuco

Foto: Pixabay


No terceiro mês consecutivo de alta, 80,9% das famílias pernambucanas declararam estar endividadas em agosto. O apontamento é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e com recorte local da Fecomércio-PE.


O indicador avançou 2,8 pontos percentuais em comparação com janeiro deste ano e 4,5 p.p. em relação a agosto do ano passado. Desde maio, o indicador se mantém em um patamar elevado, onde 8 em cada 10 famílias se declaram endividadas. O valor atual se aproxima cada vez mais dos 81%, marca histórica observada pela última vez em julho de 2011.

Sobre a dimensão desse endividamento, 12,3% das famílias se diziam muito endividadas em agosto de 2020 e, agora em 2021, essa proporção chegou a 20,2%. Também preocupa o percentual de famílias que declaram não ter dívidas como cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e de casa. Em agosto de 2020, 23,6% dos entrevistados declararam não possuir nenhuma dívida dessa categoria, em agosto de 2021 a proporção caiu para 19,1%.

Quanto à configuração do endividamento familiar, quase a unanimidade (97,0%) aponta o cartão de crédito como um dos principais componentes das dívidas. Além dos cartões, aparecem também em evidência os carnês (25,2%), o cheque especial (8,8%), o crédito especial (8,4%) e o financiamento de veículos (7,3%). Destaca-se ainda que todas essas modalidades de crédito apresentaram aumento entre os tipos de dívida citadas como componentes do comprometimento financeiro das famílias, em relação ao ano anterior

Redução nas contas em atraso
Enquanto o percentual de endividadas persiste em alta, a proporção de famílias cujas contas se encontram em atraso vem reduzindo desde junho, quando era de 33,2%, e ficou em 31,6% em agosto. Além disso, apesar de estar 2,3 pontos percentuais acima do resultado de janeiro, a parcela de famílias com contas atrasadas se encontra praticamente no mesmo patamar de agosto de 2020 (31,3%). Outro indicador da inadimplência, o percentual de famílias que se declaram sem condições de pagar as dívidas atrasadas continua preocupante. De abril para agosto foi identificado um avanço de 12,0% para 15,1%.

Segundo a Fecomércio-PE, com o quadro de inflação elevada no estado, mercado de trabalho ainda em recuperação, menores remunerações, e o auxílio emergencial em menor valor este ano, o orçamento mais apertado tem estimulado o uso do cartão de crédito para atender necessidades básicas, acendendo um alerta para o aumento das obrigações financeiras das famílias. Ao contrário do que se observava até 2020, o cenário atual de elevação dos juros torna o quadro preocupante, visto que novas contratações de crédito livre vêm incrementando o endividamento e trazem o risco de potencializar a inadimplência nos próximos meses.

Cenário nacional
O que se observa no cenário estadual, não se reflete em nível nacional. Os dados da PEIC para o Brasil registraram em agosto um percentual recorde de famílias endividadas no país (72,9%), mas o percentual de famílias com contas em atraso é estável no curto prazo (25,6% em julho e agosto) e menor que o observado em agosto de 2020 (26,7%). Da mesma forma, a proporção de famílias sem condições de pagamento das dívidas atrasadas é menor e está em declínio: 12,1% em agosto de 2020, 10,9% em julho de 2021 e 10,7% em agosto deste ano.

Ainda segundo a Fecomércio-PE, o aumento do endividamento e da incapacidade de honrar as dívidas, por parte das famílias pernambucanas, se deve à redução do poder de compra, em função do constante aumento de preços em itens essenciais da cesta básica e de outros preços com impacto relevante para orçamento familiar, como o de combustíveis e de energia elétrica.

No curto prazo, o preços tendem a elevar os custos no setor de serviços, o que deve ser repassado aos consumidores ao longo do segundo semestre, especialmente nesse momento de reabertura, em que as atividades são beneficiadas por uma demanda reprimida desde o advento da pandemia, mas ainda sem um ímpeto de contratações que atenda a demanda potencial do setor como um todo no estado.



Itamaraty condena atentados no Afeganistão

 

Brasil pede respeito a direitos humanos e acesso de ajuda humanitária

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nesta quinta-feira (26) nota em que “condena, nos mais fortes termos, os atentados registrados nas imediações do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul”, no Afeganistão. A explosão deixou pelo menos 12 soldados norte-americanos mortos e feriu mais 15, no pior dia de baixas para as forças norte-americanas em uma década. O ataque foi reivindicado Estado Islâmico.

“Ao transmitir condolências às famílias atingidas e ao povo afegão, o governo brasileiro exorta todos os atores envolvidos a garantir a proteção dos civis, o respeito ao Direito Internacional Humanitário, inclusive o acesso desimpedido da ajuda humanitária, e o respeito aos direitos humanos, em especial de mulheres e meninas”, afirma a nota.

A explosão, que ocorre em meio a um enorme esforço para a retirada de pessoas do Afeganistão, após a tomada do país pelo Talibã, parece ter sido causada por um ataque suicida com bomba, disseram autoridades norte-americanas, citando um relatório inicial.

