sexta-feira, 11 de agosto de 2017

ANTIBIÓTICOS. SERÁ MESMO PRECISO IR ATÉ O FIM DO TRATAMENTO?


Em parceria com Lé Figaro
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Em nome da luta contra a antibioresistência, cientistas britânicos contestam as recomendações internacionais que estimulam os pacientes a concluir seus tratamentos com antibióticos. 


Por: Aurélie Franc - Le Figaro Santé

Na França e na maior parte dos países do mundo, a recomendação médica escrita nas bulas é clara: "Respeite a dosagem recomendada e não pare o tratamento prematuramente. Mesmo se seu estado geral melhore, o antibiótico deve ser tomado até o fim". Tais conselhos, aprovados pelos vários ministérios da saúde, se fundamentam em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema.
Dois argumentos sustentam esses conselhos: primeiro, quando se interrompe o tratamento, o paciente corre o risco de sofrer rapidamente uma recaída no caso de que a bactéria responsável não tiver sido completamente eliminada. Segundo, parar o tratamento poderia favorecer uma seleção de bactérias resistentes aos tratamentos antibióticos.
Qual a duração ideal dos tratamentos?
Em artigo recém publicado no British Medical Journal, dez especialistas britânicos contestam esses postulados. Segundo o professor Martin Llewelyn, renomado infectologista, e nove outros especialistas: "Poderíamos aconselhar os pacientes a parar o tratamento quando eles se sentirem melhor, em contradição com a recomendação da OMS".
Para chegar a essa conclusão, os cientistas se apoiam numa constatação: a duração ideal dos tratamentos com antibióticos não é conhecida. Por exemplo, os beta-lactâmicos, uma classe de antibióticos entre os mais utilizados no mundo, são recomendadas durante 10 a 14 dias, "mas nenhum estudo sobre tempos mais curtos foram realizados", observam os cientistas. Isso de fato aumenta a duração dos tratamentos.
Ora, segundo eles, em função do indivíduo (idade, sexo, antecedentes médicos, etc.), as duração dos tratamentos poderiam ser reduzidas. E, com isso, evitaríamos o consumo supérfluo de antibióticos. "Reduzir esse consumo inútil é altamente necessário se quisermos atenuar a resistência antibiotica", asseguram os pesquisadores.
Uma mensagem perigosa
Essa tomada de posição dos cientistas britânicos provocou uma polêmica no seio da comunidade científica, que neste momento debate a questão. Todos os especialistas contatados pela redação de Figaro Santé consideram que a questão suscita muitas perguntas e questionamentos, notadamente as que concernem a duração ideal do tratamento com antibióticos. Mas alguns médicos alertam sobre os perigos de um posicionamento como esse. "Já temos tanta dificuldade em fazer com que os pacientes sigam a integralidade do tratamento, se passarmos a interrompê-los assim que uma melhora se apresente, não teremos mais certeza de nada e todos os tipos de problemas poderão surgir", diz Patrice Nordmann, professor de microbiologia na Universidade de Friburgo (Suíça) e diretor de unidade do Inserm.
Para começar, os especialistas contatados consideram não ser possível deixar a critério do paciente a decisão de interromper o tratamento, pois a sensação de "se sentir melhor" é arbitrária. O simples fato de começar um tratamento pode levar o paciente a acreditar que já está melhor, quando na verdade o seu estado permanece comprometido pela doença.
Mais estudos são nevcessários
Por outro lado, todos lamentam igualmente a falta de provas científicas das assertivas dessa equipe de médicos ingleses, pois eles não apresentam nenhum estudo que corrobore suas opiniões pessoais. Mesmo que elas sejam imprecisas - por causa da heterogeneidade da população que toma antibióticos -, "as doses, as durações e os tempos de exposição aos antibióticos foram estabelecidos através de pesquisas clínicas", explica Thierry Naas, médico hospitalar e diretor do laboratório associado ao Centro de Referência Nacional de resistência aos Antibióticos.
À espera das pesquisas clínicas que confirmarão ou não as opiniões dos médicos britânicos, "será melhor permanecer no respeito às recomendações das instituições especializadas", afirma o Dr. Naas.(SAÚDE).


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TUBERCULOSE. RIO REGISTRA CERCA DE 12 MIL NOVOS CASOS A CADA ANO



Em parceria com Lé Figaro
 (photo: Rajesh Kumar Singh)
Muita gente não sabe, mas a tuberculose tem cura. O grande problema é que nem todos concluem o tratamento, nossa taxa de abandono, em 2016, foi de 11,4%. De acordo com a OMS, teríamos que reduzir essa taxa para no máximo 5%.Número de pacientes que abandona o tratamento ainda é alarmante.


