quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Com vírus circulando com maiores taxas de contágio, secretário alerta para população não relaxar

 

                                                          Foto: Hélia Shepa/Arquivo SEI/Divulgação

O coronavírus está circulando com maiores taxa de contágio em Pernambuco, informou o secretário estadual de Saúde, André Longo, em coletiva de imprensa transmitida pelo YouTube na tarde desta quarta-feira (20). Longo ressaltou que o início da campanha de vacinação não significa que as medidas de prevenção possam ser relaxadas.

"E preciso esperar que boa parte da população seja imunizada para termos uma proteção coletiva. As doses enviadas ao estado até agora só são suficientes para imunizar 20% do público prioritário", explicou. Longo ressaltou que a população deve seguir usando máscaras, lavando as mãos constantemente e praticando o distanciAmento, inclusive quem já está sendo vacinado, já que a imunidade coletiva só acontecerá quando a maior parte da população receber a dose.

O gestor disse que ainda não foi detectada a presença de uma variante mais contagiosa do vírus no estado, mas que nesta semana serão enviadas as primeiras amostras suspeitas para o Instituto Aggeu Magalhães, que é vinculado à Fiocruz, em Belém (PA), para esclarecer se a variante já chegou.

Na segunda semana epidemiológica do ano, foram registrados 708 casos de síndrome respiratória aguda grave, 3% a mais que na semana anterior e 17% a mais que 15 dias antes. Há, no momento, cerca de mil pessoas internadas em leitos de UTI privados e públicos do estado, segundo Longo. (Por:DP).




Pela vacina, deputados tomam a frente da diplomacia com a China

 

                                                        Foto: Maryanna Oliveira/Camara dos Deputados

Depois de o governo criar uma relação conflituosa com a China por questões meramente ideológicas, o Brasil, agora, amarga dificuldades de importação de matéria-prima, do país asiático, para a produção de vacinas contra a Covid-19. As dificuldades foram provocadas pelo presidente Jair Bolsonaro e por pessoas do entorno dele, como o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o próprio ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. O chanceler, em vez de desenvolver uma relação diplomática com o gigante asiático, nosso principal parceiro comercial, teceu críticas ao país à frente do Itamaraty.


O problema com a importação da matéria-prima necessária para produção de vacina — o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) — fez com que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) adiasse para março a previsão de entrega das primeiras doses do imunizante da Oxford, que serão produzidas no Brasil e seriam liberadas em fevereiro (leia reportagem na página 5). No caso da CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, não há previsão de quando os insumos cheguem para retomar a produção da vacina.

No Congresso, parlamentares se movimentam para tentar resolver o problema criado pelo Executivo. As frentes parlamentares Brasil-China e dos Brics na Câmara protocolaram, na embaixada da China, uma carta para o presidente do país, Xi Jinping. No documento, assinado pelo presidente das frentes, Fausto Pinato (PP-SP), deputados pedem que o mandatário intervenha para liberar a exportação do insumo farmacêutico ativo ao Butantan e à Fiocruz.

Pinato, inclusive, é favorável à saída de Ernesto Araújo do governo, e disse ser uma sugestão de aliado que o governo mude a política externa. “Alguns governistas da área xiita destrataram a China, e a relação ficou arranhada. Eu entendo que, quando se tem uma boa relação com o país, as coisas são facilitadas. Mas, não acho que os chineses vão perseguir o Brasil”, disse. Para ele, Bolsonaro está “com a faca e o queijo na mão” para mudar a política externa, tendo a chance de reconstruir as relações com a China e os Estados Unidos.

Além das frentes, o próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou para a manhã de hoje um encontro com o embaixador Yang Wanming. A intenção é sensibilizá-lo para mobilizar o governo chinês a enviar os insumos.

Crítica
A dificuldade de importação não se dá pela escassez do insumo, cobiçado em todo o mundo. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, deixou claro que a demora se dá por questões burocráticas relativas ao envio para o Brasil. Segundo ele, a matéria-prima está pronta desde meados de janeiro, aguardando apenas a autorização do governo chinês para ser exportada. A situação é a mesma no caso da vacina de Oxford/AstraZeneca. “De fato, nós estamos com um atraso que é meramente burocrático neste momento. Esperamos resolver isso rapidamente para que esse fluxo se restabeleça. Obviamente, esse processo político que aconteceu no Brasil tem influência. A todo momento criticando a vacina, a China, então, isso influenciou, sim”, enfatizou Covas, ontem, em entrevista coletiva em Ribeirão Preto (SP).

