sábado, 19 de agosto de 2023

"Depoimento de Delgatti foi bombástico e um divisor de águas", diz Duarte Jr.

Deputado titular da CPMI lembrou da história de vida conturbada do “hacker de Araraquara”. Assista na TV 247

Duarte Jr. e Walter Delgatti Neto (Foto: Divulgação)


O deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), titular da CPMI que investiga os atos golpistas, qualificou o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto ao colegiado como "bombástico". As revelações abalaram Jair Bolsonaro, que apresentou uma queixa-crime contra Delgatti, lançando o ex-capitão no centro de um turbilhão.

Em seu depoimento, Delgatti disse que Bolsonaro lhe concederia um indulto caso ele fosse preso por ataques às urnas eletrônicas. Ele disse que o marqueteiro da última campanha presidencial de Bolsonaro, Duda Lima, queria que ele criasse um código 'fake' para uma urna eletrônica com o objetivo de enganar a população e desacreditar o processo eleitoral brasileiro. O hacker assegurou que Bolsonaro teria dado aval para o plano.

Duarte Jr. considera o depoimento de Delgatti como peça fundamental nas investigações da CPMI, uma vez que ele manteve um discurso consistente. “Foi um depoimento bombástico. Já esperávamos que esse depoimento seria um divisor de águas, acreditávamos e apostávamos até que poderia haver uma delação premiada antes da oitiva na CPMI. A CPMI tem esse papel que muitos agora começam a compreender. Feita de forma séria e correta, ela traz visibilidade aos fatos que ajudam na implementação da política pública de acesso à Justiça, de fiscalização, identificação e punição daqueles que descumpriram a lei em algum momento. O depoimento do Delgatti é fundamental, porque apesar dele ter afirmado ter TDAH e que às vezes se desconcentra, ele mantém uma lógica naquilo que ele fala, traz nenhum tipo de contradição entre o depoimento que ele fez aqui e os depoimentos que ele fez em outros locais”, afirmou. 

O parlamentar lembrou da história de vida conturbada do “hacker de Araraquara”. Desde os primeiros anos, Delgatti teve que enfrentar uma série de desafios que marcariam sua trajetória. Abandonado por seus pais, ele carregou o fardo da rejeição desde cedo. Além disso, enfrentou a realidade do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o que o levou a usar medicamentos para tentar lidar com suas dificuldades.

Uma reviravolta crucial ocorreu quando um promotor de Justiça, que também atuou como seu professor, o buscou em uma sala de aula, contou o deputado. O constrangimento e o trauma resultantes da atenção direcionada a ele desencadearam um profundo impacto. O acontecimento foi um ponto de inflexão, levando Delgatti a adotar uma postura de busca por vingança. Ele encontrou nas mensagens pessoais desse promotor uma oportunidade para revidar, penetrando em sua privacidade da mesma forma que sentia que tinha sido invadido emocionalmente.

Esse padrão de busca por informações pessoais e vingança se repetiu. Delgatti seguiu um procedimento similar ao vazar mensagens envolvendo o ex-juiz suspeito Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, naquilo que ficou conhecido como a "Vaza Jato". A justificativa de Delgatti estava enraizada em sua percepção de que figuras proeminentes como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva eram vítimas de um sistema que oprimia indivíduos, incluindo a ele próprio.

Entretanto, a história de Delgatti não se encerrou na "Vaza Jato". À medida que seus conhecimentos em hacking chamaram a atenção dos bolsonaristas, ele se viu envolvido em uma teia complexa de política e poder. Delgatti afirmou que as conexões com a deputada Carla Zambelli e o presidente Jair Bolsonaro culminaram em sua colaboração para questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas e supostamente manipular as eleições de 2022.

As revelações feitas por Delgatti colocaram a política brasileira em um turbilhão de incertezas. Seu depoimento perante a CPMI se destaca como um marco crucial na investigação em curso, revelando conexões obscuras entre indivíduos poderosos e ações que poderiam ter impactos significativos nas estruturas democráticas do país.

Buscando evidências tangíveis, Duarte Jr. requereu o acesso às imagens do Palácio da Alvorada e do Ministério da Defesa, datadas de 10 de agosto de 2022, bem como às imagens da sede do Partido Liberal (PL) no dia 9 de agosto do mesmo ano, onde Delgatti teria se reunido com a intermediadora da tentativa de golpe de estado, a deputada Carla Zambelli. - 247.


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Coronel da PM do DF transportou R$ 1 milhão em dinheiro usando estrutura da corporação, diz PGR

Coronel Naime , que está preso por omissão nos atos golpistas, teria feito o transporte de dinheiro de São Paulo para Brasília

Jorge Naime (Foto: Lula Marques - Agência Brasil)


O coronel da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do departamento operacional é suspeito de usar a estrutura da corporação para transportar R$ 1 milhão em espécie de São Paulo para Brasília. A informação é do G1.

De acordo com a Procuradoria Geral da República, o  militar mantinha “relações econômicas aparentemente ilícitas com um indivíduo identificado como Sérgio Assis”. O documento mostra que o coronel transportou R$ 1 milhão em espécie no dia 12 de junho de 2021.

“Há indícios de que Naime tenha se utilizado da estrutura da Polícia Militar do Distrito Federal para promover ‘escolta’ no transporte de valores, bem como elementos da provável origem espúria dos recursos, além de potencial lavagem de dinheiro”, diz a denúncia.

Segundo as investigações, o transporte do dinheiro em espécie foi feito “sem declaração correspondente e de forma não oficial” e tinha como objetivo burlar mecanismos de monitoramento antilavagem e dificultar a identificação da origem, da localização da propriedade e da própria movimentação dos valores.