Fonte: Jornal do Brasil
O Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose foi celebrado no Rio de Janeiro a 6 de agosto  A data foi criada para reforçar o combate à doença no Estado do Rio, mas os números ainda preocupam. Em 2016, foram registrados cerca de 15 mil casos da doença e deste total, 12 mil novos registros. A tuberculose tem cura, mas só com o diagnóstico precoce e o tratamento correto é possível diminuir as chances de transmissão.
Muita gente não sabe, mas a tuberculose tem cura. O grande problema é que nem todos concluem o tratamento, nossa taxa de abandono, em 2016, foi de 11,4%. De acordo com a OMS, teríamos que reduzir essa taxa para no máximo 5%. O diagnóstico também é muito importante e os sintomas não devem ser negligenciados. Quem apresenta uma tosse persistente, há mais de 15 dias, deve procurar uma unidade de saúde perto de casa – explica o secretário estadual de saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr.
Um dos principais sintomas da tuberculose é a tosse seca ou contínua, no início da doença. Por isso, é preciso ficar alerta ao apresentar esse sintoma por duas semanas ou mais. Outros sinais frequentes são: cansaço excessivo, febre baixa, geralmente no final da tarde, suor noturno, dor no tórax, falta de apetite, emagrecimento, fraqueza e prostração, podendo ainda ocorrer escarro com sangue.
Para considerarmos a doença sob controle, temos de alcançar uma incidência de três casos por 100 mil habitantes, mas, em 2016, essa taxa ficou em 70 casos para 100 mil habitantes, fato que preocupa e precisa do engajamento de todos - explica Ana Alice Pereira, coordenadora do Programa de Combate à Tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde.
O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção. Geralmente, os pacientes que seguem as orientações médicas até o final são curados. Depois de 15 dias usando a medicação, os pacientes deixam de ser transmissores da doença, mas para evitar uma recaída e ainda o surgimento da forma resistente da doença, é essencial que o tratamento seja realizado sem interrupções e pelo período estabelecido pelo médico.
Tuberculose X AIDS
Os soropositivos são mais vulneráveis à doença. Pessoas vivendo com HIV/AIDS têm maior probabilidade de adoecer quando entram em contato com outra pessoa que esteja transmitindo a doença.
Sempre que a tuberculose é investigada em um paciente é necessário fazer o teste de HIV também. Muitas pessoas são soropositivas e a tuberculose se apresenta como a primeira doença, devido a sua baixa imunidade provocada pelo desenvolvimento da AIDS - explica Ana Alice.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria, a Mycobacterium tuberculosis, conhecida também como bacilo de Koch. A bactéria afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outros órgãos e tecidos, como as meninges, pleura, rins, gânglios, pele, olhos e aparelho genital (Tuberculose extrapulmonar).
O tratamento é longo, com duração mínima de seis meses, e é muito importante que não seja interrompido. A interrupção do tratamento pode levar a recaídas da doença, com uma forma já resistente às drogas, cujo tratamento já será mais prolongado (mínimo de 18 meses).
Para prevenir as formas graves da doença, como a meningite, por exemplo, é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente, no primeiro ano de vida ou no máximo até cinco anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de AIDS não devem receber a vacina. A doença não é transmitida através de objetos compartilhados, como copos, talheres e pratos. Ao tossir, espirrar ou falar, os doentes eliminam bacilos no ar e podem transmitir a doença. Em ambientes fechados, esses bacilos podem ser inalados por quem convive por muitas horas neste espaço.(SAÚDE247)


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DRENO CEREBRAL. SMARTPHONES SEQUESTRAM A CAPACIDADE COGNITIVA

 Em parceria com Lé Figaro
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Ter um smartphone por perto reduz a capacidade cognitiva, mesmo quando o telefone está desligado, mostra uma nova pesquisa.


Por: Batya Swift Yasgur

Uma equipe de pesquisadores liderada por Adrian Ward, PhD, professor-assistente da McCombs School of Business, da University of Texas, em Austin, realizou dois estudos nos quais cerca de 800 estudantes de graduação iniciaram uma tarefa cognitiva com seus smartphones colocados perto e à vista, perto e fora da visão ou em outra sala.
Os pesquisadores descobriram que a mera presença do smartphone afetou negativamente a capacidade cognitiva disponível, mesmo quando os participantes conseguiram manter a atenção, quando não estavam usando o celular e quando informaram não ter pensado no telefone. Estes efeitos cognitivos foram mais fortes nos participantes que disseram ter maior dependência do smartphone.

"Não que os participantes estivessem distraídos porque receberam notificações em seus celulares", disse o Dr. Ward em um comunicado à imprensa. "A simples presença do smartphone bastou para reduzir a capacidade cognitiva deles".
O estudo foi publicado on-line em 3 de abril no periódico Journal of the Association for Consumer Research.
Dreno cerebral
"A proliferação dos smartphones deu início a uma era de conectividade sem precedentes", escrevem os autores. "À medida que as pessoas se voltam cada vez mais para as telas dos smartphones para gerenciar e melhorar a vida diária, devemos nos perguntar como a dependência desses dispositivos afeta a capacidade de pensar e de funcionar no mundo fora da tela", acrescentam os pesquisadores.
Eles também indicam que pesquisas anteriores se concentraram em como as interações dos consumidores com seus smartphones podem facilitar e interromper o desempenho fora da tela.

