quinta-feira, 8 de julho de 2021

"Caguei para CPI, não vou responder nada", diz Bolsonaro ao atacar senadores (vídeo)

 

(Foto: Reprodução | Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Em live transmitida nas redes sociais, nesta quinta-feira, 8, Jair Bolsonaro atacou os senadores da CPI da Covid, insultando os responsáveis pela comissão no Senado. Ironizando a questão da corrupção envolvendo a compra de vacinas no Ministério da Saúde, ele afirmou: “agora sou corrupto sem ter gasto um centavo com vacina”.

Falando sobre a CPI, ele declarou: “eu não vou responder nada para esse tipo de gente, em hipótese alguma”. Segundo ele, os senadores “não estão preocupados com a verdade e sim em desgastar o governo, porque, o Renan [Calheiros, relator da comissão], por exemplo, é aliadíssimo do Lula”. (247).

Bolsonaro atacou a cobrança feita pela cúpula da CPI da Covid para que desse uma resposta sobre as acusações feitas pelo deputado Luis Miranda (DEM), que acusou o escândalo da compra superfaturada da Covaxin no Ministério da Saúde.

“Hoje foi o Renan, o Omar [Aziz, presidente da CPI] e o saltitante [Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI] fizeram uma festa na Presidência, entregando documento para eu responder. Sabe qual é a minha resposta? Caguei para CPI, não vou responder nada”, afirmou.


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PROTESTOS - MBL e Vem Pra Rua convocam ato pelo impeachment e abrem divisão das ruas com a esquerda

Manifestações, marcadas para 12 de setembro, têm o apoio de políticos da direita

        Por Carolina Linhares/Folhapress

Deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) - Foto: Agência Câmara

O MBL (Movimento Brasil Livre) e o VPR (Vem Pra Rua) marcaram para 12 de setembro um protesto nacional pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. A convocação tem o apoio de políticos da direita não bolsonarista, sobretudo do Novo e PSL. Os atos estão previstos para São Paulo, Brasília, Rio e Belo Horizonte.

Protagonistas no impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, os grupos vinham evitando organizar manifestações em meio à pandemia, mas as acusações de corrupção em compras de vacinas contra a Covid-19 agravaram a crise política e levaram os grupos a ampliar a pressão nas ruas.

De qualquer forma, o calendário de vacinação foi levado em conta para a escolha da data. Em São Paulo, por exemplo, a previsão do governo é de vacinar todos os adultos até 15 de setembro.

Movimentos e partidos de esquerda vêm organizando protestos nacionais pelo impeachment desde maio –foram três edições até agora. Mas MBL e VPR não aderiram às manifestações encabeçadas pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro.

Apesar da ampliação do escopo de organizadores e apoiadores dos atos de esquerda, que chegaram a incluir grupos e siglas do centro e da direita, como a ala paulistana do PSDB e movimentos como Agora! e Livres, a avaliação dos movimentos de direita é a de que as manifestações são marcadamente vermelhas, apoiam a candidatura de Lula (PT) em 2022 e, por isso, seria melhor marcharem separadamente.

Parte dos opositores de Bolsonaro, como o diretório do PSDB da capital paulista; o presidente do Cidadania, Roberto Freire; o presidente do PSL-SP, Junior Bozzella; e o Livres apoiam as convocações tanto da esquerda como da direita –estiveram nos atos do último sábado (3) e prometem comparecer no dia 12 de setembro.

O ato da Campanha Nacional Fora Bolsonaro na avenida Paulista, no sábado passado, teve episódios de vandalismo e violência –houve uma briga entre membros do PCO e tucanos. Apesar da opção pela separação em atos de rua, líderes da esquerda e da direita se entenderam para assinarem juntos um superpedido de impeachment, protocolado na Câmara dos Deputados no último dia 30.

A peça é assinada por 46 pessoas, dentre representantes de centrais sindicais, movimentos sociais, deputados da oposição e de centro-direita, senadores de siglas de esquerda, o grupo Prerrogativas, que reúne advogados e juristas brasileiros e personalidades, entre outros.

