quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Lula empenha 79% mais emendas parlamentares que governo Bolsonaro

 

Balanço foi apresentado por Alexandre Padilha a líderes do governo

Valter Campanato/Agência Brasil

O ritmo de empenho de emendas parlamentares no Orçamento federal de 2023, primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva, é 79% maior do que o volume empenhado no ano passado, último ano da gestão de Jair Bolsonaro. A informação foi apresentada pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, durante reunião com líderes do governo na Câmara, no Senado e do Congresso Nacional, nesta terça-feira (5), no Palácio do Planalto. O empenho é um termo técnico que significa reserva de dinheiro público que será pago quando um bem for entregue ou serviço concluído.

"Nós temos de empenho 80% a mais das emendas parlamentares este ano comparado com o ano passado, o último ano do governo anterior. São quase R$ 30 bilhões [R$ 29,7 bi] de emendas individuais, de comissão e de bancada já empenhadas nesse momento, comparado com cerca de R$ 17 bilhões [R$ 16,6 bi] no último ano do governo anterior. O ritmo de pagamento também é maior, ou seja, não só empenho [reserva], mas o desembolso financeiro também", afirmou a jornalistas em entrevista para apresentar os números. O balanço se refere às emendas individuais, de bancada e de comissão.

Já em termos de pagamento total, ou seja, de execução do recurso, a diferença é menor, mas favorável ao atual governo. No ano passado, foram pagos R$ 26,26 bilhões, enquanto este ano o desembolso financeiro de emendas corresponde a R$ 29,1 bilhões, um aumento de 11%.

Além dos líderes do governo no Legislativo, a reunião contou com a participação do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e de representantes ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social, da Educação, de Cidades, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, que são as pastas, segundo Padilha, para onde são destinados os maiores volumes de emendas parlamentares.

Transferências especiais

Além das emendas parlamentares, Alexandre Padilha informou que o governo, este ano, já realizou a descentralização de R$ 6,47 bilhões de transferências especiais, que são modalidade de emenda parlamentar cujos repasses são feitos pelo Tesouro Nacional diretamente aos fundos de estados, municípios e Distrito Federal. Desse total, R$ 1,7 bilhão eram restos a pagar do governo anterior que não chegaram a serem pagos.

Ao longo das próximas semanas, o governo informou que as pastas que mais são demandadas com execução de emendas parlamentares deverão montar um fluxo especial para assegurar que os recursos sejam empenhados e pagos.

"Então, vão ter agendas dos líderes das bancadas partidárias que, eventualmente, tenham menor proporção de emendas, nessa reta final, para que a gente possa manter o ritmo acelerado. Nós já executamos 80% a mais do que foi feito no último ano do governo anterior, mas nós queremos superar e chegar até o final do ano com 100% executado", destacou o ministro.

Pautas prioritárias

Em relação às pautas prioritárias do governo no Congresso, Padilha afirmou que espera avançar essa semana em dois projetos de lei (PLs). Na Câmara, a meta é aprovar o projeto que cria uma modalidade de debêntures voltada para financiar investimentos em infraestrutura, como ferrovias e hidrelétricas.

O PL 2646/20, de autoria do deputado João Maia (PL-RN) e outros, foi aprovado na Câmara em 2021, passou pelo Senado, onde sofreu uma série de modificações e, por isso, retornou para a Câmara, que analisará as mudanças feitas pelos senadores.

Debêntures são títulos de dívida lançados no mercado por empresas e que podem ser adquiridos por pessoas físicas ou jurídicas em troca do pagamento de juros periódicos.

No Senado, o governo espera ver aprovado essa semana o projeto que regulamenta as apostas esportivas eletrônicas, a chamadas bets, criando uma taxação desse serviço no país. O texto já passou pela Câmara em setembro e aguarda a análise dos senadores.

Vetos

Além dos projetos de lei, o governo negocia com o Congresso Nacional para manter os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em textos aprovados pelos parlamentares. Um é o que trata do veto à prorrogação da desoneração tributária sobre a folha de pagamento de 17 setores econômicos.