O presente estudo difere porque se concentra em uma "situação anteriormente inexplorada" (porém comum): quando os smartphones não estão sendo usados, mas estão meramente presentes.
Para investigar esta questão os pesquisadores realizaram dois experimentos relacionados.
No primeiro experimento testaram a "proposição de que a simples presença próprio smartphone reduz a capacidade cognitiva disponível, medida pelo desempenho em testes de capacidade de memória de trabalho (WMC, do inglês Working Memory Capacity) e inteligência fluida", ambas construções de domínio geral, que são restringidas pela disponibilidade dos recursos atencionais e pela disponibilidade momentânea destes recursos".
Os participantes (N = 520; média de idade de 21,1 anos; desvio-padrão de 2,4) foram distribuídos aleatoriamente para um dos três grupos, diferenciados pela localização do celular.
O grupo "da outra sala" deixou todos os pertences, incluindo os celulares, na entrada, antes de ir para a sala de testes. Os participantes do grupo "da mesa" deixaram a maior parte dos pertences na entrada, mas levaram os celulares para a sala de testes, onde foram instruídos a colocá-los virados para baixo em um local designado nas mesas que ocupavam.
Os participantes do grupo "do bolso ou da bolsa" levaram todos os pertences para a sala de testes e mantiveram os celulares no bolso ou na bolsa.
Os participantes completaram duas tarefas destinadas a medir a capacidade cognitiva disponível: uma tarefa de operação automática (OSpan, do inglês Automatic Operation Span Task) e um subconjunto de 10 itens das matrizes progressivas padronizadas de Raven (RSPM, do inglês Raven's Standard Progressive Matrices).
Os participantes também fizeram um teste que exigia um cálculo matemático e um questionário sobre as próprias experiências no laboratório, e a opinião deles sobre a conexão entre os smartphones e o desempenho.
As comparações pareadas revelaram que os participantes do grupo "da outra sala" apresentaram melhor desempenho do que aqueles do grupo "da mesa" (P = 0,002). Os participantes do grupo "do bolso ou da bolsa" não apresentaram resultados significativamente diferentes daqueles do grupo "da mesa" (P = 0,09) ou "da outra sala" (P = 0,11).

Uma análise de contrastes planejada revelou uma tendência linear significativa no sentido mesa → bolso ou bolsa → outra sala, e nenhuma tendência quadrada, "sugerindo que, à medida que a visibilidade do smartphoneaumenta, a capacidade cognitiva disponível diminui", escrevem os autores.
Os pesquisadores realizaram uma análise unidirecional ANOVA das respostas dos participantes à pergunta "ao realizar as tarefas de hoje, com que frequência você pensou no seu celular?", e não encontraram relação entre a localização do celular e os pensamentos relacionados com ele (P = 0,43). Na verdade, a frequência modal de pensar no celular informada pelos próprios participantes em cada grupo foi "nenhuma".
Diminuição da capacidade cognitiva
No segundo experimento os pesquisadores investigaram os efeitos da visibilidade do smartphone em testes de capacidade de memória de trabalho (WMC) e uma medida comportamental de atenção sustentada com 275 alunos de graduação (média de idade de 21,3 anos, desvio-padrão de 2,6).
Os pesquisadores replicaram o projeto básico da primeira experiência, com várias exceções. Foram usadas as mesmas três localizações de celular e a experiência utilizou um modelo interparticipante de celular ligado ou desligado. Os participantes do grupo "da mesa" foram instruídos a colocar os próprios celulares virados para cima. Os participantes de todos os grupos foram instruídos a deixar os celulares "ligados" ou "desligados".
A seguir, os participantes fizeram duas medidas-chave dependentes: a tarefa OSpan e a tarefa fazer/não fazer dependendo da instrução, que serve como uma medida de atenção sustentada. Os participantes informavam então a dificuldade subjetiva de cada tarefa.
Os participantes também responderam a perguntas exploratórias sobre as próprias diferenças individuais de uso e conexão com seus smartphones.
Tal como na primeira experiência, as comparações pareadas revelaram que os participantes do grupo "da outra sala" tiveram um desempenho significativamente melhor na tarefa OSpan do que os do grupo "da mesa". Os participantes do grupo "do bolso ou da bolsa" não apresentaram resultados significativamente diferentes dos resultados dos outros dois grupos. A análise de contrastes planejada foi igualmente similar.
"Os efeitos nulos do poder e da interação poder vs localização sugerem que a diminuição do desempenho não está relacionada com as notificações recebidas (ou à possibilidade de receber notificações), descartando esta explicação alternativa dos efeitos encontrados no primeiro experimento", comentam os autores.
Os pesquisadores descobriram que as diferenças individuais na dependência dos smartphones moderaram o comprometimento cognitivo. Os participantes que dependiam mais dos próprios smartphones apresentaram pior desempenho do que aqueles menos dependentes, mas apenas quando mantiveram os celulares no bolso ou na bolsa ou na mesa.
"Ironicamente, quanto mais os consumidores dependem de seus smartphones, mais eles parecem sofrer com a presença dos aparelhos – ou, em uma leitura mais otimista, mais eles podem se beneficiar da ausência deles", observam os pesquisadores.
"Vemos uma tendência linear que sugere que, à medida que o smartphone se torna mais visível, a capacidade cognitiva disponível dos participantes diminui", disse Ward.
"Sua mente consciente não está pensando em seu smartphone, mas esse processo – o processo de se exigir não pensar em algo – usa alguns de seus recursos cognitivos limitados. É um dreno cerebral".
Implicações "assustadoras"
Comentando o estudo para o Medscape, Larry Rosen, PhD, professor emérito de psicologia, California State University, em Dominguez Hills, disse que o estudo foi "muito bem feito e bem executado, mas também um tanto assustador".
"Nosso grupo monitorou estudantes estudando. Quando eles estudam, eles mantêm o telefone ao lado deles. E a norma – mesmo que o trabalho seja realmente importante e que eles saibam que estamos observando – é estudarem apenas 10 em 15 minutos, que é a capacidade máxima de prestar atenção e não ter o impulso de checar o celular", informou.
"As pessoas checam seus celulares, mesmo que o aparelho não vibre ou não recebam notificações, o que é um produto da nossa imersão neste mundo de smartphones", disse Rosen, que é autor do livro The Distracted Mind – em português,  A Mente Distraída – (MIT Press, 2016).
"Sabemos que esse comportamento aumenta a ansiedade e também diminui o poder do cérebro, criando dificuldades de processar informações", disse ele, "o que faz muito sentido quando a informação que você deveria estar assimilando está sendo distraída pelo dispositivo. Como você pode lembrar ou processar algo em profundidade se o faz apenas por alguns minutos"?