O diretor do Butantan disse, ainda, que Bolsonaro manifestou, em diversos momentos, que “a vacina não valia nada porque era da China”. “Uma tremenda bobagem de quem não tem a menor noção. Se a vacina, agora, é do Brasil, que o nosso presidente tenha a dignidade de defendê-la e de solicitar, inclusive, apoio de seu Ministério de Relações Exteriores na conversa com o governo da China. É o que nós esperamos.”

Índia
A falta de diplomacia brasileira afetou, também, o envio de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca da Índia, que anunciou o início da exportação dos primeiros imunizantes para hoje, mas não incluiu o Brasil na lista. Em nota, o governo indiano informou que seis nações — Butão, Bangladesh, Nepal, Maldivas, Seychelles e Mianmar — receberão os primeiros imunizantes. Fora da relação de contemplados, o Brasil aguarda receber um lote com dois milhões de doses.

O Ministério da Saúde chegou a fretar um avião para buscar os imunizantes em Mumbai, mas a aeronave nem chegou a decolar. Diante do atraso na entrega das doses da vacina, Bolsonaro se reuniu, na segunda-feira, com o embaixador indiano no Brasil, Suresh K. Reddy, no Planalto. Questionado sobre o encontro e sobre uma previsão para a entrega das vacinas, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que não existia ainda uma resposta positiva da saída do avião. “Todos os dias, temos tido reuniões diplomáticas com a Índia, todo dia. O fuso horário é muito complicado. Estamos recebendo a sinalização de que isso deverá ser resolvido nos próximos dias”, enfatizou. Há outro problema com a Índia. O Brasil foi contra a proposta do país, na Organização Mundial do Comércio (OMC), que prevê a quebra de patente de medicamentos usados no tratamento da Covid-19.

A nota do Ministério de Relações Exteriores da Índia afirma, ainda, que Sri Lanka, Afeganistão e Ilhas Maurício aguardam a confirmação de autorizações regulatórias necessárias para que a exportação seja feita. A Índia também afirmou que fornecerá vacinas contra a Covid-19 a outros países, nas próximas semanas e meses, em etapas, mas não detalha datas.

Ataques ao país asiático
A iniciativa dos parlamentares ocorre porque integrantes do governo brasileiro entraram em conflito com os chineses em várias ocasiões. Em novembro de 2020, por exemplo, o Ministério das Relações Exteriores saiu em defesa do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e classificou como “ofensiva” e “desrepeitosa” a reação da embaixada da China a declarações do filho 03 do presidente Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, Eduardo havia vinculado o governo chinês à “espionagem” por meio da tecnologia 5G, o que provocou protesto dos chineses. Para o Itamaraty, chefiado por Ernesto Araújo, a réplica chinesa criou “fricções desnecessárias” e prejudicou a boa relação entre os países.

Em março, Eduardo já tinha culpado a China pela pandemia da Covid-19, em postagens no Twitter. A Embaixada da China rebateu o deputado e afirmou que ele proferiu palavras “extremamente irresponsáveis”.

O próprio presidente Jair Bolsonaro já disparou contra a China. Numa das muitas vezes em que fez pouco caso da CoronaVac, ele enfatizou que o governo não ia adquirir o imunizante. “A (vacina) da China, nós não compraremos, é decisão minha”, disse. “(...) A China, lamentavelmente, já existe um descrédito muito grande por parte da população, até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido por lá.”

Em abril, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou um texto nas redes sociais ridicularizando o sotaque chinês e insinuando que o país asiático se beneficiar, de propósito, da crise mundial gerada pelo novo coronavírus.(

Por: Luiz Calcagno

 

Por: Sarah Teófilo

 

Por: Maria Eduarda Cardim

 

Por: Correio Braziliense).




Cuba produzirá 100 milhões de doses de vacina contra Covid-19 em 2021

Países como Vietnã, Irã, Venezuela, Paquistão e Índia estão de olho para tentar adquirir parte das doses do imunizante desenvolvido pelos cubanos

(Foto: Reprodução | Reuters)

Cuba produzirá em 2021 100 milhões de doses da vacina contra Covid-19 desenvolvida no país, a Soberana 02, para atender sua própria demanda e também a de outros países, de acordo com o diretor do Instituto Finlay, Vicente Vérez.

“Estamos reorganizando nossas capacidades produtivas porque realmente temos muita demanda pela vacina e temos que nos preparar”, afirmou Vérez a jornalistas em uma conferência.

O Instituto Finlay é o laboratório responsável pela criação da Soberana 02 e da Soberana 01, esta última em fase de pesquisa menos avançada.