O outro é a análise do veto do presidente ao projeto que cria um marco temporal para a demarcação de terras indígenas. O marco temporal já foi considerado inconstitucional em julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o Congresso Nacional aprovou um texto estabelecendo a tese, que, na prática, torna o reconhecimento da ocupação tradicional indígena muito mais difícil. - (Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Valéria Aguiar



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Ministério da Educação estuda fim dos cursos de licenciatura 100% EaD

 

Motivo é a preocupação é com a formação dos professores

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Educação Camilo Santana afirmou, nesta terça-feira (5), que o governo federal cogita proibir que cursos de licenciatura tenham 100% da carga horária na modalidade de ensino à distância (EaD) e planeja outras mudanças nos de formação de professores online.

Para o ministro, o momento é de avaliação dos cursos de licenciatura não presenciais, que em novembro tiveram as autorizações para novos cursos 100% EaD suspensas por 90 dias. “A ideia do ministério é não permitir mais cursos sempre EAD. Então, vamos definir se vão ser 50%, 30% [da carga horária].”

A preocupação com a formação dos professores brasileiros foi manifestada pelo ministro em entrevista coletiva à imprensa, logo após a apresentação pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na manhã desta terça-feira, dos resultados obtidos pelo Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022. O levantamento mostrou que menos de 50% dos alunos sabem o básico em matemática e ciências.

Pisa 2022

Nesta edição do Pisa, a avaliação de desempenho educacional analisou as respostas dadas por estudantes de 15 anos de 81 países a questões de matemática, leitura e ciências, indicadores contextuais relacionados, entre outros, aos impactos da pandemia de covid-19 na educação, relação da família com os alunos, professores e estudantes e violências nas escolas. No Brasil, a aplicação do Pisa a cerca de 10 mil alunos foi de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao MEC.

O ministro destacou a importância do programa internacional para o Brasil a longo prazo. “Temos no Pisa uma ferramenta importante como orientação para decisões políticas do governo brasileiro. Na federação, o papel da execução da educação básica é dos estados e dos municípios. Portanto, o papel do MEC é de coordenar esse processo, ser o grande maestro dessa política educacional brasileira para garantirmos a qualidade da educação das crianças e jovens brasileiros.”

Por videoconferência, o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, disse esperar que o Pisa traga ferramentas de diagnóstico precoce e de cooperação para melhorar a qualidade educacional do Brasil.  O secretário-geral apontou o país como um bom exemplo.

 “Percebemos uma queda sem precedentes por causa dos efeitos da covid [19], equivalente a quase metade de um ano de aprendizado. O Brasil, porém, foi uma das poucas exceções em que a performance não piorou. De fato, permanece estável, desde 2009, sim. Mas a estabilidade foi impressionante, especialmente, considerando que as escolas foram fechadas durante a pandemia, por um longo prazo”, pontou Mathias Cormann.

Matemática

No Brasil, 73% dos estudantes brasileiros avaliados nesta faixa etária apresentaram desempenho em matemática no nível abaixo do básico. O Brasil caiu 5% em matemática, em relação ao Pisa de 2018, e ficou no intervalo entre a 62ª e 68º posição no ranking da OCDE.

De forma global, os países da OCDE registraram, em média, uma queda de 17% em matemática, entre 2018 e 2022.

A coordenadora-Geral do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica do Inep, Clara Machado da Silva Alarcão. ressalta que o Brasil se manteve estável, enquanto outros países tiveram queda de desempenho. “Desde 2009, nosso desempenho é considerado estável. Mas, a gente percebe que, em 2022, os países da OCDE registraram uma queda relevante e que, no Brasil, isso não aconteceu, apesar da situação pandêmica que a gente experimentou nos anos anteriores à aplicação do Pisa”.

Diante do baixo resultado brasileiro na disciplina, o ministro Camilo Santana reconheceu que melhorar a educação em matemática é um grande desafio. O ministro lamentou que nenhum estudante brasileiro tenha alcançado o nível mais elevado da avaliação do Pisa, tanto em escolas públicas, como nas unidades particulares do país. “Ficou claro, mais uma vez, a evidência de que os desafios são enormes e, principalmente, o desafio na área de matemática”.

Estratégias

Camilo Santana listou uma série de estratégias que estão sendo adotadas pelo governo federal para melhorar a educação brasileira e superar os desafios revelados no Pisa 2022.

De acordo com o ministro, a política do Ministério da Educação está focada no compromisso de ter as crianças alfabetizadas na idade certa. “Nossa preocupação, em primeiro lugar, é o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Uma criança para aprender matemática deve primeiro saber ler e escrever da idade certa. E as evidências já mostraram isso”.