A PGR também aponta que o coronel, na condição de presidente da Associação dos Oficiais da PMDF, firmou contrato com pessoas jurídicas ligadas a Sérgio de Assis para “supostos serviços de assessoria de marketing”. O valor mensal do contrato, segundo o relatório, era de R$ 8,9 mil. O acordo foi firmado em fevereiro de 2022.

No entanto, na semana seguinte após a assinatura do contrato, Sérgio passou a efetuar pagamentos mensais em favor de Naime no valor de R$ 8 mil. “Desse modo, como consectário do contrato, dos R$ 8,9 mil que saíram do fluxo de caixa da Associação dos Oficiais da PMDF, R$ 8 mil retornavam para o próprio policial e somente R$ 900 eram retidos por Sérgio Assis”, diz o documento.

“Naime, aparentemente, utilizava-se da posição de presidente da Associação para desviar os recursos angariados pela entidade por meio da contribuição de seus próprios pares”, afirma a PGR. 

De acordo com a PGR, além de se constatar “evidente lesão contínua” aos participantes da Associação dos Oficiais da PMDF, há indícios de corrupção por parte de Naime. - 247.


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"Damares fez uma clara ameaça de morte a Delgatti", diz Leonardo Stoppa

Jornalista também afirma que foi ameaça a uma testemunha e, portanto, uma obstrução judicial

Stoppa, Damares e Delgatti (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Edilson Rodrigues/Agência Senado | Lula Marques/Agência Brasil)

O jornalista Leonardo Stoppa afirmou, no programa Leo ao Quadrado, da TV 247, que o comportamento da senadora Damares Alves, durante o depoimento do hacker Walter Delgatti, foi criminoso. "A senadora Damares fez uma clara ameaça de morte a Walter Delgatti, ao dizer que a vida dele está em risco.É uma ameaça a uma testemunha. Caso para prisão preventiva", disse ele.

Stoppa afirmou, no entanto, que não espera que nada aconteça a ela. "Todos têm medo dos evangélicos. Aqui em Ponte Nova, tudo virou igreja, até a antiga casa de prostituição", afirma. Sobre o fato de a sexta-feira ter sido marcada por policiais militares do Distrito Federal, e não de Jair Bolsonaro, Stoppa ironizou. "O povo brasileiro esperava a picanha, mas chegaram umas asinhas de frango", afirmou. "Quem sabe na semana que vem?"  Por:247.

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Faustão divulga vídeo em que pede orações por sua vida

A internação de Fausto Silva ocorreu em 5 de agosto no Hospital Albert Einstein, devido a um quadro de insuficiência cardíaca

Fausto Silva (Foto: Reprodução Instagram)


O apresentador Fausto Silva, de 73 anos, fez sua primeira declaração pública após sua internação no início deste mês na cidade de São Paulo. Em um vídeo divulgado nas redes sociais de seu filho, João Guilherme Silva, no sábado (19), Faustão agradeceu à equipe médica, expressou sua gratidão pelo apoio da família e fez um pedido por orações, segundo reportagem de Bernadete Druzian, do site F5.

De bom humor, o apresentador mencionou com alegria que "por sorte" ainda está vivo e acrescentou que "quem decide é o chefe lá de cima", referindo-se à sua crença pessoal. O vídeo, compartilhado nas primeiras horas da madrugada, revelou que Faustão está confiante na equipe médica que cuida de seu caso e que está aguardando a decisão sobre qual tipo de cirurgia será mais adequado para o seu tratamento.

A internação de Fausto Silva ocorreu em 5 de agosto no Hospital Albert Einstein, devido a um quadro de insuficiência cardíaca, conforme comunicado oficial dos médicos. Na gravação, o apresentador também destacou a estreia musical de sua filha após o último programa transmitido na Band, em 18 de agosto. - 247.


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Autoridades já monitoram risco de fuga de Bolsonaro do país

A fala recente de Bolsonaro de que "correria risco" no Brasil acendeu um sinal de alerta

Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos / PR)


Membros do governo brasileiro e da Justiça já monitoram um eventual risco de fuga por parte de Jair Bolsonaro. De acordo com  Jamil Chade, no UOL, alguns nomes da alta cúpula do Executivo indicaram que a fala recente de Bolsonaro de que "correria risco" no Brasil acendeu um sinal de alerta. No STF (Superior Tribunal Federal), a percepção vai na mesma direção.

Bolsonaro é centro de um escândalo envolvendo a venda de joias obtidas como presentes -que deveriam ir para o acervo da presidência da República- e ainda enfrenta denúncias relacionadas ao seu envolvimento em manobras para minar as eleições de 2022, quando tentou fraudar, sem sucesso, as urnas eletrônicas, de acordo com denúncias do hacker Walter Delgatti, em depoimento concedido à CPI. - 247.








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STF torna réus mais 70 investigados por atos golpistas

 

Cerca de 1,3 mil pessoas respondem a processos no Supremo

Marcelo Camargo/Agência Brasil


O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus mais 70 investigados pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.

O julgamento ocorreu no plenário virtual, modalidade na qual os ministros inserem os votos no sistema eletrônico da Corte e não há deliberação presencial. A votação foi finalizada na madrugada deste sábado (19).

Com o fim do julgamento, os acusados passam a responder a um processo criminal na Corte. Nessa fase, serão ouvidas as testemunhas da defesa e da acusação. Em seguida, o Supremo vai decidir se condena ou absolve os réus.

Eles respondem pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição, incitação ao crime e dano ao patrimônio tombado.

Até o momento, cerca de 1,3 mil pessoas respondem a processos no Supremo pela participação na depredação da sede do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso e do Palácio do Planalto. Aproximadamente, 120 investigados permanecem presos. - (Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília.).

Edição: Fernando Fraga



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