Ele disse que o estudo tem implicações importantes para os médicos. "Você precisa estar ciente de que qualquer mensagem que esteja transmitindo aos seus pacientes provavelmente não está sendo ouvida claramente, porque provavelmente você não permite que eles usem o celular durante a consulta, então o cérebro deles está, em parte, ausente. Você pode pedir a eles que reflitam, mas o que eles estão realmente pensando é: "já faz tempo que eu não checo meu Snapchat ".
Além disso, os médicos devem respeitar o próprio comportamento neste quesito, e não checar mensagens no meio de uma consulta. Se necessário, você e o paciente podem fazer uma pequena pausa para olhar o celular".
Os pesquisadores sugerem várias tácticas para refrear "o dreno cerebral", observando que, à luz das descobertas, colocar o celular virado para baixo ou virado para cima e desligado "é provavelmente inócuo". Em vez disso, "nossos dados sugerem pelo menos uma solução simples: a separação" – sobretudo "os períodos de separação definidos e protegidos".
Os pesquisadores concluem que seu estudo "contribui para a crescente discussão entre consumidores e profissionais de marketing sobre a influência da tecnologia nos consumidores – e dos consumidores na tecnologia – em um mundo a cada dia mais conectado". (SAÚDE247).


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BOLSA FAMÍLIA TEM MAIOR CORTE DA HISTÓRIA: MENOS 543 MIL FAMÍLIAS EM 1 MÊS


O número de beneficiários pagos pelo Bolsa Família em julho registrou a maior redução em relação a um mês anterior desde o lançamento do programa, em 2003. Entre junho e o mês passado, o número de benefícios encolheu em 543 mil famílias. O corte inclui suspensões para avaliação e cancelamentos.
Ao todo, o programa pagou 12.740.640 famílias em julho. O número de bolsas pagas foi o menor desde julho de 2010, quando foram pagas 12.582.844 bolsas. Se compararmos julho de 2014 com o mesmo mês de 2017, houve uma redução de 1,5 milhão de bolsas pagas.
Mesmo com os cortes, ainda há mais de meio milhão de famílias na lista de espera para ingressar no programa, sem previsão. Questionado pela reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário culpou a política econômica do governo Dilma Rousseff (2011-16) pela redução.
Até então, o maior corte tinha ocorrido entre os meses de janeiro e fevereiro de 2013, após o fim de um recadastramento do governo federal. Naquela ocasião, houve 278 mil benefícios pagos a menos.
Quando foi lançado, em 2003, o programa atendia 3,6 milhões de famílias --a maioria já recebia benefícios menores que foram extintos, como o Bolsa Alimentação, o Vale Gás e o Bolsa Escola.
O corte no pagamento de julho pegou muitos beneficiários de surpresa. Na segunda-feira (7), a reportagem do UOL visitou a central do Cadastro Único e do Bolsa Família em Maceió, onde 55,2 mil famílias dependem do pagamento. O município também teve corte no número de beneficiários: em junho, eles eram 57,4 mil.
Entre os beneficiários que buscaram resolver problemas, o clima era de grande apreensão. "A verdade é que a gente fica sempre esperando uma notícia assim, pois sabe que estão cortando tudo. Até direitos da gente já cortaram", diz a camareira Rosângela da Silva, 43, que tem três filhos --mora com dois deles-- e recebia R$ 124 até junho. "Agora cortaram do nada." (247)
As informações são de reportagem de Carlos Madeiro no UOL.