Os representados no superpedido são PT, PDT, PSB, PCdoB, PSOL, Coalizão Negra por Direitos, UNE (União Brasileira dos Estudantes), MBL e ex-aliados de Bolsonaro, como deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (sem partido-SP).

Em comunicado à imprensa, o MBL destacou que os atos pelo impeachment serão suprapartidários e que todo o campo democrático é bem-vindo, mas com a ressalva de que a manifestação não deverá servir para exaltar candidaturas presidenciais.

A convocação foi anunciada em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (8), com a presença dos deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP), Junior Bozella (PSL-SP) e André Janones (Avante-MG), dos deputados estaduais Arthur do Val (Patriota-SP) e Heni Ozi Cukier (Novo-SP) e do vereador Rubinho Nunes (PSL-SP).

Em sua fala, Arthur do Val, o youtuber Mamãe Falei, afirmou que eleitores de Bolsonaro arrependidos serão respeitados na manifestação. Bozzella afirmou que o governo Bolsonaro é autoritário e que a população está arrependida de o ter elegido.

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Lula derrota Bolsonaro por 49% a 35%, aponta pesquisa XP/Ipespe

 

Lua e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Ueslei Marcelino)

Nova rodada da pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta quinta-feira (8) mostra que Jair Bolsonaro tem rejeição recorde da população e seria derrotado por praticamente todos os principais presidenciáveis nas eleições de 2022.

Contra Lula, Bolsonaro seria derrotado por 49% a 35% dos votos. Já numa eventual disputa contra Ciro Gomes, Bolsonaro perderia por 43% a 33%, enquanto que em um segundo turno com o ex-juiz Sérgio Moro, Bolsonaro perderia de 34% a 30%. O capitão empataria com Luiz Henrique Mandetta, com 35%, e só venceria contra João Doria, com 37% a 34%.

Nas intenções de voto para o primeiro turno, Lula lidera com 38% (+6). Em segundo aparece Bolsonaro, com 26% (-2); Ciro Gomes, com 10% (+4); Sérgio Moro, com 9% (+2); Luis Henrique Mandetta, com 3%; João Doria 2%; Guilherme Boulos 2%, e não sabe/Nulo 11%.

Ainda segundo levantamento, realizado entre os dias 5 e 7 de julho, Bolsonaro está em seu pior momento perante a opinião pública. Agora, 52% dos entrevistados classificam a gestão como ruim ou péssima − oscilação ascendente de 2 pontos percentuais em relação a junho. É o maior patamar desde o início do mandato.

Foram realizadas 1.000 entrevistas, de abrangência nacional, conduzidas por telefone. A margem máxima de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo. 247.

Confira as intenções de voto para o primeiro turno:

Eleições 2022


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PESQUISA DATAFOLHA - Maioria acha Bolsonaro desonesto, falso, incompetente, despreparado, autoritário e pouco inteligente

     Por Igor Gielow/Folhapress



O povo brasileiro não tem a melhor impressão de seu presidente. Ao contrário: para a maioria da população, Jair Bolsonaro é desonesto, falso, incompetente, despreparado, indeciso, autoritário, favorece os ricos e mostra pouca inteligência. A tendência negativa se cristalizou ao longo do governo, e é majoritária em todos os itens questionados.

É o que mostra nova pesquisa do Datafolha, na qual foram ouvidas 2.074 pessoas com mais de 16 anos em todo o Brasil, de forma presencial. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Na pesquisa, Bolsonaro aparece com a pior avaliação desde que assumiu a Presidência, em janeiro de 2019: 51% dos ouvidos o consideram ruim ou péssimo, número que vem crescendo desde dezembro. A aprovação está estável em 24% em relação ao levantamento de maio, e o índice dos que o consideram regular caiu para 24%. O Datafolha vem perguntando, ao longo do mandato, qual a percepção do brasileiro sobre o titular do Planalto.

Significativamente, em meio a denúncias de corrupção no Ministério da Saúde na pandemia, houve uma piora na impressão de honestidade do presidente. Em junho de 2020, 48% o viam como honesto e 38%, como desonesto. Agora, houve uma inversão, com 52% vendo desonestidade no mandatário e 40%, probidade.