O ministro ainda relacionou outras políticas públicas sob sua gestão: as escolas em tempo integral; conectividade com fins pedagógicos em todas as escolas da educação básica; a qualidade da formação de professores; a redução da repetência do ano letivo dos estudantes do ensino médio e a permanência de estudantes em escolas.

“A escola em tempo integral tem mostrado que os resultados têm sido melhores, a permanência do jovem na escola, a formação na educação do ensino médio para o ensino técnico profissionalizante, a garantia de uma formação técnica para o jovem. Tudo isso tem estimulado a melhoria da aprendizagem na educação básica do Brasil, mas também, ao mesmo tempo, melhora as oportunidades para reduzir a distorção idade/série e a evasão dos nossos alunos nas escolas brasileiras”.

Para redução da evasão escolar, o ministro sinalizou que a poupança destinada a estes jovens será importante. “Temos a maior evasão [escolar] no primeiro ano [do ensino médio]. Portanto,  já queremos iniciar esse programa, a partir de janeiro do ano que vem. Essa é uma ação importante, claro que com a contrapartida de frequência escolar e aprovação ao final de cada ano letivo do ensino médio”.

Ele valorizou a gestão da educação por todos os entes da federação. “Não acreditamos em nenhuma ação de melhoria da qualidade da educação básica, se não tiver a participação, o compromisso e a contribuição na construção dessa política dos estados e municípios brasileiros”.

O secretário-geral da OCDE destacou o papel da valorização dos professores . “Percebemos que apenas uma pequena porção dos professores brasileiros avaliam que sua profissão é, realmente, considerada valiosa e aumentar os salários dos professores também seria um decisão bem-vinda”.

Formação profissional

Além do MEC não querer permitir cursos de licenciatura  na modalidade 100% à distância, o ministro da Educação Camilo Santana confirmou que o ministério tem discutido com o Conselho Nacional de Educação (CNE) alterações na formação continuada dos docentes e outras mudanças nas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de licenciatura. “O Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes] vai mudar. A avaliação será anual, ao invés de trianual, em relação à licenciatura,” adiantou o ministro.

Santana acrescentou que o Enade ainda contará com uma avaliação dos estágios supervisionados dos estudantes matriculados em cursos de licenciatura.

Avaliação

O ministro da Educação planeja também que a próxima edição do Pisa, em 2025, avalie o desempenho educacional em cada estado e não somente nas cinco regiões do país, como ocorreu na edição de 2022. O objetivo é possibilitar a adoção de estratégias mais pontuais para melhoria da área, em cada unidade da federação e, assim, reduzir desigualdades regionais.

“Precisamos ter uma amostra maior para ter representatividade, para garantir as avaliações por estado. Não dá para fazer somente com essa amostra de 10 mil alunos, que no próximo Pisa, deverá ser com uns 40 mil ou mais alunos para que a gente possa ter uma amostra por estado brasileiro, para que cada estado, cada governador, cada prefeito possa ter o retrato do seu estado e traçar suas estratégias para melhorar a qualidade da educação”.

Reestruturação do ensino médio

Sobre a carga horária proposta no projeto de lei que definirá a nova Política Nacional de Ensino Médio no Brasil, o ministro esclareceu que antes de ser enviado ao Congresso Nacional, foi amplamente discutido, durante vários meses deste ano, com cerca de 150 mil pessoas de diversos setores da sociedade, inclusive, representantes das secretarias municipais e estaduais de educação e outras entidades representativas.

Camilo entende que o Pisa é a demonstração de que é necessário reforçar as disciplinas básicas do ensino médio, principalmente, a matemática e o português. A recomposição da base comum curricular e da carga horária é fundamental para a gente garantir a base para os nossos jovens nesse país.”

O ministro diz esperar que a reestruturação do ensino médio não seja politizada.

“Espero a gente possa dialogar com muita franqueza, com muita abertura,. Esse projeto não é um projeto do MEC, não é um projeto do presidente Lula, não é projeto do ministro Camilo. É um projeto construído a várias mãos, ouvindo professores e estudantes de todo o Brasil”.

Segurança

O Pisa 2022 mostrou também que, no Brasil, 10% dos estudantes avaliados responderam que não se sentem seguros dentro da sala de aula e no trajeto até a unidade escolar.