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CENTRÃO AMEAÇA NÃO BARRAR 2ª DENÚNCIA DE JANOT CONTRA TEMER

Foto: Marcos Corrêa/PR

Um dia após usar a votação da reforma da Previdência e da agenda econômica do governo na Câmara como forma de pressão, partidos do Centrão ameaçaram, nesta quinta-feira, 10, não barrar uma eventual segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Michel Temer. O grupo quer que o governo redistribua os cargos na administração federal que estão nas mãos dos chamados “infiéis” para os que votaram majoritariamente para barrar a primeira denúncia por corrupção passiva contra o peemedebista na Câmara, na semana passada.
Lideranças do PP e PSD, os dois maiores partidos do Centrão, dizem que será muito difícil “segurar” suas bancadas caso o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente uma segunda denúncia contra Temer no atual cenário de “desorganização” da base.
Janot deixará o cargo no dia 17 de setembro e, nos bastidores, procuradores e parlamentares dão como certo de que, antes de sair, ele apresentará denúncia por obstrução da Justiça contra o presidente, com base na delação de executivos da JBS.
Para o deputado, o governo não pode continuar dando as mesmas “regalias” a fiéis e infiéis. “O governo não se comunica, não se articula, não conversa, não prestigia. Não dá para estar na mesma base quem vota contra e quem vota a favor, com as mesmas regalias, sejam ela grandes ou pequenas”, disse. Segundo Lira, as críticas são generalizadas na bancada.
O líder do PSD na Câmara, Marcos Montes (MG), avalia que uma eventual segunda denúncia da PGR, no atual momento, pode ser “perigosa” para Temer. “Votamos pela permanência dele para não ter uma turbulência política que contaminasse a retomada do desenvolvimento econômico. (...) Agora ele tem que dar um freio de arrumação. Se não der, essa desorganização política volta e o mercado vai embora. Não adianta ele ficar e continuar com a desordem política.”(247).


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Piranga recebe mais quatro ruas pavimentadas dentro do ‘Toda Sexta tem Obra’


A Prefeitura de Juazeiro inaugura nesta sexta-feira (10), às 09h, a pavimentação asfáltica das Ruas Juca Sento Sé I e II, Rua Gravatá e Rua Durval Barbosa da Cunha, no bairro Piranga, cumprindo mais uma agenda do Toda Sexta Tem Obra.
Com a inauguração das quatro vias o bairro Piranga totaliza 22 ruas pavimentadas e inauguradas nos últimos oito anos e meio, sendo sete delas inauguradas nesses primeiros meses da gestão do prefeito Paulo Bonfim.
As pavimentações fazem parte do conjunto de obras do Projeto da Intervenção da Poligonal Urbana de Juazeiro que está dentro do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC 2 e contempla um total de 12 bairros com obras de pavimentação, drenagem, recapeamento do corredor de ônibus da Poligonal, revitalização do Canal da Malhada da Areia (dando origem a duas Av. paralelas), revitalização do Canal CAIC, dentre outras intervenções. (Ascom),(C.Geral).

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GLOBO TEM 24 HORAS PARA EXPLICAR POR QUE NÃO DIVULGOU RESPOSTA DE LULA NO FANTÁSTICO


O juiz Gustavo Dall'Olio, da 8ª Vara Cível de São Bernardo do Campo, determinou nesta quarta-feira, 10, que a Globo tem um prazo de 24 horas para explicar por que não divulgou a resposta do ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva sobre reportagem exibida pelo Fantástico sobre a sentença do juiz Sérgio Moro que condenou Lula a 9 anos de prisão. 
"Corporificado o interesse processual, porque há prova do recebimento do pedido de resposta pelo veículo de comunicação, cite-se Globo Comunicação e Participações S/A para que, (i) em 24 horas, apresente as razões pelas quais não o divulgou, publicou ou transmitiu; e, (ii) em três dias, ofereça contestação. Findo o prazo de 24 horas, com ou sem manifestação do responsável pelo veículo de comunicação, tomem-me conclusos", proferiu o magistrado em sua decisão desta quinta-feira, 10. 
Em nota no último dia 17, Lula diz que a reportagem do Fantástico tentou provar, ao longo de 13 minutos, que a sentença de Moro contra Lula faria sentido. "A matéria do Fantástico no último domingo sobre a sentença do juiz Sérgio Moro é uma peça de propaganda, não de jornalismo, muito menos de análise de uma sentença", diz texto publicado no site do ex-presidente Lula.
A reportagem "ignora lacunas na sentença do juiz de primeira instância, distorce ou ignora a natureza de documentos apresentados pela defesa bem como a opinião de juristas que apontam falhas na decisão", diz o ex-presidente (leia mais).(247).

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Herdeira de banco suíço doa R$ 500 mil a Lula após bloqueio de Moro