Com a voz embargada, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu que o país vai caçar os responsáveis pelas duas explosões ocorridas nesta quinta-feira no aeroporto da capital afegã. Em pronunciamento, Biden disse que pediu ao Pentágono que desenvolva planos de ataque aos militantes islâmicos responsáveis pela ação. (Por Agência Brasil - Brasília).

*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco



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VACINA CONTRA COVID-19 - Pernambuco recebe lote com mais de 200 mil doses da CoronaVac

                  Por Portal Folha de Pernambuco

Um novo lote com mais 214,6 mil doses da vacina contra Covid-19 da Coronavac/Butantan chegou a Pernambuco na tarde desta quinta-feira (26).

As unidades, segundo o Governo do Estado, serão destinadas à imunização por faixa etária, tanto para a primeira quanto para a segunda dose.

O lote foi enviado à sede do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) para verificação, armazenamento e separação dos quantitativos por município.

A previsão do Governo do Estado é que a entrega às Gerências Regionais de Saúde (Geres) seja realizada na madrugada desta sexta-feira (27).

“Cerca de 65% da população entre 18 e 59 anos já tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Queremos garantir que todos os inclusos nessa faixa etária tenham acesso ao imunizante, e que completem o esquema vacinal, com as duas doses”, ressaltou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Ao longo desta campanha de vacinação, iniciada em janeiro, Pernambuco já recebeu 9.670.860 doses de vacina contra a Covid-19. Desse total, foram 4.059.270 da Astrazeneca / Oxford /Fiocruz; 3.429.280 da Coronavac / Butantan; 2.010.060 da Pfizer / BioNTech e 172.250 da Janssen


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CRISE POLÍTICA - Bolsonaro diz que atos do 7 de setembro serão pacíficos

                     Por: Correio Braziliense/Por: Jorge Vasconcellos

                                                                                  Foto: Evaristo Sá/AFP

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (26), que as manifestações marcadas para 7 de setembro em seu apoio e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) serão pacíficas e que eventuais atos violentos só poderão ser cometidos por “gente infiltrada”. O chefe do governo afirmou também que, até hoje, ninguém teve coragem de fazer baderna em protestos organizados por seus apoiadores em razão da presença de muitos policiais militares e de membros das Forças Armadas à paisana.

“Os movimentos, e o pessoal simpático a nós, e eu sou simpático a esses movimentos também, não têm violência; está sendo marcado um grande evento no dia 7 de Setembro, onde o pessoal vai pedir o quê? Liberdade, cumprimento de dispositivos constitucionais, vão pedir o óbvio. Infelizmente, alguns desses direitos têm sido feridos ultimamente, e pode ter certeza: não tem nada de violento. Se tiver, pode ter certeza, que é gente infiltrada. Mas até hoje não tiveram coragem de se infiltrar ainda, até porque tem muito agente de segurança, muito policial civil, militar, das Forças Armadas que não vão deixar esse pessoal fazer baderna e querer nos culpar. De jeito nenhum”, disse o presidente, durante a live semanal de quinta-feira.

Os atos marcados para 7 de Setembro têm preocupado membros da cúpula do Judiciário, governadores de todas as regiões do país, parlamentares e representantes da sociedade civil. Organizadores do protesto, como o cantor sertanejo Sérgio Reis, passaram a ser investigados pela Polícia Federal depois que ameaçaram “quebrar” o STF e retirar os magistrados da Corte à força dos seus mandatos.

Bolsonaro afirmou que participará das manifestações em Brasília e na Avenida Paulista, em São Paulo. “Então, todos no Brasil, fiquem tranquilos. Esses movimentos, como sempre, não têm nada de violência; ninguém vai instigar, invadir alguma coisa, depredar, queimar, como a esquerda sempre fez. A gente vê os movimentos estudantis tocando fogo por aí, agredindo policiais, isso não existe nesses movimentos. E eu devo estar presente, de manhã, aqui em Brasília, às 10 horas, e às 15h30 na Paulista, em São Paulo”, disse o presidente.


EUA - deram ao Talibã lista de colaboradores que deveriam ser evacuados; americanos se revoltam

 

Aeroporto de Cabul (Foto: Reuters)


Os Estados Unidos deram ao Talibã em Cabul uma lista de nomes de cidadãos norte-americanos, titulares de ‘green card’ e aliados afegãos para permitir a entrada no perímetro externo controlado por militantes do aeroporto da cidade. Segundo o portal Politico, a escolha gerou indignação nos bastidores de legisladores e oficiais militares.

Segundo as autoridades norte-americanas, a lista foi elaborada para acelerar a evacuação de dezenas de milhares de pessoas do Afeganistão, visto que os EUA têm até 31 de agosto para deixar o país - tempo em que eles estão sob controle do aeroporto de Cabul realizando evacuações de pessoas que estão deixando o Afeganistão.

“Mas a decisão de fornecer nomes específicos ao Talibã, que tem uma história de assassinato brutal de afegãos que colaboraram com os EUA e outras forças da coalizão durante o conflito, irritou legisladores e oficiais militares”, destacou o Politico.