Num sinal disso, os protestos de rua do sábado passado (3) tiveram como mote não só a gestão de Bolsonaro na crise sanitária, mas também a questão da corrupção. O derretimento da apreciação da imagem presidencial é visto em todos os indicadores. No começo do mandato, em abril de 2019, 59% o viam como sincero. O número caiu para 48% em junho de 2020 e chegou agora a 39%. Na via contrária, os 35% que consideravam Bolsonaro falso em 2019 subiram a 46% no ano passado e agora são 55%.

Esse é outro golpe para a estratégia eleitoral do presidente. Em 2018, as pesquisas qualitativas usadas por sua campanha sempre apontavam uma imagem de "sincero" na figura do então candidato, reforçada por suas tiradas politicamente incorretas.

A sua competência também é questionada. A avaliação de que o presidente é um incompetente subiu de 52% para 58% da pesquisa de 2020 para cá -a pergunta não havia sido feita em 2019. Já aqueles que o contrário passaram de 44% par 36%. Na mesma linha, o desenrolar do governo inverteu a percepção sobre seu preparo. Bolsonaro é um despreparado para 62% (44% em abril de 2019, 58% em junho de 2020), ante 34% que o veem como preparado (52% em 2019, 38% em 2020).

Um dos mais estridentes traços de Bolsonaro, para a população é, seu autoritarismo, demonstrado novamente nesta quinta (8) com mais uma ameaça à ordem democrática. Ele é assim visto por 66% da população -já eram expressivos 57% no começo do mandato e 64% em 2020.

Só o associam a um democrata 28%, queda em relação aos 37% de 2019 e outra estabilidade ante os 30% do ano passado, demonstrando o preço pago pelo comportamento durante o agravamento da crise no primeiro semestre de 2020. Ele também é uma pessoa indecisa para 57% (42% em 2019, 53% em 2020), ante um governante decidido para 41% (56% em 2019, 46% em 2020).

Num universo em que 57% da amostra da pesquisa é composta por pessoas que ganham no máximo 2 salários mínimos, Bolsonaro é visto como um amigo dos ricos. Ele favorece os que têm mais posses para 66% dos ouvidos (57% em 2019, 58% em 2020), e só pensa nos mais pobres para 17% (24% no começo do mandato, 18% no ano passado).

Por fim, a inteligência do presidente não é apreciada como uma qualidade. Para 57%, ele é pouco inteligente, índice semelhante ao de 2020 (54%) e bem maior do que o de 2019 (39%). Já 58% o achavam muito inteligente no começo do governo, número que caiu para 40% no ano passado e está estável e 39% agora. De forma geral, as avaliações críticas seguem o padrão da popularidade do mandatário entre os diversos estratos da pesquisa.

Nordestinos, que mais o reprovam, também são os que o avaliam como mais desonesto (61%) e falso (65%). Há avaliações que refletem os grupos questionados: ele é visto como pouco inteligente mais por aqueles que cursaram faculdade (64%) e mais jovens (65%).

Já as fortalezas bolsonaristas do Sul e do Norte/Centro-Oeste são mais simpáticas, como na avaliação geral, ao presidente. Lá, 43% e 47%, respectivamente, o veem como uma pessoa honesta. O índice vai a 54% entre os que ganham de 5 a 10 salários mínimos.

Da mesma forma, os evangélicos (24% da amostra) são, sem trocadilho, mais fiéis a Bolsonaro. No grupo, todas as avaliações são melhores, ainda que nem todas sejam majoritárias. Mas há inversões claras: 51% deles o acham honesto, ante 39% que pensam o contrário, índice semelhante ao do quesito sinceridade (51% sincero, 41% falso).

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Maioria dos americanos desaprova gestão de Trump na economia, diz pesquisa

  Pesquisa da CBS News mostra queda de quatro pontos nos índices de apoio às políticas econômicas do ex-presidente Presidente dos EUA, Donal...