Para Lula, as concentrações são um "desrespeito" às Forças Armadas. Aliado do presidente diplomado afirma que o maior problema é a participação de militares da reserva nos atos
Uma das primeiras ordens que o presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dará às Forças Armadas será para desfazer os atos golpistas que os bolsonaristas fazem em frente a diversos quartéis do país, informa o Estado de S. Paulo. A orientação já será passada na primeira conversa que Lula terá com os novos comandantes militares, a serem ainda confirmados por ele.
A decisão de ordenar o fim dos protestos golpistas já havia sido tomada antes mesmo da noite de terror promovida por terroristas golpistas em Brasília nesta segunda-feira (12). "Lula já havia compartilhado com parlamentares de sua base aliada que trataria com os generais do plano de encerrar as aglomerações e acampamentos no entorno das organizações militares", diz a reportagem.
"Um parlamentar que aconselha Lula no diálogo com a caserna disse ao Estadão que não se trata de um pedido, mas da necessária articulação, já em andamento, para acabar com as aglomerações e que o maior problema é justamente a participação de integrantes da reserva e da família militar nos atos, bem como o apoio dos Clubes Militares", complementa o texto.
Em conversa com a cúpula do Avante no hotel onde despacha em Brasília, no último dia 8, Lula afirmou considerar as concentrações um "desrespeito" às próprias Forças Armadas.
De acordo com o jornal, os novos comandantes militares deverão ser o general Julio Cesar de Arruda (Exército), o almirante Marcos Olsen (Marinha) e o brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica). Havia a expectativa de uma reunião entre eles, Lula e o futuro ministro da Defesa, José Múcio, na sexta-feira (9). O encontro foi adiado a pedido de Múcio, para que ele pudesse fazer uma reunião prévia - prevista para esta terça-feira (13) - com o atual ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. 247