O ministro da Educação lembrou que o governo federal criou um Grupo de Trabalho Interministerial, em abril deste ano [decreto 11.469/2023], para prevenir e enfrentar a violência nas escolas e enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que prevê a implantação de uma política nacional de segurança em ambiente escolar.

Orçamento

Por fim, o ministro da Educação Camilo Santana também garantiu que no orçamento público haverá recursos da União para executar todas as políticas públicas voltadas à educação citadas por ele durante o evento. “Aqueles projetos que foram colocados como estratégicos e prioritários por parte do [presidente] Lula terão prioridade nos orçamentos do Ministério da Educação até o final de 2026”, finalizou o ministro.

O governo disponibilizou os resultados oficiais do Pisa 2022 do Brasil e dos demais países avaliados pela OCDE. - (Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Aline Leal


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Temer elogia indicação de Dino ao STF: "sob o foco jurídico, ele está muito bem posto"

Emedebista ainda confessou que, quando foi presidente da Câmara dos Deputados, recebia ajuda de Dino (então deputado) com argumentos jurídicos para embasar questões de ordem

Michel Temer (Foto: ag. Brasil)

O ex-presidente Michel Temer (MDB), em entrevista à rádio Eldorado/Estadão, elogiou a indicação do ministro Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltando o conhecimento jurídico do atual chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública.

"Eu conheci o Flávio Dino quando eu era o presidente da Câmara. Nas vezes que eu fui presidente da Câmara, ele era deputado federal. E ele tem muita formação jurídica, sabe. Eu confesso que muitas e muitas vezes, naquelas chamadas questões de ordem, ele lá do plenário me ajudava muitas vezes com argumentos jurídicos", disse Temer. >>> LEIA TAMBÉM: Buscando maior apoio possível, Lula pedirá a senadores indecisos que votem em Dino para o STF

O emedebista ressaltou que, do ponto de vista técnico, o presidente Lula (PT) acertou na indicação: "sob o foco jurídico, eu não tenho dúvida de que ele [Dino] está muito bem posto no Supremo. Ele é juiz federal." - 247.

Assista abaixo:


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STF determina que Facebook apresente em até 48h vídeo de Bolsonaro ou vai pagar multa diária de R$ 100 mil

Vídeo é fundamental como prova contra Bolsonaro nas investigações sobre o 8/1

Jair Bolsonaro (à esq.) e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | Antonio Augusto/Secom/TSE)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta terça-feira (5) que a dona do Facebook, Meta (plataforma proibida na Rússia por extremismo), apresente em até 48 horas o vídeo publicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e depois apagado, dias após os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Caso a decisão seja descumprida, foi imposta uma multa diária de R$ 100 mil.

O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ontem. Para a PGR, o vídeo é fundamental como prova para fundamentar denúncia de que Bolsonaro teria estimulado os atos golpistas.

Relembre o caso - No vídeo, Bolsonaro questionava a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última eleição presidencial e atacou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o STF, colocando em dúvidas o sistema eleitoral brasileiro. A mensagem foi apagada duas horas depois da publicação.

O material também tinha falas do procurador Felipe Gimenez afirmando que Lula havia sido "escolhido pelo serviço eleitoral e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral".

A Meta já havia informado em agosto ao STF que Bolsonaro havia apagado o vídeo antes da decisão e não estava mais disponível nos servidores da empresa, "impossibilitando o cumprimento da ordem". Ainda segundo a empresa, o vídeo não foi preservado, porque não existia obrigação legal ou judicial nesse sentido.

Em abril, o ex-mandatário prestou declarações à Polícia Federal em que afirmou que postou sem querer o conteúdo do vídeo.

Bolsonaro está inelegível desde junho, após ser condenado pelo TSE por 5 votos a 2. A condenação faz com que o ex-chefe de Estado fique sem poder se candidatar a nenhum cargo por oito anos.

Ao defender seu voto, o ministro Alexandre de Moraes disse que Bolsonaro espalhou mentiras na reunião com embaixadores e ao longo do processo eleitoral, com o objetivo de instigar o próprio eleitorado e eleitores indecisos contra o sistema de votação e a Justiça Eleitoral. - Agência Sputnik.


