sábado, 19 de agosto de 2023

Coronel da PM do DF transportou R$ 1 milhão em dinheiro usando estrutura da corporação, diz PGR

Coronel Naime , que está preso por omissão nos atos golpistas, teria feito o transporte de dinheiro de São Paulo para Brasília

Jorge Naime (Foto: Lula Marques - Agência Brasil)


O coronel da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do departamento operacional é suspeito de usar a estrutura da corporação para transportar R$ 1 milhão em espécie de São Paulo para Brasília. A informação é do G1.

De acordo com a Procuradoria Geral da República, o  militar mantinha “relações econômicas aparentemente ilícitas com um indivíduo identificado como Sérgio Assis”. O documento mostra que o coronel transportou R$ 1 milhão em espécie no dia 12 de junho de 2021.

“Há indícios de que Naime tenha se utilizado da estrutura da Polícia Militar do Distrito Federal para promover ‘escolta’ no transporte de valores, bem como elementos da provável origem espúria dos recursos, além de potencial lavagem de dinheiro”, diz a denúncia.

Segundo as investigações, o transporte do dinheiro em espécie foi feito “sem declaração correspondente e de forma não oficial” e tinha como objetivo burlar mecanismos de monitoramento antilavagem e dificultar a identificação da origem, da localização da propriedade e da própria movimentação dos valores.

A PGR também aponta que o coronel, na condição de presidente da Associação dos Oficiais da PMDF, firmou contrato com pessoas jurídicas ligadas a Sérgio de Assis para “supostos serviços de assessoria de marketing”. O valor mensal do contrato, segundo o relatório, era de R$ 8,9 mil. O acordo foi firmado em fevereiro de 2022.

No entanto, na semana seguinte após a assinatura do contrato, Sérgio passou a efetuar pagamentos mensais em favor de Naime no valor de R$ 8 mil. “Desse modo, como consectário do contrato, dos R$ 8,9 mil que saíram do fluxo de caixa da Associação dos Oficiais da PMDF, R$ 8 mil retornavam para o próprio policial e somente R$ 900 eram retidos por Sérgio Assis”, diz o documento.

“Naime, aparentemente, utilizava-se da posição de presidente da Associação para desviar os recursos angariados pela entidade por meio da contribuição de seus próprios pares”, afirma a PGR. 

De acordo com a PGR, além de se constatar “evidente lesão contínua” aos participantes da Associação dos Oficiais da PMDF, há indícios de corrupção por parte de Naime. - 247.


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