Herdeira da família fundadora do banco Credit Suisse, Roberta Luchsinger, 32, decidiu lançar um movimento de apoio financeiro ao ex-presidente Lula, que teve seus recursos, em planos de previdência e contas bancárias, bloqueados a pedido do juiz Sergio Moro.
A neta do suíço Peter Paul Arnold Luchsinger abriu o bolso, o closet e o cofre para fazer uma doação pessoal ao petista no valor de cerca de R$ 500 mil em dinheiro, joias e objetos de valor.
"Com o bloqueio dos bens de Lula, Moro tenta inviabilizá-lo tanto na política quanto pessoalmente. Vou fazer uma doação para que o presidente possa usar conforme as necessidades dele", diz Roberta.
Ela saca da bolsa Hermés um cheque ao portador no valor de 28 mil francos suíços (cerca de R$ 91 mil), mesada que recebia do avô morto em 8 de julho, aos 92 anos.
"Foi o último cheque que recebi dele e vou repassar integralmente ao Lula. Agora, já podem dizer que ele tinha conta na Suíça, aquela que os procuradores da Lava Jato tanto procuraram e não acharam", ironiza Roberta.
A herdeira bilionária recheou uma mala da marca Rimowa de objetos que o ex-presidente poderá transformar em dinheiro.
Entre eles, um relógio Rolex (R$ 100 mil) e um anel de diamantes da joalheira Emar Batalha (R$ 145 mil), que enfeitou um editorial da revista "Vogue". "Lula vai poder penhorar tudo", sugere a doadora.
As informações são de reportagem de Eliane Trindade na Folha de S.Paulo.(247).

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Animais marinhos mortos no Litoral Sul entram na mira do MP

Dois golfinhos, seis filhotes de tartaruga e cinco peixes, foram encontrados em decomposição em Itapuama e Xaréu

Mortandade foi denunciada pela Folha há sete meses. Ministério quer evitar que não se repita


O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil a fim de acompanhar estudos que deverão elucidar a causa da mortandade em massa de animais marinhos entre as praias de Itapuama e Xaréu, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. 

Degradação florestal, monitoramento da qualidade da água e a rota migratória dos animais estão entre os pontos a serem contemplados nas pesquisas, por meio de termo de cooperação entre o poder municipal e estudiosos da UFRPE. A iniciativa ocorre sete meses após a Folha de Pernambuco denunciar o caso. Na época, uma equipe da Guarda Ambiental, enviada pela Secretaria de Meio Ambiente do Cabo, constatou a presença de dois golfinhos, seis filhotes de tartaruga e cinco peixes, os quais as espécies não foram identificadas devido ao estado avançado de decomposição. 

Leia também:
Mortandade de fauna está sob investigação em Maracaípe

De acordo com a promotora de Justiça à frente das investigações, Janaína Sacramento, o inquérito civil entra como um desdobramento do caso. “Entendemos a inviabilidade de, na época, a necrópsia não ter sido feita porque os animais estavam em decomposição. 

Mas, não significa que é um assunto impossível de ser esclarecido. Há outras formas de chegar ao motivo. Existe essa proposta de termo de cooperação entre a prefeitura e a Universidade Federal Rural a fim de elucidar o que houve e nós, enquanto Ministério Público, iremos acompanhar para evitar que esse problema se repita”, afirma. Na época, os animais foram enterrados num local isolado da área. 

Os moradores e frequentadores das praias do Cabo até se impressionaram com a situação que, segundo eles, foi atípica na região. Procurada pela Folha, a gestão municipal confirmou o apoio da UFRPE, mas que o termo de cooperação técnica, embora já discutido e apresentado ao MPPE, ainda não foi assinado. “A Prefeitura do Cabo não dispõe de laboratório de pesquisa, que trate o estudo sobre a balneabilidade da água, que poderá apontar o que aconteceu, por isso buscou apoio junto à UFRPE”, reconhece a atual secretária executiva de Meio Ambiente, Lúcia Escorel.

A gestora, inclusive, ressaltou a importância do estudo. Segundo ela, ao pesquisar a rota migratória dos animais, torna-se possível esclarecer se eles morreram, de fato, no município. “Não significa que porque apareceram no Cabo que os animais morreram nas praias de Itapuama e Xaréu. Muitos animais morrem em alto-mar e são trazidos à costa por correntes marinhas”, considera.

Protocolo
O MPPE esclarece que qualquer denúncia ambiental pode ser protocolada por meio do 3182.3314 ou 3326 e também na Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente do Cabo, que fica na avenida Presidente Getúlio Vargas, 464, no centro do município.(Folhape).



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Protestos: Gonzaga Patriota cobra do Governo de Pernambuco audiência com cegonheiros