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ESTADOS UNIDOS - Novo ônibus espacial? Conheça a nave ultrassecreta que será lançada pela Força Espacial dos EUA

 

O misterioso espaçoplano reutilizável vai ser lançado em dezembro pela primeira vez com um foguete Falcon Heavy, da SpaceX


                    Por Agência O Globo
Avião espacial X-37B  - Foto: US Space Force

Força Espacial dos EUA (USSF) se prepara para lançar a sétima missão ultrassecreta do veículo orbital X-37B, que irá decolar pela primeira vez a bordo de um foguete da SpaceX, de Elon Musk. A nave parece uma versão reduzida dos antigos Ônibus Espaciais, mas guardam muito mais segredos do que os veículos responsáveis pelas missões na órbita baixa da terra

Segundo a USSF, a missão tem uma ampla gama de objetivos de teste e experimentação. Esses testes incluem operar em novos regimes orbitais, experimentar tecnologias de reconhecimento do domínio espacial e investigar os efeitos da radiação nos materiais da NASA.

Toda a descrição é bastante genérica, e isso não é à toa: tanto as cargas, quanto a órbita de destino são mantidas em segredo. A mudança para o foguete Falcon Heavy, o veículo com maior capacidade atualmente, pode indicar que o X-37B vai levar cargas úteis mais pesadas, que exigiria um foguete mais potente, ou alcance órbitas ainda maiores.

O comportamento evasivo é praticamente regra desde que o veículo foi lançado pela primeira vez, em abril de 2010. A aeronave tem menos de 9 metros de comprimento, utiliza energia solar e não é tripulada.

Em 2017, o governo americano afirmou que o veículo foi utilizado para testar sistemas de navegação, controle e direção avançada no espaço. Mas, apesar disso, a maioria das suspeitas indicam que a nave também seja um dispositivo de espionagem desenvolvido para levar a bordo sensores experimentais, como câmeras de alta tecnologia e radares de mapeamento terrestre.

O X-37B tem o recorde do maior número de dias consecutivos de voo ao redor da Terra, alcançado na missão anterior, em outubro de 2019. Foram 780 dias em órbita. No total, a nave acumula 3.774 dias em órbita no total, o equivalente a mais de dez anos.

Segundo os EUA, as missões anteriores experimentaram com sucesso a tecnologia do Laboratório de Pesquisa Naval projetada para aproveitar a energia solar e transmitir energia ao solo; testou os efeitos da exposição espacial de longa duração a materiais orgânicos para a NASA; e proporcionou a oportunidade de lançar uma espaçonave projetada e operada por cadetes da Academia da Força Aérea dos EUA.

Segundo a Força Aérea americana, o X-37B continua a "quebrar barreiras" no desenvolvimento de tecnologia de veículos espaciais reutilizáveis e é considerado um investimento importante para o futuro da estratégia espacial dos EUA.


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Lula diz que pretende visitar a Guiana em meio à disputa do país com a Venezuela

Presidente também disse que deseja visitar a Etiópia em 2024 para uma reunião da União Africana

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (5) que pretende visitar a Guiana no próximo ano para participar de uma reunião dos países da Caricom, em meio ao agravamento da disputa territorial do país com a Venezuela na região de Essequibo. Ele também quer visitar Addis Ababa para uma reunião da União Africana. 

"O ano que vem eu tenho duas viagens que eu quero fazer: uma é para uma reunião da União Africana, dos 54 países da África que vai ser em Addis Ababa na Etiópia; e a outra é na Guiana, uma reunião dos países do Caricom (Comunidade do Caribe). Essas eu quero participar porque são coisas que tenho interesse de falar para eles sobre democracia, sobre o sistema ONU, sobre financiamento", disse Lula durante a live "Conversa com o Presidente". >>> Lula determinou 'blindagem de fronteiras' por aumento da tensão entre Venezuela e Guiana, diz ministro da Defesa

No último domingo, os venezuelanos votaram em um referendo para reivindicar a soberania sobre a região de Essequibo, um território rico em petróleo disputado entre a Venezuela e a Guiana. Mais da metade dos eleitores venezuelanos elegíveis, ou 10,55 milhões de pessoas, participaram do referendo, com todas as cinco questões na cédula obtendo 95% de apoio público, disse o Conselho Nacional Eleitoral. - 247.


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Ausente no ato bolsonarista, Musk comenta nas redes e volta a atacar Moraes

O bilionário disse que não existia uma manifestação pró Alexandre de Moraes “porque ele é contra a vontade do povo" Elon Musk e Alexand...