Países como Vietnã, Irã, Venezuela, Paquistão e Índia, têm interesse no imunizante cubano.(Brasil247).


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Maia marca audiência com embaixador da China para tentar resolver crise das vacinas

A demora na chegada dos IFAs (Ingrediente Farmacêutico Ativo) ameaça a fabricação da Coronavac pelo Instituto Butantan e do imunizante de Oxford/Astrazeneca

(Foto: ABr | Reuters)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) marcou uma audiência com o embaixador da China, Yang Wanming, para falar sobre o atraso no envio de insumos para a fabricação de vacinas no Brasil.

A demora na chegada dos IFAs (Ingrediente Farmacêutico Ativo) ameaça a fabricação da Coronavac pelo Instituto Butantan e do imunizante de Oxford/Astrazeneca, que será produzido pela Fiocruz. As 6 milhões de doses da Coronavac que já estão sendo aplicadas devem terminar em poucas semanas.
O governo de Jair Bolsonaro explodiu as pontes com a embaixada, proibindo seus ministros de receber Wanming para qualquer tipo de conversa.
Um dos filhos do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) faz ataques recorrentes ao diplomata e ao próprio país asiático - ele chegou a culpar a "ditadura chinesa" pela pandemia do novo coronavírus.
"O governo brasileiro interditou a relação com a China. Só fazem ataques ao embaixador. Agora está provada a importância do diálogo diplomático. Precisamos ao menos saber o que está acontecendo, qual é a razão de os insumos não chegarem ao Brasil", diz Rodrigo Maia.
Ele afirma que pediu a audiência na segunda (18) e que a embaixada confirmou a conversa para a quarta (20).
"Tenho certeza de que não há ato político da China contra o Brasil. Mas precisamos compreender o que está acontecendo. Sem os insumos da China, não teremos vacina", finaliza Maia.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) também está propondo que uma delegação parlamentar converse com a diplomacia chinesa para negociar a chegada dos IFAs, os insumos farmacêuticos ativos, dos quais o Instituto Butantan e a Fiocruz dependem para fabricar seus imunizantes (Por Mônica Bergamo, da Folhapress).



Médico que seria o primeiro vacinado em cidade baiana morre horas antes

 

Foto: Arquivo Pessoal

Um médico de 95 anos escolhido para ser o primeiro vacinado contra a Covid-19 em Matuípe, interior da Bahia, morreu horas antes de receber o imunizante. Divaldo Brandão faleceu enquanto dormia na madrugada desta quarta-feira (20). Ainda não há informações sobre a causa da morte.

O médico foi velado na manhã desta quarta-feira e o corpo será sepultado em Salvador.

A prefeitura de Mutuípe divulgou uma nota nas redes sociais em que lamenta a morte do médico e agradece pelos serviços prestados à cidade. Divaldo atuou como médico na cidade desde 1952.

"É com pesar que a Prefeitura Municipal de Mutuípe, comunica o falecimento do servidor Divaldo Brandão (20/01/21). A passagem de Dr° Divaldo, um verdadeiro líder, um exemplo ativo na construção de Mutuípe, um homem que se dedicou por muitos anos a salvar vidas, deixa um legado de alegrias com seu sorriso sempre contagiante. Um profissional de excelência. Aos familiares e amigos os nossos profundos sentimentos e o desejo de que seus bons exemplos estejam sempre vivos em nossa memória", afirma a nota.

Com a morte de Divaldo Brandão, a técnica de enfermagem Alvina Sousa, que atua no hospital da cidade, foi a primeira vacinada contra a Covid-19 no município.

A cidade tem 759 casos confirmados da doença e 10 mortes, segundo a prefeitura. (
Por: Correio Braziliense/Por: Thays Martins).


Joe Biden toma posse como 46º presidente dos Estados Unidos

Kamala Harris fez o juramento e é a nova vice-presidente do país

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos - Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP

O democrata Joe Biden tomou posse, nesta quarta-feira (20), como 46º presidente dos Estados Unidos, em cerimônia marcada pela pandemia e ausência de seu antecessor Donald Trump, que deixou Washington poucas horas antes para a Flórida. 

Biden, de 78 anos, prestou juramento às 11h50 (hora de Washington; 13h50 em Brasília) perante o presidente da Suprema Corte, John Roberts, em cerimônia solene diante do Capitólio.

O ato foi marcado pela pandemia e pelas fortes medidas de segurança após a tomada do prédio do Congresso no último dia 6 de janeiro.