O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE) voltou a abordar na tribuna da Câmara, nessa quarta-feira (09), a problemática dos caminhões cegonha (que fazem o transporte de outros carros) de Pernambuco. Segundo o parlamentar, a categoria está sendo prejudicada após a Fiat/Jeep contratar o Sintrago, supostamente de Minas Gerais, para atuar no escoamento dos veículos dos produzidos no estado.
O Sindicato dos Transportadores Autônomos e Microempresas de Veículos Congêneres e Cegonheiros de Pernambuco (Sintraveic) alega que a Fiat/Jeep recebeu R$ 7 bilhões dos cofres públicos, através do FNE e do BNDES, para sua instalação; bem como quase 100% de incentivos fiscais. Na ocasião, a empresa aderiu ao Programa de Desenvolvimento do Setor Automotivo (Prodeauto), assinando um protocolo de intenções e incentivos que determinava, como contrapartida, a contratação exclusiva de empresas e profissionais de Pernambuco.
De acordo com o Sintraveic, o Sintrago é uma entidade fantasma onde todos os agregados têm domicílio em Minas Gerais. “A entidade sequer teve uma assembléia funcional, conforme comprova ata lavrada pelo cartório de Goiana (PE)”, disse o presidente do sindicato pernambucano, Milton de Freitas.
“O Estado deu tudo o que pode dar de incentivos fiscais e, lamentavelmente, contrataram uma empresa mineira. Não vamos permitir isso, caso contrário retiraremos os benefícios concedidos dados à fábrica. Faço apelo ao governador que ouça os sindicalistas de Pernambuco! Temos um sindicato pernambucano e ele deve ser contratado. Minas Gerais já tem Betim. Que os cegonheiros mineiros fiquem pra lá, e que os nossos atuem aqui”, destacou Gonzaga Patriota.
Em protesto que se estende desde o dia 31 de julho, os trabalhadores responsáveis pelos caminhões-cegonha fizeram mais um ato na frente do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo, na manhã desta terça-feira (8). Integrantes do Sintraveic mais uma vez estacionaram as carretas no centro da cidade. De acordo com Milton de Freitas, o ato só vai acabar quando o Governo do Estado receber os representantes e ouvir as reivindicações.
Em nota enviada à imprensa, a SADA Transportes – responsável pela operação logística da multinacional Fiat Chrysler Automobile (FCA), em Goiana – alega que a Sintrago possui registro sindical e base territorial no Município de Goiana, onde está instalada a fábrica JEEP-FIAT.
…Esclarece que seu transporte está escoando normalmente e nenhum dos caminhões/cegonhas participantes do protesto trabalham para a SADA. Além do mais, a SADA tem como norma ética e jurídica cumprir todos os contratos e acertos, desconhecendo as alegações de descumprimento de algum ajuste e, nesse mister, desafia se demonstrar termo contratual firmado pela SADA onde houve inadimplência. Relevante informa que o sindicato representativo da categoria dos cegonheiros transportadores da SADA é o SINTRAGO-PE, com registro sindical e base territorial no Município de Goiana, onde está instalada a fábrica JEEP-FIAT. Como operadora logística contratada pela FCA para fazer toda a distribuição dos veículos produzidos no polo automotivo, a SADA TRANSPORTES informa que, desde sua instalação em Goiana-PE, vem realizando diversos investimentos em infraestrutura (pátios, equipamentos de transporte, tecnologia da informação, dentre outros), contratação e treinamento de funcionários, além de utilizar 100% de mão-de-obra local e empresas pernambucanas para escoamento da produção de veículos que têm como destino as regiões Norte e Nordeste do país, além da exportação por meio do Porto de Suape-PE, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento regional”, destacou.
Impacto financeiro
Ainda conforme Milton de Freitas, mensalmente, Pernambuco deixa de arrecadar R$ 11.724.960,00 somente em impostos e insumos que poderiam ser adquiridos no mercado interno. Por ano, são R$ 140 milhões de reais que deixam de circular pelo Estado. “Neste valor não estão computados dados como pró-labore e salários, o que poderia ser revertido em favor da sociedade pernambucana”, complementou o sindicalista.
Proteção
Nos Estados do Espírito Santo, Goiás, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande de Sul, os governos locais se posicionaram a favor das empresas e dos transportadores autônomos de veículos sediados nos respectivos estados federados, defendendo-os de todas as formas do famigerado cartel das empresas de transporte de veículos sediadas nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Isso foi feito com edição de leis estaduais que determinaram em ação afirmativa o percentual mínimo de contratação de empresas transportadoras domiciliadas nos respectivos estados federados pelas montadoras, ou até mesmo judicialização da matéria, em alguns casos, a exemplo do Estado do Rio Grande de Sul.
“Infelizmente o governo do Estado de Pernambuco ainda não se posicionou neste particular. Assim, urge a adoção de medidas governamentais para garantir aos transportadores autônomos e microempresas sediadas no Estado de Pernambuco terem acesso ao transporte dos veículos fabricados pela FIAT/JEEP na planta de Goiana-PE e transporte dos veículos novos aportados no Porto de Suape”, destacou Patriota.(C.Geral).

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Um ano e oito meses sem a garota Beatriz. E o assassino ainda não foi preso. Até quando?



A família e os amigos da menina Beatriz Angelica Mota, realizaram na manhã desta quinta-feira(10) mais um ato de protesto em Petrolina, pedindo  às autoridades a prisão do assassino e a solução do caso. O encontro que reuniu os pais, Lúcia e Sandro, os amigos, admiradores e muita gente que aderiu ao movimento, teve seu ponto mais alto na Avenida Fernando Góis, onde ficam localizados os prédios da Justiça do Estado, da Justiça Federal, da Promotoria Pública e da Câmara de Vereadores de Petrolina. O ato foi realizado em frente ao prédio da Promotoria Pública.
Com a presença do Presidente da Comissão Beatriz, Ordem dos Advogados, secção Juazeiro-Bahia, Jaime Badesa Filho, e dos pais da menina Beatriz, Lúcia e Sandro o ato foi realizado na frente do Ministério Público de Petrolina.
Quem acompanhou o manifesto foi o Presidente da Comissão Beatriz, Ordem dos Advogados, secção Juazeiro-Bahia, Jaime Badesa Filho. Ele  destacou que já se completou um 1 ano e oito meses e não existe até o momento nenhuma prisão no caso. “Estamos aqui solidários aos pais da menina Beatriz e na expectativa de que a Justiça possa esclarecer o autor ou autores desse crime a toda a sociedade brasileira”.
As cobranças foram intensas no carro de som. Nos discursos da mãe da garota, mais uma vez ressaltou a morosidade da justiça para esclarecer o fato, depois de tanto tempo. Para os pais,  a condução no andamento do processo que apesar de receber promessas do Governo do Estado de Pernambuco e dos deputados estaduais é considerado lenta e sem os resultados esperados, que é a conclusão do caso.
Os manifestantes fizeram  orações e agradeceram a solidariedade da população do Vale do São Francisco. Para a cidade de Petrolina nada pode justificar tamanha demora.(C.Geral).