“Basicamente, eles simplesmente colocaram todos os afegãos em uma lista de extermínio”, disse um oficial de defesa, que, como outros, falou sob condição de anonimato para discutir o assunto delicado. “É simplesmente terrível e chocante e faz você se sentir impuro.”

Nesta quinta-feira, 26, ocorreram dois atentados a bomba próximo ao aeroporto de CabulSegundo o Talibã, que condenou o ataque reivindicado pelo Estado Islâmico, “a explosão ocorreu em uma área onde as forças dos EUA são responsáveis ​​pela segurança” 247.

EUA - Biden mantém retirada do Afeganistão e promete vingança a autores do ataque

Presidente elogiou o heroísmo dos militares americanos mortos, e disse entender a dor de suas famílias

              Por Rafael Balago/Folhapress

Presidente Joe Biden - Foto: Jim Watson / AFP

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que manterá o cronograma de retirada do Afeganistão, apesar dos ataques que deixaram ao menos 72 mortos nos arredores do aeroporto de Cabul nesta quinta (26). Ele citou nominalmente o EI-K, braço afegão do Estado Islâmico, como suspeito de ter realizado o ataque, e prometeu vingança.

"Não vamos perdoar, não vamos esquecer. Vamos caçá-los e vamos fazê-los pagar", disse Biden, em discurso na Casa Branca". Ele prometeu continuar com a operação de retirada de americanos e aliados do país, e que o ataque não irá mudar os planos. "Os americanos não serão intimidados."

Biden elogiou o heroísmo dos militares americanos mortos, e disse entender a dor de suas famílias. O presidente perdeu o filho Beau, que serviu no Iraque e teve um câncer no cérebro após retornar aos EUA. "Jill e eu tivemos uma sensação parecida de como as famílias devem estar se sentindo hoje, como se houvesse um buraco negro no peito".

O grupo Estado Islâmico reivindicou a autoria das explosões, ocorridas em meio à retirada das forças americanas do Afeganistão nesta quinta (26). Houve ao menos 60 vítimas fatais afegãs. O governo americano disse que 12 militares do país morreram, e 15 ficaram feridos -no que pode representar, segundo a agência Reuters, um dos mais mortais ataques às forças dos EUA em 20 anos de guerra.

Foi a primeira morte de militares americanos no Afeganistão desde fevereiro de 2020.

Um porta-voz do Talibã publicou um comunicado no Twitter em que diz "condenar veementemente" o atentado, "ocorrido em uma área onde as forças dos EUA são responsáveis pela segurança". O grupo disse ainda que "presta muita atenção à segurança e proteção de seu povo", O EI-K, cujo nome faz referência à região de Khorasan, é um adversário declarado do Talibã.

Antes do discurso de Biden, o chefe do Comando Militar americano, o general Kenneth McKenzie, havia prometido vingança. "Estamos trabalhando muito duro para determinar a autoria, quem está associado a esse ataque covarde e preparados para agir contra eles. Estamos 24 horas por dia, 7 dias por semana em busca deles", afirmou.

Em discursos anteriores, o presidente disse que o país continuaria a combater o terrorismo, mas que apostaria mais em ações pontuais do que em ocupações de longo prazo, e havia dito que operações assim poderiam ser feitas no Afeganistão se fosse necessário.

O democrata é criticado pela forma como a retirada americana do país está sendo feita. Em 15 de agosto, o governo afegão que era apoiado pelos EUA foi derrubado pelo grupo fundamentalista Talibã. Depois disso, o aeroporto de Cabul viu cenas de caos, com pessoas invadindo a pista do aeroporto para tentar embarcar nos aviões que partiam -incluindo jovens que caíram do trem de pouso de um cargueiro levantando voo.

A cinco dias do fim do prazo, os EUA não tem certeza de quantas pessoas ainda precisarão ser retiradas.

Biden havia dito que ninguém seria deixado para trás e que poderia estender o prazo de 31 de agosto caso fosse necessário. Após ameaças do Talibã e alegando risco de atentados do grupo terrorista Estado Islâmico, no entanto, o democrata manteve a data limite com o uso dos cerca de 6.000 militares ainda na capital.

Nesta semana, britânicos, alemães e franceses pressionaram para estender o prazo final, mas o Talibã se mostrou irredutível. O grupo fundamentalista islâmico afirmou que irá permitir que afegãos que se considerem sob risco e ocidentais que tenham perdido o prazo de 31 de agosto para deixar o país asiático o façam depois, por meio de voos comerciais -que não têm ocorrido desde que o grupo tomou Cabul.

Na quarta, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que os EUA dariam apoio a quem precisasse de ajuda para sair depois. Segundo ele, já foram retirados 88 mil civis do Afeganistão desde a noite de 14 de agosto, véspera da queda de Cabul, a maioria por meio de voos militares americanos.

Biden adiou para sexta (27) uma reunião que teria com o premiê israelense Naftali Bennett, que visita os EUA.


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...