"Hoje é um dia de história e esperança. Hoje é o dia dos Estados Unidos. A democracia prevaleceu", disse Biden em seu discurso de posse, no qual pediu a "unidade" do país e prometeu ser o presidente de todos os americanos.

No discurso, o democrata ainda afirmou que irá defender a constituição, a democraria e os Estados Unidos. "Darei a vocês tudo o que posso a serviço do povo. Juntos, construiremos uma história de luz e não de sombras, de decência, de dignidade e de amor", disse Biden.

Os Estados Unidos enfrentam "a ascensão do extremismo político, a supremacia branca, o terrorismo doméstico, que é algo que devemos enfrentar e que vamos derrotar", disse Biden

Pouco antes do juramento de Biden, Kamala Harris foi empossada como a primeira vice-presidente dos Estados Unidos, tornando-se também a primeira pessoa negra de origem indiana a ocupar o cargo.

Harris, de 56 anos, prestou juramento com uma mão na Bíblia perante a progressista juíza da Suprema Corte Gloria Sotomayor, que foi a primeira latina a ser eleita magistrada do tribunal superior.

Kamala Harris, vice-presidente dos Estados UnidosKamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos (Foto: Saul Loeb/AFP)

Entre os juramentos, houve a apresentação das cantoras Lady Gaga, que cantou o hino dos Estados Unidos, e Jennifer Lopez.(Por AFP).

A posse de Biden e Harris em fotos:

Posse de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos (Foto: Rob Carr/Getty Images via AFP)

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INSS: prova de vida de aposentados é suspensa até fevereiro

 

Portaria foi publicada hoje no Diário Oficial da União

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que não fizeram a prova de vida entre março de 2020 e fevereiro deste ano não terão seus benefícios bloqueados.

Portaria nº 1.266/2021, publicada hoje (20) no Diário Oficial da União, prorroga a interrupção do bloqueio de benefícios para as competências de janeiro e fevereiro, ou seja, para pagamentos até o fim de março.

A prorrogação vale para os beneficiários residentes no Brasil e no exterior. De acordo com a portaria, a rotina e obrigações contratuais estabelecidas entre o INSS e a rede bancária que paga os benefícios permanece e a comprovação da prova de vida deverá ser realizada normalmente pelos bancos.

Realizada todos os anos, a comprovação de vida é exigida para a manutenção do pagamento do benefício. Para isso, o segurado ou algum representante legal ou voluntário deve comparecer à instituição bancária onde saca o benefício. O procedimento, entretanto, deixou de ser exigido em março de 2020, entre as ações para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, e a medida vem sendo prorrogada desde então.

Desde agosto do ano passado, o a prova de vida também pode ser feita por meio do aplicativo Meu INSS ou pelo site do órgão por beneficiários com mais de 80 anos ou com restrições de mobilidade. A comprovação da dificuldade de locomoção exige atestado ou declaração médica. Nesse caso, todos os documentos são anexados e enviados eletronicamente.

Militares inativos

Também foi publicada no Diário Oficial da União portaria do Ministério da Defesa que também suspende, até 30 de junho, a atualização cadastral para prova de vida de militares inativos, pensionistas de militares, militares anistiados políticos e dependentes habilitados. De acordo com o texto, nesse caso, o bloqueio de pagamentos por falta de realização da comprovação de vida voltarão a acontecer a partir de 1º de julho.

A medida também foi adotada em março do ano passado em razão da pandemia de covid-19 e vem sendo prorrogada.(Por Andreia Verdélio - Reporte da Agência Brasil).


Assista na TV Brasil:

Edição: Maria Claudia



Brasil tem 1.340 mortes e mais de 64 mil casos da Covid-19 registrados em 24 horas

 

Famílias convivem com a dor de perder entes queridos para a Covid-19 - Foto: Michael Dantas

O Brasil registrou 1.340 novos óbitos pela Covid-19 e 64.385 casos confirmados da doença nas últimas 24 horas segundo dados do Ministério da Saúde.

O País chega agora à triste marca de 212.831 mortes, além do total de 8.238.63249 casos da doença desde o início da pandemia.

Além disso, nos 26 estados e no Distrito Federal o total de recuperados chegou a 7.564.622 desde o registro da primeira infecção no país, em março de 2020. Ainda há 2.811 falecimentos em investigação por equipes de saúde.

Vacinação
Os número alarmantes registrados nas últimas semanas pelo país acontecem paralelamente ao início da vacinação em todo o território nacional.

Em Pernambuco, a vacina chegou a 100% dos municípios, que já inciaram a primeira das quatro etapas de vacinação. (Por Portal Folha de Pernambuco).