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STF: julgamento de proibição de amianto fica para a próxima semana

Estudos comprovam que a substância é cancerígena e causa danos à saúde e ao meio ambiente
Amianto é usado na fabricação de telhas e outros materiais



O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a julgar nesta quinta-feira (10) a validade de leis estaduais de Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul que proíbem uso do amianto, material usado na fabricação de telhas e caixas d’água. Na sessão desta tarde foi proferido apenas o voto-vista do ministro Dias Toffoli, que se manifestou a favor da proibição da comercialização do material. A continuidade do julgamento está prevista para semana que vem.

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Até o momento, o placar da votação tem dois votos pelo banimento do amianto, incluindo o de Edson Fachin. O ministro é um dos relatores das ações propostas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) há dez anos no Supremo, que pedia a manutenção do uso do material.

A análise da Corte passa pelos danos causados aos trabalhadores no processo de industrialização do amianto, material que foi banido em mais de 70 países por ser tratado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como substância cancerígena.

Além disso, os ministros julgam a validade das normas estaduais que contrariam a Lei federal (9.055/1995), que disciplinou a extração, transporte e comercialização do material. A lei permite o uso controlado do amianto do tipo crisotila, proibindo as demais variações da fibra.

A Corte decidirá se os estados podem proibir a comercialização do amianto mesmo diante da norma federal, que não impediu o uso do material.

Histórico
O julgamento começou em novembro de 2016, quando o advogado Marcelo Ribeiro, representante da confederação, disse que o município de São Paulo não poderia legislar sobre a proibição do amianto por tratar-se de matéria de competência privativa da União.

Em sua sustentação, Ribeiro também minimizou os efeitos da substância. “Não há contato nenhum dos funcionários com pó de amianto. Há fiscalização permanente para fazer a medição de 0.1 de fibra de amianto no ar. Estados Unidos e Alemanha usam amianto. Todos os prédios que eu morei tinham telha de amianto. Que eu saiba, eu não estou doente”, disse à época.

O amianto é uma fibra mineral usada na fabricação de telhas e demais produtos. Apesar dos benefícios da substância para a economia nacional – geração de empregos, exportação, barateamento de materiais de construção -, estudos comprovam que a substância é cancerígena e causa danos ao meio ambiente.(247).



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LULA SE COMPARA A TIRADENTES: MATARAM A CARNE, MAS NÃO AS IDEIAS


No mesmo dia em que se tornou alvo de uma ação desarquivada pela Justiça, que trata do chamado "mensalão", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou nas redes sociais um trecho de seu discurso feito na terça, em Franco da Rocha (SP), em que se comparou a Tiradentes, herói da Inconfidência Mineira.
"Tiradentes ousou organizar o povo pela independência do Brasil. Esquartejaram ele e penduraram em postes para ninguém esquecer. Mataram a carne, mas não as ideias", afirmou (confira outros trechos aqui).
Lula teve sua ação desarquivada no mesmo dia em que a Polícia Federal afirmou não ter encontrado provas da participação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), líder do golpe de 2016, nos esquemas de corrupção em Furnas.
Saiba mais sobre a nova ação contra Lula:
247 – A Justiça brasileira deu mais uma demonstração de partidarização nesta quarta-feira 9.
De um lado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos mais delatados na Lava Jato e acusado de receber um terço da propina desviada de Furnas, estatal do setor elétrico em Minas Gerais, foi inocentado pela Polícia Federal no processo.
De outro, a Câmara de Combate à Corrupção da Procuradoria Geral da República (PGR) decidiu desarquivar uma investigação contra o ex-presidente Lula relacionada ainda ao caso do 'mensalão', como informa reportagem de Vinicius Sassine.
O caso envolvendo Lula trata de um suposto pagamento de US$ 7 milhões da Portugal Telecom para o PT quitar dívidas de campanhas eleitorais. A acusação foi feita pelo empresário Marcos Valério e a PF abriu um inquérito em 2013 para apurar o episódio.
Valério acusou Lula e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci de terem negociado o pagamento pessoalmente, dentro do Palácio do Planalto. Mais de 20 pessoas foram ouvidas pela PF no inquérito e os investigadores não encontraram indícios dos pagamentos.
A Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) pediu o arquivamento das investigações em setembro de 2015, mas a Câmara de Combate à Corrupção, que revisa atos como arquivamentos de inquéritos, decidiu que a investigação (247).



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