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Protocolos não preveem uso obrigatório de luvas para aplicação de vacinas

Conselho de Enfermagem emitiu nota ressaltando que acessório deve ser usado apenas em casos específicos no ato de vacinar

O início da vacinação contra a Covid-19 em Pernambuco, na última segunda-feira (20), levantou debate sobre o uso de luvas no ato da imunização. Imagens dos aplicadores sem o material de proteção geraram a discussão. 

De acordo com o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação do Ministério da Saúde, publicado em 2014, o uso da luva para a vacinação não é obrigatório, salvo em casos específicos, como quando o vacinador ou o paciente apresentam lesões de pele.

"A administração de vacinas por via parenteral [injetável] não requer paramentação especial para a sua execução. A exceção se dá quando o vacinador apresenta lesões abertas com soluções de continuidade nas mãos", diz trecho do documento.


Excepcionalmente nessa situação de lesões, a cartilha orienta a utilização de luvas, a fim de se evitar contaminação da vacina e do paciente.

A recomendação foi reiterada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em documento publicado nessa terça-feira (19). Em casos raros, há necessidade de uso das luvas se o vacinador precisar entrar em contato com fluidos corporais do paciente, como sangue ou secreções.

"Antes de iniciar a paramentação, lave as mãos com água e sabão ou higienize com solução alcoólica a 70%", recomenda o Cofen, que ressalta a importância da higiene das mãos.

Especialistas
O infectologista Demócrito Miranda diz que o uso de luvas pode até prejudicar o ato da vacinação. “Não tem nenhuma recomendação de se usar luva. Talvez seja até pior porque a pessoa não conseguiria lavar as mãos corretamente”, diz.

Demócrito acrescenta que não há risco de contaminação no momento da aplicação, desde que a assepsia seja feito de forma correta. “A transmissão do vírus é feita por vias respiratórias. Se está com a mão suja, não deve pegar outra pessoa. Quem está manuseando a vacina só estará pegando o material”, continua o médico.

A enfermeira Rubiane Souza e Silva afirma que o que precisa ser reforçado é a prática de higienização das mãos antes e após o contato com os pacientes. 

“Eu preciso higienizar minhas mãos, antes de manipular a vacina, antes de aspirar [da ampola] e após o término da aspiração, quando for administrar no paciente e antes e após a administração”, explica.

A profissional ressalta a recomendação do Cofen do uso apenas nos casos específicos de lesões e cita a importância de não se usar objetos no braço no ato da vacinação. 

“É preciso cuidado com os adornos como relógios, pulseiras e alianças. Os profissionais precisam estar livres de adornos nas mãos e antebraços para diminuir o risco de contaminação”, alerta. Esses objetos podem servir como meio de cultura para os micro-organismos, independente do vírus da Covid-19.

Como lavar as mãos corretamente?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda o passo a passo de como as mãos devem ser higienizadas corretamente pelos profissionais de saúde. Veja:

1. Antes de contato com o paciente
Quando? Higienize as mãos antes de entrar em contato com o paciente. 
Por quê? Para a proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos presentes nas mãos do profissional e que podem causar infecções.

2. Antes da realização de procedimento asséptico
Quando? Higienize as mãos imediatamente antes da realização de qualquer procedimento asséptico.
Por quê? Para a proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos das mãos do profissional para o paciente, incluindo os microrganismos do próprio paciente.

3. Após risco de exposição a fluidos corporais
Quando? Higienize as mãos imediatamente após risco de exposição a fluidos corporais (e após a remoção de luvas).
Por quê? Para a proteção do profissional e do ambiente de assistência imediatamente próximo ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes. 
 
4. Após contato com o paciente
Quando? Higienize as mãos após contato com o paciente, com as superfícies e objetos próximos a ele e ao sair do ambiente de assistência ao paciente.
Por quê? Para a proteção do profissional e do ambiente de assistência à saúde, incluindo as superfícies e os objetos próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente.

5. Após contato com as áreas próximas ao paciente
Quando? Higienize as mãos após tocar qualquer objeto, mobília e outras superfícies nas proximidades do paciente – mesmo sem ter tido contato com o paciente.
Por quê? Para a proteção do profissional e do ambiente de assistência à saúde, incluindo superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes. (Por Fabio Nóbrega).


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Habilitação de 38 novas fábricas amplia exportações de carne para a China

Presidente Lula acompanhou, em Campo Grande, primeiro lote de proteína animal da JBS a ser enviado ao país asiático Presidente Lula visita p...